A bancária aposentada do Banco do Brasil, Idália Martins, fala sobre a conquista do direito das mulheres participarem de concurso público no Banco do Brasil. Já em 1971, a luta contra o machismo e em defesa da igualdade de gênero já eram consideradas prioritárias. “Ouvimos tudo que era desaforo no banco, mas conseguimos nos impor”, revela.
Idália que foi uma das primeiras bancárias concursadas do Banco do Brasil no Rio Grande do Sul, destaca também a importância dos direitos civis. “Meu marido era o homem mãe. Comecei a namorar meu segundo marido e, quando tive a primeira filha com ele, eu não pude registrá-la, porque a lei não permitia que se atribuísse prole adulterina a mulher casada. Foi regularizar isso só muito tempo depois.”
A bancária aposentada lamenta a onda conservadora que assola o país. É lamentável que esteja acontecendo isso, mas isso não é uma coisa isolada. Não é apenas um ataque às mulheres. É uma guinada não só nas últimas conquistas, mas de todo o século XX.
Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região