Crédito: Banco do Brasil deve liberar R$ 12 bi em fevereiro

Publicado em: 18/01/2018

Segundo executivo do banco, montante será destinado ao pré-custeio da safra 2018/2019.

O Banco do Brasil (BB), líder na oferta de crédito rural no Brasil com cerca de 66% do total, vai liberar em meados de fevereiro cerca de R$ 12 bilhões para pré-custeio da safra 2018/2019, disse ao Broadcast Agro, o vice-presidente de Agronegócios do BB, Tarcísio Hubner. “Nossa expectativa é oferecer um valor um pouco acima do anunciado no ano passado, que foi de R$ 12 bilhões. Estamos nos organizando para isso”, informou Hubner.

Caso haja maior demanda, o banco considerará “eventualmente liberar mais do que o anunciado”, segundo Hubner. Ele admite a possibilidade porque as margens de lucro dos produtores estão apertadas e eles tendem a buscar mais as linhas de pré-custeio para adquirir os insumos. O que determinará o apetite pelos recursos, no entanto, será o andamento da colheita, na avaliação do executivo.

“Os trabalhos começaram em alguns lugares, mas se intensificam a partir do meio de fevereiro. Dependendo da produtividade no campo, o produtor aproveitará oportunidades no mercado para adquirir insumos neste período de frete de retorno mais barato”, explicou Hubner, referindo-se aos preços mais baixos pagos pelo transporte de insumos agrícolas dos portos aos centros produtores nesta época, aproveitando os caminhões que levaram a soja para os portos.

Ele destacou que, se o clima contribuir para o desenvolvimento das lavouras, o Brasil colherá sua segunda maior safra de grãos – prevista pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em 227,9 milhões de toneladas, atrás da do ano passado, que foi recorde, com 237,7 milhões de t. “A previsão é de que o agronegócio será alavancado e haverá necessidade de recursos, de diversas fontes”. O valor liberado para pré-custeio, acrescentou Hubner, deve ser o maior já liberado pelo BB.

A escolha da data de anúncio está atrelada à redução do prazo de amortização do débito de pré-custeio de 18 para 14 meses, que vigora desde 1º de julho do ano passado. “Quem contratar os recursos em fevereiro terá de pagar até, no máximo, em abril do ano que vem”, reforça Hubner. Em abril, boa parte da colheita de soja costuma estar concluída no país, dando condições aos produtores rurais para quitar dívidas. O prazo menor não deve desestimular a tomada de recursos, na avaliação do executivo do BB. “No momento em que os agricultores negociarem sua safra, pagarão a dívida de pré-custeio e já poderão contratar outras linhas.”

O montante pode vir a ser tomado ainda com o intuito de comprar parte dos insumos para a safrinha deste ano. As indústrias de defensivos e fertilizantes vêm reportando atraso nas vendas para a cultura, decorrente da decisão dos agricultores de postergar a comercialização dos grãos na expectativa de que os preços no mercado interno subam. Hubner relatou ser natural também que parte do pré-custeio seja tomado para complementar a aquisição de insumos para a segunda safra de trigo, o giro da pecuária e lavouras de cana-de-açúcar. “Os ciclos não são mais tão definidos e a demanda por recursos tem sido diluída ao longo do ano”, argumentou.

Carteira – Hubner não informou, entretanto, qual é a meta do BB para sua carteira de crédito rural em 2018, mas disse acreditar “muito no crescimento da oferta de crédito de modo geral”. “O Caffarelli (Paulo Caffarelli, presidente do BB) falou recentemente dessa maior demanda por crédito por todos os setores.”

Hubner espera maior demanda, ao longo do ano, por recursos para investimentos em armazenagem, irrigação, Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), instalações para produção de energia solar e, principalmente, máquinas e implementos agrícolas.

 

Fonte: Portal BDO

AGEBB debate descomissionamentos e transferências arbitrárias de gerentes

Publicado em: 08/02/2017

A Associação dos Gerentes do Banco do Brasil (AGEBB) promove no dia 16 de fevereiro, na capital paulista, um evento aberto a gerentes associados e não sócios para debater o altíssimo número de descomissionamentos e transferências arbitrárias de executivos do BB para localidades distantes do atual local de trabalho. Também serão esclarecidas dúvidas daqueles que recentemente aderiram ao Plano Especial de Aposentadoria Incentivada (Peai). “Muitos gerentes desconhecem, por exemplo, que depois de 10 anos de trabalho em funções comissionadas a verba não pode ser suprimida do holerite. Esse direito é garantido por jurisprudência do Superior Tribunal do Trabalho”, esclarece o presidente da AGEBB, Francisco Vianna de Oliveira Junior. Para o debate e o esclarecimento de dúvidas, a associação convidou os profissionais da Sociedade de Advogados A.Rodrigues, escritório parceiro da entidade.

O evento ocorre a partir das 19h, no Hotel Braston, na Rua Martins Fontes, 330, na região central da capital paulista. Os gerentes interessados devem se inscrever por meio do e-mail agebb@agebb.com.br ou pelo telefone (11) 3104-4401.

“Os afastamentos não devem parar por aí” ­- O plano de reestruturação do BB, que incluiu o Peai e o fechamento e transformação em postos de atendimento de mais de 700 agências em todo o país, foi mais uma iniciativa do BB de reduzir o quadro de funcionários a qualquer custo, como já havia manifestado publicamente a AGEBB no início de dezembro. O editorial da entidade divulgou também que “temos informações que vários funcionários têm recebido correspondências informando que ´agora já fazem parte dos elegíveis´, mesmo não cumprindo as exigências do plano original”.

Para o presidente da AGEBB, realmente, além dos já penalizados, dezenas de gerentes de unidade e Genegs em todo o Brasil serão descomissionados ou rebaixados. “Apesar de termos recebido a garantia de executivos do BB de que todos os gerentes seriam realocados”, afirma Francisco.

A associação acompanha permanentemente o andamento da reestruturação do quadro de funcionários e agências e sugere que os profissionais que porventura tenham sido descomissionados ou rebaixados de função comuniquem sua situação à AGEBB, para que a entidade possa auxiliá-los na busca de uma solução junto à diretoria da empresa.

 

AGEBB