Lideranças do trabalho e o Banco do Brasil definem mesas de negociação permanente

Publicado em: 12/05/2023

A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) e representantes da direção do BB se reuniram no dia 4 de maio, em Brasília, para definir as datas das mesas permanentes. Entre os temas com datas já definidas estão o combate ao assédio, resolução de questões relacionadas à Plataforma de Suporte Operacional (PSO), Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB), programa Performa e promoção da igualdade de oportunidade dentro da empresa.

“O banco está com um discurso novo, até por conta da nova presidência que vem se mostrando aberta às pautas dos trabalhadores, como por exemplo não aceitar mais o assédio. É importante, agora, que essa mudança da direção se reflita na base”, apontou a representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) na CEBB, Fernanda Lopes.

A reunião determinou as seguintes datas, relacionadas às mesas permanentes temáticas:

30/05 – Combate ao assédio e avaliação da Gestão de Desenvolvimento por Competências (GDP);
21/06 – Caixas e demais comissionados que estão no sistema da Plataforma de Suporte Operacional (PSO);
12/07 – Centrais de Relacionamento do Banco do Brasil (CRBB);
20/07 – Promoção da Diversidade/Igualdade de Oportunidade;
11/09 – Plano de Cargos e Salários e Programa Performa;
28/09 – Caixa de Assistência dos funcionários do Banco do Brasil (Cassi).

Revisão da Tabela PIP

Os representantes dos trabalhadores também cobraram da direção do banco a entrega da revisão da tabela de Pontuação Individual do Participante (PIP), sistema de cálculos usados na Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (Previ), que permite aos trabalhadores do BB, associados ao plano Previ Futuro, somarem mais recursos à aposentadoria.

“A revisão da PIP é uma antiga reivindicação dos trabalhadores, porque impacta no saldo final da sua aposentadoria. Uma das conquistas assinadas no último Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do BB foi justamente a revisão desse critério de pontuação. Mas, até agora, não houve mudança alguma”, observou o representante da Federação dos Bancários no Estado de São Paulo (Fetec-SP) na CEBB, Getúlio Maciel.

Bancos incorporados

Também foi colocada na mesa as reinvindicações das funcionárias e funcionários dos bancos incorporados, sobre acesso igual aos serviços da Cassi e da Previ. “Ficou definida nesta reunião a criação de um grupo de trabalho para alcançar uma resolução dos problemas do Economus e dos trabalhadores egressos dos bancos incorporados”, destacou Fernanda Lopes, lembrando que, nos últimos anos, a situação dos funcionários incorporados se agravou, sobretudo no que se refere ao plano de saúde dos aposentados, com reajustes nas revisões trimestrais de custeio do FEAS e Economus Futuro.

Teletrabalho

Nesta sexta (5), o BB divulgou nota sobre expansão do Trabalho Remoto Institucional (TRI), ou teletrabalho, em caráter de teste para as redes Varejo, Atacado e Setor Público. “O banco informou que a expectativa é que, até o fim de maio, 2,4 mil funcionários da rede estejam aptos a trabalhar remotamente de forma híbrida”, explicou Fernanda Lopes. “Esta é mais uma pauta do movimento sindical. Como temos apresentado em todas as mesas de negociação, a demanda pelo teletrabalho é grande nas áreas meio, especialmente nos escritórios, e existe estrutura tecnológica e espaço para o banco avançar nesta implementação”, completou.

Na nota, o BB destacou que a adesão das áreas, “em caráter de teste” para a implementação do teletrabalho, “dependerá do tipo de unidade das atividades realizadas, do atendimento de requisitos pelos funcionários e da disponibilidade de equipamentos”. Entre as unidades pilotos, anunciadas pelo banco, estão CRBBs, Escritórios Corporate, Escritórios Exclusivo, Escritório Leve, Escritórios Setor Público, Agência assessoria em investimento, SAC e Superintendências.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Lideranças bancárias cobram do BB soluções para problemas de licença de saúde

Publicado em: 18/09/2019

Em reunião da mesa de negociações de Saúde dos funcionários do Banco do Brasil, a Comissão de Empresa dos Funcionários (CEBB) apresentou aos representantes do banco os diversos problemas que levam os bancários a ficar sem remuneração durante o afastamento para tratamento de saúde. “Existem procedimentos que devem ser seguidos que nem sempre estão claros para os funcionários. Cobramos maior divulgação e clareza desses procedimentos para que nenhum funcionário seja prejudicado”, explicou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

O banco disse que cabe ao gestor de cada agência/departamento fazer o acompanhamento dos funcionários afastados para tratamento de saúde e que vai elaborar e disponibilizar um e-book com os procedimentos aos funcionários e às entidades de representação.

“Também vai constituir um Grupo de Trabalho para repensar a condução desses casos de saúde”, informou Rita Mota, dirigente do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro e funcionária do BB.

Pessoas com restrição ao atendimento

Em resposta às reivindicações da representação dos trabalhadores, o departamento de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) do Banco do Brasil informou que o banco analisa caso a caso os problemas de restrição ao atendimento. Orientou ainda que as dúvidas sobre casos específicos deverão ser remetidas aos respectivos SESMTs e que estes serão orientados a receber as demandas dos sindicatos.

“Os maiores problemas ocorrem com as pessoas que já tiveram restrição ao atendimento e agora, com a evolução de seus casos e as novas normas do INSS, não têm mais restrição. Se elas precisarem ser alocadas em funções de atendimento, antes precisam passar por uma adaptação”, reivindicou Luciana Bagno, dirigente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, ressaltando que a preferência destas pessoas costuma ser por continuar a trabalhar nos departamentos.

PAQ e SACR

Apesar de ser uma reunião específica para tratar de questões de saúde dos funcionários, a CEBB aproveitou para obter informações sobre o Programa Adequação de Quadros (PAQ). A última rodada de regularização de praças em excessos ocorreu na sexta-feira (13).

O banco informou, ainda, que cerca de 2.300 pessoas se desligaram do banco durante o PAQ e que o Sistema Automático de Concorrência à Remoção (SACR) nacional ocorrerá no dia 24/09 e terá caráter voluntário.

A CEBB também apresentou o problema dos “desaposentados” que estão em fase de readaptação ao trabalho e, por possuírem baixa pontuação no SACR, não conseguiram ser removidos para as agências que desejavam.

Outro caso apresentado ao banco é aquele das regionais que perderam vagas de cargos específicos para outras praças. Por exemplo, duas vagas de assistentes de Belo Horizonte foram para as plataformas de Vitória (ES) e Uberlândia (MG), que ficam a cerca de 500 quilômetros de distância.

O banco disse que a única opção é essas pessoas serem remanejadas para essas cidades. “Isso é um absurdo! Ainda mais que alguns funcionários já passaram por situação semelhante devido às constantes reestruturações realizadas pelo banco”, criticou Fukunaga. “Essa não foi uma mesa específica para tratar desses assuntos, mas vamos pautá-los para a próxima reunião com o banco”.

PSO e banco de horas

A representação dos trabalhadores também ressaltou que continua havendo pressão pela Plataforma de Suporte Operacional (PSO) para que os funcionários façam a adesão ao banco de horas e também para retirar folgas. O Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) dos funcionários do Banco do Brasil veda esse tipo de pressão sobre o trabalhador.

O banco ficou de orientar melhor as áreas e alertar quanto à irregularidade desta conduta.

Acúmulo de funções

Os trabalhadores também questionaram ao banco com relação ao risco operacional decorrente do acúmulo de função no Atendimento Integrado Negocial e Caixa.

O banco ficou de analisar melhor essa situação, alegando ser algo muito recente e ainda não ter tido a possibilidade de se aprofundarem no assunto.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região