A BB Previdência realizou um ciclo de debates com economistas de renomadas instituições financeiras para a análise do cenário macroeconômico de 2022.
Além do Economista-Chefe do Banco do Brasil, Ronaldo Távora, foram convidados Artur Wichmann, CIO da XP Private, e Eduardo Yuki, Superintendente Executivo de Macroeconomia do Banco Safra.
As análises de grandes nomes do mercado dão ainda mais subsídios à equipe da BB Previdência na elaboração de sua Política de Investimentos 2022-2026. Também participaram do encontro os conselheiros fiscais e deliberativos recém-empossados para novo mandato.
Importância para a Política de Investimentos
Responsável pela mediação dos encontros, Gustavo Lellis, Diretor Financeiro e de Investimentos da BB Previdência, destacou a importância de se ouvir diferentes perspectivas na análise do atual cenário macroeconômico do país.
“Diante da volatilidade que temos enfrentado nos últimos meses, a pluralidade de informações e visões é essencial para a construção da Política de Investimentos dos nossos Planos para os anos de 2022 a 2026”, afirmou.
Retomada em meio a riscos
Na visão dos economistas convidados, as projeções para 2022 indicam uma retomada em meio a riscos. A expectativa é de que as condições para a atividade econômica doméstica seguirão favoráveis, mas será fundamental avaliar corretamente questões como o processo inflacionário e o cenário eleitoral.
A retomada da economia brasileira teve início ainda em 2021, em um movimento considerado até surpreendente. As análises projetam a manutenção do ritmo de crescimento até o fim do ano, que poderia ser comprometido somente por um grave evento, como um eventual desdobramento inesperado da crise hídrica.
Para 2022, no entanto, há a necessidade de manter a atenção em relação aos riscos, principalmente o processo inflacionário. Mais persistente e intenso do que se previa, o aumento de preços já vem demandando uma reação contracionista na política monetária – o que, mais adiante, poderá impactar a atividade econômica.
Cenário global de crescimento
No ambiente externo, os economistas destacaram que, sob a liderança de Estados Unidos e China, as políticas econômicas adotadas em virtude da pandemia e o avanço da vacinação levaram a uma retomada global em ritmo acelerado.
No caso norte-americano, por exemplo, projeções já apontam que o crescimento tende a se manter nos próximos trimestres, com produção, emprego e consumo caminhando para os níveis antes da pandemia.
É consenso entre os economistas ouvidos que o Brasil poderia tirar melhor proveito do cenário externo positivo. No entanto, o país não vem conseguindo se juntar de forma mais sustentável ao ciclo de crescimento global.
Para eles, questões domésticas têm comprometido o desempenho brasileiro. Ainda assim, as previsões para 2022 indicam um crescimento moderado tanto de investimentos, quanto da produção.