BB estuda 14 países para avançar em novo passo de expansão no exterior

Publicado em: 27/09/2024

O Banco do Brasil avança na estratégia de ter mais presença internacional, ambição traçada pela gestão da presidente Tarciana Medeiros. Neste momento, o conglomerado estuda um conjunto de 14 países distribuídos em regiões como a América Latina, Europa e Ásia, como potenciais alvos para instalar futuras operações.

O mapeamento já está “bastante avançado” e o martelo quanto aos primeiros movimentos deve ser batido nos próximos meses, de acordo com o vice-presidente de Negócios de Atacado do Banco do Brasil, Francisco Lassalvia. “A conjuntura mudou. Então, temos de reavaliar algumas praças, além de reforçar onde já estamos presentes”, disse em entrevista exclusiva ao Broadcast, durante passagem por Nova York. O banco está levantando em torno de R$ 5 bilhões em uma nova rodada de captações na Big Apple para financiar a agenda de sustentabilidade no Brasil.

De acordo com Lassalvia, o banco nunca teve um resultado tão forte na área internacional. No primeiro semestre, o lucro líquido foi de quase US$ 1,3 bilhão, um salto de mais de 87% ante os US$ 671 milhões registrados em igual intervalo de 2023. Os números não consideram os resultados do argentino Patagônia nem do BB Americas, que concentra a operação do banco nos Estados Unidos, e que também tiveram lucros recordes, conforme Lassalvia.

“O resultado da rede externa é complementar ao do Brasil. E esse resultado pode ser muito maior. Então, essa engrenagem que funcionou da rede externa, com as operações mais integradas, trouxe mais resultado e crescimento de ativos para o banco”, diz o vice-presidente do conglomerado.

Presença hoje vai dos EUA ao Japão

Atualmente, o BB está presente nos EUA, com filiais em Nova York e Miami, e também em países como Japão, China, Inglaterra, Portugal, Alemanha, Ilhas Cayman, Áustria, Paraguai e Argentina. Além disso, conta com o apoio de mais de 500 bancos parceiros em 91 países, atendendo a clientes de diferentes praças. O foco nesses países, afirma Lassalvia, é seguir consolidando e integrando as operações do BB como, por exemplo, o movimento feito nos EUA, com a unificação da estrutura do BB Miami com o BB Américas.

Segundo o executivo, a rede externa do banco é fundamental no suporte aos clientes brasileiros, em especial empresas exportadoras, um público de peso na carteira da instituição, que é líder no segmento. No último ano, o BB levantou R$ 44 bilhões para emprestar para clientes brasileiros no Brasil, elevando o montante de captações em 63%. Por sua vez, o saldo da carteira de comércio exterior do banco cresceu 28,7%, chegando a R$ 65 bilhões ao fim de junho último.

“Alguns países tiveram uma corrente comercial e as suas relações diplomáticas com o Brasil mais azeitadas e possuem um potencial de crescimento e sinergia com as médias e grandes empresas clientes do banco”, diz Lassalvia. “Além do que, isso as induz também a se internacionalizar para esses países”, acrescenta.

O vice-presidente do BB diz, porém, que a expansão internacional não será feita a qualquer custo, a exemplo de erros do passado. “A gente quer sair na vanguarda com operações que sejam eficientes e lucrativas, olhando fortemente para a questão dos custos, no sentido de preservar a eficiência do banco”, garante. (Fonte: Estadão)

Notícias FEEBB PR

Bancos brasileiros preveem expansão de 7% no crédito em 2021

Publicado em: 28/01/2021


Diante da pandemia do novo coronavírus, diversos incentivos financeiros foram concedidos a empresas, para que a economia continuasse em movimento, na tentativa de evitar efeitos ainda mais intensos de uma crise econômica no país. Em 2020, o crédito para as empresas registrou crescimento em quase todos os setores da economia.

De acordo com números do Banco Central (BC), até o mês de novembro, a busca por empréstimos cresceu em 38 segmentos.

No mesmo período de 2019, houve procura em apenas 14 segmentos. Ao olhar para o acumulado de janeiro a novembro de 2020, o saldo de crédito para pessoas jurídicas teve alta de 19,9%, para R$ 1,75 trilhão.

Essa injeção de liquidez promovida pelo BC no começo da crise levou as companhias ao mercado de crédito.

Contudo, a maior parte dos empréstimos ficou com grandes empresas, e, em março, as maiores companhias já tinham absorvido 88% dos R$ 93 bilhões de expansão do crédito para pessoas jurídicas no mês.

Dessa forma, esse cenário deixou as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) com apenas R$ 11 bilhões em recursos.

Mudanças e expectativas para 2021

Apesar da chegada da vacina contra a Covid-19, a crise ainda não passou, e a economia continua precisando de estímulos para continuar se movendo.

Portanto, para este ano, os bancos preveem uma expansão de 7% no crédito, conforme a Pesquisa Febraban de Economia Bancária, realizada entre os dias 17 e 21 de dezembro de 2020.

Essa é uma projeção mais otimista que a feita em novembro, quando a perspectiva era de um crescimento de 6,8% para 2021.

“Em 2020, o crédito foi o grande muro de contenção para evitar o colapso da economia, e a pesquisa confirma que em 2021 as concessões tendem a continuar estimulando a atividade”, declara o presidente da Febraban, Isaac Sidney.

Em relação ao desempenho da economia nacional em geral, profissionais de ciências contábeis, analistas e especialistas do cenário econômico demonstram incertezas, devido ao quadro fiscal, redução de estímulos e possibilidade da adoção de novas medidas de distanciamento social.

Ao mesmo tempo, ainda há uma parcela otimista que aguarda um cenário de retomada, motivado especialmente pela vacina, melhoria na questão fiscal e juros baixos.

Fonte: Money Times