Crédito rural do BB cresce 8,4% e atinge recorde em 2023

Publicado em: 19/01/2024

O Banco do Brasil atingiu em 2023 o maior desembolso de crédito rural da história. Foram liberados R$ 195 bilhões em mais de 612 mil operações – uma evolução de 8,4% em relação ao registrado em 2022. Desse total, R$ 22 bilhões foram destinados à agricultura familiar.

O resultado recorde foi impulsionado pelas estratégias e foco de atuação da rede de agências e dos parceiros agro, além dos canais digitais de contratação, mediante oferta eficiente de crédito contando com o portfólio completo de soluções e atendimento especializado e próximo aos clientes.

Os desembolsos do Plano Safra 2023/24 também contribuíram para a cifra recorde em 2023. Nos seis primeiros meses da safra foram liberados R$ 120 bilhões, evolução de 5,3% sobre o mesmo período anterior, mesmo considerando que na atual safra os custos de produção estão, em média, 25% abaixo da safra passada.

“Os números comprovam que temos uma atuação fundamental no apoio à agricultura familiar, que exerce uma função relevante na segurança alimentar e ajuda no equilíbrio dos preços dos alimentos em todo o país”, afirma Tarciana Medeiros, presidenta do Banco do Brasil. “Continuaremos a promover soluções inovadoras e acessíveis para garantir que a agricultura prospere e contribua para a construção de um futuro sustentável.”

Já o vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar, Luiz Gustavo Braz Lage, acrescenta que “a expertise nas soluções, no relacionamento e a proximidade com o produtor e produtora rural, com a agroindústria e as cooperativas reforçam a relevância do BB para todos os agentes e segmentos da cadeia de valor do agro”.

Além do crédito, foram desenvolvidas durante o ano diversas ações no âmbito dos Circuitos de Treinamento e de Negócios Agro, que envolveram participação em 373 feiras agropecuárias, eventos/seminários e dias de campo, levando bons negócios e movimentação da economia dos municípios, além das iniciativas de capacitação (treinamentos, assistência técnica, disseminação de boas práticas e tecnologias) que alcançaram mais de 12 mil produtores e produtoras rurais de pequeno porte. Nessas ações, vale destacar a atuação das carretas agro (agências móveis) que já percorreram cerca de 200 mil quilômetros em centenas de cidades, por todas as regiões do país.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil avança no crédito rural; cargo de vice em agronegócio está aberto

Publicado em: 02/05/2023


De acordo com a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros, um dos aspectos de progresso da instituição nos primeiros meses de sua administração foi o aumento das operações de financiamento destinadas à agricultura familiar.

Em uma entrevista ao Valor, a presidente destacou que nos primeiros 100 dias houve um crescimento de 36% em comparação com o ano anterior, com a liberação de R$ 4,4 bilhões. Medeiros afirmou que esse resultado é motivo de grande comemoração e celebração.

A executiva diz que houve um “período com dificuldade” no crédito de agricultura familiar, no Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), mas que os funcionários abraçaram a estratégia de conciliar a atuação comercial com a social. “Estamos trabalhando forte em cadeia produtiva, desde o pequeno produtor até o financiamento da indústria que exporta. E crescemos sem deixar de fazer nenhuma grande operação no agronegócio”, afirmou. O banco é o principal agente de crédito do agronegócio brasileiro.

O cargo de vice-presidente de agronegócios do BB continua sem novo titular. “Temos alguns direcionamentos (…) sobre uma mudança (…) Não só na concessão do crédito (…), mas também [no trabalho com] a cadeia do agro sustentável. Então, há uma discussão das características da pessoa para a vice-presidência.

Não há o nome definido ou direcionado”, diz Tarciana Medeiros. No mercado, comenta-se que a ex-senadora Kátia Abreu seria um dos nomes cotados para o cargo. “Não a conheço pessoalmente”, disse a presidente do BB”, “mas como ministra da Agricultura. E ela fez um bom trabalho”.

Fonte: Avicultura Industrial

 

 

Banco do Brasil operacionaliza R$ 200 milhões aos produtores atingidos pela seca

Publicado em: 12/03/2023


O Banco do Brasil está operacionalizando R$ 200 milhões em crédito aos agricultores familiares atingidos pela estiagem no Rio Grande do Sul. O valor integra o pacote de R$ 430 milhões anuniado em fevereiro, durante visita interministerial a Hulha Negra. São beneficiados os que tiverem renda familiar de até R$ 3 mil e forem enquadrados no Grupo B do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). A confirmação foi do ministro de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta, e os primeiros contratos foram assinados na quinta-feira, dia 9 de março, na Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque.

A operação dos financiamentos pelo Banco do Brasil será de até R$6 mil, com juros de 0,5% ao ano e prazo de 2 anos, além de bônus de 25% para quem pagar as parcelas em dia. O crédito pode ser usado tanto para infraestrutura como para aquisição de seguro agrícola, e utiliza a metodologia do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO), que conta com assessoria financeira aos beneficiários.

Conforme a presidente do Banco do Brasil,Tarciana Medeiros, o acolhimento de propostas de financiamentos ocorrerá de forma simplificada. “A instituição está comprometida com a operacionalização das medidas anunciadas pelo governo de enfrentamento à estiagem e com o financiamento da agricultura familiar”, afirmou.

Na última sexta-feira, a Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MDR) efetuou o pagamento dos repasses destinados a 42 municípios afetados pela estiagem no Rio Grande do Sul. No total, R$10,6 milhões foram destinados à contratação de carros pipas, distribuição de água e para a compra e doação de cestas básicas e combustível.

Fonte: Correio do Povo

 

Banco do Brasil eleva em 28% liberação de crédito rural no acumulado da safra

Publicado em:


O Banco do Brasil liberou o montante de 134,3 bilhões de reais em crédito rural contratado na safra 2022/23 até o momento, avanço de 28% ante igual período da temporada anterior, informou a instituição financeira nesta quarta-feira.

Segundo o BB, 71% das operações foram fechadas com agricultores familiares, pela linha de crédito Pronaf, e com médios produtores pelo Pronamp.

Somente no Rio Grande do Sul, um dos principais Estados na tomada de crédito rural nacional, o banco liberou mais de 15 bilhões de reais nesta safra, com destaque para o crescimento de 58% em operações de custeio.

O Banco do Brasil é a instituição financeira que lidera a liberação de crédito rural pelo Plano Safra.

Fonte: Notícias Agrícolas

Carteira de crédito rural do Banco do Brasil atinge R$ 300 bilhões

Publicado em: 27/11/2022


Depois de enfrentar uma concorrência crescente nos últimos anos e perder terreno no crédito rural, o Banco do Brasil reagiu e está prestes a alcançar uma marca histórica no segmento. Com um crescimento de R$ 100 bilhões em 20 meses, a carteira de agro da instituição deverá alcançar o recorde de R$ 300 bilhões nas próximas semanas – em setembro, o saldo estava em R$ 286 bilhões, com alta de 26,7% no terceiro trimestre.

O salto semelhante anterior foi bem mais lento. Demorou mais de nove anos, entre o fim de 2012 e abril de 2021, para a carteira agro do banco sair de R$ 100 bilhões para R$ 200 bilhões. Segundo o vice-presidente de Agronegócios do BB, Renato Naegele, a aceleração reflete a busca por novas fontes de recursos para financiamentos, a ampliação da capacidade comercial do banco e uma estratégia focada em retomar a hegemonia e se manter no topo desse mercado.

Segundo Naegele, essa estratégia envolveu o relacionamento com a ampla rede de clientes da instituição, a criação de novos produtos, a digitalização dos processos e o atendimento especializado ao segmento agroindustrial. Isso sem perder participação entre os clientes pessoa física, que representam 96% da carteira agro.

Os resultados dos últimos seis trimestres foram recorde. A tendência é encerrar o ano com crescimento de 22% na carteira, que poderá até superar R$ 300 bilhões. Um dos destaques são os títulos do agronegócio, cujo saldo chegou a R$ 21,6 bilhões. Mais da metade (R$ 11,5 bilhões) é de Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), que atende cooperativas e agroindústrias. O volume de Cédulas de Produto Rural (CPRs) financiadas pelo BB está em R$ 10,1 bilhões, e 84% disso contratado via mobile, em 10 mil operações.

“O banco vinha perdendo participação ao longo dos anos, e fizemos tudo isso mantendo o share de 59% no crédito para pessoa física”, completou o executivo.

Houve quedas pontuais nas carteiras de produtores de arroz e de suínos, mas o saldo de financiamento de máquinas e implementos, por exemplo cresceu 30%, ou R$ 11,1 bilhões, em 12 meses. Mesmo refletindo o acesso ao crédito durante boa parte da safra passada, quando os juros estavam mais baixos, Naegele disse que o número sinaliza a confiança do produtor em continuar investindo.

“Nitidamente, esta é uma safra de custeio, mas isso não quer dizer que houve retração nos investimentos”, indicou. De julho a setembro, os desembolsos de crédito rural do BB para investimentos aumentaram 26%. Mas Naegele pondera que muitos produtores estão capitalizados e pagando parte das operações à vista, principalmente de máquinas, para garantir uma entrega mais rápida por parte das fábricas.

Apesar do cenário desafiador, a inadimplência da carteira de agronegócios do BB segue em queda – estava em 0,47% em setembro -, sem expectativa de piora. O que aumentou foi a carteira de operações prorrogadas (para R$ 12,8 bilhões), devido aos rebates concedidos nos financiamentos de produtores da região Sul e de Mato Grosso do Sul afetados pela seca na safra de verão passada, e de renegociações realizadas pelo BB com clientes que não foram totalmente atendidos por esse desconto. Foram cerca de 40 mil operações e R$ 1,9 bilhão prorrogados.

Mesmo com o prêmio mais caro, 52,8% das operações de custeio agrícola feitas pelo BB nesta safra têm seguro rural (R$ 19 bilhões) ou Proagro (R$ 5,2 bilhões). Naegele afirmou que a penetração desses mecanismos está aumentando, reflexo dos prejuízos causados pelo clima na safra passada.

No Plano Safra 2022/23, o BB já desembolsou R$ 90,6 bilhões, em mais de 285 mil operações em 4,8 mil municípios do país. Mais de R$ 55 bilhões foram para o custeio da safra, que está maior em termos de área e mais cara. O desempenho até agora representa 58% de todos os recursos liberados pelo banco em toda a safra 2021/22, que somaram R$ 153 bilhões. A expectativa é emprestar cerca de R$ 200 bilhões até junho do ano que vem.

Naegele está otimista com o cenário econômico e setorial para 2023. Segundo ele, a taxa Selic chegou ao topo e vai começar a recuar, o que permite projetar um Plano Safra 2023/24 “bem mais favorável, com juros menores e mais recursos equalizados para pequenos e médios produtores”.

Alternativas de funding

O banco também está concentrado em buscar fontes alternativas de funding para financiar o setor. A linha com o NDB, banco de desenvolvimento dos BRICs, já desembolsou R$ 100 milhões, e há recursos na esteira. Agora, o BB negocia a estruturação de uma linha com o Banco Mundial – que poderá ter em torno de US$ 500 milhões, mas depende de aval da União e aprovação do Senado, de longo prazo (15 a 20 anos).

Em outra frente, a instituição tenta conversar com grandes fundos estrangeiros para securitizar a carteira sustentável do agronegócio. Atualmente, cerca de 49% das operações (R$ 140 bilhões) têm o carimbo sustentável. A meta é “vender” a carteira sustentável para investidores internacionais com interesse em apoiar a agricultura sustentável no Brasil. “A necessidade de ampliar as fontes de financiamento não é em função da restrição fiscal do governo para alocar recursos no setor, mas porque a demanda, que já está aquecida, tem uma grande oportunidade de crescimento do agro em função da situação mundial”, disse Naegele.

O destino desses recursos já está definido. “Além do ABC+, de técnicas sustentáveis, deveríamos ter, sob a lógica de investimento em infraestrutura estruturante do agronegócio brasileiro, o programa AEI, para armazenagem, energia e irrigação”, afirmou Naegele. Segundo ele, esse tripé pode levar o agronegócio brasileiro para “outro patamar”.

Fonte: Avicultura Industrial

Crédito Rural: volume liberado pelo Banco do Brasil salta 50%

Publicado em: 24/06/2022


O Banco do Brasil (BB) liberou R$ 115 bilhões em crédito rural desde o início da safra 2021/2022, em julho do ano passado, até março deste ano. O volume representa um crescimento de 50% se comparado ao mesmo período da temporada anterior, e a expectativa da instituição é bater recorde no setor, ultrapassando o valor de R$ 145 bilhões em desembolsos até junho.

A expectativa para liberação na atual safra supera em 7,4% os planos iniciais do banco de desembolsar R$ 135 bilhões na atual safra. O aporte extra de R$ 10 bilhões foi necessário por conta das adversidades climáticas, a temporada atual deve liberar um volume 26% maior aos recursos injetados para o custeio da safra 2020/2021.

No último ano, o BB elevou em 29,4%, ou R$ 56,3 bilhões, a carteira de crédito rural ampliada, que considera também as linhas de financiamento fora do Plano Safra. Para 2022, a instituição espera que o volume de empréstimos para o agronegócio cresça entre 10% e 14%.

O Banco do Brasil é líder no mercado de financiamento agrícola há mais de 50 anos, mas outra instituição está “de olho” nesse título: a Caixa Econômica Federal (CEF). Esta pretende ser a principal financiadora do agronegócio até 2024, de acordo com um anúncio do presidente, Pedro Guimarães, durante a Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), em abril.

Segundo o Banco Central do Brasil (Bacen), a Caixa é apenas a quarta instituição com maior participação no mercado de crédito agrícola. A carteira do banco público no segmento deve fechar em R$ 40 bilhões neste ano, mas, em 2024, a instituição espera multiplicar por cinco esse volume e alcançar R$ 200 bilhões. Atualmente, a carteira do BB é superior a R$ 225 bilhões.

O presidente da Caixa aposta na entrada do banco no Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), que destina recursos subsidiados a produtores rurais na região mais forte do agronegócio brasileiro. Por enquanto, o BB também domina o fundo e responde por mais de 85% das contratações.

Plano Safra registra recorde

O incremento de recursos liberados pelo Banco do Brasil impulsionou o resultado recorde de contratações de crédito rural do Plano Safra 2021/2022. Até abril, foram assinados 1,5 milhão de empréstimos com um volume total de R$ 230,2 bilhões, um aumento de 22% em comparação ao mesmo período da safra anterior.

Nos dez primeiros meses da temporada, foram aplicados R$ 122,3 bilhões para custeio, um avanço de 19%, e R$ 63,3 bilhões para investimentos (13%). Os recursos desembolsados para a comercialização foram R$ 32,8 bilhões, uma alta de 24%, e para a industrialização foram R$ 14,4 bilhões, totalizando um crescimento de 42%.

Os empréstimos tiveram um volume de R$ 34,8 bilhões pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e de R$ 25,7 bilhões pelo Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). Os demais produtores rurais foram atendidos com recursos da ordem de R$ 169,6 bilhões.

Fonte: Summit Agrícola

 

Presidente da Caixa desafia BB: “seremos os maiores em crédito rural até 2024”

Publicado em: 01/05/2022


O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, voltou a desafiar o Banco do Brasil, líder no mercado de crédito agrícola no país, e disse que quando a instituição for “mais ou menos” vai assumir a ponta do ranking.

Durante a abertura da 27ª edição da Agrishow, Guimarães repetiu que a Caixa será o maior banco do agronegócio até dezembro de 2024. Ele disse que o banco tem as menores taxas do crédito rural, de 9,5% ao ano.

“Aqui ouvimos várias críticas em relação à Caixa. Ótimo, estou aqui para aprender. Hoje, nós somos só muito ruins. O dia que a Caixa for mais ou menos nós vamos ser o maior banco do agronegócio”, afirmou.

De julho até meados de abril, o BB já desembolsou mais de R$ 119 bilhões em crédito rural por meio de linhas e títulos do agronegócio. No sistema de informações do Banco Central consta a liberação de R$ 14,2 bilhões pela Caixa até março de 2022 pelos programas do Plano Safra.

Fonte: Valor Investe

Banco do Brasil deve superar expectativas no crédito rural

Publicado em: 19/08/2021


Embalado pelo melhor começo de safra de todos os tempos em termos de desembolsos de crédito rutal, com empréstimos de R$ 19,8 bilhões em 33 dias úteis desde 1º de julho, o Banco do Brasil já prevê superar os R$ 135 bilhões que anunciou que liberaria em toda a temporada 2021/22, e com folga. Assim, a expectativa da instituição é ampliar sua liderança nesse mercado e fortalecer a reaproximação com os produtores.

“Temos convicção de que isso é piso, porque a demanda no agro, que já veio acelerada desde o fim da safra passada, está muito forte. E não vai faltar recurso. Temos o compromisso do conselho diretor do banco de que a demanda por crédito rural e por títulos vai ser atendida”, disse Renato Naegele, vice-presidente de Agronegócios do BB, ao Valor.

O montante de financiamentos liberados até agora é 60,4% maior que do mesmo período de 2020 (1º de julho a 16 de agosto). Já foram fechadas cerca de 100 mil operações. No Pronaf (agricultura familiar), o crescimento chegou a 43,5%, com R$ 3,3 bilhões concedidos para quase 50 mil produtores.

A alta dos juros nas linhas de crédito rural do Plano Safra 2021/22 não diminuiu a demanda dos produtores. A procura foi até mais robusta do que na virada de safra de junho para julho de 2020, quando as alíquotas recuaram. No último trimestre da safra 2020/21, de abril a junho, o BB emprestou R$ 36,7 bilhões.

Os números refletem, em parte, uma “reaproximação” do Banco do Brasil com o setor – embora sua liderança nunca tenha sido ameaçada. “O banco estava distante de todos. Havia recuado nos últimos três ou quatro anos porque tinha restrição de capital e teve atuação limitada. Agora temos folga de capital e é natural que esse recurso, que significa uma oportunidade, seja aplicado”, disse Naegele.

A carteira de agronegócios do BB alcançava R$ 205,9 bilhões na metade deste ano, 9,7% mais que em junho de 2020, e a perspectiva de crescimento no segundo semestre teve que ser ajustada para cima no último balanço da instituição, para um intervalo entre 11% e 15% até o fim de 2021. O banco tem 54,4% do mercado de crédito rural.

A certeza de que os financiamentos vão extrapolar as projeções iniciais também vem dos recursos adicionais que o banco vai ofertar. Na semana que vem, o BB lançará um novo programa para financiar os investimentos, categoria com demanda crescente.

A percepção é que o interesse dos produtores não vai diminuir, sustentado pelo cenário de bons preços agrícolas e de capitalização do setor. Além dos R$ 33 bilhões do Plano Safra, o BB vai disponibilizar mais dinheiro para projetos de irrigação, energias renováveis, recuperação de pastagens e aquisição de máquinas e equipamentos.

O aumento dos preços dos maquinários agrícolas, a previsão de expansão da área plantada no país e a retomada das feiras agropecuárias presenciais vão inflar a busca pela compra de máquinas, acredita o banco. Nesta safra, o BB não anunciou uma linha própria similar ao Moderfrota, mas ela fará parte desse programa adicional, disse Naegele, sem revelar valores e condições para a tomada dos recursos.

O BB também terá um pacote para apoiar a expansão da armazenagem, em complemento aos R$ 1,5 bilhão já disponíveis nas suas agências por meio do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA) e do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). O valor será definido até o início da próxima semana, em linha com a capacidade de entrega da indústria fabricante.

Para atender os pequenos produtores, o banco está construindo uma solução de consórcio para silos. Além disso, a instituição vai operar até US$ 300 milhões do New Development Bank (NDB) para os projetos de infraestrutura armazenadora. “Queremos entrar com uma linha de recurso próprio para poder garantir que haja dinheiro durante toda a safra. Sabemos que os valores do PCA vão acabar”, disse o vice-presidente.

A linha de industrialização é outro destaque deste ciclo. Enquanto em toda a safra 2020/21 os desembolsos nessa categoria somaram R$ 1,5 bilhão, em 33 dias, o BB já emprestou R$ 1,3 bilhão. O montante inicial da linha para a temporada 2021/22 é de R$ 2 bilhões. A instituição já anunciou que terá R$ 3,8 bilhões adicionais para cobrir a demanda, que avança principalmente entre as cooperativas, para capital de giro. O banco ainda programa para novembro o lançamento do seu Fiagro, nova alternativa de financiamento criada para oferta de recursos privados.

De olho nesse mercado, o BB identificou aumento da demanda por recursos de médio prazo e vai adequar seus produtos para isso. O prazo das Cédulas de Produto Rural (CPR) emitidas pelo banco passará de dois para cinco anos. Em um mês e meio, esses títulos já movimentaram R$ 1,2 bilhão com o financiamento de 18 produtos diferentes – na lista estão as tradicionais lavouras de soja e milho, produção de farinha de trigo no Nordeste, café beneficiado, frango vivo, uva, amendoim, derivados de leite e erva mate. As opções financiáveis passaram de 6 para 51 itens.

Os Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), destinados a empresas e com tíquete maior, também financiaram R$ 1,2 bilhão no período. O desempenho dos títulos do agronegócio deve ultrapassar os R$ 10 bilhões previstos para a safra. Outra novidade nessa área será a criação de uma plataforma própria de registro de CPRs de terceiros, uma prestação de serviço para permitir a emissão e registro do título de forma digital e com mais transparência, afirmou Naegele.

O provável aumento do repasse de recursos das instituições financeiras que não conseguirão cumprir as exigibilidades do crédito rural é outro fator que deverá fazer o BB extrapolar o desembolso de R$ 135 bilhões. Em 2020/21, o BB captou R$ 6,5 bilhões por meio dos Depósitos Interfinanceiros Vinculados ao Crédito Rural (DIR). “Do que tiver no mercado, nós vamos pegar, porqueexiste demanda. Os bancos terão mais dificuldade para cumprir as exigibilidades por causa do aumento dos depósitos à vista e da Selic. Vamos ter oferta de DIR muito superior”, projetou.

Fonte: Suinocultura Industrial

Desembolso de crédito rural na safra 2020/21 supera R$ 100 bi, diz BB

Publicado em: 03/06/2021


O Banco do Brasil (BB) superou a marca de R$ 100 bilhões de desembolso no Plano Safra 2020/2021, que termina no fim deste mês, com crescimento de 21% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 82,5 bilhões). Após bater recorde em abril, com R$ 11,2 bilhões, quando a carteira de agronegócios superou R$ 200 bilhões, o BB repetiu o feito no mês de maio com mais um resultado inédito, superior a R$ 12 bilhões.

Para o vice-presidente de Agronegócios do BB, Renato Naegele, esses recordes seguidos tornam palpável o foco estratégico em agronegócios adotado pela empresa na atual gestão. “O BB mais forte no agro é o agro mais forte no Brasil e o Brasil mais forte no mundo”, sintetiza.

O Circuito virtual Agro do BB segue em frente impulsionando os negócios, fomentando o desenvolvimento regional, com o objetivo de levar aos clientes as condições especiais usualmente disponibilizadas nas feiras agropecuárias. A primeira fase do Circuito, ocorrida nos Estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, gerou mais de R$ 440 milhões em negócios prospectados.

Nesta segunda etapa, que vai até o dia 11 de junho nas regiões Centro-Oeste e Norte, o produtor tem acesso a novidades exclusivas em seguros, consórcios e financiamentos, além de ações promocionais em diversas modalidades. Vale lembrar que essas condições especiais são válidas para todo o País.

O Circuito ocorre no Broto (broto.com.br), ambiente digital com lives especiais, demonstrações e interação virtual do público com as revendas, montadoras e outros parceiros do agronegócio. Já foram realizadas três lives em maio, nas quais foram debatidos temas de relevância para o setor agropecuário da região Centro Oeste e Norte.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

 

Com pandemia, Banco do Brasil realiza Circuito Virtual Agro de 2021

Publicado em: 24/03/2021


O Banco do Brasil deu início, no dia 22 de março, ao Circuito Virtual Agro de 2021, com o objetivo de levar aos clientes as condições especiais disponibilizadas nos circuitos tradicionais de feiras agropecuárias, que estão suspensos desde o ano passado em decorrência da pandemia do novo coronavírus. O movimento é dividido em cinco etapas e seguirá com programação especializada até o fim do ano.

A proposta reforça a estratégia de adaptação e inovação que o BB adotou deste o início da crise. A ambientação toda ocorre na plataforma especializada em agronegócios Broto, ambiente virtual que conecta compradores e vendedores.

Circuito Virtual Sul

Nesta primeira etapa do Circuito, que ocorre entre os dias 22 de março e 9 de abril, o produtor rural terá acesso a novidades exclusivas em seguros, consórcios e financiamentos, além de ações promocionais em diversas modalidades. Cada semana representará um dos três estados da região, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná.

A programação é formada por lives, demonstrações virtuais e promove a interação do público com as revendas, com as principais montadoras do país, além de demais parceiros do agronegócio e funcionários do BB. Apesar de toda a programação ser regionalizada, as condições especiais serão válidas para todo o país. Dentre elas, o cliente contará com itens promocionais das principais montadoras do país, descontos em seguros e consórcios e distribuição de pontos Livelo.

Digital

Entre 26 de outubro e 27 de novembro do ano passado, foi realizada a 1ª Feira Virtual Agro do BB, pela plataforma Broto, com a colaboração das montadoras e suas revendas, em conjunto com os parceiros agro do BB (empresas de assistência técnica, agentes de crédito e correspondentes agro). A Feira disponibilizou atrativos e conteúdos especiais, com condições vantajosas para aquisição de máquinas e implementos agrícolas.

O vice-presidente de Agronegócios e Governo do BB, João Rabelo, explica que o evento, mesmo sendo virtual, se comparado às feiras de 2019, equivaleria à quinta maior do País, com cerca de R$ 130 milhões efetivamente comercializados no seu âmbito. Durante o período, a plataforma superou a marca de 50 mil acessos.

Márcio Hamilton Ferreira, CEO da BB Seguridade, holding controlada pelo BB que concentra os negócios relacionados a seguros, previdência complementar aberta, capitalização e planos odontológicos, destaca a permanente preocupação com o atendimento das necessidades do mercado agropecuário. “Nossa convicção sobre a representatividade e potencial de expansão desse mercado é tamanha que a Brasilseg tem investido fortemente nessa iniciativa digital específica, a plataforma Broto, voltada especialmente para o mundo do agronegócio”, afirma. O executivo reforça que “em 2020, foram pagos R$ 1,6 bilhão em indenizações a produtores rurais pelo Banco, sendo 60% no Rio Grande do Sul, em função da forte estiagem que impactou a produção gaúcha. No país, foram mais de 23 mil solicitações de indenização atendidas, dados que reforçam nossa capacidade de atender a este público e nosso compromisso com o agronegócio nacional”.

Para o presidente da Brasilseg Rodrigo Caramez, promover um evento tão importante para o calendário nacional do agro, como o Circuito Virtual, é motivo de muito orgulho e uma grande oportunidade para o Broto. “Além da vitrine on-line de máquinas e implementos, ferramentas e simuladores já disponíveis no site, entregaremos no Broto, muito em breve, um novo ecossistema de relacionamento para o setor. O produtor encontrará tudo o que necessita para potencializar a sua produtividade econômica. O calendário de eventos de agro do BB, certamente, impulsionará ainda mais nosso crescimento, nos ajudando a trilhar o caminho de inovação e proximidade com os clientes”.

O Broto se encontra em constante evolução para se tornar uma solução cada vez mais abrangente para o agronegócio, ampliando o acesso a serviços, ferramentas digitais para toda a cadeia produtiva e consultoria ao produtor rural, para reduzir riscos e aumentar sua produtividade.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil anuncia 14 novas agências para atendimento ao agronegócio

Publicado em: 14/01/2021


O Banco do Brasil (BB) anunciou hoje (12) a abertura de 14 novas agências para atuar no setor do agronegócio. Segundo a instituição, o segmento representa 26% da carteira de crédito total do banco e teve crescimento de 4,2% nos últimos 12 meses, chegando a R$ 190,5 bilhões.

O BB anunciou o pagamento de R$ 103 bilhões para o plano Safra 20/21, valor 11% superior ao da safra anterior. “Mesmo diante dos fortes impactos econômicos causadas pela crise da covid-19, as operações de investimento tiveram destaque, com contratação 41% superior ao mesmo período da Safra 19/20, enquanto as de custeio apresentaram aumento de 15%”, destaca nota do banco.

No setor do agronegócio, o BB intensificará a atuação em 243 municípios e 71 mil clientes contarão com atendimento especializado. “A iniciativa faz parte de um conjunto de ações lançadas nesta semana para reforçar a competividade e a eficiência operacional do BB, buscando a melhoria da experiência e satisfação do cliente”, diz o comunicado.

O portal do BB disponibiliza uma página de produtos e serviços exclusivos para o agronegócio.

Fonte: Jornal O Tempo

BB aposta em novo seguro, títulos verdes e alternativas de financiamento

Publicado em: 07/01/2021


O Plano Safra 2020/2021 entrou em vigor no dia 1º de julho de 2020. No acumulado até novembro último, o Banco do Brasil emprestou 16% mais do que no mesmo período da temporada passada, de acordo com o vice-presidente de Agronegócios da instituição, João Rabelo Júnior, com base em dados do Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor).

“Uma característica interessante é que, no custeio, a gente desembolsou 15,5% a mais e no investimento, 40% a mais, por conta dos bons preços, da produtividade e da possibilidade de exportação que tivemos”, destaca.

Rabelo Júnior afirma que a pandemia da Covid-19 forçou o BB a se adaptar e descobrir novas formas de fazer planejamento e gestão. Tivemos que construir um Plano Safra em home office. Era uma capacidade que a gente nem sabia que tinha. Além disso, no fim da safra passada, tivemos um problema de seca sério no Sul do país e os instrumentos de regulação de sinistro funcionaram super bem. Nós conseguimos fazer praticamente toda a regulação de sinistro a distância por satélite”, diz.

Para avançar, o BB teve que aderir às tecnologias digitais, o que também facilitou para o produtor. “As CPRs digitais pegaram uma velocidade; estamos na carteira com mais de 4,5 bilhões de CPRs digitais, então isso pegou uma velocidade muito forte”, conta Rabelo.

O vice-presidente do Banco do Brasil afirma que a instituição mudou o foco do trabalho. Agora, no centro da discussão não está o produto, mas a necessidade do cliente. Este ano, o BB lançou uma plataforma batizada de Broto. “Começou mais como uma plataforma de venda de máquinas e equipamentos, mas a gente fez uma feira digital recentemente. Começamos com a parte de consultoria, vamos usar os dados que temos para oferecer as melhores soluções para os nossos clientes”, diz.

Em entrevista ao Canal Rural, João Rabelo Júnior falou sobre as perspectivas para o futuro do Banco do Brasil e do crédito rural. Confira na íntegra:

Canal Rural: Qual o futuro do crédito rural no Brasil?

João Rabelo Júnior: As mudanças no agro estão acontecendo como tem que ser: paulatinamente. Este ano, por exemplo, nós já fizemos o seguro também para áreas do Pronaf. Foi um grande sucesso! Foi um piloto que o Ministério da Agricultura nos chamou para fazer. Nós conseguimos e funcionou. Mostra que é também um caminho a ser seguido.

Esse é um ano bom pra falar de crédito privado, porque conseguimos colocar R$ 1 bilhão a mais de recurso nosso, do Banco do Brasil, nas mesmas condições do Moderfrota, e temos falado bastante com parceiros para poder desenvolver soluções específicas.

Recentemente, lançamos um programa com a BRF – e nós vamos levar essa solução a outras empresas do agronegócio – de financiamento de painéis solares para as granjas. Você sabe que neste segmento o custo da energia elétrica é muito alto pro produtor, então é alta geração. E mais que isso, a migração para uma energia renovável faz todo sentido. Então, dentro dos nossos compromissos ambientais, nós assumimos o objetivo de ajudar o nosso cliente a migrar da energia tradicional para uma energia renovável que tem tudo a ver com o mercado que a gente atua. Esse nosso mercado, ele é muito verde por natureza, então isso vai ajudar ainda mais. E aí a gente fez essa linha e estamos conseguindo fazer isso com prazos bons, prazos adequados, de 8 a 10 anos com recursos do Banco do Brasil, sem necessidade de equalização, exatamente porque hoje a Selic está mais baixa.

CR: Como fica o cenário de taxas de juros e condições em 2021? A conjuntura econômica vai afetá-las?

JRJ: Acho que não! Para a taxa básica da economia, o consenso do mercado é que a gente vai encerrar o ano que vem com 3%. Então a gente vai continuar com taxas de juros muito, muito baixas. O Brasil está experimentando isso pela primeira vez na história recente, então a gente nem sabia o que era isso. Novos produtos de crédito estão sendo desenvolvidos por nós e pelos concorrentes. A sensação que eu tenho é que a gente está trabalhando para que o crédito chegue melhor e mais fácil para o produtor. Vai ser um crédito do jeito que a gente está fazendo? Um pedaço, sim. Outro pedaço vai vir de outras soluções.

Estamos apostando demais nos títulos do agronegócio, nas CRAs, CDCAs, CPRs. Acreditamos muito que essas novas formas de financiamento vão se tornar cada vez mais viáveis e a gente vai poder ter recursos tanto de curto prazo quanto de longo.

No caso das exportações, está ficando cada vez mais claro que é possível buscar fundings externos para financiar os nosso produtos aqui também e aí, com a proteção adequada também, financiarmos desta forma.

CR: Estão previstos lançamentos de novos produtos ou linhas de crédito em 2021?

JRJ: Estamos trabalhando, sim. Os primeiros produtos dos quais eu gostaria de falar são os produtos de proteção. No ano passado, o produtor plantou e acabou fazendo a troca por um preço de R$ 80/R$ 90 reais a saca de soja, e no vencimento estava R$ 100/R$ 120, em alguns casos até mais que isso. Existem soluções que não necessariamente o produtor precisa travar o preço, ele pode comprar uma opção e escolher se vai exercer ou não aquela opção. Então, ele compra o direito de vender a determinado preço. Se estiver muito acima, ele não exerce aquela opção. Este produto [contratos de opção] já existe, mas nós vamos dinamizá-lo bastante, até aproveitando o momento, porque muitos produtores já perceberam isso, a necessidade de ter flexibilidade.

A outra parte é a proteção climática. Continuamos com o seguro climático e o seguro faturamento e, agora, a gente começou a trabalhar pelo trigo em uma coisa : vamos começar a assegurar a qualidade. Você sabe que dependendo de como o trigo sai, ele tem maior ou menor valor para o produtor. A partir da próxima safra do trigo já vai estar disponível este tipo de seguro e devemos evoluir também para a cana. O seguro está indo para ajudar o produtor a ter ainda mais previsibilidade na sua atividade empresarial.

No Pronaf, a gente lançou o seguro do Pronaf e estamos trabalhando com um produto que a gente está apostando demais que é a bioeconomia. Bioeconomia é o produto que ajuda o nosso pequeno produtor, o pronafiano, a fazer uma migração, é quase como um ABC do Pronaf. Ele migra para uma agricultura mais de baixo carbono, e a gente financia isso: proteção de reserva, recomposição de reserva natural e adoção de práticas menos agressivas ao meio ambiente.

CR: O Banco do Brasil vai entrar no mercado de títulos verdes?

JRJ: Não posso falar muito sobre isso, mas é uma coisa em que apostamos muito. Acreditamos que aqueles produtores que seguem todos os preceitos, que são mais verdes do que os outros, que conseguem ter uma reserva maior até que a obrigatória, que usam práticas de plantio com integração lavoura-pecuária-floresta, aqueles que preservam, que são produtores de água também, eles têm um valor a ser monetizado e acreditamos muito nisso.

A gente ainda não está vendo isso aparecer na taxa de juros, então quando a gente coloca esses títulos – a gente tem acompanhado muito essa colocação de títulos verdes – ainda não apareceu na taxa, a taxa ainda não baixou. Mas a gente tem percebido uma maior procura, então a liquidez já acontece. Um título verde tem mais demanda do que um título não-verde, isso vai evoluir depois para taxa de juros.

CR: Como será a retomada econômica para o agro na visão do Banco do Brasil?

JRJ: Acreditamos que com a chegada da vacina, tudo muda. A economia retoma e a gente volta a ter um crescimento bom e grande. Se a gente continuar com a taxa de câmbio como está, a gente vai ter um bom momento da exportação junto com um bom momento interno.

A gente tem aprendido a conviver um pouco mais com a pandemia e isso vai dinamizando a economia, e o setor que é afetado mais rapidamente é o agronegócio.

Estamos fazendo estudos específicos para a olericultura, um olhar específico, porque foi um mercado que sofreu bastante. Eu diria que a olericultura e pesca foram os mercados que mais sofreram com a pandemia e estamos trabalhando forte, desenvolvendo soluções para eles. Isso vai ficar pronto ano que vem, a gente vai poder anunciar alguma coisa bem bacana nos próximos dias.

Estamos nos preparando para esse retorno. Achamos que vai ser um retorno gradual, mas forte e sustentável, da economia.

Fonte: Canal Rural

 

Banco do Brasil reforça linhas de crédito rural com R$ 1 bilhão

Publicado em: 12/11/2020


O Banco do Brasil anunciou hoje (10) a liberação de R$ 1 bilhão para reforçar suas linhas de crédito rural, voltadas ao financiamento de máquinas e equipamentos agropecuários. A contratação utilizará recursos próprios da poupança rural, com taxa de 7,5% ao ano e prazo de até seis anos.

De acordo com o banco, o valor complementa volumes inicialmente disponibilizados para a safra 2020/2021, que já desembolsou R$ 9,1 bi em operações de investimento agropecuário, 27% a mais que o mesmo período da safra anterior.

“O nosso objetivo é atender a uma demanda crescente do setor, dinamizando a cadeia produtiva das empresas fabricantes e revendas e contribuindo para a transformação tecnológica no campo”, declarou o vice-presidente do BB, João Rabelo, em nota.

Fonte: Agência Brasil

 

Governo do Tocantins firma parceria com BB para agilizar crédito rural

Publicado em: 08/10/2020


O Governo do Tocantins, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), firmou na manhã desta quinta-feira, 8, importante parceria com o Banco do Brasil (BB) voltada para o pequeno e médio produtor rural. O documento, assinado pelo presidente do Instituto, Thiago Dourado, e o gerente-geral de Agência, Whélen Gonçalo, permite que o órgão atue como agente de crédito rural junto ao banco. Com isso, pretendem simplificar e proporcionar maior agilidade nos procedimentos de acesso a linhas de crédito, principalmente para os agricultores familiares.

“Com o recurso em mãos, o produtor vai poder investir mais na sua produção, fortalecendo as cadeias produtivas do Tocantins. Vamos atuar alinhados com a política de crédito do Banco do Brasil e essa proximidade com a instituição vai trazer mais agilidade ao processo, maximizando o alcance do produtor ao crédito. O produtor vai ver que o crédito não é uma coisa distante, e que é necessário dentro da pequena propriedade”, reforçou o gestor Thiago Dourado.

Para o gerente do banco, Whélen Gonçalo, esse convênio com o Governo do Tocantins, visa, além de simplificar o processo e dar maior agilidade, estimular a produção e empreendedorismo em toda sua cadeia. “O Banco do Brasil acredita que esse alinhamento com o Governo do Tocantins, através do Ruraltins, vai ser de grande valia, com certeza nos próximos períodos a gente vai ter muito sucesso, em relação a todas as cadeias produtivas que o Ruraltins apoia e que tem essa amplitude para ser desenvolvido no Estado Tocantins”, disse.

Para a atuação como agente de crédito, o Ruraltins e o BB já preveem capacitações, para que os serviços de assistência técnica e extensão rural desempenhados tenham como foco a agricultura familiar e o fortalecimento das cadeias produtivas do Estado. O extensionista vai atuar desde a coleta de informações, elaboração de propostas para a contratação de operação de crédito, ao acompanhamento da aplicação dos recursos.

Fonte: Governo do Estado do Tocantins

BB lidera contratação recorde do crédito rural no Plano Safra 2020/2021

Publicado em: 14/08/2020


O desempenho do crédito rural nos primeiros 30 dias do Plano Safra 2020/2021 superou as expectativas e, de acordo com os números, tem mostrado que o setor do agronegócio está superando com sucesso a crise econômica decorrente da pandemia do coronavírus. Números do balanço do financiamento agropecuário, divulgados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, mostram que os desembolsos de crédito rural alcançaram R$ 24,1 bilhões em julho. Os valores representam um recorde histórico, sendo 50% superior ao volume contratado no mesmo período do ano passado e o valor mais alto já registrado para o mês.

O crédito de custeio também teve alta de 39%, com R$ 15 bilhões contratados. O Pronamp, para médios produtores, teve aumento de 26%, no número de contratos de custeio e de 32% no valor aplicado (R$ 3,4 bilhões). Já o Pronaf, agricultura familiar, cresceu 36% nos contratos (81,3mil) e 57%em desembolso (R$ 2,8 bilhões).

O principal responsável para o recorde do crédito rural foi o Banco do Brasil. Os números mostram que o BB lidera com folga o mercado de crédito rural, concentrando praticamente dois terços de participação no setor do agronegócio brasileiro.

O banco registrou mais de R$ 9 bilhões em contratações em julho, valor R$ 50% superior ao apurado no primeiro mês do ciclo passado. Entre os meses de abril e maio, o BB já havia sido responsável por 42% das liberações totais de crédito para o setor.

Para o Plano Safra 2020/2021, o BB disponibilizou R$ 103 bilhões em linhas de crédito, um acréscimo de 11% sobre os recursos disponibilizados na safra anterior.

Para contribuir ainda mais com os produtores rurais, nesta semana, o Banco reduziu as taxas das linhas de custeio e comercialização na modalidade de taxas livres. Para o custeio, a taxa de juros cai de 7,25% ao ano para 7,00% ao ano. Já a linha de comercialização terá juros a partir de 6,90% ao ano.

Os números e a participação do BB no agronegócio refletem a atuação de uma instituição pública que fomenta o desenvolvimento regional e que mais conhece a realidade do País. Com sua capilaridade que permite a presença na maioria dos municípios brasileiros, o BB torna-se um verdadeiro parceiro para os pequenos produtos rurais e contribui de maneira fundamental para o desenvolvimento sustentável do País.

Fonte: Agência ANABB

Banco do Brasil anuncia ação para facilitar acesso ao crédito rural

Publicado em: 02/04/2020

O Banco do Brasil anunciou ações para facilitar o acesso ao crédito e ao seguro rural por conta das medidas de isolamento social determinadas pelo Ministério da Saúde. Nos próximos 120 dias, produtores não vão precisar apresentar registros no cartório para ter acesso a créditos e outros serviços bancários. O acesso ao seguro rural também foi simplificado.

Por conta de os técnicos do banco estarem impedidos de ir até as lavouras para realizar a vistoria, o processo migrou para o espaço digital. Documentações podem ser enviadas pela internet a fim de que a liberação do seguro ocorra mesmo com o isolamento.

Antonio da Luz, economista da Federação de Agricultura e Pecuária do Rio Grande do Sul (Farsul), elogiou a excelente medida tomada pelo Banco do Brasil. “É uma medida muito positiva, não deixa as coisas pararem por terceiros, e espero que demais instituições financeiras sigam a atitude”, disse.

Fonte: Canal Rural

Crédito rural: parceria com BB pretende facilitar acesso de agricultor familiar

Publicado em: 06/03/2020

O Sistema CNA/Senar e o Banco do Brasil (BB) vão formar parceria inédita para facilitar o acesso de produtores rurais a linhas de crédito para desenvolvimento da atividade no campo.

Iniciativa nesse sentido vai ser formalizada na quarta-feira (4) na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.Conforme a CNA, os técnicos que hoje já atendem aos produtores com a metodologia de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar, em todo o País, também vão orientá-los na elaboração dos projetos de custeio agropecuário e investimento, do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

A parceria prevê também que uma análise prévia da documentação necessária para a contratação do crédito seja feita pelos técnicos das Federações de Agricultura Estaduais e Sindicatos Rurais. A expectativa é que, ao facilitar os procedimentos, o produtor possa reduzir o tempo para conseguir o financiamento da sua atividade rural. Posteriormente, a iniciativa poderá ser ampliada para outras linhas de crédito.

Fonte: Época Negócios

BB anuncia nova linha de crédito rural para criadores de zebus

Publicado em: 19/12/2019


A cerimônia de diplomação da nova diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), liderada pelo pecuarista e empresário Rivaldo Machado Borges Júnior, na noite desta terça-feira (17), também foi marcada por um importante anúncio do Banco do Brasil. Trata-se de uma nova linha de crédito, que passa a ser oferecida pela instituição, com foco na retenção de matrizes. A divulgação foi feita durante o discurso oficial do diretor de Agronegócios do Banco do Brasil, Marco Túlio Moraes da Costa.

“Temos notado uma necessidade muito grande de abate de matrizes, e isso prejudica todo o sistema da pecuária. Em função disso, o Banco do Brasil lança essa linha de crédito especial, em um momento também especial, que é a posse do Rivaldo”, destaca Marco Túlio.

Ele explica ainda que essa modalidade de crédito já era uma solicitação do novo presidente da ABCZ e de outras instituições brasileiras ligadas a pecuária. “Estamos falando de uma novidade de extremo interesse para os pecuaristas, tanto de corte quanto de leite, e o objetivo é contribuir para que eles tenham uma receita baseada em seu plantel, possibilitando ter o capital de giro necessário e fazer o pagamento único no final de 30 meses, com a taxa de 8% ao ano”, detalha.

O presidente diplomado da ABCZ, Rivaldo Machado Borges Júnior, também destaca a importância da novidade para o desenvolvimento do setor. “Fico extremamente feliz de já na cerimônia de diplomação dessa nova diretoria conseguirmos trazer uma notícia tão importante para os pecuaristas brasileiros. Ter condições de manter as boas matrizes no rebanho realmente é uma necessidade de bastante impacto para o setor. E, mais uma vez, oferecendo essa facilidade com esse grande parceiro da ABCZ, e do agronegócio brasileiro, que é o Banco do Brasil”, diz Rivaldo Júnior.

Fonte: Rural Pecuária

Bancos privados fazem ofensiva e já oferecem 30% do crédito rural

Publicado em: 04/12/2019


Com a queda da taxa básica de juros e a restrição de orçamento do governo federal, os bancos privados decidiram ampliar a disputa pelo mercado de crédito rural – um setor que era quase um monopólio das instituições financeiras públicas.

Nesta safra, Bradesco, Santander e Itaú passaram a adotar uma abordagem agressiva, in loco. Para driblar a falta de experiência, apostaram em agências rurais e aceleraram a contratação de engenheiros agrônomos para integrar a equipe de relacionamento. Montaram ainda divisões especializadas, com gerentes de contas, na sua maioria, buscados nas tradings (comercializadoras de commodities) e nas cooperativas de crédito com atuação no interior do Brasil.

Com a ofensiva, nos últimos quatro anos, instituições privadas ampliaram de 24% para 30% a participação no bolo total de financiamento ao agronegócio, que gira em torno de R$ 306 bilhões na safra de 2019-2020. Segundo estimativas do mercado, essa participação deve chegar a 50% até 2022, ano em que os produtores devem demandar R$ 355 bilhões em crédito.

O apetite das instituições privadas ficou ainda maior diante da postura do governo, que sinalizou o interesse em criar um sistema de crédito privado capaz de reduzir os subsídios e os recursos obrigatórios na área. Com esse objetivo, o presidente Jair Bolsonaro assinou no início do mês a chamada MP do Agro, que abre espaço para novos produtos para o campo negociados nas bolsas.

Queda da Selic

Os esforços dos bancos privados para aumentar sua fatia no crédito para o campo começaram a ganhar força nos últimos três anos, com o início do atual ciclo de cortes da Selic, a taxa básica da economia. A queda nos juros reduziu o custo de captação de recursos, o que levou as linhas oferecidas pelos bancos privados a se aproximarem das faixas de financiamento que integram o Plano Safra. O programa, que oferece crédito subsidiado ao produtor rural, é distribuído principalmente pelo Banco do Brasil e pelo Banco do Nordeste. As duas instituições estão para o agronegócio assim como a Caixa está para o financiamento da casa própria.

Os juros do Plano Safra são fixados pelo governo. Em 2019, foi estipulada a faixa de 6% ao ano, para médios agricultores, a 8%, nas linhas voltadas aos produtores de grande porte.

Com a Selic nos atuais 5,50% ao ano, as instituições privadas já conseguem oferecer crédito de 6,50% a 8,50%. E, com a perspectiva de novos cortes nos juros básicos, as tesourarias já vislumbram concessões abaixo do piso do Plano Safra. “O mercado caminha para um crédito privado tão ou mais competitivo do que o financiamento obrigatório definido pelo governo federal”, diz o diretor da área de agronegócios do Santander, Carlos Aguiar Neto.

Na contramão do movimento de fechamento de agências observado nos grandes centros, o executivo toca um projeto de expansão de unidades rurais em cidades de 50 mil a 60 mil habitantes. Até o fim deste ano, serão 40 dessas agências. Em janeiro, eram apenas oito.

Com uma capilaridade maior, Bradesco e do Itaú estão reforçando agências em regiões estratégicas para o agronegócio. Criaram divisões especializadas nessas unidades, com equipes formadas até por engenheiros agrônomos. Cada um dos bancos tem 13 dessas divisões espalhadas pelo País.

‘Tem muito dinheiro barato no mercado’

Depois de duas décadas criando gado no interior de Mato Grosso do Sul, o paulista Leonardo Maciel tem hoje 7 mil hectares de terra, 5 mil cabeças de gado e, pela primeira vez na vida, uma dívida de R$ 7,3 milhões contraída em dois bancos, um público e um privado, que começam a vencer a partir de 2021. “Eu nunca tinha conseguido dinheiro assim no banco”, diz ele. “Este ano, o crédito chegou. Tem muito dinheiro barato no mercado.”
Com a verba extra, Maciel reformou a fazenda. Adubou e replantou pastagem, melhorou os currais e implementou açudes com água tratada para os gados. “Hoje, o meu bezerro bebe uma água melhor do que a minha, de casa. Vamos dobrar a produção até o ano que vem.”

Investida

Em março, quando o governo anunciou os R$ 222,74 bilhões para o Plano Safra, com teto de juros de 8% ao ano para o grande produtor e piso de 6% para o médio, os bancos começaram a cruzar as porteiras das fazendas oferecendo linhas extras de financiamento para o custeio, como é chamado o recurso usado no dia a dia da fazenda, ou para projetos de ampliação de infraestrutura. As opções giravam entre 9% de taxa de juros ao ano até 7,5% ao ano.

“Com uma Selic a 6,5% na época, a gente sentiu que dava para competir com o crédito obrigatório e redobrar a aposta no setor”, conta o diretor de agronegócio do Bradesco, Roberto França. O banco, hoje, opera com uma carteira de R$ 20 bilhões para o produtor rural, metade com recursos livres. “Eu vejo que 0,6 ponto porcentual de spread (margem de ganho) não é ideal (para nosso empréstimos), mas é uma possibilidade para alguns casos (de concessão)”, diz.

Para o especialista em agronegócio, Renato Buranello, do escritório VBSO Advogados, a queda da Selic e a nova concorrência bancária no setor têm pressionado a queda dos juros, o que aponta para margens menores. “Vivemos o começo de uma mudança grande no setor. Os bancos têm de emprestar e o mercado agro é bom pagador, oferece garantia de terra ou produção no caso de calote e cresce todo o ano.”

“Eu peguei crédito a 8%, mas hoje conseguiria a 7% ao ano”, diz Rogério Luiz Gradin, que planta cana-de-açúcar e soja em Jataí (GO) há 25 anos. “Os caras estão brigando para emprestar (dinheiro). Já recebi agrônomo, gerente de agro, telefonema de gerente. A briga é feia”, conta. “O crédito de custeio hoje é com renovação automática. Você acaba de pagar e já está liberado o mesmo valor na conta, na hora”, afirma.

MP do Agro

Para além da concorrência bancária, os produtores também esperam pelo crescimento do mercado de capitais como fonte de financiamento para as próximas safras. Uma demanda antiga do setor, a MP 897, a chamada de MP do Agro, foi publicada pelo governo no começo do mês. É uma esperança também do governo para ampliar a captação de recursos e aliviar a pressão por crédito subsidiado.

O texto amplia o portfólio de produtos negociados no mercado financeiro com o objetivo de bancar a produção, também permite que o produtor fracione as grandes propriedades, oferecidas como garantia em operações de financiamento com os bancos.

Segundo Renato Buranello, do escritório VBSO Advogados, atualmente os produtores rurais precisam dar todo o imóvel como garantia aos bancos, que, por vezes, vale mais que o valor do financiamento. “A ideia de desmembrar o patrimônio é ter acesso a mais linhas de financiamento e fazer essa operação em cartório, de forma extrajudicial”, afirma.

Na esteira da fragmentação das fazendas, a MP criou a Cédula Imobiliária Rural (CIR), que será emitida por proprietários de imóveis rurais a partir da divisão das terras e poderá ser negociada no mercado de títulos e valores mobiliários.

Outra novidade é a possibilidade de emissão de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e Cédula do Produto Rural (CPR) em dólar, diretamente no exterior. Com isso, o setor pode negociar títulos de crédito locais em bolsas internacionais, como Londres e Chicago.

O Ministério da Economia espera que boa parte das medidas anunciadas passe a valer a partir de 2020. A ideia é que o Conselho Monetário Nacional (CMN), defina as diretrizes para a comercialização dos títulos de dívida dolarizados e da nova CIR até o fim deste ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: IstoÉ Dinheiro

Líder histórico, Banco do Brasil perde participação no crédito rural

Publicado em: 20/11/2019


No fim do terceiro trimestre deste ano (julho a setembro), a carteira de agronegócio da instituição registrava queda de 1,2% em relação a março, para R$ 184,8 bilhões, ao passo que os empréstimos para agroindústrias caíram 33% nos 12 meses encerrados em setembro em relação ao ano-móvel anterior, para R$ 14,4 bilhões.

No quesito desembolsos, os financiamentos liberados pelo BB ao setor agropecuário já recuaram 6,5%, para R$ 30,2 bilhões, nos quatro primeiros meses da safra 2019/20 (julho a outubro) ante o mesmo período do ciclo passada (2018/19). Resultado crucial para empurrar para baixo o desempenho dos bancos públicos nesse mercado (ver infográfico).

“É difícil dizer se a gente vai ter 60%, 55% [de participação de mercado]. Quando você é o líder, é o alvo. Então é normal que a gente perca tamanho ao longo do tempo”, afirmou o vice-presidente de Agronegócios do Banco do Brasil, Ivandré Montiel, em entrevista ao Valor. “A concorrência está vindo forte, mas já estamos preparados, através do atendimento especializado, para conseguir lutar nessa nova arena”, acrescentou ele. Em sua primeira entrevista desde que assumiu o cargo, no fim de janeiro, Montiel, que é servidor de carreira do BB, ponderou que a perda de mercado se concentra no segmento empresarial (agroindústrias, cooperativas e grandes empresas rurais), exatamente o foco dos bancos privados. A carteira de produtores rurais, no entanto, atingia R$ 168,2 bilhões em setembro, um aumento de 1% ao longo de 12 meses.

O BB também afirmou que não necessariamente perdeu clientes para instituições privadas, já que parte dos clientes vêm migrando seus financiamentos para instrumentos de mercado de capitais dentro do próprio banco público. O BB tem apostado fortemente em operações baseadas na captação de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), por exemplo: devem ser liberados R$ 6,5 bilhões nessa frente em 2019, contra R$ 4 bilhões no ano passado. Esse movimento faz sentido num ambiente de taxa básica de juros (Selic) de 5% ao ano, já que a taxa do crédito rural “não é tão decisiva como era antes”, e favorece o desenvolvimento do mercado de taxas livres (bancadas com recursos próprios dos bancos e que não contam com subsídios ou recursos controlados pelo governo).

Nesse sentido, o BB já ajustou suas taxas livres ao patamar de juros da economia e vem concedendo alguns empréstimos que chegam a 6% ao ano – mas há financiamentos de até 10% ao ano com recursos livres, a depender do risco. Por outro lado, as taxas do financiamento para operações de custeio com recursos do atual Plano Safra (2019/20) estão fixadas em 8% para grandes produtores – ou seja, “o livre já está abaixo do controlado”, destacou o executivo do BB. “Agora, o fator decisivo é a proximidade, o atendimento, relacionamento, a inovação”, completou. “Daqui uns dias, alguém vai pegar [crédito rural] a 4% ou 4,5% ao ano. O cenário macroeconômico é essencial, propício e decisivo para isso. As decisões dos clientes não vão estar mais centradas em preço”, afirmou Montiel.

Para o BB, a receita para fazer frente à concorrência é intensificar a tecnologia no processo de concessão dos financiamentos, mergulhar no mercado de capitais, ampliar a oferta de apólices de seguro rural e criar soluções personalizadas aos clientes. A instituição lançou uma série de funcionalidades on-line, como contratação e renovação de operações para médios e pequenos agricultores por App, e mantém 30 profissionais exclusivos pensando em inovação para o setor. Mais de 80% das operações do banco já são feitas eletronicamente, segundo Montiel.

Na área de mitigadores de risco, o banco incluiu novas culturas no guarda-chuva do seguro rural, como amendoim, aveia, canola, triticale, girassol e grão de bico, e criou o seguro de faturamento para a pecuária. Outra aposta é na atuação na B3. O BB começou a atuar como lançador de contratos de opção. De agosto até agora, são cerca de R$ 60 milhões lançados para travar preços de produtos agrícolas (soja, milho, café, boi e arroz) e dólar.

Reflexo de um discurso mais liberal, o governo criou um dos principais indutores da concorrência ao BB: permitiu o uso de recursos do Tesouro Nacional (R$ 9,9 bilhões na atual safra) para equalização de juros (subsídios) por bancos privados, novidade prevista na Medida Provisória 897, a MP do Agro. Antes, a regra era restrita aos agentes públicos e cooperativas de crédito. Sem dizer se é contra ou a favor, Montiel disse que a instituição cumpre aquilo que o governo decidir e elogiou outros pontos do texto. “Ela traz o setor do agronegócio para outro patamar, coloca o agronegócio no mundo moderno, da assinatura eletrônica, de emissão de títulos com moeda estrangeira”, afirmou.

Fonte: Compre Rural

Contratação de crédito rural via Banco do Brasil cresce 1,2% em Mato Grosso

Publicado em:


Nos quatro primeiros meses da safra 2019/20, o Banco do Brasil liberou mais de R$ 2,518 bilhões em linhas de custeio, investimento e comercialização aos agricultores e pecuaristas do estado. O montante supera em aproximadamente R$ 30 milhões o total disponibilizado em igual período do ano passado, o equivalente a 1,2%. O balanço repassado pela instituição ao Canal Rural Mato Grosso aponta que a alta foi puxada principalmente pelo maior volume de contratos aprovados para custeio e comercialização.

Responsáveis por mais da metade do dinheiro emprestado no período, as linhas de custeio movimentaram mais de R$ 1,3 bilhão, o correspondente a 4,5% acima do registrado no mesmo período de 2018. Nas linhas de comercialização, o salto foi ainda mais expressivo: 73% de aumento nos créditos aprovados, somando R$ 479,1 milhões ao todo. Já as linhas de investimento sofreram queda de 25% no total aprovado pelo banco. Foram liberados mais de R$ 718,4 milhões, contra mais de R$ 948,3 entre julho e outubro do ano passado.

Segundo a superintendência regional do Banco do Brasil, a diferença não é resultado de uma eventual retração na procura por empréstimos para investimentos. “A demanda não reduziu. Houve a interrupção do acolhimento de propostas de FCO – Fundo Constitucional do Centro Oeste – porque os recursos já estavam comprometidos com as propostas já internalizadas, tendo sido reaberta ‘a esteira’ após realocação de recursos do FCO Empresarial para o FCO RURAL. O agronegócio é pujante em Mato Grosso e a demanda é crescente”, destaca o superintendente Pedro Marques Júnior, reforçando que há total disponibilidade de recursos, especialmente para os financiamentos via FCO e Pronaf.

Em entrevista ao Blog, o superintendente do Banco do Brasil em Mato Grosso também falou sobre a busca por mais agilidade na aprovação dos pedidos de empréstimos via crédito rural, destacou outros produtos disponíveis ao público “agro” na carteira da instituição e ainda sobre a caravana que o Banco do Brasil começa a realizar no próximo dia 28, que tem como objetivo esclarecer dúvidas de agricultores e pecuaristas sobre como acessar as linhas de crédito disponibilizadas.

Fonte: Canal Rural

BB espera lucro líquido maior em 2019, mas revê crescimento do crédito rural

Publicado em: 12/11/2019


O Banco do Brasil retomou suas projeções de desempenho para este ano após concluída a oferta de ações anunciada em outubro com ajustes em parte das estimativas até então divulgadas. Enquanto de um lado melhorou a expectativa para seus resultados neste exercício frente ao passado, do outro, passou a prever um crescimento mais tímido da sua carteira de crédito rural.

O BB espera que seu lucro líquido ajustado fique entre R$ 16,5 bilhões e R$ 18,5 bilhões neste ano ante faixa anterior de R$ 14,5 bilhões a R$ 17,5 bilhões. No acumulado de 2019, o banco já entregou resultado de R$ 13,222 bilhões, incremento de 36,8% ante mesmo intervalo do exercício passado.

Para a carteira de crédito rural, a instituição espera aumento de 0,5% a 3,0% neste ano frente a 2018. Antes, sua projeção ia de 3,0% a 6,0%. Até setembro, porém, o BB entregou crescimento de apenas 0,8% no crédito rural. “O desempenho foi influenciado pela performance abaixo do esperado no financiamento para o segmento”, justifica o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.

As demais projeções de desempenho do BB para 2019 foram mantidas. O BB espera que sua carteira de crédito encolha até 2% neste ano ante 2018 e, na melhor das hipóteses, cresça 1,0%. Até setembro, os empréstimos tiveram queda de 0,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, dentro do guidance.

Em relação ao crédito para pessoa física, o BB prevê incremento de 8,0% a 11,0%. Até setembro, a alta acumulada, de 10,4%, ficou em linha. Na pessoa jurídica, o banco está performando melhor do que suas projeções que apontam para encolhimento de 13% a 10% este ano. Nos primeiros nove meses de 2019, essa carteira amarga queda de 8,6%.

Para a margem financeira bruta, o banco projeta elevação de 3,0% a 7,0% neste ano. De janeiro a setembro, cresceu 4,6%, também em linha com o intervalo projetado.

As despesas de provisões (PCLD líquida) do BB devem alcançar entre R$ 14,5 bilhões e R$ 11,5 bilhões em 2019. Até agora já foram contabilizados R$ 10,0 bilhões.

O BB espera ainda que suas receitas com tarifas e serviços cresçam de 5,0% a 8,0% neste ano. De janeiro a setembro, esses ganhos aumentaram 7,3%.

Por fim, as despesas administrativas da instituição também apresentaram desempenho melhor que o guidance sinalizava. Cresceram 0,7% no acumulado do ano até setembro contra projeção de alta de 2,0% a 5,0%.

Fonte: Terra

Ematerce e Banco do Brasil assinam convênio para agentes de crédito rural

Publicado em: 17/10/2019


Diretores e técnicos da Ematerce e da Secretaria do Desenvolvimento Agrário (SDA) comemoram bastantes a celebração de convênio entre a instituição de assistência técnica e extensão rural do Estado e o banco, com o objetivo de formar agentes de crédito rurais no âmbito da atuação do Ematerce em mais de 150 municípios cearenses.

DSCN3855-1-768x576

A princípio, de acordo com o presidente da Ematerce Antônio Amorim serão capacitados cerca de 100 agentes técnicos, que passarão a atuar como agentes de crédito rural em vários projetos como apicultura, ovinocaprinocultura, pecuária, irrigação, horticultura e, de preferência, integrando os planos de trabalho, visando um melhor aproveitamento dos recursos e da mão de obra técnica.

O superintendente estadual do Banco do Brasil Antônio Carlos Servo explicou que as operações de crédito serão distribuídas sendo R$60,00 por cada operação de custeio realizada pelo agente, R$92,00 pelo fechamento de cada operação de investimento e a remuneração de 1% como bônus por adimplência em cada contrato.

Para o secretário do Desenvolvimento Agrário De Assis Diniz, é fundamental que a atividade da agricultura familiar seja vista como uma atividade econômica muito importante para toda a cadeia produtiva de alimentos do estado. “Essa responsabilidade sendo estendida junto com a Ematerce é uma parceria fundamental, porque o corpo técnico da empresa tem total conhecimento da realidade do produtor, suas ambições, necessidades e dificuldades”, destacou De Assis.

A assinatura do convênio também contou com a participação dos diretores técnico da Ematerce Itamar Lemos e Financeiro Administrativo Inácio Costa, do coordenador do Desenvolvimento das Cadeias Produtivas da Pecuária da SDA Márcio Peixoto, do presidente da Faec (Federação da Agricultura e Pecuária do Ceará) Flávio Saboya, José Danício de Souza Prata Junior, gerente de Negócios do Banco do Brasil, José Francisco de Almeida Carneiro, secretário de Política Agrária da Fetraece (Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Ceará).

Fonte: Ematerce

Crédito Rural: BB vai ofertar volume 20% maior nesta safra

Publicado em: 27/06/2019


O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira, dia 26, que vai destinar R$ 103 bilhões para a safra 2019/2020, valor 20% superior ao realizado na safra anterior 2018/2019. Conforme o banco, serão R$ 91,5 bilhões para o crédito rural e R$ 11,5 bilhões para o crédito agroindustrial.

Por segmento, o BB vai disponibilizar R$ 14,1 bilhões para a agricultura familiar e R$ 77,4 bilhões para os demais produtores.

O banco salientou ainda que vai apoiar o produtor rural com a emissão de Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) e o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA), para captar recursos com taxas atrativas e adequar o perfil de suas dívidas ao seu fluxo de caixa.

Fonte: Canal Rural

Bolsonaro pede que Banco do Brasil reduza juros do crédito rural

Publicado em: 01/05/2019


O presidente Jair Bolsonaro pediu nesta segunda-feira (29) ao presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, para que a instituição financeira ofereça juros mais baixos aos produtores rurais. Ele fez o pedido ao anunciar R$ 1 bilhão para o seguro rural, durante evento do setor agrícola, em Ribeirão Preto (SP).

“Eu apenas apelo, Rubem (Novaes), me permite fazer uma brincadeira aqui. Eu apenas apelo para o seu coração, para o seu patriotismo, para que esses juros, tendo em vista você parecer ser um cristão de verdade, caiam um pouquinho mais. Tenho certeza de que as nossas orações tocarão seu coração”, disse Bolsonaro.

As ações do Banco do Brasil fecharam com leve alta de 0,04%. Os papéis da companhia chegaram a operar em queda após a fala do Bolsonaro.

Outras promessas a ruralistas

Jair Bolsonaro disse aos ruralistas que se reuniu com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e que o parlamentar prometeu colocar em votação um projeto que permitirá que produtores rurais tenham direito à posse de arma de fogo em “todo o perímetro” da propriedade.

O presidente também anunciou na Agrishow que vai enviar ao Congresso Nacional um projeto que prevê o “excludente de ilicitude” para dar “segurança jurídica” a proprietários rurais. De acordo com Bolsonaro, donos de terra que ferirem alguém em defesa própria ou da propriedade responderão pelo ato, mas não serão punidos.

Ele voltou a defender uma “segurança jurídica no campo”, ao declarar que “a propriedade privada é sagrada e ponto final”. Segundo Bolsonaro, a reforma agrária não terá “viés ideológico” no governo dele. “Nessa segurança jurídica, a questão da reforma agrária sem viés ideológico e que comece em cima de lotes ociosos e que haja acordo de conciliação em áreas judicializadas”, prometeu.

Meio ambiente

O presidente afirmou que negociou com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, “uma limpa” no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) e no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Os dois órgãos são vinculados ao Ministério do Meio Ambiente e dividem o trabalho de fiscalização e preservação ambiental.

Nos últimos meses, Ricardo Salles vem promovendo mudanças nos dois institutos e considera fundi-los. As mudanças levaram a quatro pedidos de demissão de gestores do ICMBio, entre os quais o então presidente do órgão, Adalberto Eberhard.

Crédito para máquinas agrícolas

No mesmo evento, a ministra da Agricultura anunciou nesta segunda-feira que o governo federal vai disponibilizar um adicional de R$ 500 milhões para a linha de financiamento de máquinas agrícolas Moderfrota. O montante vale ainda para o Plano Safra 2018/19, que termina em junho.

“Depois de muita conversa, cálculos, contas, conseguimos rapar o tacho do Plano Safra que termina em junho, mais R$ 500 milhões para o Moderforta. É pouco, mas já tínhamos realocado R$ 1 bilhão. Os produtores gastaram o dinheiro todo antes do tempo”, disse Tereza na abertura do evento.

Tereza Cristina afirmou ainda que os detalhes do próximo Plano Safra (2019/20), válido a partir de julho, serão divulgados em 12 de junho “com surpresas agradáveis”.

Fonte: G1

Governo quer menos BB no setor de crédito rural, e mais bancos privados

Publicado em: 27/03/2019


O governo, via Ministério da Economia e o ministro Paulo Guedes, deseja reduzir a fatia do Banco do Brasil (BBAS3/BB) no mercado de crédito rural. Com a medida, o governo objetiva aumentar o espaço dos bancos privados neste segmento. Atualmente, o BB é líder do mercado, com participação de 57,4%, segundo o Banco Central (BC).

A orientação do governo indica que a contração pode ser expandida, e englobar também o mercado de taxas livres. Apesar de esclarecer que a participação do Banco do Brasil no segmento de crédito rural será menor, o governo não objetiva retirar completamente o banco da concorrência.

Opinião do ministério da Economia

“Queremos fazer com o BB o que estamos fazendo com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)”, afirmou o secretário especial de Fazenda do ministério da Economia, Waldery Rodrigues, ao “Valor Econômico”. O secretário especial referiu-se às novas políticas implementadas no BNDES para reduzir seu tamanho no mercado. Assim, o intuito é que mais espaço esteja disponível para instituições financeiras privadas e para o mercado de capitais. “A gente precisa, de maneira célere, priorizar o aumento do crédito privado”, defendeu Rodrigues.

“Ele [Banco do Brasil] é um grande agente no financiamento agrícola, área que precisa ser retrabalhada. Esse é um tema que vamos tratar e com certa brevidade […] Precisamos analisar se não há como agentes privados serem incentivados a entrar nesse mercado”, acrescentou Rodrigues.

Contudo, o secretário especial destacou que o banco estatal possui um “componente social importante”, pois o BB tem a função de financiar a agricultura familiar. Tal fatia do mercado de crédito rural não é o foco dos bancos privados.

Os principais bancos privados do País: Bradesco (BBDC3); Santander (SANB3); Itaú Unibanco (ITUB3); e Rabobank.

Mais os dois bancos cooperativos: Sicoob; e Bancoob.

Além dos demais públicos: Caixa Econômica Federal (CEF); e Banco do Nordeste (BNBR3).

Todos estes bancos juntos representam cerca de 40% da fatia restante do mercado de crédito agrícola.

Opinião do presidente do BB

“Podemos até vir a perder share, o que é natural para quem tem mais de 60%. Mas continuaremos crescendo no apoio ao setor”, disse o presidente-executivo do Banco do Brasil, Rubem Novaes. “A competição é sempre bem-vinda. Mais volume de crédito é o que mais deseja a Agricultura. E a concorrência sentirá nossa força no empenho em bem atender ao setor”, completou.

Segundo dados do BC, a parcela do BB no mercado de crédito agrícola é de 57,4%, considerando o saldo de sua carteira de agronegócio acumulada, nos últimos 12 meses encerrados, em dezembro de 2018. O montante é de R$ 188,7 bilhões. Até algum tempo atrás, os bancos privados não viam as operações de crédito rural como rentáveis. Assim, não raramente, o Banco do Brasil comprava (e ainda compra) carteiras de instituições privadas que falhavam em cumprir suas exigibilidades com o crédito rural.

Entretanto, nos últimos 40 anos o agronegócio brasileiro ascendeu. De acordo com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), agência da ONU, o Brasil poderá ser o maior fornecedor de alimentos para o mundo no futuro. Com tal crescimento do setor agrícola brasileiro, aproxima-se o momento no qual haverá corte de subsídios agrícolas.

Opinião do ministério da Agricultura

O ministério da Agricultura, cuja chefia é da ministra Tereza Cristina, possui política de defesa dos recursos ao agronegócio. Todavia, a pasta está mais alinhada ao pensamento da equipe econômica. O secretário de Política Agrícola, do ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, afirmou ao “Valor Econômico” que a pasta concorda em ampliar a participação dos bancos privados no segmento de crédito rural, por meio de regras regulatórias.

Em adendo, o secretário contou que a Agricultura tem estudado como atrair instituições financeiras não-bancárias, as fintechs, para o financiamento agrícola. “A tendência, que já está em curso, é que o Banco do Brasil diminua sua participação no crédito rural”, afirmou Sampaio. Em adendo, o secretário destacou que o ministério deve aumentar o orçamento de subvenção ao seguro rural para, pelo menos, R$ 1 bilhão. A informação já havia sido adiantada por Tereza Cristina no fim de fevereiro. Segundo a ministra, a medida deve conduzir as possibilidades para que os juros do crédito rural possam baixar, no futuro, as taxas das operações de crédito rural.

Opinião do departamento de Agronegócios do Banco do Brasil

Apesar do setor de Agronegócios do Banco do Brasil concordar e estar cooperando com as mudanças em curso, a grande capilaridade do BB, cuja abrangência atinge regiões interioranas do País (nas quais os bancos privados devem continuar desinteressados), além da positiva imagem da estatal no setor, dão natural vantagem competitiva nessa disputa. Isto é o que a instituição acredita.

Ao “Valor Econômico”, o diretor de Agronegócios do BB, Marco Túlio da Costa, analisa que: caso ocorra a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da reforma da Previdência ainda em 2019, há grandes chances de uma nova queda da taxa Selic, a taxa básica de juros. Atualmente em 6,5% ao ano, a taxa Selic está em seu menor patamar histórico.

Nos dias atuais, um financiamento a juros livres no BB pode variar entre 9,75% e 11% ao ano. “É evidente que o Estado quer reduzir o gasto com subsídios e o crédito rural tem um peso grande nessa conta, mas estamos preparados para isso […] Seja com recursos controlados ou livres, o BB continuará atuando no agronegócio. Estamos no jogo”, disse o diretor.

Costa também explicou que o Banco do Brasil tem ampliado as operações de crédito rural, com base em fontes alternativas:

captação de recursos exteriores ao Brasil;
operações na Bolsa de Chicago (CBOT);
uso de títulos do agronegócio, como o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA)
e o Certificado de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCA).

Fonte: Suno Research

Reativação de convênio entre Emater e BB agiliza crédito rural em Rondônia

Publicado em: 13/03/2019


Paralisada devido à mudança jurídica da Emater-RO, o convênio firmado entre o Banco do Brasil e autarquia para agilizar as operações de crédito rural volta a ativa. A proposta foi finalizada esta semana e os extensionistas que receberam capacitação para atuar no sistema já poderão fazer as operações diretamente no portal do Banco do Brasil. O convênio, que era de correspondente bancário, passa agora a ser de agente bancário e traz grandes benefícios tanto para o órgão público quanto para os produtores rurais.

O sistema criado pelo Banco do Brasil visa permitir que outras instituições que atuam com crédito rural possam colaborar na agilização de cadastros e liberação de crédito rural. Com o convênio, a Emater-RO que tem entre as suas ações a elaboração de projetos para financiamento através da linha de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), torna-se apta para atuar como agente bancário viabilizando a liberação do crédito para investimento rural.

Segundo Jhovito Evaristo Correa, Jhovito Evaristo Correa gerente de mercado agro em Rondônia do Banco do Brasil, as propostas podem ser enviadas diretamente pelo portal de crédito do banco (portalcredito.bb.com.br). “Nesse portal foi disponibilizado também o acompanhamento das propostas que estavam sendo conduzidas anteriormente, pelo convenio antigo”, diz o gerente.

Correa explica ainda que a mudança no convênio fez-se necessária para corrigir as alterações legais devido à mudança jurídica da Emater-RO que deixou de ser empresa publica para ser autarquia, o que acabou bloqueando o antigo convênio antes de sua finalização. “Tivemos que mudar o convênio que era de correspondente bancário por meio de uma resolução do Banco Central (Bacen) para agente de crédito, que é outra resolução do Bacen”, explica.

Além de agilizar a contratação de crédito pelos produtores rurais, o convênio é uma grande fonte de recursos financeiros para a Emater-RO. Correa destaca que a autarquia receberá R$ 60 a cada custeio e R$ 92 a cada investimento contratado, além do bônus de adimplência sobre o custeio. “Cada semestre, geralmente em agosto e fevereiro, a gente faz a medição de como foi o controle da carteira da Emater, como foram feitas as operações, como foi conduzido o pagamento desses custeios que foram feitos e, tendo uma inadimplência dentro do padrão que o banco considera ajustado para continuar operando o Pronaf, que é no máximo, até 2% de inadimplência, a Emater pode estar recebendo um bônus e, em caso de 100% de adimplência, esse bônus poderá chegar até a um por cento sobre o valor dos custeios, além dos 2% que já recebe do convênio”.

Para o diretor presidente da Emater-RO, Luciano Brandão, a reativação do contrato será de grande ajuda para a Emater-RO e trará mais benefícios para o público beneficiário. “Agora cada gerente da Emater-RO local deverá entrar em contato com o gerente da agencia de seu município e trabalharem nas contratações de crédito rural oferecendo maior agilidade e benefício para o produtor rural.

Fonte: Rondônia News

Banco do Brasil vai prorrogar dívidas de produtores rurais de Brumadinho

Publicado em: 13/02/2019


O Banco do Brasil informou, nesta segunda-feira (11/2) ter aprovado a prorrogação das operações de financiamento de agricultores de Brumadinho (MG) vencidas ou a vencer entre 25 de janeiro a 31 de dezembro de 2019. A medida atende produtores e cooperativas que sofrem os efeitos do rompimento da barragem da mineradora Vale no município.

“A medida concede, ao final do contrato, prazo adicional de um ano a operações de investimento e custeio prorrogado, enquanto as operações de custeio contam com um ano de carência mais três parcelas anuais”, informa a instituições, em resposta e questionamentos feitos por Globo Rural via internet.

No comunicado, divulgado pela assessoria da instituição, o banco informa ainda que dispensa o laudo técnico e a necessidade de apresentar novas garantias para a prorrogação das operações. E, de acordo com a necessidade, as operações poderão ser reavaliadas. Para ter acesso, o cliente deve procurar o Banco do Brasil e fazer o pedido.

A instituição não informa o número de contratos nem o valor total dos financiamentos passíveis de prorrogação. Apenas destaca que a maior parte das operações é vinculada ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Na semana passada, o Ministério da Agricultura informou ter solicitado ao Banco do Brasil a suspensão dos financiamentos de agricultores de Brumadinho. Pediu também a liberação das indenizações relativas aos seguros dos contratos.

De acordo com a Secretaria de Agricultura Familiar e Cooperativismo (SAF), foram identificadas 182 emissões de Declarações de Aptidão ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) em 2018 no município, duas de cooperativas ou associações. Desse total, foram firmados 52 contratos de financiamento do Pronaf, que totalizam R$ 1,75 milhão.

O Ministério informou também que ainda aguarda os resultados de levantamento baseado no Cadastro Ambiental Rural (CAR) para conhecer o número total de propriedades rurais atingidas. Dados preliminares apontam que a maior parte dos agricultores afetados é de pequenos produtores de hortifrúti que abastecem a região metropolitana de Belo Horizonte.

Fonte: Globo Rural

Crédito rural do BB cresce 15% em MS e soma R$ 3,47 bilhões

Publicado em: 31/01/2019


Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul já contrataram R$ 3,47 bilhões em crédito rural, dos R$ 6,4 bilhões previstos no Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/2019, do Ministério da Agricultura, para o Estado. Os resultados positivos registrados na comercialização da safra 2017/2018, bem como as exportações pecuárias, estimularam o avanço na contratação de linhas de crédito no ciclo 2018/2019.

Segundo o assessor da Superintendência Regional do Banco do Brasil, José Luiz dos Reis, até o momento, houve um incremento de 15% na contratação do crédito disponibilizado pela instituição, no período de julho a dezembro de 2018, com total de R$ 3,471 bilhões, contra R$ 3,023 bilhões do ano anterior.

“Acredito que este crescimento seja decorrente do otimismo dos produtores rurais em relação aos resultados da safra passada. O agronegócio puxou a economia, e as exportações são a melhor prova, por manterem a balança comercial positiva”, analisa o especialista.

Em julho do ano passado, o plano disponibilizou no Brasil volume de recursos no valor de R$ 191,1 bilhões para crédito rural, com a promessa de redução no cálculo das taxas de juros e de criação de novos formatos de contratação, para formação de capital de giro.

Reis destaca ainda que as taxas de juros tiveram redução, conforme anunciado pelo Mapa, no lançamento do Plano Agrícola, tornando as linhas de crédito mais competitivas. “O melhor momento para o produtor procurar informações sobre o crédito rural é quando se finaliza uma safra. Isso porque ele poderá informar quanto produziu e terá uma ideia de quanto pretende investir no próximo ciclo”, detalha.

O balanço da safra 2017/2018 divulgado pelo Banco do Brasil no Estado aponta que o total contratado em crédito rural foi de R$ 6,1 bilhões, divididos nas seguintes finalidades: investimento, R$ 1,619 bilhão; custeio, R$ 3,747 bilhões; e comercialização, R$ 650 milhões.

Seguro rural

Diante de perdas nas safras de grãos em vários estados brasileiros em consequência do clima adverso, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou, na quinta-feira (24), que o seguro rural no Brasil deve ser ampliado.

Durante visita ao sul do Brasil, onde participou de cerimônia de abertura da colheita da soja, ela disse a autoridades, parlamentares e produtores locais que tem discutido mudanças no seguro rural, segundo nota do Ministério da Agricultura.

As declarações foram feitas em momento em que produtores de soja do Paraná contabilizam perdas pela seca, enquanto, no Rio Grande do Sul, chuvas excessivas reduziram o potencial produtivo. Em Mato Grosso do Sul, as perdas chegam a 20% em algumas áreas.

“Quando estão com a produção segurada, os produtores não perdem o sono nem precisam pedir renegociação de dívida com o pires, não”, disse a ministra, informando que tem feito várias reuniões para tratar do assunto, com autoridades como o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, e Roberto Campos Neto, que deverá sucedê-lo no cargo.

“O seguro rural precisa ter alcance, ser amplo, democrático”, defendeu Tereza. A ministra disse a produtores e autoridades locais que “podem contar com a máximaboa vontade do ministério para encontrar solução para os problemas causados na agricultura”.

Durante o evento, a ministra ainda disse que está alterando o funcionamento das Câmaras Setoriais do ministério, unificando os temas de interesse para dar-lhes mais funcionalidade.

Sobre recursos para financiar a safrinha de milho, ela declarou que está sendo colocado mais crédito à disposição, para atender, até o próximo plano safra, senão todos, pelo menos, pequenos e médios produtores.

“A decisão deverá ser oficializada em reunião do Conselho Monetário Nacional na próxima semana”, segundo nota do ministério. (Com agências)

Fonte: Correio do Estado

Contratação de crédito rural no BB soma R$ 18,2 bi no 1º bimestre de 2018/19

Publicado em: 20/09/2018


A contratação de crédito rural pelo Banco do Brasil (BB) em operações de custeio, comercialização, investimento e industrialização na safra 2018/2019 atingiu R$ 18,2 bilhões no primeiro bimestre de 2018/2019. O volume representa alta de 48% sobre o total de R$ 12,3 bilhões negociado entre julho e agosto de 2017/2018 e supera, porcentualmente, o avanço de 41% na tomada de crédito agrícola em todo o sistema financeiro, na mesma base de comparação, que atingiu R$ 40,4 bilhões.

Ao Broadcast Agro, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o vice-presidente de Agronegócios do BB, Tarcísio Hübner, atribuiu a alta na demanda por crédito ao atraso na compra de insumos causado pela polêmica tabela de fretes rodoviários, o que represou também financiamentos. Outro fator é o momento positivo para as commodities, principalmente a soja. “Houve atraso (na aquisição) de insumos e adubo por causa da questão do frete. Além disso, o ambiente é favorável, com preços bons e uma disposição grande de produtores em busca da melhor tecnologia possível”, afirmou o executivo.

Para Hübner, por concentrar o plantio na safra de verão, a soja continua sendo a commodity que mais demanda crédito rural, “mas a pecuária também tem puxado bem” os negócios, explicou. Os financiamentos com linhas de crédito sem a utilização de recursos oficiais, subsidiados pelo governo, se mantêm firmes na atual safra. Essas linhas tiveram reduções nas taxas após a série de quedas na taxa básica de juros, a Selic, utilizada pelas instituições financeiras para captar recursos.

De acordo com o vice-presidente de Agronegócios do BB, financiamentos com recursos oriundos das Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) continuam em crescimento entre as linhas de crédito sem o suporte público. O BB pretende conceder para a safra 2018/2019 um total de R$ 103 bilhões em crédito rural, alta de 21% sobre a safra passada. “A alta porcentual nesse primeiro bimestre ocorre por alguns fatores e porque é pico das contratações, com procura maior. Mas não é garantido que essa será a linha nos próximos meses”, afirmou Hübner. “Se necessário, com um patamar de juros mais baixo, haverá mais funding ao produtor.”

Do total previsto para ser liberado pelo BB em 2018/2019, R$ 11,5 bilhões são destinados para empresas da cadeia do agronegócio e R$ 91,5 bilhões em crédito rural a produtores e cooperativas, dos quais R$ 72,8 bilhões são para operações de custeio e comercialização e R$ 18,7 bilhões para créditos de investimento agropecuário.

Fonte: Estadão Conteúdo