Banco do Brasil: o tamanho do lucro no 3T24, segundo a Genial

Publicado em: 01/11/2024

O Banco do Brasil (BBSA3) deve registrar lucro de R$ 9,4 bilhões no terceiro trimestre, expansão anual de 7,5%, mas leve retração de 0,6% em relação ao último trimestre, devido ao aumento no provisionamento no segmento rural, segundo a Genial Investimentos.

O balanço está previsto para o dia 13 de novembro após o fechamento.

Apesar da expansão, a corretora diz que o banco pode ter impactos financeiros negativos devido ao aumento na inadimplência — especialmente no setor agropecuário — baseado nos dados de crédito do Banco Central, referentes a agosto de 2024.

”Acreditamos que pressionará as despesas com provisões para devedores duvidosos”, disse a corretora.

A corretora continua reiterando a recomendação de compra com preço alvo para o final de 2024 em R$ 34, potencial de alta de 29,3%.

‘’Estimamos um ROE de 20,5%, com uma leve retração de -0,61 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior e -0,33 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado’’, disse.

Além disso, a corretora projeta que a Receita Líquida de Juros (NII) atinja R$ 26,5 bilhões, aumento 11,9% na comparação anual, ficando no centro da faixa do guidance de 10% a 13% e acima da carteira de crédito (+9,7% a/a).

Para a receita com tarifas, é esperado que continue apresentando um bom ritmo de crescimento, alcançando R$9,2 bilhões no 3T24, uma expansão de 4,4% comparado ao trimestre anterior e 6,5% em relação mesmo período do no passado.

Projeta ainda crescimento de receita alinhado à expansão de sua carteira de crédito (+9,7% no mesmo período do ano passado) e com foco em segmentos menos arriscados devido ao ciclo de alta da Selic.

Em relação à carteira de crédito, também é esperado um crescimento mais modesto de 1,2% em relação ao mesmo período do ano passado, devido ao atraso no lançamento do Plano Safra, ocorrido no final de julho e que levou com que agricultores adiassem a contratação de novos créditos para o plantio da safra 2024 e 2025.

Para a corretora, o Plano Safra 2024/25 trouxe um potencial positivo para o banco no segmento rural, fazendo com que a participação nos recursos equalizáveis do programa crescesse de 37% para 45%, atingindo R$ 60,18 bilhões, crescimento de 49,6% em comparação ao Plano Safra 2023/24.

Fonte: Money Times

Banco do Brasil é “blindado” contra eleições, diz Genial Investimentos

Publicado em: 26/09/2022


O Banco do Brasil (BBAS3) está bem visto aos olhos da Genial Investimentos, após os analistas da corretora terem participado o BB Day, encontro de investidores com os executivos da empresa. Segundo Eduardo Nishio e Bruno Bandiera, da Genial, os números relativos à sustentabilidade nos resultados do Banco do Brasil e as estratégias do banco para passar com tranquilidade pelo período eleitoral agradam.

A Genial destaca que o banco fechou a distância de rentabilidade entre ele e seus pares privados. “Por muitos anos, o banco rodou com uma rentabilidade bem abaixo de seus rivais incumbentes de quase 10 pp de diferença. Hoje, o banco está mais capitalizado, com menor inadimplência e mais provisionado (alto índice de cobertura) que a média de seus rivais”, dizem os analistas.

O Banco do Brasil conseguiu melhorar seu retorno sobre patrimônio (ROE) de forma sustentável, afirmou o CEO do banco, Fausto Ribeiro no evento.

Isso foi feito através do controle de custo, melhora do mix de crédito, gestão e controle da inadimplência, aumento seletivo do apetite por produtos com maior risco mas com maior retorno (como por exemplo o oferecimento de cartão de crédito para não correntistas) e a consequente melhora na satisfação do cliente.

Banco do Brasil está “blindado”

O discurso do CEO também agradou aos analistas no que se refere a riscos das eleições para o Banco do Brasil. “Em meio aos riscos que a eleição presidencial pode trazer, principalmente em relação a uma mudança do alto escalão do banco, Fausto citou que o banco procurou se blindar mais ao longo dos anos”, relatam os analistas da Genial.

A blindagem do banco conta com os seguintes pontos:

Plano Diretor: planejamento estratégico de longo prazo (5 anos) que tem que ser seguido independente da nova presidência do banco, evitando qualquer medida mais drástica no rumo traçado;
Conselho e Comitês: conselho de administração composto por 50% de membros independentes, além de dois serem minoritários. Decisões importantes são todas feitas de forma colegiada, nunca de forma individual.
Elegibilidade da Estrutura Organizacional: abaixo da posição de diretores estatutários só podem ocupar os cargos funcionários de carreira do banco (técnicos).

Percepção sobre risco

Os analistas ressaltaram ainda uma mudança na percepção da capacidade de captação de recursos e manejo de risco por parte do Banco do Brasil. “O BB vem aumentado seu apetite e tolerância a produtos com mais risco e rentabilidade (exemplo, cartão de crédito mar aberto) através de melhoramentos nos seus modelos de crédito com introdução de indicadores e dados de propensão ao consumo, series históricas comportamental e de interesses, renda presumida, geolocalização, comportamento positivo, dados econômicos, uso de analytics, datalake, inteligencia artificial, entre outros”, afirmam.

Com isso, dizem, as ofertas ficam mais assertivas com mais qualidade de crédito, menor inadimplência, e mix mais rentável.

E apesar do mix de carteira mais defensiva, já que o banco é líder no crédito consignado, a instituição vem estruturalmente diminuindo a inadimplência em certas linhas, como na carteira agro — que caiu de 3% para um patamar abaixo de 0,5%.

“Um banco pra cada cliente”

O Banco do Brasil também destacou a sua intenção de se aproximar cada vez mais do cliente. “O BB quer atender o cliente aonde for necessário da melhor forma possível”, diz a Genial.

No encontro, o banco destacou o uso da jornada omnichannel, com a facilidade de troca de ambiente de acordo com a vontade do cliente. Além disso, uma busca uma maior relação com a faixa mais nova da população, principalmente com estratégias voltadas aos gamers e universitários.

O foco em gestão do cliente resultou em uma evolução de 8 pontos no NPS, com performance na zona de qualidade pela primeira vez.

Tech é a bola da vez

A tecnologia se mostrou como elemento essencial na equação entre pessoas, parte física (agências) e tecnologia. “Claramente, é onde o banco deve colocar mais esforços e investir nos próximos anos. Apesar de ter inovado em várias frentes, o banco acha que ainda está atrás de seus pares no investimento em tecnologia”, diz a Genial.

Isso sinaliza uma menor relevância de serviços físicos daqui pra frente, como as agências. Os analistas da Genial mantiveram recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço-alvo de R$ 45,40 e potencial de valorização de 10,9%, com base nos preços do último pregão.

Fonte: Suno Research