A Fitch atribuiu hoje o rating BB aos títulos verdes emitidos pelo Tesouro do Brasil na semana passada. A perspectiva é estável. As notas estão em linha com a classificação soberana brasileira atribuída pela empresa.
Na quinta-feira, às vésperas do início da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), o Tesouro captou US$ 2,250 bilhões com a emissão de títulos de dívida no exterior com características sustentáveis. A demanda para a operação atingiu R$ 6,7 bilhões em seu pico.
A operação no mercado americano contou com a emissão de um novo título sustentável de 7 anos, denominado Global 2033 Sustentável, e com a reabertura do atual benchmark de 10 anos, o Global 2035.
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Fitch reafirma rating do Brasil em “BB-” com perspectiva negativa
A agência de classificação de risco Fitch reafirmou nesta quinta-feira (27) o rating do Brasil em “BB-“, com uma perspectiva negativa para a nota.
Em comunicado, a empresa explica que os ratings do Brasil “são sustentados por sua grande e diversificada economia, alta renda per capita em relação aos pares e capacidade de absorver choques externos sustentados por sua taxa de câmbio flexível, desequilíbrios externos moderados, reservas internacionais robustas e profundo mercado interno de dívida governamental”.
Por outro lado, pesa contra o país as grandes necessidades de financiamento e o endividamento do governo, além de uma estrutura fiscal rígida, potencial de crescimento econômico fraco e um cenário político difícil, que impede o progresso oportuno nas reformas fiscais e econômicas.
Já a perspectiva negativa reflete os riscos para a consolidação fiscal e recuperação econômica necessária para a estabilização da dívida pública de médio prazo após a forte deterioração das contas fiscais do Brasil e da carga da dívida pública em 2020.
A Fitch cita ainda preocupações com a evolução da pandemia do coronavírus, o processo de vacinação e as consequências econômicas desse cenário.
“As pressões sobre os gastos públicos persistem e o apoio fiscal adicional para enfrentar as consequências da pandemia não pode ser descartado. Fragilidades fiscais contínuas, bem como vencimentos de dívidas encurtados, tornam o Brasil vulnerável a choques”, diz a agência.
Os três maiores problemas dos bancos brasileiros em 2020, segundo a Fitch
Ser banqueiro já foi mais fácil no Brasil. É claro que os lucros bilionários ainda estão nos balanços e, nem de longe, se avistam riscos sérios para o sistema. Mas, o fato é que os bancos brasileiros terão de suar muito mais, se quiserem manter o nível de lucro da última década. E, mesmo assim, talvez não consigam.
A avaliação é da Fitch. Em um relatório sobre as perspectivas dos bancos latino-americanos, a agência de classificação de riscos não encontrou motivos para otimismo em 2020. Justiça seja feita, há países com cenários bem piores.
Os bancos da Argentina, Chile, Costa Rica e México tiveram os ratings rebaixados para negativo, devido a questões que vão do acirramento de protestos políticos a incertezas econômicas e mercado de trabalho anêmico.
Perrengues
Diante disso, o rating “estável” conferido ao Brasil é um alento, mas não livra o sistema bancário local de seus próprios desafios. Segundo a agência, o país continua sofrendo com as dúvidas sobre a agenda do governo Jair Bolsonaro e, sobretudo, com sua capacidade de implementá-la.
A aprovação da reforma da Previdência melhorou o humor dos observadores, ao lado da inflação sob controle e dos cortes na Selic. Mas, para quem vive de juros, ver a taxa básica cair impõe alguns problemas, e é isso que preocupa a Fitch.
Segundo a agência, 2020 trará, pelo menos, três pedras no sapato dos bancos verde-amarelos.
1. Juros estruturalmente baixos
A significativa queda da Selic (hoje, em 4,5% ao ano) tornará os bancos mais dependentes da expansão da carteira de crédito, do que da rentabilidade por operação, segundo a Fitch. O problema, aqui, é que o crescimento das operações seguirá um ritmo menor que o da década passada, de acordo com a agência.
“Portanto, os investimentos em tecnologia e a reestrutura dos negócios, devido à competição e a demanda dos clientes por produtos mais sofisticados e novos canais de distribuição, serão os mais prováveis apoios contra a pressão sobre o lucro líquido”, afirma.
2. Pressão para aumentar os gastos
A pressão para elevar gastos em geral não dará trégua para os bancos, tanto públicos, quanto privados. De um lado, as pequenas e médias instituições gastam mais do que a média, quando comparadas às grandes, para reestruturar suas áreas de tecnologia, marketing e atrair pessoas qualificadas.
Já os bancões colocaram a mão no bolso para arcar com o fechamento de agências e planos de demissão voluntária neste ano e em 2018. Por fim, os bancos públicos tentam seguir os concorrentes privados, reestruturando áreas, demitindo pessoal e reduzindo subsídios ao crédito.
Tudo isso custa dinheiro – e continuará custando. “A Fitch espera que essas pressões de gastos continuem em 2020”, afirma o relatório da agência.
3. Maior exposição aos pequenos clientes
Os bancos não poderão contar com os lucros gerados por empréstimos a grandes empresas privadas, se quiserem manter ou expandir seus resultados no ano que vem. O motivo é que, cada vez mais, as maiores corporações optarão por levantar recursos no mercado de capitais, emitindo ações e outros títulos.
Assim, os bancos ficarão mais dependentes das operações com pessoas físicas (sim, nós, pobres mortais) e com micro, pequenas e médias empresas. Há duas desvantagens nessa situação, segundo a Fitch.
A primeira é que é mais caro captar e manter esse tipo de cliente, o que apenas reforça a necessidade de investimentos em tecnologia, infraestrutura para conquistar e reter clientes. A segunda é que esses segmentos apresentam inadimplência historicamente maior.
“Uma investida mais intensa dos bancos privados no mercado de varejo contribuirá para o aumento nos NPLs [Non Performing Loans, os empréstimos em atraso], mas não para níveis alarmantes”, estima a Fitch.
BB DTVM recebe nota máxima da Fitch Ratings e bate recorde em recursos administrados
A BB DTVM recebeu nota “Excelente” da Fitch Ratings, grau máximo em uma escala de cinco níveis. A estrutura operacional e a capacidade de gestão de ativos da BB DTVM são consideradas extremamente robustas, comparadas às melhores práticas adotadas pelos gestores de recursos internacionais, segundo a Fitch. Com a conquista, a instituição se torna a única asset brasileira com nota máxima em dois ratings em gestão de recursos. Desde 2006, ela possui o rating “MQ1”, da Moody´s.
Para Paulo Ricci, presidente da BB DTVM, ser a única asset com nota máxima em Gestão de Recursos pela Fitch e Moody´s, evidencia a qualidade do trabalho que a gestora desenvolve há mais de 30 anos. “A conquista consolida a consistência dos atributos da companhia junto aos clientes. Isso nos traz a certeza de que estamos no caminho certo para não sermos apenas a maior, como também a melhor gestora de recursos do país e contribuir cada dia mais com o resultado do Conglomerado Banco do Brasil”, afirma.
Em nota, a Fitch destacou ainda a forte capacidade de geração de receitas e a alta qualificação e experiência dos profissionais. Nesta semana, a gestora quebrou mais um recorde, com R$ 781,9 bilhões em recursos de terceiros sob sua administração, mantendo a liderança do ranking da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais). Apenas no primeiro bimestre deste ano, houve um crescimento total de R$ 51 bilhões no total administrado pela BB DTVM, enquanto todo o mercado cresceu R$ 145 bi. Ou seja, sozinho, o aumento do volume da BB DTVM contribuiu com 35% do crescimento de toda a indústria de fundos de investimento brasileira.
Apenas em relação à captação líquida no ano – isto é, o total de aplicações excluindo os resgates – os fundos do Banco do Brasil captaram R$ 34,9 bilhões, representando 55% do total captado pela Indústria, num claro resultado proveniente da rede de agências do BB. A diferença destes R$ 34,9 perante os R$ 51 bilhões se deu por meio de ganhos em rendimentos, ou seja, a partir das estratégias de aplicações pelo corpo técnico da BB DTVM.
“Esse resultado nos mostra claramente a importância da atuação entre da rede de agências do Banco do Brasil, na captação de recursos, e das estratégias de alocação pelas equipes de gestão de fundos da BB DTVM, contribuindo de forma consistente para o resultado do Banco do Brasil”, afirma Paula Teixeira, diretora executiva comercial e de produtos da BB DTVM.
Fonte: Assessoria de Imprensa do BB
