O Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro ocupou o 17º lugar entre museus e espaços culturais mais visitados no mundo em 2020, segundo o ranking anual elaborado pelo jornal britânico The Art Newspaper, que lista 15º instituições. As sedes de São Paulo, Belo Horizonte e Distrito Federal ocuparam, respectivamente, a 83ª 101ª e 102ª posição.
O ranking internacional constata redução de 77% no público dos 100 museus que mais receberam visitantes em 2019, diminuindo do total 230 milhões de visitantes para 54 milhões em 2020. Na pesquisa, também observaram que em média as 230 instituições culturais pesquisadas ficaram fechadas por 145 dias.
“Diante da pandemia, tivemos que nos adaptar. Desde abril de 2020, investimos nos projetos on-line, para continuar a nossa missão de levar Arte e Cultura para os nossos visitantes”, explica Paula Sayão, Diretora de Marketing do Banco do Brasil. “Depois de meses fechados, reabrimos, adaptados às novas medidas de segurança sanitária, com entrada apenas com agendamento on line, controle da quantidade de pessoas no prédio e redução de 80% da capacidade de atendimento, fluxo único de circulação, medição de temperatura, uso obrigatório de máscara, disponibilização de álcool gel e sinalizadores no piso para o distanciamento.”
Desde 2011, além do público geral dos museus, os CCBBs também são destaque na publicação no Ranking Anual das mostras de arte mais visitadas do Planeta. Foram dezenas de indicações, como: “O Mundo Mágico de Escher”, “Impressionismo”, “Yayoi Kusama”, “O Triunfo da Cor”, “Ai WeiWei” e “DreamWorks”. Em 2020, pela primeira vez, a publicação inglesa não apresentou a lista das exposições de arte mais visitadas do mundo.
Público e protocolos
Em relação a 2019, o público do CCBB RJ teve um decréscimo de 69%, ao ficar 159 dias fechado. Dos 790.357 visitantes em 2020, cerca de 96% estava concentrado no 1º trimestre do ano, quando abrigou a mostra “Egito Antigo: do Cotidiano à Eternidade”. O CCBB RJ fechou suas portas no dia 14 de março de 2020, só reabrindo em 16 de setembro do mesmo ano.
A exposição “Egito Antigo”, que estava em cartaz nos primeiros meses do ano e retornou após à reabertura, também foi a responsável pela maior parte dos visitantes do CCBB São Paulo. A unidade paulista alcançou a marca de 282.998 visitantes no ano de 2020, mesmo tendo passado 188 dias de portas fechadas, entre os dias 14 de março e 16 de outubro. Em comparação ao ano de 2019, o CCBB SP apresentou uma redução de 66% no público total.
Já o CCBB Brasília funcionou, ao longo do ano de 2020, durante 183 dias com atividades culturais presenciais, contabilizando 278.740 visitantes. Uma redução de 65,5% em comparação com o ano de 2019, no qual esteve aberto de terça a domingo durante todo o ano, com um público total de 808.312 pessoas. O compromisso de continuar proporcionando arte, educação e cultura ao público se materializou, entretanto, no Drive-in CCBB Brasília que, de julho a setembro, e cumprindo as orientações e protocolos sanitários oficiais, ofereceu ao público de Brasília uma programação diferenciada com dança, música, cinema e teatro.
O CCBB Belo Horizonte, por sua vez, contabilizou 201 dias de fechamento, configurando-se como a unidade com o maior período de indisponibilidade à visitação. Ainda assim, alcançou o número de 248.406 visitantes. Em 2019, foram mais de 1,5 milhões de visitantes. A maioria do público esteve presente à programação de férias, nos dois primeiros meses do ano, que incluíram atrações para públicos de todas as idades. A unidade mineira teve suas atividades presenciais suspensas em 16 de março de 2020 e reabriu ao público em 04 de novembro.
CCBB segue on-line
Mesmo com a pandemia da Covid-19 os visitantes puderam seguir frequentando os CCBBs, mas de forma virtual. A programação nas áreas de artes visuais, artes cênicas, cinema, música e educativo seguiram foram mantidas na forma de conteúdos digitais, com muitas atividades sendo realizadas de forma remota e virtual. É lá que podem ser encontradas mostras como “Linhas da vida”, de Chiharu Shiota, “Egito antigo: Do cotidiano à antiguidade”, “Ivan Serpa” e “Alphonse Mucha”, além de atividades para crianças e conteúdos voltados à comunidade escolar, artistas e público em geral.
Fonte: Banco do Brasil