Bancos renegociam 33 milhões de contratos inadimplentes em cinco anos

Publicado em: 04/07/2025

O sistema bancário brasileiro já renegociou mais de 32,9 milhões de contratos com consumidores inadimplentes desde 2020, ano em que a pandemia da covid-19 teve início. A marca histórica reflete o esforço conjunto de bancos e entidades públicas para enfrentar o alto índice de endividamento da população.

Somente na edição mais recente do Mutirão Nacional de Negociação e Orientação Financeira, realizada entre 1º e 31 de março de 2025, foram repactuados mais de 1,4 milhão de contratos. Cartões de crédito, empréstimos e cheque especial lideraram a lista dos produtos mais renegociados.
Renegociação e educação financeira

O Mutirão Nacional é promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com o Banco Central do Brasil, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e os Procons. A iniciativa oferece condições especiais para a regularização de dívidas, como descontos, parcelamentos e taxas de juros reduzidas, de acordo com as políticas de cada instituição financeira.

Desde 2019, as campanhas ocorrem duas vezes por ano: em março, mês do consumidor, e em novembro. Na primeira edição de 2023, foram renegociados mais de 2 milhões de contratos. Em 2024, foram 1,6 milhão.

A mobilização se soma a outras frentes de atuação dos bancos, como o programa federal Desenrola Brasil. Na segunda fase do programa, dedicada a dívidas bancárias, foram renegociados 3,6 milhões de contratos, somando R$ 6,5 bilhões e beneficiando cerca de 2,7 milhões de consumidores entre setembro de 2023 e maio de 2024.

De março de 2020 a novembro de 2022, as instituições financeiras já haviam repactuado 24,3 milhões de contratos, com saldo devedor superior a R$ 1,3 trilhão e R$ 200 bilhões em parcelas suspensas.
Eu e os bancos

Para Amaury Oliva, diretor de Cidadania Financeira e Relações com o Consumidor da Febraban, a renegociação tem papel essencial no reequilíbrio das finanças pessoais e na redução do risco de superendividamento. “Além disso, a renegociação contribui para a estabilidade do mercado, ao reduzir a inadimplência e possibilitar o retorno do consumidor ao mercado de consumo”, afirma.

O mutirão também aposta na educação financeira como estratégia preventiva. Uma página exclusiva na internet reúne orientações sobre como se preparar para a negociação, dicas de gestão do orçamento e incentivo a hábitos financeiros saudáveis. A plataforma gratuita Meu Bolso em Dia, da Febraban, oferece conteúdos como vídeos, cursos e programas de recompensas para estimular o engajamento dos consumidores.

A edição de março de 2025 alcançou 27 milhões de pessoas nas redes sociais, gerou 402 mil cliques nos sites do Meu Bolso em Dia e teve 41 milhões de pessoas impactadas por meio do rádio.

Fonte: Consumidor Moderno

Número de inadimplentes no Brasil passa de 63 milhões; bancos e cartões lideram ranking

Publicado em: 24/07/2019


Milhões de brasileiros que conseguiram pagar as dívidas atrasadas nos últimos 12 meses voltaram a ficar com o nome sujo neste ano. Segundo estudo da Serasa Experian, em maio de 2019, o Brasil registrou um total de 62,8 milhões de consumidores inadimplentes, o que representa 40,1% da população adulta do país. Entre janeiro e maio, o grupo de brasileiros que voltou para a lista de inadimplentes totaliza, em média, 27% do total de devedores.

Com representatividade de 28,5%, Bancos e Cartões mantiveram a liderança entre as dívidas não pagas em maio de 2019. Muitos desses inadimplentes solicitaram crédito para quitarem suas dívidas e não conseguiram pagar nem este empréstimo solicitado. Esta análise demonstra que as famílias continuam com dificuldade de honrar um compromisso que costuma ser prioridade se endividando cada vez mais.

Em 2018, os bancos adotaram um normativo da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), considerado por muitos uma cartilha com novas regras para tratamento e negociação de dívidas. Entre elas, estão algumas normas mais “humanizadas” como, por exemplo, os bancos devem disponibilizar canais específicos para receber e propor negociação de dívidas, sempre considerando a situação e as possibilidades individuais dos clientes.

Para Edemilson Koji Motoda, presidente do Grupo KSL – empresa atua no segmento de crédito e cobrança – esse normativo, assim como qualquer ação que vise auxiliar o consumidor é de extrema importância. “As orientações servem para deixar ainda mais claro as possibilidades que o inadimplente tem no momento de negociar suas dívidas, facilitando a negociação para ambos, seja para o credor quanto para o consumidor”.

O diálogo entre cobradores e inadimplentes deve ser mais flexíveis em caso de contratempos ou fatalidades, como desemprego, redução da renda, divórcio ou morte. “Na KSL, nós orientamos nossos colaboradores a sempre negociar caso a caso com os inadimplentes, e principalmente sempre tentar conhecer o que os levaram a situação de inadimplência, pois só dessa forma, é possível oferecer dentro dos parâmetros uma opção que se adequa ao cliente”, comenta Edemilson.

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou neste mês de maio o resultado da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor. Segundo os dados, o percentual de endividados – com contas a pagar – ficou em 60,2%, já o percentual de inadimplentes – com contas em atraso – ficou em 25%. O tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas é de 64 dias em média. Ricardo Garcia, gerente de resultados da KSL Associados – empresa especializada em cobrança – afirma que é necessário reforçar a importância de se honrar um acordo, evitando o acúmulo de encargos e principalmente os benefícios de estar com o seu nome limpo.

Fonte: Varejo Brasil

Associados inadimplentes podem ser excluídos de ações coletivas da AGEBB

Publicado em: 12/07/2018


No ano passado, a AGEBB entrou com quatro ações coletivas em favor dos gerentes do BB por conta da reestruturação iniciada em novembro de 2016 e da nova legislação trabalhista, em vigor desde o fim de 2017. As ações correm na 12ª, 14ª e 19ª Varas do Trabalho, em Brasília. Todas as movimentações são acompanhadas de perto pelo Departamento Jurídico da entidade, que lembra aos associados que integram as ações a necessidade de estarem em dia com suas mensalidades.

A AGEBB lembra que os associados que estão em débito com a entidade por mais de dois meses serão automaticamente excluídos das ações coletivas. “Por isso pedimos que todos estejam em dia com suas mensalidades para que continuem com o benefício da representação processual nas ações”, argumenta o vice-presidente da AGEBB, Ronald Feres.

As três primeiras ações coletivas dos gerentes descomissionados foram em razão da reestruturação, que culminou com a fusão de agências, extinção de cargos e mudanças para escritórios digitais. Muitos também não conseguiram realocação para cargos com salários equivalentes e perderam suas comissões. Já a quarta ação coletiva, que é a preventiva, foi protocolada para resguardar o direito dos que já tinham mais de 10 anos em cargo comissionado e que estavam receosos de perder o benefício em razão da reestruturação e da reforma trabalhista.

O vice-presidente da AGEBB lembra aos associados que não estão participando das ações coletivas que ainda podem buscar seus direitos com ações individuais. Para acompanhar a situação de cada uma das ações coletivas, confira a última edição do AGEBB Notícias (clique aqui para fazer download do boletim).

Para mais informações sobre as ações ou para regularizar sua situação na AGEBB, entre em contato com a associação pelo e-mail agebb@agebb.com.br ou pelo telefone (11) 3104-4441.

Fonte: AGEBB