Fundos de pensão reduzem déficit para R$ 9,3 bilhões em julho

Publicado em: 18/09/2020

Com cerca de R$ 982 bilhões em ativos sob gestão no mercado, de aproximadamente 900 mil aposentados e pensionistas, o sistema da previdência complementar fechada também vem se recuperando dos estragados causados pela Covid-19, embalado pela retomada da Bolsa.

Em março, na fase mais aguda da crise, o déficit dos fundos de pensão, que corresponde à insuficiência financeira projetada para honrar com os compromissos junto aos segurados no futuro, chegou a R$ 58 bilhões.

Com a forte recuperação de quase 60% das ações desde o piso do ano, o rombo caiu, em julho, para R$ 9,3 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pela Abrapp, associação nacional do setor.

A carteira global de investimentos dos cerca de 300 fundos de pensão do país, por sua vez, que registrou um tombo médio de 6,3% em março, acumula retorno positivo de 1,83% no ano, até julho.

Em coletiva online com a imprensa, o presidente da Abrapp, Luis Ricardo Martins, se mostrou confiante com a continuidade da recuperação dos mercados até dezembro. “Iremos bater nossas metas atuariais”, afirmou o especialista, em referência à rentabilidade mínima que as entidades precisam cumprir anualmente para manter a solvência dentro do planejado. “Vamos ter um fechamento de ano que não será nada catastrófico como se apontou em março.”

Apenas como referência, já que cada fundo de pensão tem a própria meta, a depender da idade média dos participantes, a da Previ, do Banco do Brasil, que é a maior do país, corresponde a 4,75% neste ano, além da variação do INPC, que sobe 1,1%, de janeiro a julho.

Na contramão

Apesar de os juros baixos forçarem a busca por diversificação, entre os fundos de pensão, conhecidos pelo maior conservadorismo por lidarem com o dinheiro da aposentadoria de terceiros, o movimento em direção ao risco está devagar. E mais do que isso. Em uma análise extensa, a parcela de menor volatilidade não só não perdeu, como ganhou espaço.

Do portfólio total aplicado no mercado pelas fundações, a maior parte está na renda fixa, que respondia por 73,6% das reservas, em julho. Em 2013, a classe representava 60,4% dos investimentos das fundações de previdência complementar fechada, e tem oscilado no patamar atual desde 2016.

Já o espaço ocupado pela renda variável encerrou julho de 2020 em 18,9%, contra 29% há sete anos, e 19,6%, em dezembro de 2019.

Seja como for, além da necessária diversificação para renda variável, no Brasil ou no exterior, e para fundos multimercados, o dirigente da Abrapp defendeu uma reformulação nas regras dos Fundos de Investimento em Participações (FIPs).

Casos ocorridos no início da década passada “demonizaram” os FIPs, sendo necessário um aprimoramento nos níveis de controle e de governança desses produtos para atrair novamente os fundos de pensão, afirmou Martins.

As grandes entidades de previdência fechada do país, como Previ, Petros, da Petrobras, e Funcef, da Caixa, investiram em um passado não tão distante em fundos do tipo que geraram prejuízos expressivos aos segurados, não apenas por condições adversas do mercado, mas por suspeitas de práticas de corrupção dos gestores, principalmente quando relacionados a investimentos no setor de óleo e gás.

Fonte: Infomoney

Déficit dos fundos de pensão desacelera, aponta relatório da Previc

Publicado em: 27/07/2020

Após registrar déficit no início da pandemia do novo coronavírus, o resultado das entidades fechadas de previdência complementar melhorou nos meses de abril e maio. Isso é o que aponta o “Relatório de Estabilidade da Previdência Complementar”, divulgado pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) na segunda, 13 de julho.

O documento atesta que com a eclosão da crise em março de 2020, o déficit aumentou abruptamente para R$ 53,4 bilhões. Em abril, a diferença entre déficits e superávits diminuiu para R$ 47,8 bilhões negativos e no mês de maio, o resultado negativo caiu para R$ 36 bilhões.

Segundo a Previc, a desaceleração dos resultados negativos se deu por conta da melhora dos mercados de ações:“Passada a fase aguda inicial, os parâmetros econômicos apresentaram melhoras no decorrer dos meses de abril e maio, a bolsa de valores apresentou recuperação, com reflexo positivo na rentabilidade agregada das EFPC.”

Benefícios garantidos

O relatório enfatiza ainda que o sistema possui liquidez em volume confortável, sem risco quanto ao pagamento de benefícios no prazo médio dos próximos 24 meses. “Todas detêm ativos líquidos em volume suficiente para pagar os benefícios em prazo superior a um ano, sem a necessidade de realização de ativos”, diz a Previc.

Na Previ, a recuperação também está em curso e os números apresentados pela Caixa de Previdência começam a trazer sinais de melhora. “Os meses de abril e maio foram bastante positivos, e junho deve fechar muito bem. Em maio, nosso resultado foi de R$ 4,73 bilhões. Se considerarmos abril, já são R$ 7,31 bilhões de recuperação. Vamos nos recuperar gradualmente, em linha com o comportamento do mercado financeiro, e superaremos essa crise também”, explica José Maurício, presidente da Previ.

José Maurício ainda tranquilizou os participantes ressaltando que os ativos da Previ são sólidos “temos liquidez de curto prazo suficiente para cumprir nossa missão de pagar benefícios, não precisamos vender ativos em condições desfavoráveis”, concluiu.

Previdência sólida

Em recente entrevista, o Diretor Presidente da Abrapp, Luís Ricardo Marcondes Martins, afirmou que o sistema de Previdência Complementar Fechada apresenta-se sólido.

“O sistema tem liquidez e a solvência é muito expressiva, está bem estruturada. Além disso, não está havendo volume expressivo de saques nos fundos instituídos, nos quais são permitidos os resgates. Isso denota maior preocupação das pessoas de não mexer em suas reservas de longo prazo”, afirma Luís Ricardo.

Outro ponto abordado pela Abrapp é a participação das Entidades de Previdência Complementar nos financiamentos de longo prazo até mesmo como uma forma de ajudar o País na retomada da economia. Segundo Luiz Ricardo, o sistema além de amparar seus participantes nesta pandemia, pode até mesmo ajudar o Brasil a sair da crise econômica no pós-pandemia.

“A iniciativa privada terá um papel fundamental no processo de retomada. Agora, a poupança de longo prazo, o segmento fechado, é o principal protagonista como veículo de longo prazo. Nosso sistema está pronto para ajudar o País a retomar o crescimento e a superar, o mais rápido possível, os efeitos dessa pandemia”, finaliza.

Fonte: Agência ANABB

Déficit no BB já ultrapassa de 10 mil bancários, afirma confederação

Publicado em: 22/11/2018

Na primeira reunião realizada com o novo superintendente do Banco do Brasil na Paraíba, no Sindicato dos Bancários do Estado, os diretores da entidade apresentaram uma pauta cobrando da Superintendência do Banco do Brasil providências acerca do caos que vem tomando conta das agências com os processos de reestruturação, aposentadorias incentivadas (PDVs) e a falta de funcionários. A precarização dos serviços e a falta de infraestrutura das agências também estiveram na pauta. Participaram da reunião, o superintendente do banco, Antonio Carlos Servo e o gerente geral da agência setor público, Edilberto Jose de Sousa Passos.

O presidente do sindicato, Marcelo Alves, e os diretores Magali Pontes, Francisco de Assis, Paulo Henrique e Jurandi Pereira apresentaram a gravidade do cenário das diversas agências. “O que a gente tem visto, nas visitas às agências de cidades do interior e também da capital é preocupante, as unidades estão funcionando sem a mínima estrutura e os bancários estão sendo cobrados por metas e pressões cada vez maiores, além da violência verbal muitas vezes sofridas por parte de clientes insatisfeitos”.

Levantamento do déficit

A Superintendência destacou que está sendo feito um levantamento das agências nos Estados, inclusive aquelas com dificuldades de suprimento de quadros. “Esta sendo montado um banco de dados para levantar as prioridades a serem tratadas, já para os próximos dias”, disse o superintendente.

Audiência no STF contra terceirizações

No último dia 28 de setembro, foi realizada uma audiência no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) com o objetivo de discutir uma ação direta de inconstitucionalidade contra a privatização de estatais por parte do governo federal, em específico as do Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal (CEF). Na oportunidade, a presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, apresentou dados reforçando a importância dos bancos públicos. Além disso, ela desmentiu as afirmações de que as empresas estatais têm gestão ineficiente.

“Os números mostram o contrário. No primeiro semestre de 2018, elas apresentaram lucro líquido de R$ 37,3 bilhões e os dividendos que essas empresas vão repassar para a união giram em torno de R$ 5,7 bilhões. Quando analisamos um período maior, de 2002 a 2016, vemos que as empresas estatais repassaram R$ 285 bilhões de dividendos para União. Elas não dão prejuízo. Ao contrário, dão lucro”, disse a presidenta da Contraf-CUT.

A apresentação foi feita durante audiência pública sobre a privatização das empresas públicas, convocada pelo ministro Ricardo Lewandowski antes de tomar sua decisão sobre a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5624. A Contraf-CUT é uma das autoras da ADI.

Banco realizou concurso este ano

O Banco do Brasil lançou, no primeiro trimestre deste ano, um edital de concurso público para preenchimento de 30 vagas em Brasília (DF), Rio de Janeiro (RJ) e São Paulo (SP). No entanto, o certame não foi o suficiente para prover a atual demanda do Banco. Acontece que os bancários da instituição realizaram no final do primeiro semestre, um protesto exigindo do banco e do governo a realização de concurso público e contratações para suprir a falta de funcionários em todos os locais de trabalho.

“O Sindicato exige contratações diante deste desmonte promovido pelo governo federal. O banco deveria era melhorar as condições de trabalho dos funcionários, pois lucrou R$ 3 bilhões neste primeiro trimestre, 20% a mais do que o mesmo período do ano passado”, disse o funcionário do BB Davi Basso, diretor da Fetec e conselheiro consultivo da Previ.

De acordo com o Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região, nos últimos 12 meses, o Banco do Brasil fechou 1.983 postos de trabalho e 270 agências no país, causando inclusive conflitos nesses locais de trabalho entre a população e bancários. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) informou que a instituição tem um déficit de mais de 10 mil escriturários na área de atendimento.

Fonte: Notícias Concursos

Sindicato cobra e superintendente diz estudar déficit de funcionários do BB na PB

Publicado em: 09/10/2018

O déficit de funcionários das agências do Banco do Brasil segue preocupante em todo o país. Especificamente na Paraíba, sem concurso válido desde 23 de dezembro de 2015, a necessidade preocupa os funcionários. As agências da região atuam hoje com um quadro de funcionários reduzido, o que acarreta em uma qualidade de atendimento à população precária.

Esse foi um dos temas abordados na reunião entre representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf CUT) da Paraíba e o superintendente do Banco do Brasil no estado, Antonio Carlos Servo. O encontro foi realizado no dia 19 de setembro.

Foram debatidos os processos de reestruturação realizados nas agências, as aposentadorias incentivadas e, principalmente, a falta de funcionários. Tal carência, segundo os funcionários, afeta significativamente as atividades das agências.

“O que a gente tem visto nas visitas às agências de cidades do interior e também da capital é preocupante. As unidades estão funcionando sem a mínima estrutura e os bancários estão sendo cobrados por metas e pressões cada vez maiores, além da violência verbal muitas vezes sofridas por parte de clientes insatisfeitos”, expuseram os diretores da Contraf-CUT. Foram eles: Magali Pontes, Francisco de Assis, Paulo Henrique e Jurandi Pereira. Além deles, esteve presente o presidente do sindicato, Marcelo Alves.

A superintendência do BB disse que está sendo feito um mapeamento das condições de funcionamentos das agências em todo o estado. Estão sendo priorizadas as agências que apresentam um estado mais crítico, inclusive as que apresentam dificuldades em relação aos quadros de funcionários. “Está sendo montado um banco de dados para levantar as prioridades a serem tratadas, já para os próximos dias”, prometeu o superintendente do BB.

O presidente do sindicato, Marcelo Alves, se mostrou satisfeito com as soluções apresentadas na reunião, mas reforçou que continuará cobrando ações efetivas sobre os temas abordados no encontro. “Todo o processo de reestruturação trouxe um quadro agravante, que reduziu o quadro funcional, culminando com a precarização do atendimento e das condições de trabalho. É contra esse cenário caótico, que a diretoria do sindicato saiu em defesa da categoria e cobrando solução para a situação”, enfatizou.

Fonte: Folha Dirigida

Previ volta a ter déficit em plano de benefício definido

Publicado em: 12/07/2018

A turbulência dos mercados em maio afetou o desempenho dos fundos de pensão. Com o resultado negativo de R$ 7,5 bilhões no mês, a maior fundação da América Latina, a Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, voltou a acumular déficit no ano, de R$ 7,1 bilhões, no Plano 1, de benefício definido.

Outra fundação que também teve resultado negativo em maio foi a Valia, dos funcionários da Vale. O recuo de 0,62% foi o primeiro desempenho negativo em 2018. O resultado do ano, contudo, está positivo em 3,2%.

No caso da Previ, a fundação fez distribuição de superávits de 2007 a 2013, quando suspendeu contribuições e pagou benefícios especiais temporários. Em 2015, teve um resultado negativo de R$ 16 bilhões, recuperado a partir de janeiro deste ano, quando o superávit chegou a R$ 1,3 bilhão. O resultado positivo subiu para R$ 1,8 bilhão em março, caindo novamente em abril para R$ 421 milhões. “Um ano de eleição traz muitas incertezas, mas essa volatilidade no mercado não significa a materialização de um prejuízo”, destacou a Previ, em nota aos associados.

egundo a fundação, os mesmos ativos que geraram os superávits no passado são os que estão agora subvalorizados. A variação do valor dos investimentos do Plano 1 em maio de 2018 foi negativa em aproximadamente R$ 5,6 bilhões, de acordo com a Previ.

O plano, cujo ativos são avaliados em mais de R$ 161 bilhões, tem exposição de R$ 74 bilhões em renda variável. A carteira a mercado, de R$ 32 bilhões, teve recuo de 14,84% em maio, enquanto a de participações (R$ 41,5 bilhões) caiu 0,09%. Já a carteira terceirizada, de quase R$ 500 milhões, caiu 11,57%. No resultado consolidado, o Plano 1 teve queda de 3,5%. No Previ Futuro, de contribuição definida, o recuo foi de 3,27% em maio.

O desempenho dos fundos de pensão foi afetado pelas incertezas geradas pela greve dos caminhoneiros e pela surpresa com a manutenção da Selic pelo Banco Central em 6,5%, além da expectativa de aperto maior de juros nos EUA. Um levantamento da consultoria Aditus com 110 fundos de pensão clientes, que reúnem R$ 203 bilhões em ativos distribuídos em 239 planos de benefícios, mostra que o resultado agregado das fundações em maio ficou negativo em 0,6%, ante meta de 0,86% (considerando INPC mais 5,2% ao ano). O estudo não inclui a Previ.

Segundo o estudo da Aditus, em maio, os investimentos em renda variável passiva recuaram 10,71% reduzindo os ganhos no ano para 2,44%. Já a ativa caiu 8,99%, levando a uma queda de 1,32% no ano. Os multimercados perderam menos no mês – 0,31%- com ganho de 2,45% nos cinco primeiros meses de 2018. A renda fixa tradicional teve alta de 0,43% no mês e de 2,59% no ano. A renda fixa atrelada à inflação teve queda de 1,6% em maio, mas ainda acumula ganhos de 2,22% em 2018.

“O mês foi realmente muito ruim, por muitos fatores. Em momentos recentes mais complicados, como a eleição do Donald Trump, nos Estados Unidos, e a delação premiada dos irmãos Batista, a turbulência foi mais pontual. Maio de 2018 foi muito pior”, disse o sócio da Aditus, Guilherme Benites.

No acumulado do ano, 77% dos planos estão acima da meta atuarial – de 3,24% -, contra 23% que estão abaixo. A mediana dos resultados dos cinco meses de 2018 é de 2,57%.

Benites lembra que a volatilidade era esperada para 2018, especialmente por causa do ano eleitoral, mas o movimento ocorreu antes do esperado. “Não tenho visto grandes mudanças de rumo das fundações. A macroalocação deve ser respeitada, com algum ou outro ajuste. Não vejo alteração relevante nos planos, mas há um certo desânimo sobre o que fazer daqui para a frente. Não espero muita atividade nos próximos meses”, afirmou.

Fonte: Valor Econômico

Equacionamento de Déficit – Grupo C

Publicado em: 03/02/2017

O plano Regulamento Geral (Grupo C) acumulou resultado negativo nos anos de 2013, 2014 e 2015, e para recuperar o seu equilíbrio, o Economus elaborou Plano de Equacionamento de Déficit. Mas primeiro vamos explicar o que é déficit.

O Déficit em um plano de previdência ocorre quando os benefícios a serem pagos (provisão matemática), são superiores aos recursos disponíveis (ativos). O plano fica equilibrado quando há uma igualdade entre os dois valores.

Equacionamento tem o objetivo de retomar o equilíbrio entre os recursos disponíveis e a provisão de benefícios a serem pagos.

 


Os déficits foram ocasionados por 3 principais fatores. Veja a seguir a explicação de cada um.O plano apresentou resultado negativo em 2013 de R$ 182 milhões, em 2014 o déficit diminuiu para R$ 138 milhões, no entanto, não foi feito equacionamento na época, pois estes valores estavam dentro das regras estabelecidas pela legislação. Em 2015, houve resultado negativo de R$ 338 milhões, gerando um déficit acumulado de R$ 476 milhões.O que ocasionou o déficit? 

 

 

 

Algumas premissas atuariais foram alteradas para adequar o plano ao aumento da expectativa de vida da população e ao atual cenário econômico. As alterações que impactaram no resultado negativo foram:

• Tábua de mortalidade – tabela que contém as probabilidades de morte e sobrevivência em função da idade;

• Tábua de mortalidade de inválidos –  tabela que reflete a expectativa de sobrevida do participante inválido;

• Entrada em invalidez – tabela que contém as probabilidades de um indivíduo se invalidar em determinada idade;

• Fator de capacidade – fator que representa o poder de compra do salário ou do benefício, entre as datas de reajuste de benefício/salário.

 

 

 

O cenário econômico também influenciou no déficit, devido aos seguintes fatores:

Inflação – Apesar do resultado do segmento de renda fixa ter sido superior a meta atuarial,  o IGPM, que é o índice que corrige a maior parte dos títulos públicos na carteira do plano, apresentou alta 20,93% no acumulado do triênio 2013/2014/2015, frente a variação 24,79% do INPC, sendo que somente em 2015 este último índice apresentou a maior alta desde 2002, subindo 11,28%. O INPC é o índice que corrige o passivo e, portanto, contribuiu para aumentar a provisão dos benefícios a serem pagos.

Queda da Bolsa de Valores – Os índices Ibovespa e Ibrx apresentaram resultados de -28,88% e -17,51%, respectivamente, no acumulado de 2013, 2014 e 2015. O resultado do Economus em renda variável, no mesmo período, apresentou queda de -17,67%, o que contribuiu negativamente para o desempenho dos investimentos do plano;

Investimentos Estruturados – O segmento de investimentos estruturados, representado por Fundos que compram participação em empresas que não são negociadas em bolsa de valores, mesmo apresentando resultado positivo de 37,74% no acumulado de 2013 a 2015, também sofreu devido à retração da atividade econômica, apresentando resultado inferior à meta atuarial (47,91%).

Os fatores acima apresentados contribuiram para que a rentabilidade ficasse inferior à meta atuarial prevista para o plano. Confira a seguir a rentabilidade da carteira de investimentos do plano por segmento de ativo.


Mas o que é a meta atuarial?
 É a rentabilidade necessária para manter o equilíbrio entre a arrecadação e os compromissos atuais e futuros. Composta por uma taxa de juros real adotada na avaliação atuarial mais um índice de inflação.

Qual é o impacto dessa diferença entre a rentabilidade e a meta?

A meta atuarial é a taxa que corrige o valor das obrigações do plano para com os seus participantes (benefícios a serem pagos), enquanto que a rentabilidade incide nos ativos que compõem o seu patrimônio. Como é possível verificar no gráfico a seguir, o valor das obrigações tem crescido em ritmo mais acelerado do que os investimentos/ativos.

Vale lembrar que, apesar das adversidades, o plano obteve a melhor rentabilidade em 2015 comparando-se com todos os planos das Entidades associadas da Abrapp (Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar).

No gráfico a seguir nota-se que o déficit é a diferença entre as obrigações do plano e o patrimônio.

 

 

 

 

Quando um participante entra com pedido judicial de revisão de benefício, geralmente enquanto o processo está em andamento, o Instituto é obrigado a realizar depósito em juízo do montante correspondente à diferença pleiteada do benefício. Como este é um fato imprevisto e não mensurado, o desembolso impacta diretamente no resultado do plano.

Valor a ser equacionado

O valor total do déficit acumulado foi de R$ 476.009.059,98.

Com o objetivo de onerar menos os participantes, foi estabelecida uma nova regra para equacionamento de déficit (clique aqui para ver a legislação), onde o plano de benefício pode conviver com um resultado deficitário, desde que respeitada a margem legal. Assim, o equacionamento é obrigatório somente se o montante ultrapassar esse limite. Veja os gráficos a seguir que ilustram a regra:

 

     

A regra acima mencionada determina um valor mínimo e cabe à Entidade definir quanto irá equacionar de acordo com as particularidades de cada plano.

No caso do Grupo C, será equacionado o valor de R$ 285.605 milhões, que representa 60% do valor total do déficit. Desta forma, remanesce 40% do déficit existente e, dependendo do cenário a ser enfrentado nos próximos anos, poderá ser necessário realizar novo equacionamento.

O valor do equacionamento será dividido paritariamente entre Patrocinadora e Participantes/Assistidos.

 

Percentual da contribuição extra – Além das contribuições vigentes, haverá um incremento dos seguintes percentuais:

 

 

 

 

Prazo para equacionar – Utilizou-se o prazo máximo permitido pela legislação, equivalente a 198 meses ou 16,5 anos (uma vez e meia a duração do passivo calculada em 11,04 anos).Esta contribuição foi aprovada pelo Conselho Deliberativo do Economus e aguarda a aprovação dos órgãos externos, a previsão é aplicar os percentuais a partir de fevereiro.

Fonte: Economus