Lava Jato: Ex-gerente do BB e doleiros são denunciados por lavagem de dinheiro

Publicado em: 29/04/2020

O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia, nesta segunda-feira (27), contra um ex-gerente do Banco do Brasil e dois operadores financeiros por lavagem de dinheiro, corrupção, organização criminosa e gestão fraudulenta de instituição financeira.

A denúncia se refere à 66ª fase da Operação Lava Jato, que investiga operações realizadas por funcionários e ex-funcionários do banco para burlar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e o fornecimento de dinheiro em espécie a doleiros.

Segundo a denúncia da força-tarefa, o ex-gerente José Eiras abriu e movimentou contas de empresas de fachada em favor dos doleiros Raul Srour e Carlos Arturo.

As investigações apontam que a prática ocorreu pelo menos entre 2011 e 2014, resultando na lavagem de mais de R$ 9 milhões.

O MPF informou que dados das contas bancárias, trocas de e-mails e históricos de mensagens indicam que os doleiros pagaram pelo menos R$ 551 mil ao então gerente do banco em contrapartida dos serviços de lavagem de dinheiro.

O que dizem os citados
O Banco do Brasil informou que colabora com as autoridades desde o início da operação e que prestou todas as informações solicitadas no âmbito da investigação

O G1 tenta contato com as defesas dos denunciados.

Fonte: Portal G1

Gerentes do Banco do Brasil estão entre os investigados da Lava Jato

Publicado em: 03/10/2019


Três gerentes e um ex-gerente do Banco do Brasil estão entre os investigados da Operação Alerta Mínimo, a 66ª fase da Lava Jato, deflagrada hoje (27) pela Polícia Federal (PF). De acordo com o Ministério Publico Federal (MPF), os três foram cooptados por operadores financeiros (doleiros) para facilitar a realização de centenas de operações de lavagem de dinheiro entre os anos de 2011 e 2014.

“Diversos elementos angariados durante a operação Lava Jato indicam que gerentes vinculados a três agências do Banco do Brasil, localizadas em São Paulo, receberam vantagens indevidas para burlar os mecanismos de prevenção de lavagem de dinheiro da instituição”. De acordo com o procurador Roberson Pozzobon, os gerentes investigados, quando questionados pelos seus superiores sobre os valores das transações ilícitas, chegaram a defender a normalidade dessas operações.

O MPF ressalta que o montante ilegal movimentado pelos investigados, por meio de transferências bancárias “a partir de contas mantidas pela organização criminosa, superou a quantia de R$ 200 milhões”. Segundo os procuradores, grande parte desse valor foi transformada em dinheiro vivo para utilização pelas empreiteiras no pagamento de propinas contratos com a Petrobras. “Um dos doleiros investigados chegou a movimentar R$ 150 milhões”, disse Pozzobon, durante entrevista à imprensa para detalhar a operação, em Curitiba.

“A conduta indevida dos gerentes possibilitou que contas em nome de empresas de fachada controladas por organizações criminosas fossem abertas e operassem na instituição financeira por longo período, realizando centenas de operações de lavagem de dinheiro, inclusive depósitos e saques de valores expressivos em espécie”, diz ainda o MPF.

Os procuradores informaram que as evidências indicaram que os gerentes investigados atuaram para “encerrar indevidamente registros do sistema de detecção de lavagem de dinheiro do Banco do Brasil, mediante a inserção de justificativas que sabiam falsas, o que impediu ou dificultou a comunicação de operações suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)”.

Os investigadores da operação disseram ainda que foi dado conhecimento ao Banco do Brasil da existência do esquema criminoso envolvendo os funcionários da instituição. Segundo o procurador Pozzobon, o banco então, sob intimação judicial, realizou apurações sigilosas internas cujos resultados foram remetidos aos investigadores da Lava Jato, inclusive com “’outras provas da atuação de seus funcionários para facilitar operações de lavagem de capitais”.

Nota do Banco do Brasil

Por meio de nota, divulgada pela sua assessoria de imprensa, o Banco do Brasil informou que vem colaborado com as investigações e que iniciou processos administrativos envolvendo os funcionários investigados. “O Banco do Brasil informa que vem colaborando com as autoridades na operação Alerta Mínimo, já tendo iniciado processos administrativos que podem resultar na demissão dos funcionários envolvidos.”

Alerta Mínimo

De acordo com a PF, nome da operação, Alerta Mínimo, faz referência ao fato de que “os alertas de operações atípicas do sistema interno do banco para comunicação ao Coaf passaram a ser encerrados, mediante a apresentação de justificativas pelos gerentes de agência, como se não houvesse indícios de lavagem de dinheiro”.

Fonte: Agência Brasil

Bendine tentou convencer BB a custear sua defesa na Lava Jato

Publicado em: 13/09/2017


Aldemir Bendine pediu ao Banco do Brasil que pagasse sua defesa na Operação Lava Jato. O banco recusou de imediato sob o argumento de que as acusações contra ele são da época em que presidia a Petrobrás e não a instituição. A Petrobrás diz que só paga a defesa dos ex-funcionários quando o processo está relacionado a atos de gestão, o que não é o caso do ex-dirigente. Bendine está preso desde 27 de julho, na superintendência da PF em Curitiba, por ordem do juiz Sérgio Moro, e já foi denunciado por corrupção. Ele teve R$ 3,4 milhões bloqueados pela Justiça

Fonte: O Estado de S.Paulo