Banco do Brasil: ROE de 20% é “sustentável”, diz CEO Fausto Ribeiro

Publicado em: 26/09/2022

O Banco do Brasil disse hoje que espera que seu nível de rentabilidade atual – que está bem acima da média histórica – se mantenha “sustentável” pelos próximos anos. A declaração, feita pelo CEO Fausto Ribeiro durante o BB Day, é uma tentativa de tranquilizar o mercado sobre uma eventual mudança na estratégia e nas políticas do BB num novo Governo.

Nos últimos trimestres, o Banco do Brasil tem conseguido operar com um ROE de 20%, equivalente ao dos grandes bancos privados e bem acima de seu histórico, que gira em torno de 16%. Isso tem sido possível graças a um trabalho de ganho de eficiência feito pela nova diretoria nos últimos anos, bem como um foco maior num portfólio de crédito com retornos melhores.

Para garantir que não haja uma ruptura nessa estratégia, o BB disse que aprovou uma série de mecanismos de governança que devem protegê-lo de eventuais interferências políticas. Essas medidas incluem um plano estratégico de cinco anos e a eleição de um conselho com mais de 50% de membros independentes (não indicados pelo controlador). O banco também criou uma regra que estipula que todos os cargos – de diretor executivo para baixo – só podem ser preenchidos por funcionários de carreira.

Os analistas do Bradesco BBI se disseram “positivamente impressionados” com a estratégia do Banco do Brasil e suas iniciativas de governança. “Manter esses elementos vai ser crucial para conseguir sustentar um ROE num nível estruturalmente superior à média histórica do banco,” escreveram.

O Citi também elogiou as iniciativas e disse que o evento reforçou sua visão “de que o valuation atual parece estar penalizando demais a performance do banco por conta de preocupações com as eleições.” “Acreditamos que independente do resultado [eleitoral], o impacto para a operação será limitado,” escreveram os analistas.

O Banco do Brasil também disse estar preparado para a transformação digital. O banco ressaltou que seus funcionários precisam passar por um processo seletivo “extremamente” rigoroso, e disse que mais de 20 mil deles já foram treinados em data science. O BB também disse que contratou 480 funcionários de tecnologia num processo seletivo recente.

A ação do Banco do Brasil negocia a 0,8x seu valor patrimonial, em comparação a 1,8x do Itaú Unibanco e 1,4x de Bradesco e Santander. O BTG negocia a 2,8x.

Fonte: Brazil Journal

Presidente do BB: ‘Estamos fechando o cerco para que outros bancos não levem nossos clientes’

Publicado em: 19/08/2022

Com cerca de 80 milhões de clientes e crescendo, o Banco do Brasil é cioso de sua posição de mercado. Há um ano e quatro meses na presidência da instituição, Fausto Ribeiro acredita que parte da fórmula que levou ao maior resultado trimestral da história do banco veio de uma visão que busca, em resumo, evitar que os clientes vão embora apenas para ganhar taxas mais altas em produtos isolados.

“Ao olhar o retorno ajustado pelo risco (RAR), no passado, deixávamos de fazer algumas operações. Quando você enxerga o RAR do cliente, que é o RAR ampliado, começa a olhar isso sob outra perspectiva.”, disse ele ao Estadão/Broadcast, em entrevista concedida na sede paulista do banco público. “Se eu o deixo (cliente) ser abordado por outro banco, abro uma janela arriscada. Nós tentamos fechar o cerco.”

Com o lucro crescente, investidores costumam testar o BB sobre possíveis aumentos da distribuição de dividendos. Neste ano, o governo se juntou ao coro. O BB disse não, e Ribeiro nega pressões. “Nunca houve qualquer pressão por parte do governo para pagarmos mais dividendos. Existe total independência.”

O executivo destaca que a relação com os concorrentes é ótima, a despeito da rivalidade de mercado – e de posições por vezes opostas. Isso se estende à Caixa, desde junho presidida por Daniella Marques. “Somos bancos, e naturalmente concorremos. O importante é ter cordialidade e respeito.”

Para o mercado, a principal missão do banco é manter a rentabilidade acima dos 20% mostrados no segundo trimestre. Ribeiro tem dito que isso é possível graças tanto à postura cautelosa do BB quanto pela pujança do agronegócio, em que tem confortável liderança. “O mercado subestima (o banco) há muito tempo. Tenho dito que o Banco do Brasil é um celeiro de craques”, diz ele, funcionário da instituição há 34 anos.

Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista.

Você disse que o BB deve buscar mais parceiros no exterior. Já há discussões?

Para expandirmos o negócio, precisamos ter opções. Tem um número do Banco Central, de que existem US$ 204 bilhões declarados de brasileiros no exterior, em patrimônio. Olha o tamanho desse mercado. Montar uma assessoria qualificada no exterior requer tempo e investimento. Quem tem isso pronto? Grandes players: JPMorgan, Principal, a própria UBS. Como tínhamos uma parceria com a UBS, pedimos para que nos abrissem a porta no mercado americano. Mas a ideia é não ter exclusividade. Primeiro vamos desenhar o processo com a UBS, e com a experiência, abrimos o leque.

Todo mundo está tentando resolver isso via aquisições. O BB não?

Nós já temos o nosso banco, que tem a porta com os empresários brasileiros. Do que os investidores precisam? De um banco, da corretora, que é a BB Securities, e de um advisory.

Como está a busca de um sócio para a BB Asset?

Temos a estratégia de encontrar um parceiro estratégico, de porte internacional, para termos reações mais rápidas, que possam melhorar a gestão em termos de ferramentas, trazer tecnologia e essa internacionalização. O processo avançou, e (o resultado) deve sair até o final do ano.

Os bancos têm dito que não veem sustos na qualidade de crédito de grandes empresas, mas vemos algumas com dificuldades. O BB se preocupa?

Não tem nada grave. A fase ruim já foi, na época das grandes construtoras, que fizeram com que os bancos recuassem. Nas demais, o banco fez um negócio bem amarrado: temos o fluxo de caixa, fazemos a folha de pagamento. A empresa não abre a porta se você não dá crédito, e nós tentamos, em seguida, trazê-la para o ecossistema. No agro é a mesma coisa, as commodities estão lá em cima. Pressiona a inflação, mas o Brasil gera uma riqueza tremenda, nossa balança comercial está ótima. Isso é um bom sinal, e em algum momento vai servir para atenuar pressões. E por outro lado, capitaliza os agricultores.

E o banco pode vender mais produtos a ele?

O agricultor capitalizado amplia sua área de produção, investe em equipamentos e pode buscar alternativas de produção. Ele compra casa, carro. Quando começamos a gestão, mudamos alguns conceitos. Ao olhar o retorno ajustado pelo risco (RAR), no passado, deixávamos de fazer algumas operações. Algumas parecem trazer menos rentabilidade, mas o agricultor também compra máquina, revende, paga salário, compra casa, tem cartão. Quando você enxerga o RAR do cliente, que é o RAR ampliado, começa a olhar isso sob outra perspectiva. Quando cheguei, estávamos em sétimo lugar no câmbio. A briga por taxa no câmbio é dura, e o cliente vai buscar a mais baixa. Se eu o deixo ser abordado por outro banco, abro uma janela arriscada. Um bom vendedor, do outro lado, começa a oferecer outras coisas. Nós tentamos fechar o cerco. Admitimos uma rentabilidade um pouco menor, mas voltamos ao primeiro lugar no câmbio.

O volume das operações é o resultado de o banco abrir mão de margem para manter o cliente?

Abriu mão de um pedacinho da margem para ter todo o negócio. É uma visão ampliada. Talvez isso seja um segredo para termos conseguido fazer bons negócios.

Quem está atacando no agro?

Hoje, são 22 instituições. Na outra safra, o banco tinha R$ 205 bilhões de carteira – hoje, está com R$ 262 bilhões. Tínhamos o Banco do Brasil com uma larga vantagem, em segundo o Bradesco, em terceiro o Itaú, em quarto, o Santander, e aí vinham as cooperativas. Depois, a Caixa. Vejo com muito bons olhos a concorrência. O mercado agro não é fácil. Nosso histórico é muito antigo, nossas primeiras operações datam do primeiro ciclo do café. Em 1954 nasceu o primeiro manual de crédito agrícola, dentro do Banco do Brasil. Tivemos ciclos bons e ciclos ruins. Os agricultores já quebraram várias vezes, e o banco tem experiência para ajudá-los. Temos uma esteira muito rápida. Chegamos a processar 7 mil transações em um dia. Fizemos 625 mil transações na última safra.

Como tem sido o diálogo com a Caixa?

Ribeiro – Sempre mantive um diálogo respeitoso e cordial com a Caixa. Tenho procurado auxiliar a Daniella (Marques), porque ela chegou agora. E ela abraçou uma campanha muito bonita. Criamos o BB pra Elas enquanto ela era secretária do Ministério da Economia, e estava conosco no projeto. O movimento deu tão certo que ela se inspirou, e vai fazer um projeto muito bonito na Caixa.

Vocês já discutiram negócio?

Não deu tempo. Primeiro, ela precisa conhecer a casa, entender a dinâmica de funcionamento, e apaziguar algumas situações. Mas é uma relação positiva. Somos bancos, e naturalmente concorremos. O importante é ter cordialidade e respeito.

E com os privados, como tem sido a relação?

Muito boa. (Octavio de) Lazari (do Bradesco), somos sócios em vários negócios, o Milton (Maluhy, do Itaú) também. Não tenho o menor problema com eles. Concorremos, mas nos respeitamos.

BB e Bradesco levaram nomes para a Cielo, para o posto de CEO?

Foi contratada uma empresa de headhunters. Estamos analisando os nomes, e em breve vamos bater o martelo.

O BB discute fechar o capital da Cielo?

Não passa pela nossa cabeça, temos outras coisas para resolver. O que queremos na Cielo e nas empresas que temos com o Bradesco é que sejam protagonistas.

Alguma delas está abaixo do potencial?

Com a Cielo, estávamos preocupados. Mas o banco e o Bradesco fizeram sua lição de casa.

Na Cielo, há uma dicotomia entre participação de mercado e rentabilidade?

Não. Hoje, o ciclo virou.

Dentro da Cielo, há a Cateno, que tem uma operação do BB. Vocês planejam trazê-la de volta ao banco?

Não surgiu nenhum tipo de discussão, mesmo porque a Cateno é redonda, está gerando bons dividendos para a Cielo. Está todo mundo feliz.

O BB vinha discutindo a venda de ações de empresas como Elo e BV, mas o mercado fechou. O projeto continua?

A ideia continua a mesma. Se tivéssemos um problema de capital, aproveitaríamos as pequenas oportunidades de mercado, mas não temos. Nossa Basileia está boa, vamos pagar 40% do lucro e reter 60%, preservando o capital necessário para crescer. Se não tivermos o preço que julgamos adequado, não temos pressa. Não precisamos vender a qualquer preço, até porque são ativos muito bons. O BV é uma joia, líder do mercado de veículos.

O BV continua sendo um projeto de desinvestimento?

Continua, mas não faz sentido vender sem uma janela boa. Só vamos nos desfazer de qualquer ativo que eventualmente não seja core (principal) por oportunidades boas de mercado.

A discussão com o governo sobre dividendos se deu em quais termos?

Veio por um ofício para as estatais. Nós recebemos a carta e respondemos via carta. Nunca houve qualquer pressão por parte do governo para pagarmos mais dividendos. Existe total independência. Respondemos dizendo que por várias razões e para fazer frente ao guidance, precisamos preservar capital. Não é um desejo só do governo: todos os acionistas querem mais dividendos. Seria maravilhoso se eu pudesse distribuir 100%, mas como guardião do banco, para mantermos a estratégia, preciso preservar esse capital.

Como viu a reação aos resultados?

Fiquei muito impressionado. Colocamos o banco para focar naquilo em que sempre foi protagonista.

O banco tem surpreendido o mercado nos últimos trimestres. O mercado subestima o Banco do Brasil?

O mercado subestima há muito tempo. Tenho dito que o Banco do Brasil é um celeiro de craques. Olha o recado que o Brasil nos passou: fizemos um concurso para 2.240 vagas que teve 1,6 milhão de inscritos. Qual vestibular tem essa concorrência? O banco faz um concurso e investe, fazendo com que a mão de obra fique melhor ainda. Temos ineficiências? Claro, mas são poucas.

Fonte: Estadão

 

BB quer evitar que clientes deixem a instituição apenas para ganhar taxas mais altas

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Com cerca de 80 milhões de clientes e crescendo, o Banco do Brasil é cioso de sua posição de mercado. Há um ano e quatro meses na presidência da instituição, Fausto Ribeiro acredita que parte da fórmula que levou ao maior resultado trimestral da história (lucro líquido ajustado de R$ 7,8 bilhões entre abril e junho, que superou o dos concorrentes privados) veio de uma visão que busca, em resumo, evitar que os clientes deixem o banco apenas para ganhar taxas mais altas em produtos isolados.

“Ao olhar o retorno ajustado pelo risco (RAR), no passado deixávamos de fazer algumas operações”, disse ele em entrevista ao Estadão.

“Se eu o deixo (cliente) ser abordado por outro banco, abro uma janela arriscada. Nós tentamos fechar o cerco.” Com o lucro crescente, investidores costumam testar o BB sobre possíveis aumentos da distribuição de dividendos. Neste ano, o governo se juntou ao coro. O BB disse não, e Ribeiro nega pressões. “Nunca houve qualquer pressão por parte do governo para pagarmos mais dividendos.”

Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.

1) Você disse que o BB deve buscar mais parceiros no exterior. Já há discussões?

Para expandirmos o negócio, precisamos ter opções. Tem um número do Banco Central de que existem US$ 204 bilhões declarados de brasileiros no exterior, em patrimônio. Olha o tamanho desse mercado. Montar uma assessoria qualificada no exterior requer tempo e investimento. Quem tem isso pronto? Grandes players: JPMorgan, Principal, a própria UBS. Como tínhamos uma parceria com a UBS, pedimos para que nos abrissem a porta no mercado americano. Mas a ideia é não ter exclusividade. Primeiro, vamos desenhar o processo com a UBS e, com a experiência, abrimos o leque.

2) Todo mundo está tentando resolver isso via aquisições. O BB não?

Nós já temos o nosso banco, que tem a porta com os empresários brasileiros. Do que os investidores precisam? De um banco, da corretora, que é a BB Securities, e de um advisory (empresa consultiva).

3) Como está a busca por um sócio para a BB Asset?

Temos a estratégia de encontrar um parceiro estratégico, de porte internacional, para termos reações mais rápidas, que possam melhorar a gestão em termos de ferramentas, trazer tecnologia e essa internacionalização. O processo avançou, e (o resultado) deve sair até o fim do ano.

4) Os bancos têm dito que não veem sustos na qualidade de crédito de grandes empresas. O BB se preocupa?

Não tem nada grave. A fase ruim já foi, na época das grandes construtoras, que fizeram com que os bancos recuassem. Nas demais, o banco fez um negócio bem amarrado: temos o fluxo de caixa, fazemos a folha de pagamento. A empresa não abre a porta se você não dá crédito, e nós tentamos, em seguida, trazê-la para o ecossistema. No agro é a mesma coisa, as commodities estão lá em cima. Pressiona a inflação, mas o Brasil gera uma riqueza tremenda, nossa balança comercial está ótima. Isso é um bom sinal, e em algum momento vai servir para atenuar pressões. E por outro lado, capitaliza os agricultores.

5) E o banco pode vender mais produtos a eles?

O agricultor capitalizado amplia sua área de produção, investe em equipamentos e pode buscar alternativas de produção. Compra casa, carro. Quando começamos a gestão, mudamos alguns conceitos. Ao olhar o retorno ajustado pelo risco (RAR), no passado, deixávamos de fazer algumas operações. Algumas parecem trazer menos rentabilidade, mas o agricultor também compra máquina, revende, paga salário, compra casa, tem cartão… Quando você enxerga o RAR do cliente, começa a olhar isso sob outra perspectiva. Quando cheguei, estávamos em sétimo lugar no câmbio. A briga por taxa no câmbio é dura, e o cliente vai buscar a mais baixa. Se eu o deixo ser abordado por outro banco, abro uma janela arriscada. Um bom vendedor, do outro lado, começa a oferecer outras coisas. Tentamos fechar o cerco.

6) O volume é resultado de o banco abrir mão de margem para manter o cliente?

Abriu mão de um pedacinho da margem para ter todo o negócio. É uma visão ampliada. Talvez isso seja um segredo para termos conseguido fazer bons negócios.

Fonte: Rádio Pampa

 

Presidente do BB quer deixar legado digital para a próxima administração

Publicado em: 11/08/2022

O grande erro estratégico de um banco, atualmente, é não entrar no open finance. É o que acredita o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro. Durante o Febraban Tech, evento de tecnologia bancária que começou nesta terça-feira, 9, o executivo compartilhou os primeiros aprendizados do open banking. O presidente do banco abordou ainda os próximos passos da instituição e o fato de que deseja deixar um “legado digital” para a próxima administração do BB.

Ribeiro afirmou que 90% dos usuários que deram o opt-in para o open finance com o banco público puderam ter acesso a produtos mais customizados e, com isso, o banco foi mais assertivo na oferta de produtos.

Afirmou ainda que o open finance possibilitou novos modelos de negócios, como o banco como plataforma; um formato que pôde ser visto com a criação do marketplace que atualmente tem 27 redes varejistas e no primeiro ano obteve R$ 430 milhões de receita para os parceiros que repassam de 9% a 10% das vendas ao banco.

Outro executivo do banco, Luiz Fernando Ferreira, gerente-geral da unidade de segurança institucional, explicou que, atualmente, 70% das transações dos correntistas são feitas em meio digital, sendo 56% no mobile e 14% na Internet Banking. Neste cenário mais digital, o especialista abordou a importância da proteção de dados.

Outro aprendizado foi com a entrada da LGPD em setembro de 2020. O BB teve 9,2 milhões de requisições de dados feitas por clientes, sendo 0,02% foram realizadas na rede física e 99,8% por meio da central de privacidade que está dentro do app.

O gerente-executivo do BB lembrou ainda que o banco lançou na última segunda-feira, 8, a opção para requisição de dados via WhatsApp, ou seja, mais um canal de requisição para o cliente do banco.

Fonte: Mobile Time

 

CEO do BB: mercado precisa remunerar exigências por boas práticas ambientais

Publicado em:

Fausto Ribeiro, presidente do Banco do Brasil (BBAS3), defende que o Brasil pode ter uma oportunidade diante de um rearranjo mundial para amortecer as consequências da guerra na Ucrânia. Mas, para o executivo, o mercado financeiro exige muito dos agricultores e de bancos sobre boas práticas ambientais, sem remunerar a mais por isso ou conceder financiamentos a juros mais baixos.

“Eu tenho uma carteira de R$ 100 bilhões para o programa de agricultura de baixo carbono. Por que não posso securitizar esse ativo e buscar investidores para financiar a agricultura brasileira com juros mais baixos?”, disse Ribeiro em evento da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) nesta terça-feira (9).

Para ele, só há um jeito de aumentar a produtividade sem desmatar: usando a tecnologia para aumentar a produtividade na mesma área plantada.

O Banco do Brasil, em particular, seria um caso distinto entre os grandes bancos brasileiros porque, embora seja uma empresa com ações em bolsa, com obrigações de performance e distribuição dos dividendos, tem o Tesouro Nacional como acionista controlador. “Temos que equilibrar a função dando rentabilidade mas também promovendo o desenvolvimento econômico do país”, afirmou Ribeiro.

O CEO disse que faz parte do papel do banco desenvolver soluções para que agricultores brasileiros consigam preservar a área prevista como reserva legal. “Estima-se que se gasta ao ano R$ 15 bilhões para preservar essas áreas. Qual o papel do banco? Podemos ajudar fornecendo mecanismos para as áreas preservadas. Mercado de crédito de carbono, alternativas financeiras para que os agricultores possam ter outra fonte de receita e preservar aquela área.”

Próximos passos do BB

“Se existe alguma pandemia no mercado é uma pandemia de ataques cibernéticos. Os bancos precisam estar preparados e as empresas também. Nossos principais ativos são os dados dos nossos clientes”, completou Ribeiro.
Para ele, a grande ameaça para os bancos tradicionais é ficar parado e “perder o bonde”.

“Nós viemos investindo bastante em Open Finance. A partir do momento em que o cliente compartilha dados, conseguimos soluções personalizadas e novos modelos de negócio. Os dados permitem customizar melhor o limite de crédito e nosso marketplace tem 27 redes varejistas para os quais direcionamos nossos clientes com ofertas personalizadas”, afirmou o presidente do Banco do Brasil.

O executivo disse ainda que a atual administração do banco pretende deixar como legado um banco digital, que se inicie e termine no mundo virtual. “Não queremos etapas que levem o cliente a uma agência. Queremos fazer o digital na prática”, disse Ribeiro.

Outro plano do Banco do Brasil é uma especialização da rede de atendimento para determinados perfis de clientes, desde grandes a pequenas e médias empresas.

“Costumamos dizer que somos um banco digital com conveniência física e isso vai acontecer sempre. Em uma empresa tradicional como a nossa, temos clientes que são tradicionais, que querem ir a uma rede física, clientes que só usam terminais de autoatendimento para saque e os clientes digitais. Vamos ter um banco para cada cliente, cada vez mais especializado com conveniência física e digital”.

Segundo Ribeiro, a agência tem custos com vigilância armada, porta giratória, transporte de valores e instalação de cofres. Mas a ideia do Banco do Brasil é cada vez menos ter esses aparatos, o que vai permitir maior capilaridade em agências com menor estrutura.

Fonte: Bloomberg Línea

Pequeno produtor rural terá mais suporte, diz presidente do BB

Publicado em: 15/07/2022

O presidente do Banco do Brasil (BB), Fausto Ribeiro, disse hoje (12) que a instituição pretende levar não somente crédito, mas conhecimento ao interior do país. “O grande produtor rural tem todas as ferramentas tecnológicas à sua disposição, inclusive um agrônomo residente, enquanto o pequeno produtor precisa realmente de um pouco mais de suporte”.

Em entrevista ao programa Repórter Nacional, transmitido pela Rádio Nacional e pela TV Brasil, Ribeiro lembrou que o banco vai destinar R$ 200 bilhões ao Plano Safra 2022/2023 – valor 48% superior aos R$ 135 bilhões anunciados na safra anterior. A proposta, segundo ele, é ofertar suporte financeiro “para que o pequeno produtor possa produzir mais e melhor, gerando emprego e renda”.

Outra iniciativa citada pelo presidente do BB é o lançamento das chamadas Carretas Agro. Ao todo, cinco carretas percorrem atualmente o país ofertando crédito e também conhecimento, por meio de parcerias com o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Plataforma Broto

Ribeiro comentou ainda sobre a Plataforma Broto, ambiente digital que tem como tarefa conectar produtores rurais, prestadores de serviço, revendedores e fornecedores. De acordo com o banco, são mais de 740 mil acessos e R$ 1,6 bilhão em negócios realizados.

“Quando falamos no agronegócio brasileiro, estamos falando em um grande ecossistema. Vendedores de adubos, fertilizantes, ração de animal, máquinas e equipamentos agrícolas. A ideia é tentar colocar em uma única plataforma um hub de soluções para o agronegócio brasileiro”, destacou.

Fonte: Agência Brasil

BB faz evento para jovens, com foco em esporte, sustentabilidade e inovação

Publicado em: 07/07/2022

O Banco do Brasil promoveu no sábado, 2 de julho, o #POVBB, um evento planejado para ampliar a conexão com o público jovem, reforçando os quatro territórios da marca BB: esporte, cultura, tecnologia e sustentabilidade.

Já na entrada, o público foi recepcionado por um holograma de alta tecnologia do presidente do BB, Fausto Ribeiro. A programação contou com apresentação do skatista multicampeão e mais novo patrocinado pela marca, Bob Burnquist, em uma pista montada no salão principal da casa, além da participação virtual de Rayssa Leal e dos irmãos Fittipaldi.

Durante o evento, os convidados tiveram a oportunidade de interagir com outros integrantes do SquadBB, como os influenciadores Gabriel Pimpimenta e Ithuriana, por exemplo, ou experimentar o simulador de surf e pegar onda junto com as surfistas Tati West e Silvana Lima.

“O POVBB marca o lançamento de toda uma estratégia do BB focada no público jovem, composta por uma série de ações promocionais. O objetivo principal é promover uma experiência conectada ao comportamento do público jovem, inovando num novo formato de iniciativas e na experiência com nossa marca”, ressalta Fausto Ribeiro, presidente do Banco do Brasil. Ele destaca ainda que se trata uma excelente oportunidade de capturar as percepções e anseios deste público em relação ao BB.

O evento foi realizado na Casa das Caldeiras, em São Paulo, um patrimônio histórico construído na década de 20, com cenografia e espaços instagramáveis, que vão engajar o público de forma interativa e criativa.

As atrações musicais estiveram a cargo da JetLag Music, dupla de DJs brasileiros de música eletrônica, e apresentações de Break. O local contará com diversos pontos de energia, com tomadas e entradas USB para recarga de equipamentos eletrônicos. O espaço também reserva uma galeria de arte com obras idealizadas pelo artista brasileiro Revolue, além de lounge sustentável, espaço feito com materiais sustentáveis.

O BB quer se aproximar de novos públicos, conhecer esta geração mergulhando no seu mundo cultural, esportivo, tecnológico, inovador e sustentável para entender seu Ponto de Vista, o seu olhar sobre as coisas, o mundo e os negócios. Para o vice-presidente de Negócios de Varejo, Carlos Motta “ O evento está inserido nos pilares estratégicos do BB de sustentabilidade, perenidade e de propiciar a melhor experiência ao cliente, buscando atuar junto a novos nichos de mercado.

Fonte: Banco do Brasil

 

Banco do Brasil paga curso de inglês de R$ 8.740 para presidente já fluente

Publicado em: 27/05/2022

O Banco do Brasil pagará R$ 8.740 em um curso imersivo de inglês ao presidente da instituição financeira, Fausto de Andrade Ribeiro, fluente no idioma. O banco já desembolsou R$ 1.540 referente à entrada do pagamento do curso e o restante do valor será quitado em cinco parcelas de R$ 1.440. As informações são da coluna Grande Angular, do site Metrópoles.

Em nota ao UOL, o Banco do Brasil confirmou que o presidente tem fluência em inglês, mas argumentou que “a realização de cursos de línguas faz parte da atualização permanente dos executivos do Banco do Brasil”.

Ribeiro foi escolhido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) para assumir a presidência do Banco do Brasil no lugar de André Brandão, que apresentou carta de renúncia em 18 de março. Ele é formado em Administração pela Universidade Católica de Brasília e Direito pelo Centro Universitário de Brasília. Tem especialização em economia pela The George Washington University, nos EUA, e MBA em Finanças pelo Ibmec. Está no BB desde setembro de 2000.

O curso feito por Ribeiro — sem a abertura de licitação pelo banco — conta com 48 horas de aulas e foi realizado na unidade Professor Prime English School, sediada na capital federal.

Segundo o site, a escola foi selecionada pelo banco após pedido do próprio presidente e não está no rol do programa de bolsas de idiomas ofertados aos funcionários. Os trabalhadores, caso preencham as exigências e comprovarem a presença nos cursos, podem receber ressarcimento parcial dos valores pelo banco após a comprovação mensal por nota fiscal.

Fausto, de 52 anos, foi presidente da subsidiária do BB desde setembro de 2020. Antes de assumir o cargo, ele foi gerente executivo do banco por quase quatro anos, responsável pela área de canais de terceiros, como correspondentes bancários, banco postal, redes compartilhadas e Banco 24 horas.

Ele também foi gerente-geral da instituição financeira para Espanha e Marrocos, gerente-executivo e responsável pela área de controle contábil do BB e gerente-executivo do Banco Patagônia em Buenos Aires.
Em abril, Ribeiro enviou uma mensagem aos funcionários do conglomerado em seu primeiro ato após tomar posse no dia 1º do mesmo mês.

Na carta, obtida pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), ele prometeu “austeridade” nas despesas e sequência à agenda de venda e reorganização societária de negócios secundários, movimento que já está em curso na instituição. Ao mesmo tempo, tentou mostrar alinhamento a Bolsonaro, contrário à privatização da instituição.

O que diz o Banco do Brasil

Em nota ao UOL, o Banco do Brasil confirmou que o presidente tem fluência em inglês, mas argumentou que “a realização de cursos de línguas faz parte da atualização permanente dos executivos do Banco do Brasil”.

Leia abaixo a íntegra da nota do banco enviada ao UOL:

“O presidente do Banco do Brasil possui fluência em inglês, com certificações que comprovam essa qualificação. Foi, inclusive, executivo do BB no exterior por 3 anos.

A realização de cursos de línguas faz parte da atualização permanente dos executivos do Banco do Brasil, dada a necessidade de relacionamento constante com empresas, investidores e gestores do exterior, dos mais diversos segmentos da economia e da sociedade.

O Banco do Brasil segue as melhores práticas de mercado nas políticas de desenvolvimento e é uma das empresas brasileiras que mais investem na qualificação de seus funcionários no que se refere à certificação em línguas estrangeiras. Somente desde 2019, já foram concedidas cerca de 1.500 bolsas de estudo a funcionários de diversos níveis hierárquicos do BB, desde caixa até executivos.

Qualquer funcionário pode concorrer às bolsas e os ressarcimentos são feitos de forma ágil, bastando que se apresente as notas fiscais de realização e conclusão dos cursos. As mensalidades são ressarcidas mensalmente. Os valores de ressarcimento variam de R$ 5.200,00 a R$ 15.600,00.”

*Com Estadão Conteúdo

Fonte: UOL

 

Banco do Brasil vai focar linhas de crédito mais arriscadas em 2022

Publicado em: 23/02/2022

Frente a uma desaceleração no ritmo de crescimento da carteira de crédito prevista para 2022, o presidente do BB (Banco do Brasil), Fausto Ribeiro, afirmou que a instituição irá focar sua atuação neste ano em linhas de maior risco e rentabilidade, para manter a lucratividade da operação.

“Vamos explorar linhas mais rentáveis. A ideia é investir bastante no não correntista”, afirmou Ribeiro nesta terça-feira (15), ao comentar os resultados do banco estatal no quarto trimestre e no ano consolidado de 2021.

Nesse sentido, o presidente do BB citou o CDC (Crédito Direto ao Consumidor) Não Consignado e o cartão de crédito entre as linhas que devem receber um enfoque maior por parte do banco nos próximos meses.

Ribeiro acrescentou que o controle das despesas administrativas também terá papel importante no trabalho do banco para conseguir atingir os objetivos traçados para o ano.

O banco prevê também que o ambiente macroeconômico esperado à frente, bem como a estratégia de buscar maior rentabilidade em linhas mais arriscadas, deve levar a um aumento nos níveis de inadimplência.

“Nosso resultado vai estar muito pautado nessa alteração do mix da carteira de crédito. Com isso, esperamos obviamente que, com linhas que vão trazer um maior retorno ajustado ao risco, a gente tenha uma gradual elevação dos índices de inadimplência, mas muito abaixo das médias históricas observadas”, disse Ana Paula Teixeira, vice-presidente de controles internos e gestão de riscos.

Em contraste aos pares privados que viram o índice de atrasos aumentar durante os últimos meses, o índice de inadimplência acima de 90 dias do BB terminou dezembro passado em 1,75%, uma queda de 0,15 ponto percentual ante igual período de 2020 e de 0,07 ponto em relação a setembro de 2021.

O BB registrou lucro líquido ajustado de R$ 21 bilhões em 2021, crescimento de 51,4% ante 2020. Para 2022, o banco projeta um lucro líquido ajustado entre R$ 23 bilhões e R$ 26 bilhões.

A carteira de crédito da estatal encerrou dezembro em R$ 874,9 bilhões, evolução de 17,8% em bases anuais e de 7,4% na comparação trimestral. Em linha com os pares privados, o banco projeta para este ano uma desaceleração no ritmo de crescimento da carteira, entre 8% e 12%.

“O crescimento da carteira é adequado ao cenário que enxergamos para 2022”, afirmou José Ricardo Forni, vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores do BB.

“O banco se mostrou resiliente em um período de aumento da inadimplência e estreitamento do crédito”, diz Rodrigo Crespi, analista de mercado da Guide Investimentos. “O resultado do banco veio além do que esperávamos e acreditamos que também será bem recebido pelo mercado.”

As ações do BB iniciaram a sessão desta terça em forte alta na Bolsa de Valores brasileira, a B3. Por volta das 10h40, os papéis operavam em alta de 5,55%, negociados a R$ 35,40. No mesmo horário, o Ibovespa avançava 0,33%.

Fonte: Folha de S.Paulo

Presidente do BB se aproxima do Planalto e afasta o banco da ira de Bolsonaro

Publicado em: 28/01/2022

Há cerca de um ano, críticas à administração do Banco do Brasil eram recorrentes na boca do presidente Jair Bolsonaro. Em março do ano passado, quando o então presidente do BB André Brandão se demitiu após menos de sete meses no cargo sob forte pressão de Bolsonaro, assumiu o comando do banco estatal Fausto Ribeiro.

Desde então, o funcionário de carreira de 53 anos, 33 deles dedicados ao BB, conduz uma discreta mudança de rota: pacificou a crise interna, estreitou laços com o Planalto, militares e parlamentares e retomou o foco no agronegócio.

As críticas de Bolsonaro cessaram e o BB até saiu da lista de “privatizáveis” do governo. Ribeiro conquistou militares, que o indicaram para o cargo, e até a primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

Ele também tem sido elogiado pela bancada ruralista e por produtores rurais, cujas propriedades visita no interior do país. E conseguiu pacificar internamente o banco com um estilo discreto e negociador.

Mas como Ribeiro conseguiu virar o jogo à frente do BB em tão pouco tempo? Vema como o presidente do BB atua nos bastidores do governo Bolsonaro.

Fonte: O Globo

 

Presidente do Banco do Brasil é o mais novo associado da ANABB

Publicado em: 20/01/2022

O presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro, é o mais novo associado da ANABB. Nesta terça-feira (18) ele assinou a ficha de adesão e passou assim a contar com todos os benefícios que a Associação oferece aos funcionários do BB.

Na ocasião, Fausto destacou o trabalho realizado pela ANABB na defesa do BB, sempre valorizando seus recursos humanos, sejam os aposentados como também os da ativa, nos últimos 35 anos.

Atualmente, mais de 80 mil associados contam com a ANABB e têm a entidade como porto seguro para defesa de seus direitos nos âmbitos social, governamental, administrativo e judicial.

Além do trabalho de representação, a ANABB oferece benefícios exclusivos de entidade de grande porte e pode beneficiar os associados e seus familiares, inclusive aqueles que não estão diretamente ligados ao BB.

Com credibilidade e dinamismo nas ações, a Associação atua em várias vertentes de trabalho, garantindo produtos e serviços de qualidade a seus associados e familiares, adotando estratégias junto aos Poderes Legislativo e Judiciário na luta pelos direitos de seu corpo social.

Fonte: Agência ANABB

Banco do Brasil tem quase 22 milhões de clientes ativos nos canais digitais

Publicado em: 11/11/2021

O Banco do Brasil já tem quase 22 milhões de clientes ativos no nos canais digitais, afirmou nesta terça-feira (9) Fausto Ribeiro, presidente da instituição. Em meio a essa expansão, o aumento geral no NPS, uma métrica de satisfação dos clientes, foi de 8 pontos. “Nosso app tem uma audiência qualificada, com pico diário de 8,8 milhões de pessoas nesse último trimestre. Essa é a nossa maior vitrine”, avaliou.

De acordo com o presidente, o BB avançou na sua estrutura de atendimento para modelos mais leves e mais eficientes, com destaque para o crescimento de 89% nos correspondentes bancários.

Ribeiro destacou também que uma das novidades do terceiro trimestre foi o lançamento de marketplaces afiliados,”, em parceria com a Amazon, para diversificar as fontes de receitas do banco, além de gerar cashback para os clientes, giftcards e o programa de descontos Vantagens BB.

“Fizemos um acordo com a Amazon, que já está disponível para os clientes do Banco do Brasil. E vamos avançar ainda mais, adicionando novas marcas”, ressaltou.

Fonte: Valor Investe

 

Calmaria volta ao BB, seis meses depois da interferência de Bolsonaro

Publicado em: 28/10/2021

Há seis meses no comando do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro se aproximou de Bolsonaro, acalmou o centrão e ampliou a tal ponto as ações no agronegócio que o crédito subsidiado já está no fim.

Dados do banco mostram que o desembolso do crédito agrícola entre abril, quando Ribeiro assumiu o banco, e setembro chegou a 83,6 bilhões de reais, um avanço de 52%, se comparado ao registrado em 2020: 55,1 bilhões de reais.

Fonte: Veja

Banco do Brasil defende regra de transição em reforma tributária

Publicado em: 06/08/2021

Assim como os grandes bancos privados, o presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro, acredita que a proposta da reforma tributária poderia ter uma regra de transição para que não afetasse imediatamente o balanço dos bancos, que são obrigados a rever créditos tributários e fazer impairments quando há mudanças de alíquotas de impostos.

O banco público também disse que avalia o impacto do fim do juros sobre capital próprio (JCP) proposto pela reforma, mas não considerou ainda se pode antecipar o pagamento de dividendos, como foi feito pela Petrobras.

“Consideramos a reforma necessária para o país, mas ela ainda deve sofrer alterações e existem assuntos que requerem mais aprofundamento, concordamos com alguns pontos levantados pelos bancos privados, como a questão do impairment, talvez o ideal seria uma regra de transição mais suave para não ter impacto imediato nos balanços dos bancos”, afirmou em coletiva de imprensa dos resultado.

Ribeiro citou estudos feitos pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban) que apontam que a proposta do jeito que está pode acabar tirando poder de alavancagem dos bancos, com impacto em torno de R$ 500 bilhões, o que avalia como negativo no momento em que a economia precisa de impulsionamento.

Em relação ao fim do JCP, o vice-presidente de gestão financeira e de relação com investidores, José Ricardo Fagonde Forni, afirmou que este ano já foi pago o máximo de JCP possível e que seguem com poltica de 40% de payout de pagamento de dividendos, mas seguem avaliando como ficará a proposta da reforma tributária para saber se será necessário fazer alguma mudança no segundo semestre.

Questionado se o banco poderia antecipar o pagamento de dividendos a exemplo do que anunciou ontem a Petrobras, Forni disse que a princípio isso não foi considerado e também não deu detalhes sobre possível recompras de ações, reiterando que a questão será avaliada ao longo do semestre.

Fonte: Monitor Mercado

Presidente do Banco do Brasil se reúne com representação dos funcionários

Publicado em: 11/06/2021

A coordenação do Comando Nacional dos Bancários e da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu, nesta quarta-feira (9), com o presidente do banco, Fausto Ribeiro e destacou a importância das mesas de negociações e as principais pautas que estão colocadas, entre elas a inclusão dos bancários como prioridade no Plano Nacional de Imunizações (PNI) para a vacinação contra o novo coronavírus. A reunião havia sido solicitada ao banco em ofício enviado em abril.

“O presidente do BB disse quer abrir uma nova fase de diálogo, responsabilidade e transparência com os representantes dos trabalhadores e destacou que teremos pautas divergentes, mas ambas as partes querem fazer o banco crescer”, informou o coordenador da CEBB, João Fukunaga. “Essa é uma postura esperada há tempos. Afinal, temos um histórico de mais de 30 anos de negociações coletivas. Nada mais justo do que termos as portas abertas e tratarmos com responsabilidade e transparência, os pontos divergentes para chegarmos a uma solução negociada”, completou.

Prioridade na vacina

Durante a pandemia, por conta da sua gravidade, mortalidade e transmissibilidade, foi criada uma lista de prioridades do PNI. A inclusão da categoria nesta lista é a principal reivindicação dos bancários atualmente. “Os bancários são obrigados, por questões de segurança, a trabalhar com as portas fechadas. Isso torna o ambiente propício à contaminação e disseminação do vírus, que pode ser retransmitido aos clientes e seus familiares”, destacou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários. “Pedimos ao presidente que ele se empenhe para a inclusão dos bancários nesta lista e ele prontamente se colocou a disposição”, informou.

Fausto Ribeiro disse que concorda com a reivindicação da categoria é que a inclusão dos bancários como prioridade no Plano Nacional de Imunização é uma demanda também dos bancos.

A presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, lembrou que durante toda a pandemia, a categoria atendeu milhões de pessoas que precisavam receber suas aposentadorias, o Auxílio Emergencial e buscavam crédito para manter seus empreendimentos. “Estamos entre os setores profissionais com maior aumento de mortes no período da pandemia. O Ministério da Saúde tem que nos colocar como prioridade no Plano Nacional de Imunização”, reforçou Ivone, que, juntamente com a presidenta da Contraf-CUT, coordena o Comando Nacional dos Bancários.

Um levantamento realizado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que o número de desligamentos por morte de trabalhadores com carteira assinada cresceu 71,6% na comparação entre os primeiros trimestres de 2020 e 2021. Em números, essa porcentagem representa um aumento de 13,2 mil em 2020 para 22,6 mil em 2021. Se pegarmos os dados só da categoria bancária, esse número é ainda maior. O número de desligamentos por morte saltou de 55 no primeiro trimestre de 2020 para 152 no mesmo período de 2021, crescimento de 176,4%.

Também foram destacadas as negociações em andamento, ou necessárias sobre melhorias no Programa de Desempenho Gratificado (PDG), a realização de concurso público para a reposição do quadro de pessoal e demandas dos trabalhadores de bancos incorporados pelo BB.

Programa de gratificações

A representação dos trabalhadores entregou um ofício ao presidente do BB apontando uma série de questões referentes ao PDG do banco. O documento ressalta que desde a sua criação, a CEBB tenta negociar melhorias no PDG, a exemplo do que já acontece em outros bancos, que negociam seus programas próprios com os representantes dos sindicatos e que o PDG, da como forma como está, ao invés de servir como um incentivo para maior empenho e produtividade, é fator de desmotivação e descontentamento entre os funcionários dos diversos setores.

“Citamos, entre os principais problemas identificados no PDG das diversas áreas a utilização de uma mesma métrica para diferentes funções e a comparação da produtividade em pé de igualdade entre trabalhos simples com outros de maior complexidade. Além da questão da subjetividade conferida à ‘reunião de consistência’, que confere a comitê avaliador o poder de definir pontuações extras aos funcionários avaliados, mas sem definição clara dos critérios de avaliação, o que altera o curso do programa e a escolha de quem será contemplado ou não com a gratificação”, explicou Fukunaga.

Sobre o PDG da área negocial, destacou-se a constantemente mudança de regras, o que inviabiliza o planejamento por parte do funcionários e as metas descoladas da realidade, em especial no último semestre, com metas estipuladas de maneira desproporcional à capacidade dos diversos segmentos, o que por si só, já desmotiva o corpo funcional.
Contratações

A representação dos trabalhadores também destacou a falta de funcionários, principalmente após o último Plano de Adequação de Quadros (PAQ) e ao Plano de Desligamento Espontâneo (PDE), tanto nas agências de atendimento quanto nos escritórios de negócios, dificultando a execução dos serviços e cumprimento de metas. Um levantamento do Dieese aponta que de 2012 a 2020, houve uma redução de 28.042 funcionários no quadro de trabalho do BB.

“Entendemos ser primordial corrigir algumas arestas com relação ao programa e, neste sentindo, teríamos muito a contribuir em um processo negocial, conferindo mais segurança e transparência para os trabalhadores”, disse o coordenador da CEBB.

Fonte: Contraf-CUT

 

Após trocar alta cúpula, novo presidente do BB prepara mudanças em seguros e na Previ

Publicado em: 20/05/2021

O novo presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, concluiu, ao menos por ora, as principais mexidas na alta cúpula da estatal com o anúncio de mais três novos vice-presidentes, na noite de ontem. O executivo parte, agora, para as empresas coligadas, como o fundo de pensão dos funcionários, a Previ, e a holding de seguros, a BB Seguridade, apurou o Estadão/Broadcast.

A expectativa, de acordo com fontes, é de que as mudanças sejam anunciadas em breve. Os nomes dos futuros indicados estão em processo de escolha. No caso da BB Seguridade, o atual presidente, Marcio Hamilton, deve deixar a cadeira e ir para alguma empresa do banco na área de cartões. Uma das possibilidades, dizem, é a Livelo, de fidelidade, da qual o banco público é sócio com o Bradesco.

O presidente da Previ, José Maurício Coelho, também será trocado. ‘Zé’, como é conhecido, está no cargo desde 2018 e seu mandato termina apenas em maio do ano que vem. A troca, porém, deve ocorrer antes disso, conforme fontes. Ainda não há, afirmam, uma definição quanto ao nome de seu substituto.

No BB, as principais mudanças foram concluídas. Nesta semana, mais três novos vice-presidentes foram anunciados, confirmando nomes já antecipados pelo Estadão/Broadcast. Na nova gestão, a alta cúpula do banco será maior, voltando ao que era antes do desembarque dos liberais no conglomerado. A vice-presidência de agronegócios e governo foi desmembrada em duas, como era antigamente. Assim, o BB passa a ter oito no lugar de sete vice-presidentes.

Banco do Brasil pode ter mais uma vice-presidência

E esse número ainda pode ser ampliado novamente, afirma uma fonte próxima ao banco, na condição de anonimato. Em estudo pela atual gestão, estaria a possibilidade de recriar a vice-presidência de negócios, que foi integrada à de tecnologia e de varejo na gestão do economista Rubem Novaes. O banco voltaria, assim, a ter nove vice-presidências, como no passado. Esse movimento, porém, deve ficar mais para frente, afirmam duas fontes, ao Estadão/Broadcast.

E esse número ainda pode ser ampliado novamente, afirma uma fonte próxima ao banco, na condição de anonimato. Em estudo pela atual gestão, estaria a possibilidade de recriar a vice-presidência de negócios, que foi integrada à de tecnologia e de varejo A diretora de clientes pessoas físicas do BB, Carla Nesi, é cotada para a futura vice-presidência, diz uma delas. Como é próxima de Ribeiro, seu nome tem sido considerado também para outros cargos. Dentre eles, citam o da presidência da BB Seguridade, conforme informações que circulam nos corredores do banco.

Quanto aos executivos da antiga gestão e que não se aposentaram, a expectativa, segundo fontes, é de que sejam remanejados. Nessa lista, estão o presidente da BB Seguridade, Marcio Hamilton, Gustavo Fosse, de tecnologia, e João Pinto Rabelo Júnior, de agronegócios e governo. Uma fonte diz que Fosse poderia reforçar o time da Cielo, da qual o BB também é sócio com o Bradesco.

Diretorias do Banco do Brasil ficaram vagas

Em contrapartida, há uma série de diretorias que ficaram vagas com as promoções dos executivos às vice-presidências. Nessa lista, estão as áreas de governo, suprimentos, controles internos e varejo. Também falta definir um novo presidente para o argentino Patagônia, controlado pelo BB, para a BB Consórcios e para a BBTS, empresa de tecnologia do banco. Com as mudanças anunciadas ontem, outra vaga que abriu foi de assessor especial da presidência.

No caso da BB Consórcios, que Ribeiro tocava antes de ser indicado ao posto máximo do conglomerado, cogita-se que o executivo da área de pagamentos do banco Rodrigo Vasconcelos ocupe o cargo. O Broadcast antecipou seu nome no fim de abril.

Em sua primeira aparição pública, o novo presidente do BB disse que sua gestão prioriza funcionários de carreira do banco, ou seja, ‘pratas da casa’. “Eu acredito que o nível de excelência de um profissional que requer no BB é uma gestão bem técnica. A própria governança do banco exige comportamento técnico”, afirmou, na semana passada, em conversa com a imprensa. Na sequência, ao falar a analistas e investidores, reforçou o discurso, evidenciando os talentos internos.

“Um profissional do banco tem as mesmas condições ou até mais (em relação a um profissional de fora) porque conhece a calibragem e também pode fazer uma gestão transformadora, acelerar e atingir mais rapidamente os resultados”, disse.

Procurado, o BB não se manifestou a respeito.

Fonte: Estadão

Presidente do Banco do Brasil diz que Bolsonaro exige maior lucratividade

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O novo presidente-executivo do Banco de Brasil negou na sexta-feira qualquer interferência política no banco, dizendo que o presidente Jair Bolsonaro havia apenas lhe pedido para trabalhar para melhorar a lucratividade do banco controlado pelo Estado.

Fausto Ribeiro assumiu a liderança em abril, substituindo André Brandão, que renunciou em março após uma disputa com o Bolsonaro sobre um plano de corte de custos que incluía o fechamento de várias filiais e um programa de aquisição de pessoal.

“O presidente Bolsonaro me pediu para buscar maior lucratividade e eficiência”, disse Ribeiro aos repórteres, acrescentando que sua administração seria técnica.

Não há interferência política e o banco só se dirige ao Ministro da Economia.

As ações do Banco do Brasil subiram quase 4% nas negociações da manhã, após seus resultados e comentários de Ribeiro.

Atualmente, o Banco do Brasil está atrás da lucratividade de seus pares. Há duas semanas, ele registrou um lucro líquido no primeiro trimestre de 4,913 bilhões de reais, superando as estimativas dos analistas. Seu retorno sobre o patrimônio líquido foi de 15,1%, inferior ao do Santander Brasil SA, Itaú Unibanco Holding SA e Banco Bradesco SA.

Ribeiro disse que o banco manteve o plano de redução de custos anunciado por Brandão em janeiro, que inclui o fechamento de 361 unidades de trabalho e dois programas de reajuste de funcionários.

No entanto, o CEO não estava claro como o banco abordaria seus pares. Ele disse que o banco não planeja fechar mais agências neste ano, mas está constantemente revisando sua rede de agências.

O novo CEO disse que também manterá planos para liquidar ativos não essenciais, sem identificá-los. Ribeiro acrescentou que o banco continua em busca de um sócio para a unidade de gestão de ativos da BB DTVM. (Preparado por Carolina Mandel. Edição de Mark Potter)

Fonte: Bem Mais Brasília

 

Banco do Brasil: resultado e gestão de CEO ainda são vistos com cautela

Publicado em: 14/05/2021

Último dos grandes bancos brasileiros a divulgar seus resultados do primeiro trimestre e o mais cercado de desconfiança em meio ao cenário de maior interferência política, o Banco do Brasil (BBAS3) divulgou números que surpreenderam positivamente os investidores e fizeram com que as ações saltassem mais de 4% nas máximas do dia.

Os ativos amenizaram a alta, mas ainda fecharam com ganhos de 2,50%, a R$ 29,94. Contudo, apesar da alta, analistas seguem de olho na sustentabilidade dos números e se a sinalização do novo presidente da instituição de que o BB seguirá focado na melhora de seus índices de eficiência continuará com a nova administração.

O lucro líquido ajustado do banco, que exclui receitas e gastos extraordinários, totalizou R$ 4,913 bilhões nos três primeiros meses de 2021, montante 44,7% maior que o observado no primeiro trimestre de 2020 e 20% acima do esperado pelo consenso de mercado.

Indicador que mede a lucratividade dos bancos, o retorno sobre o patrimônio líquido também registrou melhora, para 15,1%, melhor que os 12,1% registrados no último trimestre de 2020 e que os 12,5% no primeiro trimestre do ano passado.

Como os outros bancos que já divulgaram seus números, boa parte da alta do lucro decorre das menores despesas com provisões duvidosas, com queda de 54,2% na comparação anual, atingindo R$ 2,5 bilhões.

Com a redução das provisões, o índice de cobertura – relação entre empréstimos inadimplentes e provisões – sobre os empréstimos com atraso acima de 90 dias passou de 348% no quarto trimestre de 2020 para 328%, patamar, contudo, ainda considerado bastante confortável.

A receita com prestação de serviços somou R$ 6,9 bilhões, com queda de 2,7% em relação ao primeiro trimestre do ano passado. Em nota, o Banco do Brasil informou que o recuo decorre “do atual momento macroeconômico e da dinâmica de negócios na rede”.

Já a margem financeira apresentou crescimento expressivo, com alta de 42,1% no trimestre em relação ao primeiro trimestre de 2020, ponto este considerado positivo pela Levante.

Contudo, algumas linhas do balanço são vistas de formas distintas por analistas: a Levante destaca que o bom resultado do banco estatal pode ser atribuído, além do forte crescimento da margem financeira líquida, ao controle de despesas operacionais. O banco apresentou uma queda de 4,8% nas despesas administrativas em relação ao quarto trimestre de 2020 e uma baixa de 0,4% na comparação anual, atingindo R$ 7,7 bilhões.

Por outro lado, aponta a XP, o fato das despesas ficarem quase estáveis frente 2020 é um ponto negativo, uma vez que o índice de eficiência do Banco do Brasil já está abaixo de seus pares privados, que atualmente estão em uma corrida para reduzir custos e competir com os mais leves desafiadores digitais.

A carteira de crédito da companhia, por sua vez, atingiu R$ 758,3 milhões em março, um crescimento de 4,5% na comparação anual, com destaque para o segmento de empréstimo pessoal que cresceu 12,9% no mesmo período.

Um ponto positivo do resultado foi a queda na inadimplência superior a 90 dias para 1,95%, uma melhora significativa em relação aos 3,17% apresentados no primeiro trimestre de 2020, início da pandemia, apesar de registrar leve alta em relação ao fim de dezembro, quando estava em 1,9%.

Apesar dos bons números, a Levante destaca que o banco estatal foi o que mais realizou provisões ao longo de todos os trimestres e, em função do seu caráter social, é esperado que tenha aprovado mais linhas de crédito para estimular a companhia, algo que pode influenciar negativamente seus resultados no segundo semestre.

Cabe destacar que, em 2021, as ações do Banco do Brasil têm sofrido com uma mudança na percepção de risco devido à interferência política do governo em relação às recentes medidas para ganho de eficiência, que incluíram um programa de demissão voluntária e o fechamento de agências.

Após estes atritos, André Brandão, CEO do banco que havia sido colocado em 2019 para implantar medidas de eficiência renunciou, e o governo escolheu outro nome para o cargo, que por sua vez não agradou o conselho do banco e culminou na renúncia de diversos conselheiros. Esse, por sinal, é o primeiro balanço divulgado pela gestão do novo presidente do BB, Fausto Ribeiro, que assumiu o comando da instituição financeira em março.

Com isso as ações acumulam desvalorização de 23,4% em 2021 (até o fechamento da véspera), refletindo a desconfiança do mercado quanto a independência na gestão do banco. As demais instituições financeiras também veem suas ações em queda, mas bem menos expressiva.

Falas do novo CEO

Durante teleconferências após a divulgação de resultados, Ribeiro fez afirmações a princípio positivas para o mercado, ainda que rivalizem com os últimos sinais dados pelo governo sobre o que espera para a nova gestão da companhia. O CEO afirmou a jornalistas que Jair Bolsonaro pediu aumento na rentabilidade da instituição: “O presidente Bolsonaro me disse para buscar uma lucratividade maior, para aumentar a eficiência”, destacou, acrescentando que sua gestão será técnica. “Não há interferência política, o banco só está se aproximando do ministro da Economia”, complementou.

Ribeiro disse que manteve o plano de redução de custos anunciado por Brandão em janeiro (e que foi o estopim para a saída do executivo), que inclui o fechamento de 361 unidades de negócios e dois programas de demissão voluntária de funcionários.

O banco, por sua vez, não tem planos de fechar mais agências neste ano, mas Ribeiro destacou que a instituição constantemente revisa sua rede de agências. O novo CEO disse que também manteria planos de alienar ativos não essenciais, ainda que sem nomeá-los [mas reforçando que a Cielo é um ativo essencial para seguir na carteira do banco] . Ribeiro acrescentou que o banco continua buscando um parceiro para sua unidade de gestão de recursos, a BB DTVM.

“O mandato que eu recebi do presidente da República é relativamente simples. Liderar o banco em busca de eficiência operacional, de rentabilidade compatível, inclusive com os pares e prestamos um atendimento de excelência à população brasileira. Não tem nada diferente. Obviamente que a gente vai dar um toque pessoal”, afirmou.

Ele ainda reiterou que a gestão permanece focada em iniciativas estratégicas, incluindo: acelerar a transformação digital, iniciativas de controle de custos, iniciativas de vendas cruzadas com foco em negócios lucrativos para melhor a monetização da base de clientes em expansão, além de construir e fortalecer parcerias, investir na força de trabalho e atrair talentos. Reiterou ainda o compromisso de reduzir despesas em R$ 3 bilhões neste ano e em R$ 10 bilhões até 2025. A administração reforçou a projeção de lucro líquido ajustado para 2021 de R$ 16 a R$ 19 bilhões.

Mesmo com essas sinalizações positivas, alguns analistas seguem reticentes com o banco estatal – e apesar do valuation aparentemente atrativo. É o caso do Bradesco BBI, que possui recomendação neutra para o papel, ainda que possua um preço-alvo de R$ 44 para o ativo, 51% acima do fechamento da véspera.

De acordo com os analistas do banco, as provisões no trimestre parecem bastante baixas, sendo que elas podem ser revertidas nos próximos meses à medida que a inadimplência começar a aumentar. “Com a visibilidade de lucros ainda limitada – especialmente porque o Banco do Brasil teve a maior parte de seus empréstimos sendo reperfilados (com R$ 26 bilhões ainda por vencer em março de 2022) – acreditamos que as ações ainda carecem de gatilho para reavaliação no curto prazo”, apontam.

Por outro lado, o Safra destacou uma visão mais positiva sobre a instituição ao citar que, apesar do recente aumento do risco político, as decisões da alta administração no banco são colegiadas, o que evita o risco de decisões erradas ou de influência política mais direta dentro do banco. Assim, os analistas continuam com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 50 para o papel, destacando que o valuation está muito mais barato em comparação aos pares do varejo.

Para os analistas do Safra, apesar dos ventos contrários com medidas de restrição em algumas regiões, o banco parece no caminho certo para entregar bons resultados em 2021, principalmente por conta da redução nas provisões de crédito e crescimento do volume, especialmente em linhas como folha de pagamento e rural.

A XP também segue com recomendação de compra e preço alvo de R$ 43 para o ativo, avaliando que, além da ação estar barata, o banco operacionalmente segue defendido com boas taxas de cobertura/adequação de capital e uma carteira defensiva.

Possíveis catalisadores para a ação

Campos e Odaguil, da XP, ainda reforçam que pagar um dividend payout (dividendo em relação ao lucro líquido) maior e algum consumo de cobertura poderia ser uma estratégia de criação de valor para o BB. Isso porque: i) significaria um alto rendimento de dividendos acima de 10% para os investidores; ii) reduziria o risco de destruição de valor no longo prazo em busca da competição com as fintechs; e iii) com a avaliação de que está operacionalmente defendido e capitalizado, o banco é capaz de fazer frente a esse aumento do pagamento de proventos.

Os analistas não acreditam que as perspectivas pareçam fáceis para os bancos incumbentes, com desafios como: i) um regulador agressivo com uma forte agenda micro que inclui pagamento mais rápido, open banking e mercado de recebíveis; ii) competição de bancos digitais mais leves e mais rápidos, que já pressionavam as taxas de varejo e agora poderiam se beneficiar da iniciativa de open banking e iii) o Covid-19, que deve impactar negativamente o negócio de crédito com maior inadimplência, ao mesmo tempo em que auxilia os novos entrantes com uma base de clientes mais digitalizada.

“Dito isso, acreditamos que as perspectivas parecem ainda mais difíceis para o BB, pois vemos a possibilidade de ganho de eficiência nesse cenário digital mais difícil do que para outras operadoras devido à sua estrutura estatal. Portanto, um pagamento mais alto pode significar: i) riscos reduzidos de destruição de valor, uma vez que parte do investimento é devolvido aos investidores; e ii) a chance de criar mais valor por meio de um maior ROE em um banco menos capitalizado / mais alavancado”, apontam, vendo esse como um possível catalisador para os papéis.

Já para a Levante, os principais catalisadores para as ações do Banco do Brasil passam principalmente por venda de ativos e melhoria de eficiência, ações que conflitam com a popularidade do governo e por sua vez não devem ocorrer no curto prazo considerando o contexto atual – ainda que a atual gestão do BB reforce a sua busca por maior rentabilidade.

Com tantas questões para a instituição financeira e os investidores ainda esperando para ver como será a gestão de Fausto Ribeiro, muitos analistas seguem reticentes, conforme mostra compilação da Refinitiv com casas que cobrem o papel: de quinze casas que cobrem o ativo, nove recomendam compra, mas seis têm visão mais cautelosa, com cinco recomendando manutenção e uma recomendando venda. Contudo, o preço-alvo médio é de R$ 43,98, o que mostra que, se o banco conseguir endereçar os principais temores dos investidores, há espaço para uma alta de cerca de 50% dos ativos.

Fonte: Money Times

 

BB escolhe novos membros para conselho de administração após saída de executivos

Publicado em: 29/04/2021

O Banco do Brasil (BBAS3) comunicou ao mercado que elegeu José Ricardo Fagonde Forni para o cargo de vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores e Ênio Mathias Ferreira para o cargo de vice-presidente corporativo. Ambos os cargos fazem parte do conselho de administração da instituição financeira.

A chegada dos novos nomes ocorre em um momento delicado para a estatal, que viu o presidente do conselho de administração, Hélio Magalhães, e o conselheiro independente, José Guimarães Monforte, renunciarem aos cargos no colegiado no início do mês.

De acordo com a carta de demissão de Magalhães, os conselheiros estavam descontentes com a interferência do presidente da República, Jair Bolsonaro, na estatal.

A substituição de André Brandão por Fausto de Andrade Ribeiro foi recebida com certa resistência pelos membros do colegiado. Brandão teria entrado em conflito com o presidente Bolsonaro por causa do plano de demissão e fechamento de agências do BB. Isso culminou na sua substituição e a consequente saída de membros do conselho de administração.

Na mesma semana, Fausto de Andrade Ribeiro enviou uma mensagem aos funcionários do Banco do Brasil afirmando buscar “austeridade” nas despesas. Ao mesmo tempo, tentou mostrar alinhamento ao presidente da República, Jair Bolsonaro, contrário à privatização da instituição.

Ao mesmo tempo, todos os bancos estão tendo que se adaptar à novas tecnologias, como o pagamento por aplicativos e o PIX, que facilitou as transações entre pessoas.

Fonte: Seu Dinheiro

 

Novo no comando do BB, Fausto Ribeiro recebe presidente da ANABB

Publicado em: 22/04/2021

O recém-empossado presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro, recebeu o presidente da ANABB, Augusto Carvalho, em audiência na tarde desta segunda-feira (19/4), na sede do BB, em Brasília. O encontro foi uma oportunidade de a Associação alinhar pautas importantes para os associados, entre elas o teto de benefícios da Previ, aprovado recentemente pela Previc.

Na atual gestão do governo federal, essa foi a primeira vez que a ANABB foi recebida pelo presidente do BB. O novo presidente do Banco, por ser funcionário de carreira da instituição, foi solícito com a ANABB a respeito dos argumentos apresentados em defesa da implementação de um teto na Previ.

A Associação propôs, inclusive, a criação de uma comissão formada por representantes do BB, da Previ e da ANABB para discutir o tema sem que haja prejuízo aos participantes da Previ. O presidente disse que o assunto poderá ser debatido em outras audiências.

Fausto de Andrade fez questão de renovar seu compromisso com todos os funcionários da ativa e aposentados do BB, citou a importância da Fundação Banco do Brasil, também reconhecida pelo presidente da ANABB durante a reunião, e pediu que a Associação transmitisse seus votos para os associados, conforme carta recentemente divulgada. Clique aqui e confira a íntegra da carta.

Fonte: Agência ANABB

 

Com novo comando, Banco do Brasil voltará a ser o que era antes dos liberais

Publicado em: 15/04/2021

Desde que tomou posse na presidência do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro tem procurado transmitir tranquilidade aos funcionários da instituição. Muitos, por sinal, estão surpresos com a capacidade do executivo de agregação. Quem participou das conversas com ele garante que o BB voltará a ser o que era antes de ser comandado pelos liberais.

A orientação que vem sendo passada por Ribeiro é a de que o Banco do Brasil continuará com seu compromisso de manter a rentabilidade e dar lucro, princípios de mercado, mas conjugará com essa missão o seu lado público, apoiando medidas que sejam de interesse do governo e da instituição.

Um caso que ilustra o retorno do Banco do Brasil às origens é um projeto do Ministério das Comunicações que prevê a instalação de wi-fi gratuito em várias cidades do país. O BB tem interesse em financiar esse projeto pois, com acesso à internet, os clientes podem movimentar suas contas sem precisarem ir às agências. É o banco digital se expandindo.

BB no Palácio do Planalto

“Daqui por diante, não teremos mais o Banco do Brasil pensado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo ex-presidente da instituição Rubem Novaes. A página virou com Fausto Ribeiro”, diz um integrante do BB. “Vamos ver, por exemplo, o presidente do banco participando como protagonista de cerimônias no Palácio do Planalto, coisa que não se viu nos últimos dois anos”, acrescenta.

Nada, porém, será feito com truculência, muito pelo contrário, pois os funcionários do Banco do Brasil apoiam a volta às origens. “A ruptura que estamos vendo é com a gestão liberal de Guedes, de privatização do BB. Vamos ter um banco lucrativo para seus acionistas, mas, também, com visão social”, acrescenta outro importante funcionário da instituição.

A posição de Ribeiro tem todo o apoio do Planalto. O presidente Jair Bolsonaro já deixou claro que não queria um “outro André Brandão”, que renunciou à presidência do Banco do Brasil, comandando a maior instituição financeira pública do país.

Fonte: Blog Correio Braziliense

 

Após troca de CEO, Banco do Brasil tem renúncia de dois vice-presidentes

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O Banco do Brasil (BBAS3) anunciou nesta terça-feira a renúncia de dos de seus vice-presidentes, na esteira da conturbada troca do comando da instituição controlada pelo governo federal.

Segundo o BB, Carlos da Costa André renunciou como vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores, para se aposentar. Para ocupar o cargo, o banco indicou José Forni, atual diretor de suprimentos e infraestrutura do banco.

O outro executivo a deixar o BB é Mauro Ribeiro Neto, que resolveu deixar o cargo de vice-presidente corporativo, alegando motivos pessoais, afirmou o banco por meio de fato relevante. O indicado para substituí-lo é Ênio Mathias Ferreira, hoje diretor de Governo.

As indicações de ambas precisam de aval do conselho de administração do BB.

As mudanças são anunciadas após Fausto Ribeiro ter sido empossado na presidência-executiva do banco, na esteira da demissão de seu antecessor, André Brandão, cujos planos de fechamento de agências irritaram o presidente Jair Bolsonaro.

Fonte: Money Times

 

“Banco do Brasil não é do mercado, é do Brasil”, diz João Fukunaga

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O novo presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, promoveu uma mudança do rumo que vinha sendo imposto ao banco pelos dois ex-presidentes da instituição. Em todas as entrevistas, faz questão de valorizar os funcionários e destacar a importância do BB para o desenvolvimento do país. Mas, o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, alerta para os cuidados que devem ser tomados com a insistência em dizer que o “Banco do Brasil é do mercado”.

“Em seus pronunciamentos, o Fausto (Ribeiro) tem dito que ‘o Banco do Brasil é do mercado e do Brasil’. Por mais que ele tenha mudado a postura anteriormente adota e boa vontade para valorizar os funcionários e a instituição, os acionistas sempre vão querer mais lucros. E isso significa redução de postos de trabalho e a consequente sobrecarga e adoecimento dos funcionários. Significa precarizar o atendimento aos clientes, não apenas com a redução dos funcionários, mas também com o fechamento de agências e o aumento das tarifas e taxas”, disse Fukunaga.

O coordenador da CEBB ressaltou que o Banco do Brasil é lucrativo e altamente eficiente, com o melhor índice de eficiência entre os cinco maiores bancos do país (Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Itaú e Santander). “O Banco do Brasil já possui faz bastante tempo o melhor índice de eficiência entre os maiores bancos do país. Com 10 pontos percentuais à frente do Bradesco e mais de 10 à frente do Itaú”, afirmou ao informar os índices de cada um dos cinco maiores bancos. “A sociedade e os funcionários (e o Fausto é um funcionário) não podem deixar se enganar que ‘o mercado’ quer o bem do Banco do Brasil e da sociedade. Eles querem lucro cada vez maior, mesmo se for necessário sacrificar os funcionários e o povo”, completou.

Eficiência

O índice de eficiência indica quanto custa para o banco gerar receita. Quanto menor for o índice, menor o custo e mais eficiente é o banco. Em 2020, o índice de eficiência do Banco do Brasil foi de 36,6%. O segundo em eficiência foi o Santander, com 37%; seguido pelo Bradesco, com 46,3%; Itaú, com 47,1%; e pela Caixa Econômica Federal, com 58,97%. Em 2019 o BB, já ocupava a liderança, com 36,1%, assim como nos anos anteriores.

O índice da Caixa é maior porque o banco mantém uma estrutura de agências e funcionários dedicada a atender programas de Governo Federal, como o Bolsa Família e Auxílio Emergencial, que não são operações rentáveis do ponto de vista dos indicadores financeiros da empresa, como o índice de eficiência, mas trazem enorme retorno para a sociedade brasileira.

Com relação ao lucro, Fukunaga também lembra que já faz muitos anos que o banco apresenta resultados positivos. “O BB já passou pelas reestruturações necessárias para transformá-lo em uma instituição eficiente e lucrativa. As estruturações que vem ocorrendo nos últimos três, ou quatro anos são para saciar a sede de lucro dos acionistas minoritários e para preparar a instituição para a entrega do patrimônio público ao mercado, com uma possível privatização, ou perda de competitividade”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

Novo presidente do Banco do Brasil diz que vai priorizar eficiência e desinvestimentos

Publicado em: 09/04/2021

Fausto Ribeiro, o novo presidente-executivo Banco do Brasil (BBAS3), empossado após o presidente Jair Bolsonaro demitir seu antecessor devido a planos de fechamento de agências, disse nesta segunda-feira que vai priorizar melhoria da eficiência da instituição e desinvestimento em ativos não essenciais.

“É inegociável buscar eficiência, lucros crescentes, rentabilidade compatível com as principais instituições financeiras”, escreveu Fausto Ribeiro em carta aos funcionários do Banco do Brasil, citando um ambiente competitivo mais desafiador.

Bolsonaro confirmou Ribeiro como o novo presidente-executivo do BB na sexta-feira, em um movimento que levou dois membros do conselho a renunciar por causa do que eles descreveram como falta de experiência do executivo.

Entre suas prioridades, Ribeiro também citou a venda de ativos não essenciais. O BB colocou à venda, por exemplo, sua unidade de gestão de ativos, conforme relatado anteriormente pela Reuters.

Ribeiro disse ainda que vai trabalhar de acordo com as orientações do governo e não deu mais detalhes sobre isso no longo texto enviado aos funcionários. “O Banco do Brasil é de mercado e é do Brasil”, afirmou o executivo no texto.

As ações do Banco do Brasil acumulam queda de 21% neste ano, desempenho inferior ao dos principais concorrentes do banco. Nesta segunda-feira, os papéis encerraram em queda de 0,13% enquanto o Ibovespa avançou quase 2%.

Ribeiro afirmou ainda que os funcionários do BB continuarão trabalhando em casa durante a pandemia de coronavírus, apesar da oposição de Bolsonaro a acordos de trabalho remoto.

Críticas do Conselho de Administração

Antes mesmo de renunciarem aos mandatos, os membros do conselho de administração do Banco do Brasil Hélio Lima Magalhães, que era o presidente, e José Guimarães Monforte já vinham manifestando contrariedade com as decisões do governo sobre a direção do banco em atas. Na última, publicada um dia antes da renúncia, questionaram o rito de nomeação do presidente do banco, uma atribuição do presidente da República. O documento também traz uma ponderação sobre o nome de Fausto Ribeiro.

Em relação à indicação, o argumento é de que apesar de o ordenamento jurídico permitir essa indicação, ela também pode ser atribuída ao conselho administrativo, o que estaria alinhado às melhores práticas de gestão recomendadas pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

“A despeito do referido ordenamento, atualmente invocado para cumprimento do rito de nomeação para o maior cargo na hierarquia do Banco do Brasil, entendemos que existe legislação e interpretações mais avançadas para o tema, cuja aplicação, em não sendo possível no caso concreto, deve, contudo, ser perseguida pelos guardiões das boas práticas de governança corporativa”, argumentam em ata.

Para os conselheiros, as leis das sociedades por ações e das estatais abrem espaço para que a definição do cargo de presidente da instituição possa ser uma atribuição do conselho. Esse entendimento é reforçado pelas Diretrizes sobre Governança Corporativa para Empresas Estatais, da OCDE, que reconhece a competência dos conselhos para indicar ou destituir diretores-presidentes.

“Ressalte-se que as Diretrizes da OCDE são reconhecidas como padrão internacional para o exercício da função de propriedade estatal, com o objetivo de se evitar as armadilhas da titularidade passiva e a excessiva intervenção do Estado”, ponderaram.

Meritocracia e questionamento ao novo chefe

O documento também questiona o nome de Fausto Ribeiro, funcionário de carreira do BB e que comandava o braço de consórcio do banco desde setembro passado. A ata ressalta que “ameritocracia é um valor intrínseco” ao BB e elenca pontos da Política de Indicação e Sucessão da estatal para discordar da indicação de Ribeiro à função.

“Ao trazer à baila a Política de Indicação e Sucessão, observa-se que o ora indicado, sem qualquer demérito ao profissional e à sua carreira de 33 anos no BB, não percorreu ainda todas as etapas de funções gerenciais, o que não significa dizer que, ao vir a fazê-lo, não poderia se colocar em nível de prontidão para assunção de novos desafios futuros”, escreveram.

A avaliação é de que havia ferramentas que poderiam ser ajudado na identificação de candidatos e planejamento da sucessão na alta liderança do banco.

Fonte: Money Times

 

Falta de credibilidade do novo presidente dificulta ajustes no BB, avalia economista

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Em carta enviada a funcionários do Banco do Brasil na última segunda-feira (5), o novo presidente da instituição, o administrador Fausto de Andrade Ribeiro, afastou a ideia de privatizar o banco, também criticada pelo presidente da República, Jair Bolsonaro. No entanto, prometeu austeridade e levar adiante a agenda de venda e reorganização societária de negócios secundários.

Ribeiro tomou posse na última semana em meio à insatisfação de conselheiros do BB, que o consideraram pouco preparado para a função. Ele assumiu após a demissão do experiente André Brandão, executivo de mercado com atuação no HSBC dos Estados Unidos. Por conta da troca, o presidente do conselho, Hélio Magalhães, e o conselheiro independente José Guimarães Monforte decidiram renunciar.

“O Banco do Brasil é de mercado e é do Brasil”, afirmou o novo mandachuva do banco na carta. “É inegociável buscar eficiência, lucros crescentes, rentabilidade compatível com as principais instituições financeiras.”

Um dos motivos para a saída de Brandão seria a estratégia de reduzir consideravelmente o número de agências do BB pelo país, que teria incomodado o presidente.

Apesar de ser uma sociedade de economia mista e, assim, ter que dar rentabilidade aos seus acionistas, o Banco do Brasil também é uma empresa controlada pelo Estado, e, como tal, tem atribuições a cumprir que vão além da simples maximização de lucros. É o que explica, em entrevista à agência de notícias Sputnik Brasil, a professora Maria Beatriz de Albuquerque David, da Faculdade de Economia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

“As novas estratégias bancárias são cada vez mais de reduzir custos e trabalhar no sistema on-line, fazer a maior parte das suas operações digitalmente. Então, a proposta do antigo Banco do Brasil ia nesse sentido. Há um conflito aí porque o Brasil é um país muito grande e tem cidades pequenas. Então, os bancos estatais cumprem mais ou menos esse papel de ter agências em toda parte do país. Mas está sendo cada vez mais um papel da Caixa Econômica, porque ela tem custos mais baixos e tem menos participação de acionistas no sentido de exigir um retorno do seu capital”, afirma.

Para a especialista, a posse de Ribeiro como presidente do BBB e a contestação a ela cria um problema de credibilidade, ainda mais pelo fato de ele não ser um executivo conhecido no mercado e respeitado pela “burocracia do Banco do Brasil”.

“O Banco do Brasil não é um banco tradicional tampouco. Ele não é um banco comercial como o Bradesco, como o Itaú. Ele tem uma tradição de carreiras. Ele fica entre um misto de carreiras tradicionais do Estado com um banco. E também isso tem que ser ajustado, e isso é um problema difícil, principalmente por alguém que não tem respeitabilidade nem do corpo funcional e nem do mercado. Então, ele está frágil nos dois pés.”

A economista vê a nova presidência como uma forma de atender a desejos do Poder Executivo, mas “uma empresa estatal é uma empresa do Estado brasileiro”, e não “do governante do momento”. De acordo com ela, como a Caixa tem respondido muito bem a todas essas demandas estatais e do governo, “ele [Bolsonaro] quer o mesmo papel no Banco do Brasil”.

“O Banco do Brasil foi sempre um banco com uma grande ramificação rural, porque ele era o grande responsável pelos empréstimos rurais. Isso tem mudado nos últimos anos, mas a capilaridade de agências dele no interior se justificava por isso. Mas a tradição agora no mundo inteiro é que você faça grupamentos conjuntos, de agências bancárias junto com agências dos Correios, junto com mercados. Quer dizer, uma integração entre várias atividades nos locais onde você tem pouca capilaridade e pouca população. Então, é o que está mostrando a mudança do sistema bancário, mesmo estatal, a nível internacional.”(com agência Sputnik Brasil)

Fonte: Jornal do Brasil

Novo presidente do BB mostra alinhamento com Bolsonaro

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O novo presidente do Banco do Brasil, Fausto de Andrade Ribeiro, enviou nesta segunda-feira, 5, uma mensagem aos funcionários do conglomerado em seu primeiro ato após tomar posse na última quinta-feira, 1º. Na carta, obtida pelo Estadão/Broadcast, ele prometeu “austeridade” nas despesas e sequência à agenda de venda e de reorganização societária de negócios secundários, movimento que já está em curso na instituição. Ao mesmo tempo, tentou mostrar alinhamento ao presidente Jair Bolsonaro, contrário à privatização da instituição.

A carta veio depois de uma polêmica. Na esteira da saída de André Brandão, que era um executivo de mercado e veio do HSBC nos EUA para assumir o banco público, a escolha de Ribeiro não agradou a membros do conselho do BB. Na semana passada, o presidente do conselho, Hélio Magalhães, e o conselheiro independente José Guimarães Monforte, devolveram os cargos que ocupavam. Uma das razões para a saída de Brandão foi o anúncio de um forte programa de redução de agências, o que desgradou o presidente da República.

“As circunstâncias (da substituição), representadas por restrição inaceitável a atos da administração, emergiram e impedem efetivar medidas que visam realizar avanços na direção de ganhos de eficiência”, afirmou Monforte em trecho da sua carta de renúncia. “Acredito também que o processo de sucessão na liderança de empresas, principalmente as de capital aberto, não deve ser feita somente porque se detém o poder para fazê-las.”

Alinhamento com Bolsonaro

Mesmo sem citar explicitamente, a leitura foi a de que Ribeiro defende o mesmo discurso do presidente Jair Bolsonaro, que é contra a privatização do BB, diz um funcionário, na condição de anonimato. De diferentes maneiras, ele afirmou na carta aos funcionários que o conglomerado, de 212 anos de atuação, é um “patrimônio de todos os brasileiros”.

“O Banco do Brasil é de mercado e é do Brasil”, afirmou o novo presidente da instituição. E explicou: “É de mercado, está listado em Bolsa, tem que ser lucrativo, competitivo e eficiente ao atender mais de 65 milhões de clientes no Brasil e no Exterior; e é do Brasil, porque cada brasileiro é um sócio desse Banco, que nos faz ser historicamente compromissados com o desenvolvimento econômico e social do País.”

Citando seus colegas de BB, o novo presidente do banco disse que tem o compromisso de conduzi-lo com “retornos adequados” aos acionistas e “atuando de forma integrada e sinérgica com as diretrizes do seu controlador, o governo federal”. “É inegociável buscar eficiência, lucros crescentes, rentabilidade compatível com as principais instituições financeiras”, prometeu.

Na carta, Ribeiro listou dez itens que chamou de iniciativas estruturantes e nos quais suas gestão focará esforços. Dentre os pontos mencionados, prometeu acelerar a transformação digital e a inovação; compromisso com a austeridade e a eficiência na gestão de despesas; priorizar a cadeia do agronegócio; efetuar alianças e parcerias estratégicas para ampliar competências que permitam a expansão dos resultados do conglomerado; e realizar desinvestimentos e reorganização societária em determinados negócios.

Desafios tecnológicos

Ribeiro afirmou ainda que tem consciência de que o banco “está diante de enormes desafios” e que o ambiente é desafiador, mencionando fintechs e novas tecnologias como Pix, sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, e o open banking, que vai permitir o compartilhamento de dados do cliente. Para ele, as novas tecnologias “exigem novos modelos de negócio em um ambiente financeiro cada vez mais complexo”.

Fonte: Terra

 

Novo presidente do BB enterra privatização da instituição e deve vetar venda da BB DTVM

Publicado em: 25/03/2021

Os funcionários do Banco do Brasil estão em festa. Pelo que já receberam de retorno do novo presidente da instituição, Fausto Ribeiro, que tomará posse no início de abril, não há qualquer possibilidade de ele levar adiante qualquer processo de privatização do BB. Mais: ao que tudo indica, vai rever todos os programas de desinvestimentos do banco. Isso quer dizer que a venda da BB DTVM deverá ser vetada.

Ribeiro representa uma guinada em relação a Rubem Novaes, primeiro a comandar o Banco do Brasil no governo de Jair Bolsonaro, e a André Brandão, que renunciou ao cargo. Para ele, o BB tem de continuar sob controle do Estado e, em vez de encolher, desfazendo-se de negócios importantes, como a BB DTVM, que controla o grosso dos recursos administrados pela instituição, tem de crescer.

Funcionário de carreira do BB, Ribeiro está recolhido desde foi anunciado como sucessor de André Brandão. Mas, aos poucos colegas de trabalho com os quais conversou nos últimos dias, disse que a determinação de Bolsonaro é de que o banco tenha um papel social. Não é só: tudo indica que ele suspenderá o programa de fechamento de agências, pivô da crise com Bolsonaro que levou à demissão de Brandão.

Esse programa de fechamento de postos de atendimento foi dividido em quatro ondas, como se diz dentro do banco. A primeira, que agrega 90 pontos, incluindo agências, já foi concluída, porque Brandão pediu pressa. Os dois programas de demissão voluntárias, também anunciados no início do ano, foram concluídos com a adesão de 5.500 funcionários.

Mudanças nas vice-presidências

Ribeiro também acertou com Bolsonaro liberdade para mudar a composição da atual vice-presidência do BB. Quer dar uma cara nova ao comando da instituição com pessoas de sua confiança. Essa troca deverá ser facilitada, pois pelo menos dois executivos já demonstraram desejo em deixar os cargos, número que deve crescer, seja porque alguns têm idade para se aposentar, seja porque têm convite do mercado.

Pelo menos uma vice-presidência, a de Governo, será entregue a um político, muito provavelmente, ligado ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Hoje, essa vice é ocupada por João Rabelo Júnior, que é de carreira, mas começou a ganhar antipatia do Palácio do Planalto porque foi secretário-adjunto no Ministério da Fazenda na gestão de Guido Mantega, do PT.

Em meio a todos esses movimentos, Ribeiro está disposto, também com o apoio de Bolsonaro, a mudar o Conselho de Administração do Banco do Brasil. Os mandatos dos atuais integrantes terminam em 28 de abril, quando haverá assembleia para decidir se os atuais conselheiros continuam ou não. O novo presidente do BB não se conforma com a reação contrária de vários conselheiros à sua indicação.

Para Ribeiro, o fato de conselheiros como Hélio Magalhães, que foi do Citibank e hoje presidente o Conselho de Administração do BB, e José Guimarães Monforte terem indicado que renunciariam aos cargos por causa da escolha de Bolsonaro mostra que eles não têm espaço no futuro comando do banco. Se não renunciarem, serão defenestrados.

Há outro fator que pesa contra atuais conselheiros do Banco do Brasil: são extremamente a favor da privatização da instituição e são vistos pelos funcionários como entreguistas, por defenderem a venda de ativos importantes da instituição, como a BB DTVM, que estaria sendo negociada com o banco suíço UBS, que já assumiu o controle do BB Investimentos. Esses negócios fechados com o UBS são alvos de várias representações feitas ao Tribunal de Contas da União (TCU), que ainda não se manifestou sobre os casos.

No nome de Ribeiro ainda precisa passar pelo Comitê de Elegibilidade do Banco do Brasil, cuja missão é de analisar se o indicado por Bolsonaro atende aos requisitos legais previstos na Lei das Estatais. Vencida essa etapa, caberá ao presidente da República publicar um decreto com a nomeação.

Fonte: Blog do Correio Braziliense

 

 

Novo presidente do BB monta equipe: Barreto vai para a vice-presidência de governo

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Sem alarde, sobretudo porque seu nome ainda está sendo submetido às regras de avaliação, o novo presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, está começando a montar sua equipe. O primeiro nome escolhido é o de Antônio Barreto, que comandará a vice-presidência de Governo da instituição.

Barreto, que foi cotado para substituir André Brandão no comando do Banco do Brasil, é hoje secretário-executivo do Ministério da Cidadania, com forte trânsito no Palácio do Planalto, sobretudo por causa do trabalho que realizou envolvendo o auxílio emergencial. Ele é funcionário de carreira do BB.

Experiente e conhecedor dos meandros políticos de Brasília, Barreto está tendo papel fundamental no preparo de Fausto Ribeiro para tocar a maior instituição financeira do país. Juntos, têm sondado figuras estratégicas com o objetivo de dar uma cara nova ao Banco do Brasil.

Vaga ambicionada pelo Centrão

A indicação de Antônio Barreto para a vice-presidência do Banco do Brasil é vista por Ribeiro como um trunfo, uma vez que se cogitava a nomeação de um político do Centrão para a vaga. O presidente da Câmara, Arthur Lira, ambicionava a vaga hoje ocupada por João Rabelo.

Desde o governo Lula, convencionou-se dar a vice-presidência de Governo do BB a políticos. Isso mudou a partir da gestão de Rubem Novaes, o primeiro presidente do Banco do Brasil na administração Bolsonaro. Novaes bateu o pé para fazer a própria equipe, mas durou pouco.

No que depender de Fausto Ribeiro, que comandava a BB Consórcios, qualquer estudo no sentido de privatizar o Banco do Brasil será enterrado, até para acalmar os funcionários da instituição. Ele também deve deixar de lado os planos de vendas de ativos do banco, como a BB DTVM, ambicionada pelo suíço UBS.

A perspectiva é de que Fausto Ribeiro tome posse na presidência do Banco do Brasil no início de abril. A partir do momento em que seu nome for aprovado pelo Comitê de Elegibilidade do BB, o presidente Bolsonaro poderá baixar decreto com a nomeação do executivo que substituirá André Brandão.

Saída em massa da diretoria

A saída de André Brandão da presidência do Banco do Brasil pode desencadear uma retirada em massa de diversos integrantes da cúpula do banco estatal. Segundo fontes ouvidas pelo jornal O Estado de S.Paulo, diretores e vice-presidentes começam a sinalizar que podem acompanhar a decisão de Brandão e abandonar ao barco – e pelo menos dois vice-presidentes teriam saída certa.

O colegiado do Banco do Brasil vinha mostrando diversos sinais de insatisfação com a interferência do governo Jair Bolsonaro dentro das estatais, além do processo de fritura de Brandão nos últimos meses. O estopim para a saída em massa seria a indicação de Fausto Ribeiro, que só ocupou cargos de gerência antes de assumir a área de consórcios.

O fato de Ribeiro ter chegado ao segundo escalão do BB já pouco tempo aumentou a insatisfação dentro do colegiado, mas uma renúncia coletiva estaria descartada em um primeiro momento.

Fonte: Blog do Correio Braziliense com Estadão