Financiamentos via fundos constitucionais crescem 41% em 2022

Publicado em: 04/08/2022

Produtores rurais e até pessoas físicas que queiram implantar sistema de energia solar em casa podem ter acesso a crédito via fundos constitucionais. Entre janeiro e maio deste ano, houve um aumento de R$ 6 bilhões em contratações, o que representa 41% a mais do que o mesmo período do ano passado. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR).

Nos cinco primeiros meses do ano, o valor aplicado pelos fundos chegou a R$ 20,1 bilhões, correspondendo a mais de 300 operações de crédito. A maior parte, R$ 13 bilhões, foi aplicada em negócios de pequeno porte. Segundo o ministro da pasta, Daniel Ferreira, o acréscimo se deve à recuperação econômica pós-pandemia da Covid-19.

“Sessenta e cinco por cento dos financiamentos dos fundos estão indo para o mini, o micro, e o pequeno empreendedor, público que mais sofreu com a pandemia”, disse durante entrevista ao programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, comandado pelo jornalista Paulo La Salvia, que vai ao ar neste domingo (31).

Os fundos constitucionais estão previstos — como o próprio nome diz — na Constituição Federal de 88. Ao todo, são três: o do Nordeste, o do Norte e o do Centro-Oeste. Eles contam com uma receita equivalente a 3% de toda a arrecadação da União com impostos de produtos industrializados e o imposto de renda, de acordo com ministro. Esse recurso fica disponível para empresas e produtores rurais, por exemplo, que queiram dar início ao negócio, ampliá-lo ou modernizá-lo.

Para conseguir o crédito, o interessado deve buscar o recurso desejado junto ao banco correspondente de cada fundo. No Centro-Oeste, o operador financeiro responsável por conceder o financiamento é o Banco do Brasil. Neste caso, o empreendedor deve desenvolver as atividades no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso ou Mato Grosso do Sul. Os demais financiadores são o Banco do Nordeste e o Banco da Amazônia.

Ferreira explicou que, ao todo, a receita dos três fundos é de R$ 15 bilhões por ano, entretanto, o valor pode ser de três a quatro vezes maior. “Com o histórico dos financiamentos, eles [fundos] já têm receita própria da carteira de projetos, são autossustentáveis. Conseguiriam continuar sozinhos, porque, com as receitas anuais, somadas a esses R$ 15 bilhões, eles têm R$ 50 bilhões, por ano, para conceder de crédito”, disse.

Para o ministro do Desenvolvimento Regional, uma das medidas que também favoreceram o aumento de contratações de crédito via fundos constitucionais é a mudança na estrutura de taxa de juros dos financiamentos feita nos últimos dois anos. “O setor empresarial tem taxas pré-fixadas, agora; ele não tinha antes”, afirmou. “As taxas chegam a 6% para projetos rurais e, no caso de projetos urbanos, 7,5%, as menores taxas. É bem atrativo”, acrescentou Ferreira.

Habitação

Durante a entrevista, o ministro destacou a ampliação do prazo máximo de financiamento da casa própria, que passará de 30 para 35 anos. “Isso vai dar 8% a mais de capacidade de financiamento para famílias. [Com isso], a gente traz de volta aquela família que não conseguia comprar, ou a gente proporciona a uma família [que já tem uma casa] um imóvel melhor”.

A medida provisória com essa previsão já passou pelo Senado e, agora, aguarda sanção presidencial. A mesma MP, quando aprovada, também vai permitir que os depósitos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) possam ser usados como caução nas parcelas.

Ainda sobre política habitacional, Daniel Ferreira falou sobre as novas condições de contratação de financiamento imobiliário: as faixas de renda familiar, que foram atualizadas, e os subsídios, que foram ampliados. “O subsídio já aumentou, em alguns municípios do Brasil, em mais de 200%, desde o início do programa Casa Verde e Amarela”, disse.

Gestão de riscos e desastres

O trabalho de prevenção e de resposta a desastres da Defesa Civil, ligada ao MDR, também foi tema da entrevista. O ministro enfatizou as ações adotadas em conjunto com estados e municípios, além de medidas que podem ser tomadas pelos próprios moradores para evitar tragédias.

O ministro também fez um panorama sobre as localidades em situação de emergência. “Hoje, são mais de 1,2 mil municípios com reconhecimento federal vigente”, afirmou Ferreira. Desde novembro do ano passado, segundo o ministro, mais de R$ 650 milhões foram repassados para ações de resposta e de reconstrução.
Saneamento básico

Outro assunto em destaque na entrevista é o Novo Marco do Saneamento Básico. Onze leilões já foram realizados nos últimos anos. Um deles, o de resíduos sólidos, considerado o maior da história, segundo o ministro, e dez voltados para a questão de água e esgoto. Nesta área, a previsão é de que mais um leilão seja feito em setembro deste ano, no Ceará, que deve alavancar R$ 6 bilhões em investimentos.

Fonte: Agência Brasil

 

Prefeito de Manaus dá boas-vindas à diretoria do BB e destaca parceria

Publicado em: 30/10/2020

Parceiro da Prefeitura de Manaus em financiamentos importantes para implantação e andamento de obras essenciais para a cidade, o Banco do Brasil anunciou novos superintendentes para a região Norte. Nesta segunda-feira, 26/10, a nova diretoria regional foi apresentada, por meio de videoconferência, ao prefeito Arthur Virgílio Neto, que destacou a parceria interinstitucional.

“É uma honra, para mim, dar boas-vindas a esses profissionais que darão continuidade à excelente parceria que temos há anos com o Banco do Brasil. Parceria que nos permitiu, entre outras obras, dar sequência ao programa de Requalificação Urbana e Viária de Manaus, o Requalifica, que chegou a sua sétima etapa, elevando a qualidade da mobilidade urbana com centenas de ruas recapeadas. Todo esse trabalho começa com uma boa conversa sobre contratos, que só é possível graças a um bom diálogo em ambas as partes, que deve continuar”, disse o prefeito Arthur Virgílio Neto.

Pablo Ricoldy assume como novo superintendente regional, atendendo demandas do Amazonas, Rondônia, Acre e Roraima. “Em primeiro lugar, dou os parabéns para o prefeito Arthur Neto pela queda de arrecadação que não aconteceu em Manaus, mesmo em um momento tão difícil pelo qual passamos. Isso é fruto de um investimento bem feito e controle de gastos, que faz toda a diferença em uma gestão. O Banco do Brasil é um parceiro e nosso objetivo é atender às demandas da prefeitura”, disse o novo superintendente.

Além de Pablo, participaram da reunião virtual o novo superintendente estadual, Sebastião Soares; o gerente-geral do Amazonas, Raimundo Baía; o superintendente de Governo, Rui Mesquita; o procurador-geral do município de Manaus, Rafael Albuquerque; e a secretária municipal de Finanças, Mariza Gentil, que também destacou a importância da parceria. “Fizemos nos últimos anos três operações de créditos junto ao Banco do Brasil, que nos deu mais capacidade para continuar obras importantes, sem faltar recursos para aplicações de outros eixos da administração municipal. Sempre tivemos boas relações com os superintendentes e acredito que isso vai continuar”, concluiu a secretária.

O superintendente de Governo do Banco do Brasil, Rui Barbosa Mesquita, também ressaltou a importância da boa aplicação nos recursos junto à instituição bancária. “Arthur Virgílio Neto é uma referência nacional, não só para mim, mas como outras pessoas que gostam da boa gestão, da boa aplicação de recursos. Estamos felizes em ser parceiros da Prefeitura de Manaus e colocamos a nova superintendência à disposição, para novos diálogos com o gestor municipal”, disse Mesquita.

Fonte: Portal do Generoso

 

BB terá financiamento especial para leilões da ExpoZebu em Uberaba

Publicado em: 27/03/2019

Representantes da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Banco do Brasil e Emater se reuniram na manhã desta segunda-feira, 25 de março, na sede da ABCZ, em Uberaba, MG, para definir as próximas ações em torno da agência especializada, que será inaugurada no dia 27 de abril, no Parque Fernando Costa, durante a ExpoZebu.

O encontro também marcou a apresentação oficial do novo superintendente do Banco do Brasil em Minas Gerais, Ronaldo Alves de Oliveira, que chegou garantindo novidades. Entre elas, a criação de uma linha de crédito especial para leilões que acontecem durante a ExpoZebu.

“O banco já possui algumas linhas convencionais, mas durante a ExpoZebu nós teremos algumas condições especiais que estamos alinhando com a nossa diretoria, para que sejam disponibilizadas em tempo”, garante Oliveira.

O superintendente também reafirmou a parceria com outro programa da ABCZ, o Pró-Genética, garantindo a participação do banco em todas as feiras realizadas em Minas. “O Banco do Brasil, como catalisador junto a ABCZ e outras entidades, estará à disposição para participar de todos os eventos”, diz ele.

Para o diretor da ABCZ, Rivaldo Machado Borges Júnior, que coordenou a reunião, todas essas garantias além de reforçar a parceria entre as entidades, representam um grande avanço para o setor. “Tudo isso para nós é muito importante! O Banco do Brasil está abrindo ainda mais as portas para atender a demanda dos pequenos e médios produtores rurais”, conta ele.

Fonte: Portal BDO

Privatização do BB pode prejudicar financiamentos e políticas sociais

Publicado em: 21/03/2019

A mais recente declaração do presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, só confirma o que desde o início de sua gestão vem sendo receio dos funcionários do BB, o despreparo de Novaes para assumir um banco público, como ressalta o diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) Wagner Nascimento, em entrevista ao jornalista Rafael Garcia, da Rádio Brasil Atual.

Em evento no Rio de Janeiro na sexta-feira (15), o presidente do banco disse estar “convencido” de que é preciso privatizar a instituição. Novaes chegou a afirmar que no Banco do Brasil se sente de mãos atadas. “É como se tivesse bolas de chumbos nas pernas para competir com bancos privados”, ressaltou.

“Uma declaração equivocada, de alguém que chegou agora e não conhece o banco”, rebateu Nascimento contestando, por exemplo, que mesmo não sendo da natureza da instituição pública competir com outras instituições, ela é altamente rentável. “Ele (Novaes) esquece que o retorno dado pelo banco, os dividendos pagos aos acionistas e ao próprio governo, isso é revertido em ações e políticas”, afirma o bancário e diretor da Contraf-CUT.

Responsável pelo financiamento de projetos de desenvolvimento, como agricultura familiar e até o agronegócio, o Banco do Brasil tem, sendo público, a responsabilidade com funções sociais, algo que poderá ser posto em xeque se for privatizado. “É um banco que não pode ser privatizado, ele tem seu papel na economia do país, não é um banco que está simplesmente concorrendo com um outro para ver quem lucra mais”, defende. “A gente estará deixando uma parte da sociedade considerável que precisa desse banco, à mercê de agentes de mercado que vão cobrar muito caro para fazer isso.”

Fonte: Rede Brasil Atual

BB vê queda pequena dos juros nos financiamentos agrícolas em 2018/19

Publicado em: 30/10/2018

O Banco do Brasil já dá como certa mais uma redução, porém “pequena”, das taxas de juros dos financiamentos ao agronegócio no próximo Plano Safra (2018/19), que está em gestação no governo e deverá ser lançado em junho, para entrar em vigor em 1o de julho.

“O mercado já precificou que deverá haver uma ligeira alta da Selic [taxa básica de juros, hoje em 6,5% ao ano] no ano que vem. Assim, nossa percepção é que a redução das taxas de juros do crédito rural [no Plano Safra 2018/19] será pequena, em torno de 1 a 2 pontos percentuais”, afirmou ao Valor o vice-presidente de Agronegócios do BB, Tarcísio Hubner.

Se confirmado o cenário, a taxa em operações de custeio agropecuário com juros controlados, as mais realizadas pelos produtores rurais, cairia, na melhor das hipóteses, também para 6,5% ao ano – atualmente os juros nessa frente são de 8,5%. E ficaria em até 5,5% no caso de linhas de investimento como as do Programa de Construção de Armazéns (PCA) ou o Moderfrota (máquinas agrícolas).

A “banda” de redução de juros do Plano Safra prevista pelo BB não agrada ao setor de agronegócios. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e outras importantes entidades que representam produtores do país defendem uma queda de pelo menos 3 pontos percentuais.

O BB sabe, no entanto, que o Ministério da Fazenda e o Banco Central não chegarão tão longe, como já indicaram as primeiras negociações no governo em torno do próximo Plano Safra. O argumento da equipe econômica é que o teto dos gastos públicos e o orçamento federal apertado impõem limites a qualquer expansão de subsídios.

“Com a Selic no baixo patamar em que está, não faz sentido o governo ter uma despesa elevada com a equalização dos juros do crédito rural. É um desafio para a gente, mas o mercado vai se ajustando, e o BB vem se preparando para isso”, afirma Hubner. “Produtores já vêm usando cada vez mais recursos próprios ou fazendo mais trocas de insumos [barter] para se financiar, e isso tem acontecido em uma velocidade maior”, observa o executivo.

Mas a instituição ainda tem vantagens para operar com juros controlados. Analistas lembram que o BB é historicamente beneficiado pois a fonte de recursos que o Tesouro Nacional de fato equaliza é a poupança rural, na qual 90% das captações são feitas pelo banco.

Isso não impediu, porém, que na safra 2016/17 o Banco do Brasil perdesse participação nos desembolsos de crédito rural de forma expressiva. Naquela temporada, o BB viu seus próprios desembolsos a produtores e agroindústrias diminuírem quase 20%, ao mesmo tempo em que bancos privados ganharam terreno.

Nesta temporada 2017/18, a instituição está recuperando o terreno perdido, mas muito em função de contar com a maior carteira de poupança rural do país. O montante total de financiamentos agrícolas liberado pelo BB aumentou 15% nos nove primeiros meses da safra e alcançou R$ 64 bilhões.

Mas, de acordo com Hubner, o banco também se estruturou para ampliar as operações com juros livres, quando os recursos empregados nos financiamentos — Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), por exemplo — não contam com subsídios públicos e as operações costumam ter taxas de juros mais elevadas que a Selic.

Nesse casos, o banco vem conseguindo realizar operações com taxas de juros entre 7,5% e 8,5% ao ano, a depender da classificação de risco do produto – ou seja, em alguns casos os juros livres podem ser até menores que os controlados. A maior parte desses empréstimos é tomada por grandes produtores e agroindústrias, justamente os clientes que costumam estar no centro das atenções de bancos privados como Bradesco, Itaú e Santander.

Do início do atual ano-safra 2017/18, em julho do ano passado, até 11 de abril, houve forte expansão nos desembolsos de crédito rural com recursos livres – o incremento foi de 151% em relação a igual período do ciclo anterior, para R$ 8,6 bilhões.

Somando-se operações de juros controlados e livres, o BB vem mantendo sua histórica liderança no segmento de crédito rural. Para o crescimento de 15% do montante total já liberado pelo banco em 2017/18, destacam-se os incrementos de 25,8% dos financiamentos para investimentos, que somaram R$ 13 bilhões, e de 80% nas operações de comercialização, que atingiram R$ 9 bilhões.

Fonte: Beef Point

Alta de financiamentos direcionados em 2019 depende de acordos políticos

Publicado em: 17/10/2018

O crédito com recursos direcionados dever crescer de forma “tímida”, mas sustentável no próximo ano, ao passo que uma expansão incentivada dependerá de acordos políticos entre o novo presidente e o Congresso Nacional.

Na visão de especialistas consultados pelo DCI, com base na expansão gradual da economia e da retomada recente da rentabilidade dos bancos públicos (Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), o crédito com recursos direcionados deverá crescer de forma sustentável em 2019, após quedas expressivas em 2016, 2017 e 2018.

“Mas, quanto ao patamar da taxa de juros dos direcionados, isso dependerá do andamento das reformas fiscais no Congresso, se ficará entre 7% a 8% ao ano, ou se alcançará entre 10% a 12%. Um aumento da Selic [taxa básica de juros] está se formando”, aponta o professor de economia da Saint Paul Escola de Negócios, Mauricio Godoi.A o mesmo tempo, a indefinição política – antes da conclusão do segundo turno das eleições no final de outubro – traz dois cenários distintos sobre quais setores podem ser mais beneficiados ou não com o crédito direcionado. “Empréstimos subsidiados todo mundo vai querer e negociar com o Congresso”, afirma o professor da Faculdade Fipecafi, George Sales.

No cenário mais provável pelas pesquisas, de vitória de Jair Bolsonaro (PSL), pondera-se, que a bancada ruralista que apoia o candidato, pressionaria por manter seus benefícios tributários no crédito rural com recursos direcionados. “Há mesmo uma incógnita. Bolsonaro tem real chance de vitória, mas o programa de governo dele é mais liberal que ele”, comentou George Sales.

A contradição à qual o professor se refere está relacionada ao fato que o programa liberal do candidato prevê uma forte redução de incentivos fiscais, por outro lado, a corporação multipartidária do agronegócio que apoia Jair Bolsonaro possui forte representatividade no Câmara dos Deputados e no Senado. Na mira da retirada de incentivos fiscais, por exemplo, estão: as letras de crédito do agronegócio (LCAs), os certificados de recebíveis do agronegócio (CRAs), as letras de crédito imobiliário (LCIs) e os recebíveis de crédito imobiliário (CRIs); instrumentos financeiros com a isenção do imposto de renda (IR) para investidores pessoas físicas utilizados para captar recursos a custos mais baixos para o financiamento imobiliário e do agronegócio. “Do lado fiscal, há uma necessidade de se retirar incentivos”, diz Salles.

Num outro cenário, com uma eventual vitória de Fernando Haddad (PT), a economista da Coface, Patricia Krause lembrou que o programa do partido prevê medidas para expandir o crédito dos bancos públicos e aquecer a economia. “Não há espaço fiscal para isso. No passado recente, isso impactou no aumento do endividamento do País”, diz.

De fato, entre 2009 a 2015 houve uma expansão muito robusta do crédito direcionado por meio dos bancos públicos – Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e em menor grau pelo Banco do Brasil, que possui acionistas minoritários. Para George Sales, uma expansão expressiva como aquela realizada no pós-crise global de 2008 não seria mais possível. “Não se tem mais dinheiro para um programa expansionista [como o proposto no programa do PT], quais serão as fontes de recursos para capitalizar os bancos públicos”, questiona o professor.

Num eventual governo de Fernando Haddad, a hipótese é de que a Caixa seria incentivada a dar mais crédito para o consumo e no financiamento imobiliário para fomentar a construção civil. E no caso do BNDES, a proposta conhecida até setembro era utilizar parte do excedente das reservas cambiais para capitalizar o banco federal e reativar obras de infraestrutura paradas. Solução de mercado Mas um caminho considerado mais viável – por causa do cronograma de devoluções de recursos ao Tesouro – é o do BNDES atuar via mercado de capitais. “O BNDES começou a levantar recursos através do mercado de capitais. O banco pode trabalhar com debêntures de infraestrutura no início das obras, e quando os projetos estiverem mais avançados colocar esses papéis no mercado”, exemplificou Salles.

Fonte: Jornal DCI