Bancários do BB no Espírito Santo definem propostas em defesa da Cassi

Publicado em: 13/09/2019

Bancários e bancárias do Banco do Brasil no Estado do Espírito Santo participaram na noite desta quinta-feira, 12, da plenária sobre o custeio e sustentabilidade da Cassi. Durante o encontro, os bancários elegeram os delegados capixabas para o Encontro Nacional de Saúde dos Funcionários do BB, que ocorrerá no dia 28 de setembro, em São Paulo, e definiram as principais propostas que serão defendidas pelos bancários capixabas para sanar os problemas financeiros da caixa de assistência.

A manutenção da solidariedade e da proporção de 40/60 para o custeio da Cassi estão entre as principais alternativas apresentadas pelos bancários capixabas. “Vamos defender a garantia dos nossos direitos, a solidariedade, o direito a ter um plano de saúde para a vida toda, mantendo a nossa dignidade. Também vamos lutar para que a Cassi continue ampliando o programa de atenção primária à saúde. É importante que os bancários estejam atentos a todos os informativos, participem da mobilização, dos eventos que serão realizados e usem a camisa. Quem tiver dúvidas, pode procurar os diretores do Sindibancários/ES ou o Conselho de Usuários. O momento é de união, resistência e mobilização em defesa da Cassi. Precisamos nos sentir parte da nossa caixa de assistência, que é uma conquista nossa”, enfatiza a diretora do Sindibanários/ES, Goretti Barone.

A plenária contou com a participação do coordenador geral do Sindibancários/ES, Jonas Freire. Bancário do Banestes, ele foi convidado para falar sobre a situação da Banescaixa, que passou pelo desmonte bem similar ao que o BB quer impor à Cassi.

“Os bancários do Banestes tinham um plano similar à Cassi, com pagamento por percentual. Em 2009, com o argumento de que o plano apresentaria déficit, o banco acabou com a solidariedade e passamos a contribuir por dependente. O resultado desse desmonte foi que, após dez anos, o plano consumiu toda reserva que tinha e hoje apresenta déficit. Os mais prejudicados foram os aposentados, que perderam o direito à contribuição do banco e hoje pagam um valor altíssimo, similar a um plano de mercado. Além disso, enfrentamos agora uma redução drástica da rede de médicos e hospitais credenciados, que vem prejudicando todos os associados”, enfatiza Freire.

Sexta é dia de defender a Cassi!

Os bancários também aprovaram um dia de luta permanente em defesa da Cassi. Toda sexta-feira, bancários e bancários do BB devem vestir a camisa “A Cassi é nossa”, que está sendo distribuída pelo Sindibancários/ES. Quem ainda não tem, pode entrar em contato com o Sindicato para solicitar a sua.

Confira as propostas defendidas pelos bancários capixabas:

  • É primordial manter o princípio da solidariedade na Cassi, definido desde sua criação em 1944;
  • Somos contrários a qualquer alteração estatutária;
  • Que qualquer alteração de custeio seja feita via memorando de entendimento;
  • Concordando com a elevação da nossa contribuição no percentual necessário para a cobertura do custeio, mantendo a proporção 40/60;
  • Garantir a ampliação da Estratégia Saúde da Família, buscando sua implementação em todo o país;
  • Somos contrários ao aumento de coparticipação para fins arrecadatórios, uma vez que a mesma só pode ser usada para fins educacionais e de controle;
  • Realizar um seminário nacional para discutir a sustentabilidade da Cassi, com participação das entidades do funcionalismo e do movimento sindical.

Delegados eleitos para o Encontro Nacional de Saúde:

  • Goretti Barone
  • Mônica Ferreira de Almeida
  • José Carlos Noronha Camargo
  • Thiago Duda

Cassi fechada para debate

Na última terça-feira, 10, empregados da ativa, aposentados, representantes da associação de aposentados e diretores do Sindibancários/ES participaram de uma reunião com o presidente da Cassi, Dênis Corrêa, e a diretora de Administração e Finanças, Ana Cristina Garcia. Durante o encontro, que foi realizado no auditório da Superintendência do banco, os gestores da Cassi apresentaram os resultados dos últimos meses e as medidas emergenciais adotadas para manter o equilíbrio das contas. No entanto, os associados não puderam questionar ou debater a situação da Cassi.

“Foi importante a vinda do presidente e da diretora de Administração. No entanto, foi um espaço apenas para informação, onde os associados sequer puderam debater questões pertinentes sobre o plano. É preciso que a Cassi mantenha um canal aberto de diálogo. Não basta fazer insinuações ou instalar o terror sobre o fim da Cassi. É preciso ouvir e dialogar com os usuários sobre outras propostas a respeito da sustentabilidade da nossa caixa de assistência, afinal somos donos e não apenas usuários”, criticou Goretti.

Ataques à Cassi

O Plano de Associados da Cassi apresenta um déficit estrutural, e o banco vem pressionando a categoria para alterar o estatuto da Cassi, com mudanças que seriam prejudiciais aos trabalhadores. A proposta do banco, já rejeitada pelos associados, pretendia quebrar o princípio da solidariedade e a paridade entre ativos e aposentados, transformando a Cassi em um plano similar aos de mercado.

Em junho, o Conselho Deliberativo da Cassi aprovou novo aumento na coparticipação sobre exames e consultas. Os associados passam a ter que pagar 50% do valor de consultas de emergência, ou não, sessões de psicoterapia e acupuntura e visitas domiciliares, e 30% dos serviços de fisioterapia, RPG, fonoaudiologia e terapia ocupacional que não envolvam internação hospitalar.

Os aumentos da coparticipação estavam condicionados ao aporte de recursos pelo BB na Cassi. Mas, até o momento o banco não se manifestou. Por isso, o não houve o reajuste.

Desde julho, a Cassi está sob intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que nomeou uma interventora ligada ao mercado de saúde privada.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Espírito Santo

Inscrições abertas para eleição complementar de delegados sindicais do BB

Publicado em: 06/06/2019

O Sindicato dos Bancários do Espírito Santo está lançando novo edital para convocar as eleições complementares de delegados sindicais no Banco do Brasil. A intenção é completar o quadro de representantes de base para que o total de vagas de delegados e delegadas permitidos pelo Acordo Coletivo de Trabalho seja preenchido.

As inscrições para concorrer vão de 10 a 13 de junho. Já a votação nos locais de trabalho será entre os dias 17 de 24 do mesmo mês.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Espírito Santo

Ex-superintendente do BB no Espírito Santo é indicado para presidir Banestes

Publicado em: 06/02/2019

O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), anunciou na manhã desta quarta-feira (06) o nome do novo presidente do Banestes. O socialista levou o nome de José Amarildo Casagrande ao Conselho Administrativo da instituição, que encaminhará a sugestão ao Banco Central, que fará apreciação da indicação.

O executivo ocupará o cargo após a renúncia de Vasco Cunha Gonçalves, que chegou a ser preso na Operação Circus Maximus no último dia 29 de janeiro. Vasco é suspeito de causar prejuízo de R$ 5 milhões ao Banco de Brasília (BRB) no ano de 2015. Nesta terça (05), Cunha teve a prisão revogada após uma decisão do desembargador Ney Bello, do Tribunal Regional Federal do Distrito Federal (TRF-1).

Amarildo é capixaba, tem 54 anos, é formado em Administração e já foi superintendente do Banco do Brasil em Brasília, Minas Gerais, Amazonas e Espírito Santo, e atualmente está aposentado pelo banco após 39 anos de trabalho. De acordo com o governador do Estado, ele tem experiência no mercado financeiro. “É uma pessoa com conhecimento no mercado financeiro, terá a tarefa de liderar o banco para um avanço tecnológico, uma motivação para os nossos servidores e trabalhadores. Tem a tarefa de fazer com que, nesse ambiente competitivo, que é o mercado financeiro, nós possamos ter um banco com cada vez mais resultados”, disse.

O governador ainda agradeceu ao presidente interino do banco, Silvio Grillo, que está à frente do Banestes desde o último dia 29 de janeiro. “Vocês acompanharam nos últimos dias os acontecimento com relação ao banco e o Silvio (Grillo) nos deu estabilidade. Ele está conduzindo o banco neste momento e está funcionando perfeitamente com toda estabilidade”, contou. Casagrande ainda disse que Grillo deve permanecer no cargo até que o nome de Amarildo seja aprovado pelo Banco Central.

MAURÍCIO DUQUE

O socialista ainda apresentou o economista Maurício Duque como presidente do Conselho do Banestes. Duque já foi secretário da Fazenda no Governo do Estado e presidente do conselho do banco. “Também estou fazendo a indicação do Maurício como presidente do conselho. São pessoas experientes que entendem do mercado financeiro”, completou.

O governador ainda lembrou a coincidência do próprio sobrenome com o do futuro presidente do banco. “Amarildo é Casagrande e todo Casagrande é boa gente, mas não é meu parente”, brincou.

Fonte: Gazeta Online

Sicoob se torna a quinta maior rede de atendimento do País

Publicado em: 08/02/2018

O Sicoob passou a ser a quinta maior rede de atendimento do Brasil, segundo ranking divulgado pelo Banco Central do Brasil. Com 2.697 agências em todo o país, a instituição financeira cooperativa ultrapassou o banco Santander, que ocupava a posição anteriormente. A liderança é do Banco do Brasil, seguido por Bradesco, Caixa Econômica Federal e Itaú.

O sistema cooperativo alcançou a colocação devido à expansão do número de agências no último ano, enquanto as demais instituições financeiras fecharam vários pontos em todo o País. No Espírito Santo, foram sete novas agências inauguradas em 2017.

Para o presidente estadual da instituição, Bento Venturim, qualidades como o bom desempenho e a proximidade que as cooperativas têm conseguido transmitir à sociedade justificam o crescimento contínuo do modelo cooperativista de gestão financeira. “Somente aqui no Estado, mais de 235 mil já participam do Sicoob ES, pois perceberam o potencial transformador da instituição, as facilidades e as características que o tornam atrativo. A tendência é de que esse número só venha a aumentar”, diz.

Venturim ressalta que, por meio das cooperativas de crédito, a gestão das finanças passa a ser mais equilibrada, inclusiva e sustentável, uma vez que é alicerçada nos moldes da economia compartilhada, onde se busca a construção em prol de pessoas ao invés da obtenção de lucro.

Ênio Meinen, diretor de operações do Banco Cooperativo do Brasil, afirma que atualmente, o Sicoob é a única instituição presente em cerca de 200 municípios em todo o Brasil, onde os bancos têm diminuído a sua atividade devido a redução de estruturas físicas.

Nailson Dalla Bernadina destaca que apesar do amplo investimento em melhorias nos canais digitais, o Sicoob ES dá prosseguimento ao seu planejamento de ampliação das áreas de atuação, que atualmente contempla 70 dos 78 municípios capixabas. Hoje são 104 agências no Espírito Santo e mais 11 no estado do Rio de Janeiro, onde a instituição financeira cooperativa também tem atuação.

O Sicoob é o maior sistema cooperativo de crédito do País. Aberto a empresas e a pessoas físicas, trabalha com produtos e serviços tipicamente bancários, com custos menores do que os do mercado. Os associados, que são donos do negócio, participam dos resultados e dispõem de tecnologia que facilita a movimentação. Além disso, têm a mesma segurança que os clientes de bancos comerciais, pois a instituição garante cobertura de R$ 250 mil por cliente.

Com operação no Espírito Santo e no Rio de Janeiro, o Sicoob ES tem mais de 235 mil associados. São oito as cooperativas filiadas: Norte, Leste Capixaba, Centro-Serrano, Sul-Serrano, Sul, Sul-Litorâneo, Sicoob Credirochas e Sicoob Credestiva. O sistema atua em todo o Brasil, com 2,6 mil unidades, e atende 3,8 milhões de associados.

Fonte: Folha de Vitória

Sete gerentes gerais do BB são descomissionados no ES

Publicado em: 30/11/2017

Menos de duas semanas após a reforma trabalhista ter entrado em vigor, sete gerentes gerais do Banco do Brasil foram surpreendidos nesta quarta-feira, dia 29, com a notícia de descomissionamento, uma postura arbitrária e autoritária do banco. A superintendência do BB não explicou os critérios adotados para essa decisão, muito menos dialogou com os funcionários descomissionados, o que intensificou a insegurança entre os bancários e bancárias.

“Além do desrespeito e constrangimento, essa medida causa um forte impacto emocional gerando medo, insegurança e, consequentemente, o adoecimento dos bancários. Uma situação bastante contraditória exatamente no ano em que o banco lançou um programa voltado para a excelência no atendimento”, aponta Evelyn Flores, diretora do Sindibancários/ES.

Para Goretti Barone, diretora do Sindibancários/ES, além das mudanças via reforma trabalhista, essa decisão aumenta a incidência do assédio moral sobre os bancários. “O descomissionamento desses gerentes gerais está afetando um total de sete agências, o que representa quase 10% do quadro de gestores do banco no Estado. A medida também resultou num clima de estresse e instabilidade entre os funcionários do Banco do Brasil no Estado todo”, comenta Goretti Barone.

A diretora pede que os funcionários mantenham a calma, pois o Sindibancários/ES está apurando os fatos para verificar se os comissionamentos ocorreram em nível regional e nacional e também para adotar as devidas providências jurídicas e políticas cabíveis.

Saldos da reestruturação

Em setembro deste ano, dez gerentes de agências bancárias de São Paulo foram descomissionados. A medida foi tomada pela Superintendência Capital e as regionais, com aval da Gepes (Gestão de Pessoas). A diretoria do Sindicato de São Paulo classificou a postura do banco como “uma política de terror”, que permanece mesmo após a reestruturação pela qual passou o banco, há cerca de seis meses.

Nacionalmente, a intenção do banco é reduzir 18 mil funcionários até o fim de 2018 – meta parcialmente alcançada com o lançamento do Plano de Aposentaria Voluntária, ainda no início de 2017. Em Vitória, foram fechadas as agências Rio Branco e Moscoso. Os clientes dessas unidades foram transferidos sem consulta prévia para as agências mais próximas ou para agências digitais. Antes mesmo dessa reestruturação já haviam sido fechadas as agências Vale e Praia do Suá.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Espírito Santo

Descomissionado após reestruturação, bancário do BB ganha direito de incorporar função

Publicado em: 29/06/2017

O bancário do Banco do Brasil Emerson da Silva Santos ganhou na justiça o direito à incorporação de função após descomissionamento provocado pela reestruturação do BB. Emerson exerceu funções comissionadas entre 2005 e 2017. Quando foi descomissionado, exercia o cargo de gerente de relacionamento da agência Iúna, que foi extinto pelo banco, por isso, o bancário foi revertido para o posto efetivo de escriturário.

A Justiça do Trabalho deu ganho de causa ao bancário com base no inciso I da Súmula 372 do TST, que estabelece que “percebida a gratificação de função por dez ou mais anos pelo empregado, se o empregador, sem justo motivo, revertê-lo ao seu cargo efetivo, não poderá retirar-lhe a gratificação, tendo em vista o princípio da estabilidade financeira”.

A decisão deixou claro que a extinção do setor de trabalho do empregado não constitui causa impeditiva do direito à incorporação e que, após longos anos recendo gratificação, o empregado não pode ter seu ganho comprometido por motivo de conveniência administrativa da empresa. “A reestruturação administrativa da empresa, por ser interesse econômico-financeiro, não constitui causa capaz de desonerá-la da obrigação”, determinou a sentença emitida pelo juiz Eduardo Politano de Santana, da Vara do Trabalho de Venda Nova do Imigrante (TRT/17ª).

“A reestruturação do BB é parte de um desmonte do banco, foi desrespeitosa e trouxe diversas consequências para os empregados e para a sociedade. A decisão da Justiça é importante e precisamos recorrer a todos os meios possíveis para garantir nossos direitos. Para enfrentar essas mudanças, temos que fortalecer também nossa luta política, procurar o Sindicato, juntar os colegas da agência e pressionar o banco”, avalia a diretora do Sindibancários Goretti Barone.

Anunciada em novembro do ano passado, a reestruturação do Banco do Brasil incluiu diversas medidas enxugamento da estrutura do banco, como fechamento de agências, redução do número de empregados e extinção de cargos. No Estado, três agências foram fechadas e outras duas transformadas em posto de atendimento. Ocorreram descomissionamentos em massa que afetaram diretamente a vida dos bancários e bancárias e um Plano de Aposentadoria Voluntária (PDV) foi lançado, por meio do qual foram desligados mais de 100 empregados só no Espírito Santo. A meta nacional é demitir 18 mil até o fim de 2018. Vários protestos marcaram a luta contra as medidas.

A ação foi movida pelo Sindicato dos Bancários/ES, assessorado pelo escritório Moreira e Melo Advogados Associados.

Fonte: Sindibancários Espírito Santo