Operação mira suspeitos de desviar quase R$ 30 milhões do BB

Publicado em: 09/05/2019

A Polícia Civil do Distrito Federal deu início, na manhã desta quinta-feira (9), a uma megaoperação em oito estados e no DF para prender suspeitos de desviar quase R$ 30 milhões do Banco do Brasil entre 2017 e 2018.

Até as 10h30, 15 pessoas já tinham sido detidas (veja lista abaixo). Em Poços de Caldas (MG), o dono e o funcionário de uma empresa de recuperação de crédito foram levados para a delegacia da região. A Polícia Civil do DF informou também que, durante a manhã, apreendeu 23 carros de luxo.

Ao todo, a investigação deve cumprir 17 mandados de prisão temporária e 28 de busca e apreensão em Pernambuco, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Paraná e no DF até o fim do dia.

DF: 3 buscas e 2 prisões
GO: 1 busca e 1 prisão
MG: 5 buscas e 3 prisões
MT: 3 buscas e 1 prisão
SP: 3 buscas e 2 prisões
PR: 4 buscas e 1 prisão
PE: 2 buscas e 1 prisão
SC: 3 buscas e 2 prisões
RJ: 4 buscas e 2 prisões

Entre os alvos estão dois ex-funcionários do banco estatal e empresários de 11 empresas terceirizadas que tinham contrato com a instituição financeira para cobrar dívidas de clientes.

Segundo a polícia, quando o cliente do banco quitava a dívida após contato com a terceirizada, o Banco do Brasil, automaticamente, pagava uma comissão. Só que, em alguns casos, o sistema apresentava inconsistência – uma espécie de erro técnico – e o pagamento tinha que ser feito manualmente por um servidor.

Dessa forma, o banco pagava um valor a mais para a prestadora de serviços e “recebia de volta um valor de propina”, apontou a investigação.

Os policiais civis identificaram que um dos responsáveis por esse pagamento, à época, chegou a receber R$ 4 milhões em créditos ao longo de dois anos. O suspeito foi demitido pelo próprio banco em janeiro. Um outro ex-funcionário também teria recebido R$ 900 mil na conta. A operação foi batizada de Crédito Viciado.

A operação é feita pela Coordenação de Combate ao Crime Organizado (Cecor) e envolve 140 agentes da unidade e de outras delegacias no país.

Denúncia

Foi o Banco do Brasil quem denunciou o esquema para a polícia após uma auditoria interna que descobriu o rombo. Com a investigação, a Justiça autorizou o bloqueio de R$ 16 milhões das contas dos suspeitos.

A prisão é temporária e vale por cinco dias. O grupo vai responder pelos crimes de peculato, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Fonte: G1

BB deixa de identificar origem e destino de R$ 23 milhões a senador Cassol

Publicado em: 08/03/2018

A Polícia Federal recebeu do Banco do Brasil informações incompletas sobre a movimentação financeira de um suspeito alvo de apuração relacionada ao senador Ivo Cassol (PP-RO). Após a quebra do sigilo bancário dos investigados, incluindo o parlamentar, o banco forneceu à PF, sem identificar origem e destino, dados referentes a R$ 23 milhões de um total de R$ 87 milhões em transações. Cassol é suspeito de ser beneficiário, quando governou Rondônia, de um esquema envolvendo a empresa VP de São Paulo Construtora, responsável pela extração de madeira na área das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, no Rio Madeira. O inquérito tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2013.

Atualização – Após a publicação da notícia, o Banco do Brasil, por meio de sua assessoria de imprensa, encaminhou a seguinte nota: “O BB atendeu ao pedido pelo Sistema de Investigação de Movimentação Bancária (Simba), em 08/07/2015, dentro do prazo determinado pelo STF e seguindo o mesmo padrão de informações utilizado para pedidos judiciais. Desde a resposta, há quase três anos, o BB não recebeu nenhum pedido complementar de informações, o que é comum em solicitações desse tipo, conforme convenções do sistema Simba. O BB permanece à disposição da justiça para colaborar no que for necessário para o esclarecimento dos fatos.”

Fonte: Época Negócios