BB quer expandir presença internacional e analisa 14 novos países

Publicado em: 19/01/2024

O Banco do Brasil está de olho em 14 países para os quais pode expandir sua estrutura no exterior, com foco no Sudeste Asiático, na África e também em países da Europa em que o banco ainda não está presente de forma física. A lista de potenciais novas geografias inclui Coreia do Sul, Marrocos, Angola e Espanha, além de parceiros comerciais que devem ganhar peso a partir do fortalecimento do chamado grupo dos Brics, como a Índia. Essa lista foi montada a partir da análise, pelo banco, das atividades comerciais de clientes empresariais de grande porte lá fora.

Segundo o vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, Francisco Lassalvia, a ideia é levar o banco a novos territórios com a abertura de agências ou escritórios de representação. De acordo com ele, não necessariamente os 14 países analisados ganharão unidades do banco.

Lassalvia afirma que a lógica é sempre a de acompanhar os negócios que os clientes fazem no exterior. Sob essa luz, o banco percebeu que há um fluxo constante de comércio com a Coreia do Sul, por exemplo. O mesmo acontece com o Marrocos.

Banco é líder no financiamento ao comércio exterior

Essa expansão está relacionada, entre outros pontos, ao enfoque do banco na carteira de crédito de financiamento às exportações. No segmento de pessoas jurídicas, as operações somavam R$ 22,2 bilhões em setembro do ano passado, se consideradas as linhas que antecipam recursos de exportações futuras ou já embarcadas. No ranking de Adiantamentos de Contratos de Câmbio (ACC), o BB fechou 2023 na primeira posição entre os bancos do País.

Lá fora, o BB conta com um banco e uma corretora nos Estados Unidos, o Patagonia, da Argentina, e uma subsidiária na Áustria, a BB AG. Além disso, tem agências em países como Paraguai, Alemanha, e é o único banco brasileiro com unidades no Japão e em Xangai, na China. O público institucional, por sua vez, é atendido ainda por uma corretora em Londres.

O fortalecimento das operações internacionais do BB é um dos motes de Lassalvia e da gestão da presidente do banco, Tarciana Medeiros. Em cada geografia, a estratégia muda. Nos Estados Unidos, por exemplo, ela passa pelo atendimento ao público do chamado “private”, que são os clientes com mais de R$ 5 milhões investidos no banco.

Em Portugal, o BB está investindo na unidade que mantém em Lisboa, de olho na demanda por serviços bancários da comunidade brasileira radicada no país, inclusive de média renda. Neste ano, enviou para comandar a operação Karen Machado, que antes estava à frente do “Open Finance” do conglomerado. Um dos focos dela por lá será tocar o reforço tecnológico que a instituição quer fazer na operação.

Fonte: Estadão

Depois de Novaes, Brandão também fecha agências do BB no exterior

Publicado em: 20/11/2020


André Brandão assumiu a presidência do Banco do Brasil há dois meses com a promessa de reforçar a atuação da instituição no exterior, de forma a prestar um serviço de excelência aos brasileiros que moram e trabalham fora do país. Mas o que está se vendo é exatamente o contrário. Não por acaso, os funcionários do BB estão se sentindo traídos.

Nas últimas semanas, o Banco do Brasil acelerou o processo de fechamento do escritório de Milão e deve fazer o mesmo com o de Madri e com a agência de Paris, apesar da grande quantidade de brasileiros que vivem na Itália, na Espanha e na França. Os postos, dizem os funcionários, são lucrativos e reforçam a marca do BB na Europa.

O encolhimento do Banco do Brasil no exterior também passará pela redução das atividades em Lisboa e em Viena. Todos essas agências são tradicionalíssimas e funcionam como porta de entrada de importantes negócios de comércio internacional. Não está claro para os funcionários do BB o que quer Brandão, que diz uma coisa e faz outra.

O processo de fechamento de agências do BB no exterior começou na gestão de Rubem Novaes, considerado um dos piores presidentes que a instituição teve. De acordo com funcionários do Banco do Brasil, o desastre da administração de Novaes foi tamanho, que, mesmo sendo amigo dele, o ministro da Economia, Paulo Guedes, celebrou a troca de comando no BB.

Falta transparência ao processo

Quem acompanha de perto a redução do Banco do Brasil no exterior garante que há muita coisa errada no processo, e que nada está sendo feito de forma transparente. Também trabalhos feitos por auditorias da própria instituição estão sendo relegados. “A pergunta é: o que o BB quer esconder?”, diz um funcionário do banco.

Em nota encaminhada ao Blog, o Banco do Brasil diz que “promove, desde o início do ano, processo de reestruturação de suas unidades no exterior com o objetivo de ganhar mais eficiência para sua atuação internacional e apoiar as atividades de comércio exterior dos clientes”.

O BB acrescenta que, “entre as mudanças, estão o reforço da atuação em praças que se mostram mais relevantes em nossa operação comercial e o encerramento em outras que apresentam menor retorno, como foi o caso dos escritórios comerciais de Milão e Madrid, cujas atividades serão absorvidas por outras unidades na Europa”.

Para o Banco do Brasil, “o apoio ao comércio exterior e às atividades comerciais dos nossos clientes no exterior continuam sendo prioritárias”. Assinala, ainda, que seu objetivo é “sempre aumentar a eficiência de sua operação”.

Fonte: Blog do Correio Braziliense

 

Fundo de pensão do BB, Previ quer buscar investimentos no exterior

Publicado em: 24/10/2018


A Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, quer aumentar sua carteira de investimentos no exterior. Com mais de R$ 170 bilhões em carteira, quase metade deste valor em ações, a fundação convive há anos com a necessidade de reduzir a concentração de recursos em poucos ativos.

No exterior, a Previ tem hoje menos de 0,10% de suas aplicações (R$ 160 milhões). O objetivo é aproveitar as novas regras de investimento externo aprovadas esse ano pela Previc, órgão que regula e fiscaliza a previdência fechada, para ampliar esta fatia.

A queda dos juros, a crise dos últimos anos e a volatilidade eleitoral restringiram ainda mais suas opções. “Como estamos com essa visão de migração (diversificação), gostaria que tivéssemos mais oportunidades”, disse o diretor de investimentos da Previ, Marcus Almeida.

Segundo ele, o aumento na alocação no exterior deve constar na política de investimentos, que começou a ser revisada e deve ser apresentada em novembro. O fundo também tem interesse em debêntures atreladas à inflação e poderia dobrar o tamanho atual de sua carteira, que é de cerca de R$ 2 bilhões.

Vale

A maior participação da Previ hoje é Vale. São cerca de 16% comprados na época da privatização que representam quase metade de tudo que a fundação aplica em renda variável.

O objetivo é reduzir essa participação e aplicar em outras empresas. O fundo foi o maior investidor na oferta de ações da BR Distribuidora, feita no ano passado. O diretor avalia, porém, que as ofertas esse ano estão mais restritas. “Os IPOs este ano foram pequenos. Aguardaremos novas operações”.

Fonte: Portal Correio

BB fecha agências no exterior, mantém Miami e Japão

Publicado em: 05/10/2017


Banco do Brasil está fechando agências de varejo na maior parte dos mercados fora do país, dentro da estratégia de preservar apenas operações rentáveis, disseram executivos do banco nesta quarta-feira.

Após ter desativado nos últimos meses agências físicas em mercados como Venezuela, Uruguai, Seul e Hong Kong, o BB acaba de fazer o mesmo em Portugal, maior operação de varejo na Europa, onde as unidades de Lisboa e do Porto atendiam somadas cerca de 8 mil correntistas.
A maioria das 19 regiões onde o banco tem agências para clientes pessoa física devem ser desativadas nos próximos meses, com a exceção de Miami, nos Estados Unidos, e do Japão. Mas mesmo no país asiático, o número de unidades do banco foi reduzida de sete para três.

“Só vamos manter agências onde pudermos ter alguma escala e sermos rentáveis”, disse à Reuters o vice-presidente de negócios de atacado do BB, Maurício Maurano.

Os clientes de regiões onde as agências estão sendo fechadas serão encaminhados pelo BB a outros bancos parceiros, disse o executivo.

Em alguns mercados, o BB manterá escritórios de negócios com foco no atendimento a grandes empresas, especialmente filiais de brasileiras no exterior. Além disso, o banco manterá parte da equipe atendendo clientes private, disse o diretor de Corporate Bank, Márcio Moral. Na Europa, por exemplo, esse atendimento será feito a partir de Lisboa.

Unidades de varejo fora da estrutura orgânica do banco, como o BB Americas, em Miami, e o argentino Banco Patagonia, manterão suas operações normalmente, disse Maurano.

O movimento marca uma virada de 180 graus na campanha de internacionalização implementada pelo BB em 2010, quando comprou o Patagonia e uma operação nos Estados Unidos. O BB chegou a negociar parceria com Bradesco e o Banco Espírito Santo (BES) para montar uma operação na África.

Mais recentemente, precisando melhorar a rentabilidade para organicamente fortalecer seus níveis de capital, o banco tem tomado medidas agudas para reduzir de tamanho e cortar custos.

Sob comando do presidente-executivo, Paulo Caffarelli, o banco anunciou no final de 2016 um plano de fechar ou reduzir cerca de 800 agências no país e um programa de demissão voluntária de aproximadamente 10 mil funcionários, o que já foi concluído.

Segundo Maurano, o redimensionamento das operações no exterior obedece a mesma diretriz de aumento da eficiência. Além disso, ele afirmou que o custo regulatório da atividade bancária cresceu muito nos últimos anos de forma global.

“Para nós, o custo de manter 200 ou 10 mil contas é o mesmo; então só vamos ficar onde tivermos condições de sermos minimamente competitivos”, disse Maurano.

Fonte: Portal Terra