O BB Investimentos realizou uma única mudança em sua carteira fundamentalista de ações para agosto. Incorporando uma “ligeira” acomodação de pesos entre os setores e já tendo capturado a “parcela mais relevante dos resultados” com a alta dos preços das commodities, o BB decidiu excluir os papéis da Suzano (SUZB3).
No lugar, foram incluídas as ações da Lojas Renner (LREN3) para elevar o peso do “mix doméstico” no portfólio.
Com isso, o peso relativo de commodities na carteira passa a ser de 20%, agora só com Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3), as maiores pagadoras de dividendos da Bolsa. A parcela do “mix doméstico” aumentou para 40%. Além de Renner, compõem a carteira Hypera (HYPE3), Localiza (RENT3) e Multiplan (MULT3). Segundo o BB, esses quatro nomes têm volatilidade mais controlada em relação aos pares.
A carteira para agosto segue com 10% direcionados ao setor de utilidades básicas, que é mais defensivo, via Alupar (ALUP11). Os 30% restantes são formados por bancos: ABC Brasil (ABCB4), BTG Pactual (BPAC11) e Itaú Unibanco (ITUB4).
Bolsa barata
A carteira do BB acumulou uma valorização de 6,51% em julho, superando a performance do Ibovespa no mesmo período. O índice de referência encerrou o mês com ganhos de 4,69%.
O BB destaca que, sob múltiplas métricas, a Bolsa brasileira ainda está barata.
De acordo com a instituição, a relação preço-lucro do Ibovespa segue “muito abaixo” do intervalo de dois desvios-padrão em relação à sua média histórica de longo prazo.
Atualmente, o patamar de desconto do Ibovespa supera ao nível registrado em março de 2020, início da pandemia de Covid-19.
Além disso, a instituição acredita que os próximos meses devem ser de destaque para o mercado local.
“Enxergamos, para os próximos meses, que mesmo com os desafios trazidos pelo contexto global, o Brasil ganha uma posição de destaque para capturar uma parcela relevante da alocação de portfólios globais direcionados à América Latina e demais mercados emergentes”, afirma.