Bancário do BB é falsamente acusado de participar de atos antidemocráticos

Publicado em: 16/01/2023

Thiago de Andrade Albuquerque, bancário do BB, está sendo vítima de Fake News nas redes sociais. Postagens relacionam falsamente o nome de Thiago a um homem que participou dos atos antidemocráticos e terroristas do último domingo 8, em Brasília, que culminaram na invasão e depredação das sedes dos três poderes. O homem aparece em um vídeo defecando em uma mesa do STF.

O Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região orienta que qualquer pessoa que tenha compartilhado a fake News apague de imediato a publicação e, caso tenha acesso ao post mentiroso, o denuncie através das ferramentas das redes sociais.

“Fui vítima de Fake News originada na instituição em que trabalho, Banco do Brasil. Meu nome foi vinculado à indivíduo que participou de ato de vandalismo ao STF no último domingo. Informo que durante esses acontecimentos não estava no Distrito Federal”, esclareceu Thiago em publicação na sua página de Facebook.

Nas publicações mentirosas, que associam o nome de Thiago aos atos criminosos, seus dados profissionais e pessoais foram expostos, o que está gerando diversos transtornos ao bancário, inclusive com ameaças à integridade de sua família.

“As medidas cabíveis já estão em curso e estarei afastado de minhas atividades até que a segurança de minha família seja restabelecida. Peço a todos que não propaguem tais informações, caso tenham acesso”, diz Thiago.
Nota do BB

Após Thiago registrar um boletim de ocorrência e apresentar provas de que não é ele que aparece nas imagens dos atos terroristas, o Banco do Brasil publicou nota informando tratar-se de Fake News qualquer associação do nome do bancário com os acontecimentos do último domingo 8.

Leia abaixo a nota na íntegra:

“Imagem de pessoa “defecando” no STF não é de funcionário do BB citado em Fake News em redes sociais

“O BB apurou e afirma que não se trata de funcionário do BB citado em boatos que circulam nesta fake news que surgiu nas redes sociais. O Banco destaca que desconhece a identidade da pessoa que aparece no vídeo, assim como não há indícios de que se trate de um funcionário do BB na cena lamentável.

O Banco ressalta que considera a democracia uma conquista da sociedade brasileira e repudia qualquer ato de violência contra as instituições que representam o Estado Democrático de Direito no país.

O Banco do Brasil auxiliará nas investigações das autoridades competentes no que for necessário para identificar qualquer funcionário que possa ter participado de atos de vandalismo em Brasília, ontem.”

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

TCU suspende parte da publicidade do BB; alvos são sites de fake news

Publicado em: 28/05/2020

O plenário do Tribunal de Contas da União (TCU) determinou nesta quarta-feira (27) que o Banco do Brasil suspenda parte de seus contratos de publicidade, relacionados a propaganda em sites, blogs, portais e redes sociais.

Com a decisão, o plenário referendou uma medida cautelar proposta pelo ministro Bruno Dantas também nesta quarta-feira. A decisão tem como alvo sites acusados de propagar informações falsas e que têm recebido recursos para divulgar anúncios do Banco do Brasil.

A determinação não atinge a publicidade feita pelo banco em portais, sites, blogs e redes sociais vinculados a empresas concessionárias de serviços de radiodifusão. Também não atinge jornais e revistas que existam há mais de 10 anos.

Na cautelar, aprovada pelo plenário, Dantas atendeu a pedido do procurador Lucas Furtado, do Ministério Público junto ao TCU. Furtado pediu investigação de suposta interferência indevida na publicidade do Banco do Brasil do secretário de Comunicação do Planalto, Fabio Wajngarten, e de um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro.

Na semana passada, Carlos Bolsonaro reclamou, em uma rede social, de decisão do Banco do Brasil de suspender publicidade feita em um site que é acusado de propagar informações falsas. Na sequencia, também por uma rede social, Wajngarten sugeriu que iria atuar para que o banco voltasse atrás na decisão.

O Banco do Brasil voltou a veicular publicidade no site acusado de propagar informações falsas.

Na decisão, o ministro Bruno Dantas afirma que é gravíssima a acusação feita pelo Ministério Público de Contas de que recursos do Banco do Brasil “estão sendo drenados para financiar sites, blogs e redes sociais que se dedicam a produzir conteúdo sabidamente falso e disseminar fake news e discurso de ódio”.

Em sua decisão, Dantas condiciona a retomada dos anúncios à edição de uma portaria instituindo um grupo de autorregulamentação publicitária para definir os sites que podem receber os anúncios do banco.

Ele chegou a determinar que a Controladoria-Geral da União (CGU) editasse em até 90 dias a portaria,. Mas quando a cautelar foi aprovada pelo plenário do TCU o ministro acatou a sugestão e alterou a determinação para recomendação e incluiu a Casa Civil. Assim, a recomendação de criação do grupo de autorregulametação publicitária é direcionada à Casa Civil e à CGU.

Segundo o ministro, o grupo que decidirá sobre a publicidade do BB deve ter participação de entidades da sociedade civil, como Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a Associação Brasileira de Jornalistas Investigativos (Abraji), a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e TV (Abert), Associação Nacional das Editoras de Revistas (Aner), a Associação Nacional dos Jornais (ANJ) e o Instituto Palavra Aberta.

Procurada, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República informou que não vai comentar a decisão de Bruno Dantas.

Divergência

O ministro Walton Alencar chegou a propor que a suspensão valesse apenas para o site citado pelo vereador Carlos Bolsonaro e pelo secretário de Comunicação do governo, mas a maioria dos ministros decidiu pela suspensão mais ampla da verba publicitária do banco.

Ao apresentar a decisão, Bruno Dantas afirmou que manter os recursos liberados poderiam gerar de prejuízo ao Banco do Brasil. “Cada dia são milhares e milhares de reais sendo gastos financiando sites de fake news”, afirmou o ministro.

Segundo o ministro, o governo não pode aumentar seus gastos com publicidade sem que “haja uma salvaguarda para que esses recursos acabem por financiar veículos criminosos que atendem contra as instituições democráticas”, disse.

Fonte: Portal G1

Carlos Bolsonaro reclama e BB mantém publicidade em site de fake news

Publicado em: 22/05/2020

O Banco do Brasil voltou atrás da decisão de retirar anúncios do site de fake news Jornal da Cidade Online após reclamação do vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ) nas redes sociais.

Alertado pelo movimento Sleeping Giants Brasil, na quarta-feira (20) o Banco do Brasil anunciou via redes sociais que “repudiamos qualquer disseminação de fake news” e anunciou a retirada e o bloqueio de anúncios no site. No mesmo dia, o filho de Jair Bolsonaro compartilhou o tuíte reclamando que “o marketing do Banco do Brasil pisoteia em mídia alternativa que traz verdades omitidas”.

Segundo informações da coluna Painel, da Folha de S.Paulo desta sexta-feira (22), o Banco do Brasil informou que restabeleceu a verba no mesmo dia da reclamação de Carlos Bolsonaro.

A área técnica, da qual faz parte o filho do general Mourão, Antônio Mourão, considerou excessivo o veto ao site por produção de conteúdo falso. O presidente do banco, Rubem Novaes, defendeu o desbloqueio.

Site bolsonarista

Na Justiça, o Jornal da Cidade Online e seu dono, o jornalista e advogado José Pinheiro Tolentino Filho, são alvo de processos e condenações pela publicação de notícias distorcidas e falsas, com ataques a desembargadores do Rio de Janeiro, em 2018.

Dois magistrados processaram o site, e as indenizações por danos morais foram fixadas em R$ 150 mil e R$ 120 mil.

Mais recentemente, no início de maio, o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Felipe Santa Cruz, ganhou uma ação por danos morais contra o site com indenização no valor de outros R$ 150 mil, também por conta da publicação de uma notícia falsa.

Na CPMI das Fake News, o site é classificado como parte de uma espécie de milícia digital montada para apoiar o presidente e seu governo e espalhar fake news e ataques a adversários.

“Como resultado do processo investigativo, verificamos indícios da prática de condutas ilegais do sr. José Pinheiro Tolentino Filho por meio de seu projeto de comunicação Jornal da Cidade Online. Razão pela qual se faz necessário o aprofundamento das investigações sobre a prática desse agende, bem como identificação de possíveis cumplices e coautores de atos ora investigados”, afirma o requerimento apresentado na CPMI que ainda não foi aprovado.

Fonte: Revista Fórum

Wajngarten sugere intervenção no BB para financiar site de fake news

Publicado em: 21/05/2020

O secretário de Comunicação do Planalto, Fabio Wajngarten, sugeriu em seu Twitter nesta quarta-feira, (20) uma intervenção no Banco do Brasil para que a instituição reveja a decisão de suspender anúncios em um site condenado na Justiça pela difusão de fake news, o Jornal da Cidade Online.

“Estamos cientes da importância do jornalismo independente (referindo-se ao site condenado na Justiça). Nem toda a comunicação do que é público depende de nós, mas já estamos contornando a situação. Agradecemos pelo retorno e pode contar com o governo na defesa da liberdade de expressão. Os jornais independentes são muito importantes e devem ser valorizados no exercício da liberdade de expressão”, disse Wajngarten pelo Twitter.

O financiamento do Banco do Brasil ao site de fake news foi apontado pela versão brasileira do Sleeping Giants, movimento criado nos Estados Unidos para minar a sustentação econômica de sites e canais ligados à extrema direita.

“Oii @BancodoBrasil, tudo bem? Realmente é bom ter a facilidade de usar um app em tempo de pandemia, mas não precisava anuncia-lo em um site conhecido por espalhar Fake News e que é contra o isolamento social. Pls considere bloquear!✊🏽#SleepingGiantsBrasil”, escreveu o perfil no Twitter.

Instantes depois o perfil do Banco do Brasil respondeu ao comentário. “Agradecemos o envio da informação, comunicamos que os anúncios de comunicação automática foram retirados e o referido site bloqueado.
Repudiamos qualquer disseminação de FakeNews.”

Fonte: IstoÉ