Wajngarten sugere intervenção no BB para financiar site de fake news

Publicado em: 21/05/2020

O secretário de Comunicação do Planalto, Fabio Wajngarten, sugeriu em seu Twitter nesta quarta-feira, (20) uma intervenção no Banco do Brasil para que a instituição reveja a decisão de suspender anúncios em um site condenado na Justiça pela difusão de fake news, o Jornal da Cidade Online.

“Estamos cientes da importância do jornalismo independente (referindo-se ao site condenado na Justiça). Nem toda a comunicação do que é público depende de nós, mas já estamos contornando a situação. Agradecemos pelo retorno e pode contar com o governo na defesa da liberdade de expressão. Os jornais independentes são muito importantes e devem ser valorizados no exercício da liberdade de expressão”, disse Wajngarten pelo Twitter.

O financiamento do Banco do Brasil ao site de fake news foi apontado pela versão brasileira do Sleeping Giants, movimento criado nos Estados Unidos para minar a sustentação econômica de sites e canais ligados à extrema direita.

“Oii @BancodoBrasil, tudo bem? Realmente é bom ter a facilidade de usar um app em tempo de pandemia, mas não precisava anuncia-lo em um site conhecido por espalhar Fake News e que é contra o isolamento social. Pls considere bloquear!✊🏽#SleepingGiantsBrasil”, escreveu o perfil no Twitter.

Instantes depois o perfil do Banco do Brasil respondeu ao comentário. “Agradecemos o envio da informação, comunicamos que os anúncios de comunicação automática foram retirados e o referido site bloqueado.
Repudiamos qualquer disseminação de FakeNews.”

Fonte: IstoÉ

Plano dos funcionários do BB sob intervenção; ANS já nomeou diretora fiscal

Publicado em: 24/07/2019


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) instaurou regime de direção fiscal na Cassi, operadora de planos de saúde dos funcionários do Banco do Brasil. A direção fiscal é um processo em que um diretor da agência reguladora acompanha ‘in loco’ as finanças das operadoras.

Com cerca de 680 mil usuários, a Cassi encerrou o ano passado com prejuízo de R$ 377,7 milhões. É o terceiro ano consecutivo que a Cassi apura perdas relevantes. Em 2017, o prejuízo havia sido de R$ 206 milhões e em, 2016, foi de R$ 159,3 milhões. Em abril, o presidente da ANS, Leandro Fonseca, havia recomendado o regime de direção fiscal após a operadora apresentar o balanço de 2018.

Em dezembro de 2018, a Cassi detinha um patrimônio social ajustado negativo de R$ 109 milhões e apresentava insuficiência de margem de solvência de R$ 810 milhões.

“As medidas administrativas e a renegociação com prestadores permitiram a redução de despesas assistenciais e geraram superávits em 2019, como aconteceu em novembro e dezembro de 2018. Contudo, a Cassi permanece em situação econômico-financeira crítica, apresentando desconformidades financeiras perante à ANS. Os recentes resultados positivos ainda são insuficientes para recomposição do patrimônio nos níveis exigidos pelo órgão regulador”, informou a Cassi em comunicado.

Diretora fiscal da Cassi

Com a intervenção, a própria agência reguladora nomeou nesta segunda-feira (22/07) Maria Socorro de Oliveira Barbosa como diretora fiscal da Cassi. Nos próximos 90 dias, a diretora fiscal fará reportes à ANS sobre a situação econômico-financeira encontrada e poderá determinar a apresentação de um Programa de Saneamento, de forma a solucionar anormalidades identificadas no curso do regime de direção fiscal. Caso seja identificado qualquer problema, a Cassi terá prazo de 30 dias a partir do recebimento da ID para se manifestar.

O Programa de Saneamento a ser elaborado deverá conter, em projeções mensais, as ações e metas para a solução dos problemas identificados. O Regime Especial de Direção Fiscal terá prazo de vigência de até 24 meses, podendo ser prorrogado por até 12 meses, a critério da Diretoria de Normas e Habilitação de Operadoras (Diope) da ANS.
De acordo com a Cassi, a Direção Fiscal só será encerrada pela Diretoria Colegiada da ANS em um dos seguintes casos: quando afastada a gravidade das anormalidades constatadas; quando aprovado o Programa de Saneamento pelo diretor da Diope; decretada a liquidação extrajudicial ou cancelada a autorização de funcionamento da operadora.

Patrimônio negativo

A Cassi estava com um patrimônio negativo de R$ 109 milhões em dezembro de 2018 e apresentava insuficiência de margem de solvência de R$ 810 milhões. Em 2019, a caixa de assistência vem apresentando resultados positivos, mas permanece em situação econômico-financeira crítica, com números insuficientes para recomposição do patrimônio nos níveis exigidos pelo órgão regulador.

“O problema da intervenção é como sair dela depois, seja com redução de rol de atendimentos ou fim de contratos, ou até mesmo liquidação ou alienação da carteira da Cassi, que abriga cerca de 400 mil assistidos. Há ainda o momento de ataques do atual governo, inclusive às agências reguladoras, o que pode interferir nessa intervenção da ANS no plano”, salienta o diretor de Assuntos Jurídicos do Sindicato, João Fukunaga.

O dirigente lembra que a caixa de assistência é o maior plano de autogestão do país e que há interesses do mercado nele. “Há de se pontuar que o interventor será um agente do mercado, ou seja, que já teve atuação em planos privados. Há setores da direção do banco e do governo que desejam acabar com a Cassi e eliminar a participação dos associados na gestão, com o objetivo de entregar a saúde dos funcionários do BB aos planos privados”, acrescenta Fukunaga.

“Por isso, neste momento, a solução é a negociação entre o patrocinador (Banco do Brasil) da Cassi e as entidades representativas. É um momento de unidade, no qual o futuro da Cassi e as propostas de recuperação financeira devem ser debatidos por todos. Não pode haver mais decisões unilaterais que prejudiquem e onerem somente os associados. Lembremos que o Conselho Deliberativo da Cassi recentemente aprovou novo aumento na coparticipação sobre exames e consultas – inclusive com voto favorável dos indicados do Banco do Brasil e de Sergio Faraco, representante eleito pelos associados –, um golpe contra os usuários, pois coloca no bolso dos trabalhadores todo o custeio do tratamento de saúde”, finaliza o dirigente.

Encontro com entidades

A CASSI convidou os presidentes das entidades representativas dos associados para uma reunião na quarta-feira, 24 de julho. Na ocasião seriam apresentados os resultados da Instituição, as ações que estão sendo adotadas, voltadas à melhoria no fluxo de caixa, e informações sobre o processo de direção fiscal instaurado na segunda-feira, 22.

Foram convidadas as seguintes entidades: Confederação Nacional das Empresas de Crédito (Contec), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramos Financeiro (Contraf), a Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb), a Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (FAABB) e a Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil (AAFBB).

Fonte: Valor Econômico, com ANABB, Portal Cassi e Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Cassi está a um passo de sofrer intervenção da Agência Nacional de Saúde

Publicado em: 17/04/2019


A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) está a um passo de sofrer intervenção da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Documento ao qual o Blog teve acesso mostra que só falta o sinal verde da diretoria colegiada da ANS para que seja decretado o sistema de direção fiscal na operadora que atende os empregados do BB.

A direção fiscal tem por objetivo averiguar qual a real situação financeira da Cassi, que vem registrando consecutivos prejuízos. Em 2018, a operadora registrou perdas de R$ 377,7 milhões. O rombo seria de mais de R$ 900 milhões não fossem os pagamentos extras feitos pelos conveniados (R$ 226 milhões) e a antecipação de receitas realizada pelo Banco do Brasil (R$ 301 milhões).

Se o regime de direção fiscal for aprovado, o comando da Cassi será afastado do dia a dia das decisões da operadora. A Cassi ainda pode derrubar a intervenção se apresentar argumentos fortes à ANS. Para isso, precisa entregar, nos próximos dias, à agência uma série de documentos nos quais comprovem a sua capacidade de sair da crise financeira na qual está mergulhada.

O pedido de direção fiscal já está pronto. É assinado pelo diretor de Norma e Habilitação das Operadoras da ANS, Leandro Fonseca da Silva. A medida será discutida em colegiado. O Banco do Brasil tem feito uma série de gestões para tentar amenizar as perdas da Cassi. Mas a direção da instituição se recusa a antecipar mais recursos. Os R$ 301 milhões injetados na operadora em 2018 se referem a contribuições sobre o 13º salário de seus empregados que serão pagos até 2021.

Em nota, a CASSI informou que não está sob o regime de direção fiscal pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e que todos os serviços estão mantidos dentro da normalidade.

Comunicou ainda que o despacho do órgão regulador (número 44/2019), recebido pela CASSI no dia 15 de abril, é mais um dos ritos do processo de acompanhamento econômico-financeiro pela ANS referente à CASSI (processo 33902.140980/2011-39).

A ANS, por sua vez, informou que o documento “integra processo administrativo com sigilo comercial, cujo acesso e disponibilização é limitado aos representantes da operadora”. “Não se trata de decisão final sobre instauração de direção fiscal e, portanto, não produz efeitos externos. Ressalta-se, ainda, que a ANS não comenta a situação econômico-financeira de operadoras de planos de saúde específicas”, disse a nota.

Fonte: Blog do Correio Braziliense