Banco do Brasil deve ter o lucro mais forte do setor no primeiro trimestre

Publicado em: 26/04/2023

O Banco do Brasil (BBAS3) deve apresentar novamente o lucro mais forte do setor, avalia o BTG Pactual, em relatório divulgado na semana passada.

A estatal será o último bancão a reportar os resultados do primeiro trimestre de 2023, em 15 de maio, e deve ficar na ponta positiva dos bancos na temporada, junto com o Itaú (ITUB4).

O BTG estima em seu modelo que o Banco do Brasil entregará um lucro líquido de R$ 8 bilhões. No entanto, os resultados reais devem vir mais fortes, perto dos R$ 8,5 bilhões, destaca a instituição.

“Se isso se confirmar, será novamente o maior resultado em nosso universo de cobertura, acima do Itaú (que esperamos entregar um lucro líquido entre R$ 8,3-8,4 bilhões)”, afirma.

Considerando que o segundo e o terceiro trimestres costumam ser os mais fortes do ano para o Banco do Brasil, se a companhia começar 2023 com um lucro de R$ 8,5 bilhões, as chances de ela ficar próxima ao topo da faixa do guidance, de R$ 33-37 bilhões, aumentam, destaca o BTG.

“Em nosso modelo, projetamos R$ 35 bilhões”, completa.

O BTG avalia que o crédito deve crescer um pouco mais rápido para o Banco do Brasil por conta do bom desempenho do setor rural. O NII (margem financeira) deve seguir forte, crescendo “bem acima do guidance de 17-21% no primeiro trimestre em uma base anual”. No entanto, comparado com o quarto trimestre de 2022, deve cair um pouco.

“As taxas, embora também afetadas pela sazonalidade, provavelmente também terão um desempenho melhor do que seus bancos privados, uma vez que a atividade de banco de investimento é menos relevante aqui”, acrescenta.

O setor de agro deve apresentar resultados estáveis, enquanto o NPL (taxas de créditos inadimplentes) para empresas deve subir, mas em linha com o que foi visto no quarto trimestre.

“Se utilizarmos o ponto médio do guidance para provisões para perdas com empréstimos dividido por quatro, o resultado faria muito sentido, em relação ao que esperamos para o primeiro trimestre”, destaca o BTG.

Sobre as subsidiárias BB Seguridade (BBSE3) e Cielo (CIEL3), o BTG espera ver bons resultados.

O Banco do Brasil é uma das quatro principais escolhas do setor financeiro do BTG para 2023, ao lado de Itaú, BB Seguridade e Cielo.

Fonte: Money Times

Lucro do Banco do Brasil sobe 44,7% no 1º trimestre e atinge R$ 4,9 bilhões

Publicado em: 07/05/2021

O Banco do Brasil (BBAS3) registrou lucro líquido ajustado de R$ 4,9 bilhões no primeiro trimestre deste ano, 44,7% maior que os R$ 3,4 bilhões reportados em igual período de 2020 e 32,9% superior ao resultado obtido nos últimos três meses do ano passado.

“O lucro recorde para um trimestre é resultado de uma estratégia corporativa que buscou o aumento da eficiência, o controle rigoroso das despesas e o crescimento sustentado do crédito, com foco em linhas de maior retorno”, disse o recém-empossado presidente do BB, Fausto de Andrade Ribeiro, em mensagem transmitida com material de divulgação do balanço.

O lucro líquido ajustado do Banco do Brasil no primeiro trimestre, de R$ 4,913 bilhões, ficou acima das projeções do mercado. A média de cinco casas consultadas pelo Prévias Broadcast – Bank of America (BofA), JP Morgan, Goldman Sachs, Eleven Financial e Itaú BBA – apontava a cifra de R$ 4,17 bilhões.

O resultado apresentado foi 17,8% maior. O Prévias Broadcast considera que o resultado veio em linha quando a variação para cima ou para baixo é de até 5%.

O resultado veio mesmo em um cenário turbulento para a instituição financeira do ponto de vista de gestão. Depois de o BB anunciar uma forte reestruturação de seu quadro, com demissões, o presidente Jair Bolsonaro reagiu e forçou a demissão do executivo André Brandão, ex-HSBC, que havia sido selecionado para o cargo pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Crédito e reservas

A carteira expandida avançou 2,2% e alcançou R$ 758,3 bilhões ao fim de março, saldo 4,5% superior ao verificado um ano antes.

As despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa, conhecidas pela sigla PDD, foram de R$ 2,536 bilhões, no primeiro trimestre. Na comparação com o primeiro trimestre de 2020, quando o BB reforçou as provisões em R$ 2,04 bilhões, por conta da crise que se anunciava diante da pandemia que chegava ao País, as despesas com PDD caíram 54,2%.

O índice de cobertura sobre os empréstimos com atraso acima de 90 dias cedeu 10 pontos porcentuais em relação ao trimestre anterior, mas continua confortável, em 328,2%. A inadimplência nessa faixa de atraso ficou em 1,95%, com ligeira oscilação positiva em relação ao fim de 2020.

O retorno sobre o patrimônio líquido ajustado (RSPL) ficou em 14,8%, no primeiro trimestre deste ano, 3,4 pontos porcentuais maior do que no trimestre anterior e 3,7 pontos acima da rentabilidade registrada em igual período de 2020.

O resultado está abaixo da rentabilidade dos pares privados. O Itaú teve retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de 18,5% no período, enquanto Bradesco e Santander marcaram 18,7% e 20,9%, respectivamente.

Os ativos totais do BB R$ 1,829 trilhão, uma expansão de 14,4% em um ano. O patrimônio líquido ficou em R$ 138,2 bilhões, 23% maior que um ano atrás.

O BB comenta seus resultados do primeiro trimestre em teleconferência com a imprensa nesta sexta-feira, 7, às 8h30. Será a primeira divulgação de balanço com Ribeiro no comando da instituição.

Fonte: Infomoney