Bancos eliminaram 2.846 vagas no primeiro semestre, diz Caged

Publicado em: 25/07/2018

Os bancos eliminaram 2.846 postos de trabalho em todo o país no primeiro semestre de 2018. Foram 13.948 admissões e 16.794 desligamentos no período. Apenas em junho, 171 empregos foram eliminados. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Emprego é o assunto a ser discutido na próxima mesa de negociação com a Fenaban da Campanha Nacional Unificada 2018.

Os bancos múltiplos com carteira comercial – categoria que engloba Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil – foram responsáveis pelo fechamento de 1.804 postos nos seis primeiros meses do ano. A Caixa eliminou 1.101 postos no período, em grande parte devido ao Programa de Desligamento de Empregados, lançado em 22 de fevereiro. Juntos, esses cinco bancos empregam cerca de 90% dos bancários no país.

Campanha 2018 reivindica defesa dos empregos

A Campanha Nacional Unificada 2018 da categoria bancária começou em maio, com a entrega da pauta de reivindicações à Fenaban no dia 11, e um dos principais eixos é justamente a defesa dos empregos, tema da próxima rodada de negociação com os bancos, na quarta-feira 25.

O lucro dos cinco maiores bancos que atuam no país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander) passou de R$ 58 bilhões, em 2016, para R$ 77,4 bilhões em 2017, crescimento de 33,5%.

No 1º trimestre de 2018, foram R$ 20,6 bilhões de lucro, 20,4% de aumento em relação a igual período de 2017, quando essas instituições lucraram R$ 17,1 bilhões.

“Os números demonstram que, apesar do setor da economia que mais lucra, independentemente de qualquer crise, os bancos não contribuem com a sociedade na manutenção e oferta de postos de trabalho. Pelo contrário, eliminam cada vez mais vagas, ao mesmo tempo que aumentam as tarifas e elevam os juros”, salienta Neiva Ribeiro, secretária-geral do Sindicato.

Desde 2012 bancos lucraram R$ 426,4 bilhões

A partir de 2012, assiste-se a nova inflexão no emprego bancário, com o saldo de empregos no setor sistematicamente negativo, acumulando 57.045 postos de trabalho a menos entre janeiro de 2012 e junho de 2018. De 2012 a 2017, houve uma redução de 11,5% na categoria. No mesmo período (2012 a 2017), os cinco maiores bancos lucraram R$ 426,4 bilhões em termos reais. Somente em 2017, estas mesmas instituições financeiras eliminaram 17,9 mil postos de trabalho.

São Paulo registrou 57,8% das admissões e 53,7% do total de desligamentos, apresentando o maior saldo negativo no emprego bancário no período analisado, com 955 postos fechados no ano.

Desigualdade entre homens e mulheres

As 6.729 mulheres admitidas nos bancos entre janeiro e junho de 2018 receberam, em média, R$ 3.452. Esse valor corresponde a 71% da remuneração média recebida pelos 7.219 homens contratados no mesmo período. A diferença de remuneração entre homens e mulheres também é verificada nas demissões. As 8.338 mulheres desligadas dos bancos recebiam, em média, R$ 5.571, o que representou 74% da remuneração média dos 8.456 homens desligados dos bancos.

Faixa Etária

Os bancos continuam concentrando suas contratações nas faixas etárias até 29 anos, em especial entre 18 e 24 anos. Foram criadas, de janeiro a junho, 5.142 vagas para trabalhadores até 29 anos. Acima de 30 anos, todas as faixas apresentaram saldo negativo (ao todo, menos 7.988 postos), com destaque para a faixa de 50 a 64 anos, com fechamento de 3.958 postos no período.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Bancários vão se unir a outras categorias para fortalecer luta pelo emprego

Publicado em: 03/08/2017

Reunidos durante três dias na 19ª Conferência Nacional, os cerca de 700 delegados que representaram bancários de todo o país definiram hoje (30) um plano de lutas em defesa dos empregos, dos bancos públicos e de resistência à retirada de direitos imposta pelas contrarreformas trabalhistas e da Previdência em curso no governo de Michel Temer (PMDB). No início de agosto, representantes da categoria entregarão à Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) um documento político reivindicando termo de compromisso contra a retirada de direitos. Em 2016, após 31 dias de greve, a campanha nacional unificada garantiu aos bancários um acordo com validade de dois anos para todos os trabalhadores de bancos públicos e privados do país.

“Como fechamos um acordo de dois anos, nossa estratégia este ano é unir forças com outras categorias contra o desmonte trabalhista. Consolidado o golpe no ano passado, os trabalhadores estão mobilizados contra o retrocesso imposto pela reforma trabalhista. Estamos unidos também em defesa dos bancos públicos, contra a terceirização e precarização do trabalho, conforme aprovado em nosso plano de lutas “, disse a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva.

O plano de lutas inclui aprofundar o debate sobre os impactos da reforma trabalhista, a resistência e a defesa do emprego e combate à terceirização sem limites e precarização do trabalho, além da luta pelo restabelecimento do Estado democrático de direito, o fortalecimento dos bancos e empresas públicas, e da democracia.

O presidente da Contraf-CUT e um dos coordenadores do Comando Nacional dos Bancários, Roberto von der Osten, destacou rechaçar quaisquer alterações nos contratos de trabalho. “Queremos respeito a todas as cláusulas da nossa Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Não aceitaremos, por exemplo, a prevalência do negociado sobre o legislado, que tem o objetivo de retirar direitos. E queremos garantias de respeito aos empregos e direitos da categoria”, afirmou.

Lucro dos bancos

Nos três primeiros meses do ano, o lucro líquido dos cinco maiores bancos atuantes no Brasil (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú-Unibanco e Santander) atingiu a marca de R$ 17,3 bilhões. Um crescimento de 30% em relação a igual período do ano passado.

No primeiro semestre, os bancos fecharam quase 11 mil postos de trabalho. O setor financeiro passa por forte reestruturação tecnológica com impacto profundo no emprego bancário. A digitalização das transações bancárias e de diversas etapas do trabalho avança a cada ano. Atualmente, 57% das transações financeiras são realizadas na internet ou no celular.

“O avanço tecnológico é positivo, mas os ganhos precisam ser compartilhados com toda a sociedade. A tecnologia precisa de fato melhorar a vida das pessoas. Todos precisam ganhar com esse processo e não apenas os banqueiros, como vem acontecendo, já que estão demitindo bancários e elevando as tarifas dos clientes. Da forma como a tecnologia vem sendo implementada nos bancos ela acabará gerando maior desigualdade social”, disse Ivone Silva.

Os bancários são uma das poucas categorias no país com convenção coletiva de trabalho (CCT) válida nacionalmente. São cerca de 504 mil trabalhadores, dos quais 142 mil na base do sindicato de São Paulo.

Fonte: Rede Brasil Atual

BB intensifica ações para desenvolvimento do setor produtivo de MS

Publicado em: 08/02/2017

O BB mobiliza toda sua estrutura no atendimento, análise e liberação de operações que utilizam recursos do FCO – Fundo Constitucional para Financiamento do Centro-Oeste, visando incentivar o setor produtivo a empregar um volume ainda maior do capital do Fundo. O Banco do Brasil é o banco que mais investe no desenvolvimento do Estado.

Com o objetivo de contribuir com o desenvolvimento do setor produtivo através de medidas de incentivos de aplicação do FCO, o Banco do Brasil, em nova ação, está mobilizando os seus funcionários no Mato Grosso do Sul para a realização do dia “D” do FCO Rural e demais oportunidades do agronegócio, entre esta quinta-feira, 02, até o próximo dia 09/02. A ação prevê um intenso movimento de oferta ativa, visitas e uma apresentação das condições da linha de crédito aos produtores rurais e entidades de classe, em todas as agências do BB no Estado.

Notadamente em relação ao FCO Rural cabe destacar que é um conjunto de financiamentos voltados para o atendimento ao setor produtivo agropecuário e agroindustrial, visando contribuir para o desenvolvimento econômico e social da região Centro-Oeste. Com ele você pode financiar a aquisição de materiais e equipamentos de uso destinados à armazenagem, barragens, obras civis, máquinas, implementos, energia, irrigação, entre outras atividades.

A linha de crédito apresenta condições e taxas atrativas a partir 0,71% ao mês, estabelecidas de acordo com o perfil do cliente. Com a aplicação do bônus de adimplência, a taxa mínima fica em 0,60% ao mês.

O prazo de pagamento para operações de investimento pode chegar a 20 anos, incluso até 12 anos de carência para o pagamento da primeira prestação, conforme a atividade financiada. Outro grande diferencial é o bônus de adimplência, benefício que possibilita o rebate mensal de 15% do valor dos juros pagos nas parcelas do empréstimo.

O saldo da carteira de FCO de Mato Grosso do Sul é de R$ 5,5 bilhões. Em 2016, a cada 100 operações contratadas, 98 foram pelo Banco do Brasil, principal agente financeiro, cuja participação no crédito rural do Estado é na ordem de 86,76%.

Com o objetivo de incentivar continuamente o desenvolvimento do Estado, o Banco do Brasil tem realizado nos últimos meses diversas ações que promovam melhorias na eficiência operacional, já refletido no último mês de Dezembro, com a evolução de 79,8% no desembolso de FCO em Mato Grosso do Sul, comparado a média dos demais meses do ano de 2016.

Os recursos disponíveis para o exercício de 2017 representam R$ 2,24 bilhões, sendo R$ 1,12 milhão para o segmento rural e R$ 1,12 milhão para o empresarial. As contratações podem ser realizadas nas agências do Banco do Brasil, por meio de seus gerentes de relacionamento, funcionários qualificados e preparados para prestação de consultoria financeira, sendo necessário possuir conta corrente ativa, cadastro atualizado e limite de crédito com risco adequado as condições da linha.

Fonte: A critica

Correios têm novo prejuízo de R$ 2 bi e recebem aval para PDV

Publicado em: 06/01/2017

Vivendo a mais grave crise financeira de sua história, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) fechou o ano passado com prejuízo em torno de R$ 2 bilhões. O rombo é praticamente igual ao de 2015, mas a cúpula da estatal aposta em algumas medidas para reverter esse cenário. O balanço oficial ainda não foi divulgado.
“A meta é déficit zero neste ano. Quem sabe ficamos levemente no azul”, diz o presidente Guilherme Campos.

Na quinta-feira passada, os Correios obtiveram a última autorização necessária – do Ministério do Planejamento – para a abertura de um programa de demissões voluntárias. O quadro de pessoal chega a 117 mil funcionários e cálculos da empresa apontam que até 14 mil se enquadram nos critérios exigidos pelo plano. A meta é ter de 6 mil a 8 mil adesões, com economia anual entre R$ 850 milhões e R$ 1 bilhão.

Anunciado em novembro, o PDV deve ser aberto oficialmente no dia 9 ou no dia 16. O público-alvo são empregados com mais de 55 anos, com tempo de serviço para requerer aposentadoria. Quem aderir ao programa receberá por dez anos um valor calculado com base na média salarial dos últimos cinco anos e no tempo de serviço.
Além disso, outro reforço no caixa virá de um provável recomposição das tarifas postais em fevereiro ou março. Campos afirma que há uma necessidade de reajuste de 5,83% por causa do represamento das tarifas em anos anteriores, quando sequer houve repasse integral da inflação.

No fim de novembro, os Correios tentaram licitar a rede do Banco Postal, mas não receberam nenhuma proposta. Para não interromper a prestação do serviço, foi firmado um contrato temporário com o Banco do Brasil. O BB, cujo contrato com a ECT para o Banco Postal tinha acabado, poderá ficar até mais três anos à frente da rede. Para isso, pagará R$ 5 milhões por mês, além de um adicional por faturamento. A estimativa da instituição é que o desembolso mensal seja de R$ 24 milhões. Trata-se de um valor bastante inferior ao desejado pelos Correios na licitação. A ECT esperava receber R$ 1,2 bilhão por um contrato de dez anos, mais uma tarifa por transação e bônus de performance por agência.

Campos esteve hoje com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, a quem disse ter feito um relato das últimas ações para recuperar financeiramente a empresa. O executivo também afirmou ter parabenizado Meirelles pelas medidas que tentam baixar as taxas de juros pelo crédito rotativo dos cartões – uma bandeira que Campos, ex-deputado federal pelo PSD de São Paulo, defendia vigorosamente na Câmara.

Fonte: G1