O Banco do Brasil anunciou nesta terça-feira, dia 3, um “rodízio” em algumas de suas vice-presidências e também no comando do seu fundo de pensão, a Previ. As indicações ocorrem a um semestre do fim da gestão atual, de Paulo Caffarelli, que pode ser substituída após as próximas eleições presidenciais.
O Estadão/Broadcast apurou que as mudanças fazem parte de uma estratégia de mais agressividade do BB. Os indicados, cujos nomes ainda terão de ser ratificados pelo Conselho de Administração, vão concluir o mandato no triênio 2016/2019.
O atual presidente da Previ, Gueitiro Genso, deve voltar para o BB, do qual é funcionário há 33 anos, para tocar a vice-presidência de Distribuição de Varejo e de Gestão de Pessoas, no lugar de Walter Malieni. Este, por sua vez, será indicado para assumir a vice-presidência de Negócios de Atacado do banco.
O atual responsável pelo atacado, Antonio Maurano, deixa a alta cúpula do BB para assumir a presidência da holding de seguros do banco, a BB Seguridade, no lugar de José Maurício Coelho – este executivo passa a comandar a Previ.
Também houve mudança na presidência de Serviços, Infraestrutura e Operações. Carlos Vasconcelos Araújo decidiu tocar um novo projeto e, em seu lugar, será promovido João Rabelo Júnior, que ocupava o cargo de diretor de governo do BB e tem 34 anos de banco.
As mudanças na alta cúpula do BB não terão impacto na mineradora Vale. Segundo a Previ, Genso deixará a presidência da fundação, mas ficará na presidência do Conselho de Administração da mineradora. Seu mandato vai até 2019.
No mercado de previdência complementar fechada, a expectativa é que a troca de comando da Previ não impacte no apoio do maior fundo de pensão do País a pleitos como a abertura de espaço para captação de novos participantes.
Genso defendia ainda a abertura dos fundos de pensão para captação de poupança previdenciária de familiares dos atuais participantes do sistema. O tema aguarda decisão do Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC) há mais de dois anos.