BB investiu R$ 277 mi na Americanas no fim do governo Bolsonaro

Publicado em: 17/01/2023

Treze fundos de investimentos do Banco do Brasil são credores da Americanas. Ao todo, esses fundo aplicaram cerca de R$ 277,5 milhões do dinheiro dos cotistas nos papéis da dívida da varejista. Curioso é que as compras se intensificaram a partir de outubro do ano passado.

O Brasilprev Top TP III FI RF CP, fundo de aposentadoria privada, tem algo perto de R$ 70 milhões investidos nos títulos, o equivalente a pouco mais de 3% do patrimônio líquido total. Em um eventual inadimplemento da dívida por parte da varejista, os cotistas terão um prejuízo imediato acima de 3% nos recursos que estão sendo guardados com a gestora.

Para se ter uma ideia do impacto que isso pode ter no fundo: no dia 12 de janeiro, as cotas do Brasilprev Top TP III FI RF CP caíram 1,65%, o equivalente a R$ 36 milhões dizimados em função da crise da varejista. Antes disso, a maior queda registrada pelo fundo era de 0,04%, em dezembro do ano passado.

De acordo com levantamento de O Antagonista, pelo menos três fundos previdenciários do banco público têm posição no papel, com um prejuízo próximo de R$ 100 milhões, caso as dívidas não sejam honradas. Outros dez fundos de investimentos do banco estão com mais de R$ 170 milhões aplicados.

O Banco do Brasil tem a gestora com o maior volume de recursos investidos em debêntures da Americanas, com R$ 277,5 milhões. A estatal é seguida pelas gestoras do Banco Santander, com cerca de R$ 240 milhões, e do BTG Pactual, com mais de R$ 150 milhões. Ao todo, são mais de R$ 15 bilhões em debêntures ainda nas mãos de fundos de investimento independentes nacionais e internacionais ou ligados a bancos.

A varejista, que já entrou em disputa judicial com o BTG, estuda uma recuperação judicial para renegociar as dívidas com bancos e credores em geral, após a descoberta de “inconsistências contábeis” de R$ 20 bilhões na semana passada. A possível fraude levou Sérgio Rial a abdicar do cargo de CEO da companhia apenas nove dias após a posse.

Fonte: O Antagonista

Usiminas renegocia dívidas com BB e outros credores, inclusive, japoneses

Publicado em: 03/07/2019

A Usiminas (USIM5) acertou a renegociação das suas dívidas com o Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4), revela um comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira (1º).

O acordo formalizou ainda os entendimentos com o BNDES, o Japan Bank for International Corporation (JBIC), Nippon Usiminas, Mizuho Bank e outras instituições financeiras japonesas, além de detentores de debêntures.

“A administração da companhia considera a renegociação de dívidas um marco importante para a adequação do seu perfil de endividamento às perspectivas de curto, médio e longo prazo, preservando as suas capacidades financeira e operacional”, explica a nota.

A subsidiária Usiminas International irá lançar uma emissão de títulos representativos de dívida (notes), destinados à colocação no mercado internacional, com a finalidade de captação de recursos para a realização dos pré-pagamentos.

Com isso, será feito o pré-pagamento integral da dívida junto ao BNDES e aos credores japoneses, além do parcial junto aos debenturistas.

“Eventuais recursos remanescentes da emissão serão utilizados para o pré-pagamento parcial da dívida da companhia junto aos bancos Brasileiros e/ou debenturistas”, explica a empresa.

A Usiminas também irá liberar a garantia real de hipoteca sobre imóveis em Ipatinga, implementará a exclusão da obrigatoriedade de cash sweep e excluirá a vedação de Capex (investimentos) de expansão mediante cumprimento de covenant financeiro.

“O termo estabelece que tais alterações serão formalizadas entre a companhia e os bancos brasileiros e debenturistas remanescentes em até 30 dias contados da conclusão da emissão”, conclui o texto.

Fonte: Money Times