Resultados do Banco do Brasil poderiam ser melhores se a economia deslanchasse, afirmou o presidente da instituição, Rubem Novaes. Ele disse ter receio de aumentar as concessões de crédito justamente pela fraqueza da economia e defendeu a reforma da Previdência. “A gente está disposto a acelerar [o crédito], mas primeiro precisamos ter certeza de que a economia está acelerando”.
Novaes, que participou de evento do banco Bradesco, acrescentou que o banco está preparado para “navegar nesse mundo de um certo marasmo da economia, com ela crescendo em 1,5 e 2% ao ano”, afirmou.
O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou que seu grande sonho é que o BB “se transforme em uma grande corporação privada. Tenho muito receio de expandir crédito se a demanda saudável por crédito não está crescendo. Vai acabar fazendo bobagem.”
Antes, ele havia criticado a decisão da gestão do governo de Dilma Rousseff (PT) de expandir o crédito para tentar deter a crise econômica, a partir e 2013. Acrescentou que o banco já se recuperou das perdas causadas naquela época.
Novaes afirmou que o banco deve reduzir participação no crédito agrícola, mas isso não ocorrerá por redução de apetite do banco pelo segmento, mas por aumento de competição. O Banco do Brasil é líder em crédito rural.
Ele disse, porém, que o subsídio deve diminuir. O presidente acrescentou ainda que o banco espera vender sua participação na Neoenergia em uma venda de ações em mercado, esperada para o primeiro semestre deste ano “se Deus quiser”.
O banco de investimento do BB, JP Morgan e o Bank of America são coordenadores da oferta. O plano está ligado à agenda liberal do ministro Paulo Guedes (Economia), de reduzir participação das estatais em áreas não diretamente relacionadas ao negócio principal da companhia.
Já a saída do Votorantim dependerá de propostas de consultorias contratadas, afirmou.
Novaes voltou a dizer que desejava que o país não tivesse empresas estatais, mas acrescentou que o país ainda não está preparado para isso. “Meu sonho é que o BB se transforme em uma grande corporação privada, mas acho que o Brasil não está preparado”, disse.