BB, Itaú, Santander e Bradesco lucram juntos 63% mais no 2º trimestre

Publicado em: 12/08/2021

Uma alta de 63% dos lucros no segundo trimestre de 2021, a R$ 22 bilhões, na comparação com o mesmo trimestre de 2020, mas uma quase estabilidade frente o primeiro trimestre de 2021.

E, se por um lado, há expectativa de normalização da atividade com a vacinação e revisões para cima de algumas projeções, por outro, sinais de maior concorrência e de aumento de inadimplência seguem no radar, ainda que a níveis controlados e bastante monitorados.

Tendo em vista todas essas indicações no radar, as grandes instituições financeiras diminuíram as suas provisões para calotes e retomaram o ritmo de crédito, conforme mostraram Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Santander Brasil (SANB11) e Banco do Brasil (BBAS3) durante a divulgação de resultados do segundo trimestre de 2021.

“A partir de agora já vivenciamos a perspectiva de um cenário mais próximo ao do pré-pandemia”, disse o presidente do Bradesco (BBDC3;BBDC4), Octavio de Lazari, na última semana.

Após apurar lucro de R$ 6,5 bilhões no segundo trimestre, o Itaú Unibanco (ITUB4) elevou a perspectiva para o crédito neste ano e passou a prever crescimento de até 11,5%. O destaque positivo entre os resultados, de acordo com a maior parte dos analistas, foi justamente para esse banco, que reportou um lucro líquido cerca de 56% maior na comparação anual, a R$ 6,54 bilhões.

 

“Em nossa visão, o Itaú apresentou um conjunto sólido de resultados no segundo trimestre e com melhor qualidade,
além de emitir uma revisão positiva do guidance. Continuamos a ver tendências positivas para o lucro líquido de juros nos próximos trimestres, à medida que o crescimento dos empréstimos continue a acelerar devido a uma melhor combinação, enquanto as receitas com tarifas também foram uma surpresa positiva”, aponta o BBI.

A XP destacou que houve uma surpresa positiva no balanço: o banco foi capaz de produzir um resultado sólido e, ao mesmo tempo, melhorou a qualidade dos ativos e o índice de cobertura – relação entre empréstimos inadimplentes e provisões.

Bradesco: seguro pesa sobre o resultado, mas a expectativa é de recuperação

Já na ponta negativa, esteve o Bradesco (BBDC3; BBDC4), cujas ações caíram mais de 4% após a divulgação do balanço. O banco teve lucro líquido recorrente de R$ 6,319 bilhões no segundo trimestre de 2021, aumento de 63,2% ante o mesmo período do ano passado e queda de 3% na comparação com o primeiro trimestre deste ano.

O aumento do lucro ocorreu por diversos fatores, como maiores receitas com prestação de serviços, crescimento da margem financeira com clientes, menores despesas operacionais e menores despesas com provisões para devedores duvidosos. Porém, o número foi abaixo do esperado. Segundo dados compilados pela Refinitiv, a expectativa média dos analistas para o lucro do Bradesco era de R$ 6,454 bilhões.

O desempenho mais fraco do que o esperado reflete principalmente um resultado bem inferior em seguros e mais tímido em crédito.

As operações de seguros, previdência e capitalização tiveram queda de 49,8% em relação ao primeiro trimestre de 2021 e de 58,3% ante o mesmo período no ano passado, representando R$ 1,57 bilhão. O segmento tinha perspectiva de 2% a 6%, mas após o resultado trimestral, a instituição financeira prevê uma variação entre queda de 15% a 20% para 2021.

O desempenho do segmento foi impactado pela elevação do índice de sinistralidade, que foi afetado pela frequência dos eventos relacionados à Covid-19, por conta do aumento da necessidade de assistência médico-hospitalar, diagnósticos, consultas, internações, eventuais consequências pós Covid-19, retomada dos procedimentos eletivos e indenizações nos produtos de “Vida”.

Contudo, em teleconferência, o banco destacou esperar melhora na área de seguros com redução de despesas a partir da segunda metade do ano, conforme os casos de Covid e internações recuam

A Levante Ideias de Investimentos também aponta que, apesar de seguir tendências semelhantes aos números vistos pelo Santander (SANB11) e Itaú, o crescimento inferior da carteira de crédito e a maior exposição a seguros que os competidores levaram ao resultado abaixo das expectativas.

A carteira de crédito mostrou expansão de 3% na comparação trimestral, puxada por crédito a pessoas físicas, com alta de 5,7%, e a pequenas e médias empresas, com alta de 4,6%.

O Itaú BBA ressalta ainda que a margem financeira com clientes cresceu em menor velocidade; um avanço de 1,9% na passagem trimestral, resultando em uma leve perda de spread bancário (diferença entre a taxa de juros cobrada aos tomadores de crédito e a taxa de juros paga aos depositantes pelos bancos).

O índice de inadimplência, por sua vez, se manteve em 2,5%. A despesa com previsões caiu 11% entre o primeiro e segundo trimestre, para R$ 3,5 bilhões, ficando 6% abaixo das expectativas da XP, o que compensou parcialmente os resultados fracos, mas prejudicou o índice de cobertura do banco (relação entre empréstimos inadimplentes e provisões), com queda de 500 pontos-base. “Vemos isso como negativo, pois os índices de inadimplência podem aumentar em relação aos atuais 2,5% observados no trimestre, aumentando a exposição do banco”, avaliam.

A Levante ainda apontou que o Bradesco se mostrou focado em melhorar sua eficiência com uma queda de 4,1% nas despesas operacionais no trimestre quando comparado com o segundo trimestre de 2020, um bom número, mas uma desaceleração em relação a redução anual de 4,7% vista no trimestre anterior.

Já as receitas de serviço do banco foram um destaque positivo do resultado, com uma melhora de 10,3% em relação ao mesmo trimestre do ano passado, atingindo R$ 8,4 bilhões.
Resultados “mistos”

Já na esteira daqueles que divulgaram resultados considerados “mistos”, estão o Santander Brasil e o Banco do Brasil (BBAS3).

No caso do Santander Brasil, o lucro, a princípio, animou os investidores, ficando acima do esperado ao atingir R$ 4,171 bilhões, no segundo trimestre deste ano, o maior nível da história da instituição, quase o dobro na comparação anual e ficando 5,7% acima do esperado pelo consenso Bloomberg.

O ROE ficou em 21,6%, acima dos 20,6% registrados no primeiro trimestre deste ano, e muito próximo à rentabilidade de 21,7% obtida um ano antes, quando excluídos os efeitos das provisões extraordinárias realizadas naquele período.

“O Santander Brasil apresentou um bom conjunto de resultados no segundo trimestre, mostrando tendências positivas no crescimento do crédito, com melhor mix e evolução positiva da receita líquida de juros com clientes, e nas receitas de tarifas, refletindo a melhor atividade econômica”, apontaram os analistas do Bradesco BBI.

Entretanto, os analistas do banco destacaram que as provisões aumentaram no trimestre, enquanto o índice de cobertura diminuiu para 263%, embora a taxa de inadimplência se mantenha relativamente sob controle.

A XP também ressaltou esse ponto. Nos últimos balanços, os analistas já haviam destacado que os resultados poderiam ser pressionados mais à frente, uma vez que a instituição possui um menor índice de cobertura em relação aos seus pares no setor; o banco decidiu não fazer tantas provisões quanto as outras instituições. “No geral, mantemos nossa visão de que o consumo do balanço abaixo do provisionado do Santander não será capaz de sustentar seus ganhos”, avalia a XP.

O Itaú BBA avaliou que os resultados foram positivos, mas ponderou que a margem financeira com clientes alcançou R$ 11,473 bilhões no segundo trimestre, uma alta modesta de 1,6% ante o primeiro trimestre na sequência de menores spreads.

Por fim, na última quarta-feira, foi a vez do Banco do Brasil divulgar seus números, que foram vistos de forma diversa pelos analistas. O BB registrou lucro líquido ajustado de R$ 5,039 bilhões no segundo trimestre deste ano, 52,5% superior aos R$ 3,311 bilhões reportados para igual período de 2020. O resultado ficou 2,6% acima do ganho reportado nos primeiros três meses deste ano, de R$ 4,913 bilhões.

A XP destacou que o lucro foi em linha com as estimativas da casa, de R$ 5 bilhões, mas bem acima dos R$ 4,4 bilhões do consenso de mercado (que contava com oito projeções). O resultado, na avaliação da equipe de análise, também apresentou uma boa qualidade de ganhos, considerando que: i) não houve consumo de cobertura; ii) apresentou melhoria de custos; e iii) taxas recuperadas. Além disso, o BB também decidiu revisar seu guidance para cima, com o lucro agora possivelmente atingindo o recorde de R$ 20 bilhões em 2021.

O lucro veio acima da expectativa também do Itaú BBA, “mas a razão desse desempenho não foi das mais nobres”, segundo os analistas do banco. Isso porque foi reflexo de menores provisões e de uma alíquota de imposto menor.

Ao falar sobre a revisão dos lucros para cima, o BBA ressaltou que a estatal reduziu a indicação para margem com clientes, mas também as despesas com provisões – “movimento contrário àquele que normalmente agrada o mercado”. A expectativa para o crescimento da margem financeira bruta foi reduzida de alta entre 2,5% e 6,5% para alta entre 1,0% e 4,0% (provavelmente por maiores despesas de captação), enquanto a expectativa para as provisões foi reduzida de entre R$ 14 bilhões e R$ 17 bilhões para entre R$ 13 bilhões e R$ 15 bilhões.

Também do lado negativo, apontam os analistas, a margem financeira contraiu em 1%, com perda de spread bancário advinda de maiores custos de captação. Por outro lado, as despesas operacionais ficaram estáveis na comparação anual, em R$ 7,9 bilhões. O BB também indicou estabilidade dessa linha no novo guidance, o que é positivo no atual cenário de custos, avaliam os analistas. A carteira segue também com boa qualidade – o índice de inadimplência teve ligeira queda para 1,8%.

Em teleconferência, a administração do banco ainda destacou que o crescimento do lucro líquido recorrente deve ser um pouco menor no segundo semestre em relação ao primeiro, quando lucrou R$ 10 bilhões (alta de 48,4% frente à primeira metade de 2020). Isso porque os encargos de provisão foram anormalmente menores no primeiro semestre.

Além disso, a administração acredita que a receita líquida de juros continuará pressionada por maiores custos de captação em função da alta da Selic, reforçando a avaliação de que um cenário mais competitivo deve limitar o crescimento dos spreads, embora tenham indicado que o mix de crédito deve melhorar no segundo semestre.

Desafios: impacto da reforma tributária e concorrência

O Banco do Brasil também destacou em teleconferência que a definição da reforma tributária e seus potenciais impactos são essenciais para qualquer decisão de alocação de capital. A empresa destaca seus níveis de capital robustos, mas deve aguardar um cenário menos incerto para tomar uma decisão sobre como consumir a elevada base de capital.

O tema sobre reforma tributária, por sinal, foi destaque entre os bancos. Se a atual proposta do governo da reforma tributária for mantida, o Bradesco avalia que terá que reconhecer no seu balanço uma baixa expressiva de crédito tributário em função das mudanças de alíquotas de impostos previstas. Com relação ao fim do pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP), a previsão é que isso intensifique a recompras de ações, que seria uma forma de dar retorno aos acionistas.

“Cada vez o governo tem uma proposta diferente, mas considerando a última, nós e outros bancos teremos que fazer uma baixa expressiva de crédito tributário no fim do ano. Mas levando em conta todas as mudanças, ainda vemos um efeito positivo para o acionista”, disse Carlos Firetti, diretor de relações com investidores do Bradesco.

Já Milton Maluhy Filho, presidente do Itaú, disse que a reforma tributária é essencial e vai na direção correta, mas disse que é preciso se pensar em modelos de transição para alguns pontos. Isso por conta dos efeitos relevantes no curto prazo, destacando também o possível fim do JCP e a possível redução na alíquota de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica. Apesar de isso ser bom no longo prazo, ele explicou que, se essa mudança de fato ocorrer, as instituições terão de fazer uma reavaliação dos seus créditos tributários, gerando um impairment [ou baixa contábil] grande.

Com relação à concorrência, a Levante ressalta que o tema no setor vem sendo debatido há bastante tempo e incentivado pelos órgãos reguladores, principalmente com a entrada das fintechs e bancos digitais. Enquanto o Bradesco tenta criar um banco digital separadamente (o Next), o Itaú investe em se tornar mais ágil e operar de maneira mais parecida com as fintechs, avaliam os analistas da casa de research.

Eles ainda apontam que, com o avanço no cronograma do open banking, as instituições financeiras mais estabelecidas, em especial os adquirentes, têm seu lucro mais ameaçado, uma vez que o compartilhamento dos dados beneficia os novos entrantes, que antes tinham poucas informações.

No entanto, o novo ambiente também se mostra uma oportunidade para que os grandes bancos possam utilizar sua inteligência de dados para concessão de crédito para expandir sua oferta para além de seus clientes. “Dessa forma, podemos entender este novo cenário tanto como uma ameaça quanto uma oportunidade para o banco”, avaliam.

A XP destaca ainda a iniciativa iVarejo, do Itaú, uma estratégia de omnichannel do banco que permitirá aos clientes interagir com o banco por meio de suas operações físicas e digitais integradas, segue avançando no seu esforço de integrar as agências físicas do banco com o seu superapp. O banco atingiu a maior pontuação de net promoter score (o NPS, ferramenta que mede a satisfação dos clientes) em seu aplicativo, o que os analistas da XP veem com bons olhos, já que o mundo digital será o principal campo de batalha para absorver novos clientes no futuro.

Já durante teleconferência, Octavio Lazari Jr., CEO do Bradesco, falou sobre o Next, destacando principalmente as perspectivas para a abertura de capital e que é visto como um dos catalisadores para a ação do banco. O banco digital apresentou resultados positivos no período, com crescimento anual de 99% na base clientes, atingindo 5,4 milhões usuários, além de uma redução de 31% nas despesas por cliente. Segundo o CEO, não haverá abertura de capital do Next no ano que vem, mas isso pode ocorrer em 2023.

Enquanto isso, o Santander Brasil terá que lidar com outro desafio além dos já postos. Sérgio Rial, que realizou um turnaround na companhia, deixará o cargo de CEO e assumirá o cargo de Presidente do Conselho de Administração em 1º de janeiro de 2022. Mario Opice Leão, que ingressou na diretoria do banco em 2015, foi nomeado o novo CEO, e também será nomeado para um cargo no Conselho de Administração. O processo ainda está pendente das aprovações regulatórias relevantes.

“Essa notícia era de alguma forma esperada pelo mercado, embora o timing possa ser uma surpresa. Ressaltamos que Sérgio Rial liderou um importante processo de turnaround no banco, e sua presença no Conselho de Administração pode ser um sinal de que a estratégia deve continuar”, avalia o BBI. Já a XP ressalta que a notícia é negativa, dada a importância do atual CEO para a estratégia do banco.

Já para o Banco do Brasil, o BBI ressalta que, apesar do banco estatal mostrar evolução dos números, o mercado está focado na formação de receita, especialmente na receita líquida de juros com clientes. Assim, por não verem um catalisador de curto prazo e qualidade de lucro relativamente mais fraca em comparação com seus pares do setor privado, os analistas do banco possuem recomendação neutra para BBAS3. Por outro lado, a XP reiterou recomendação de compra com um preço-alvo de R$ 52, pois vê o banco negociando a um múltiplo barato de 4,5 vezes o preço sobre o lucro, embora os fundamentos pareçam sólidos.

Assim, a projeção é de continuidade da recuperação para os bancos com a expectativa de continuidade da retomada da economia com a vacinação. Enquanto isso, a inadimplência, a competição maior no setor (que já ganhava destaque no noticiário desde antes da pandemia) e os impactos da reforma tributária no curto prazo seguem sendo observados de perto pelos investidores.

Fonte: Infomoney

 

BB Seguridade: resultados ruins não afastam dividendos; ação está barata

Publicado em: 06/08/2021

A BB Seguridade (BBSE3) reportou resultados fracos no segundo trimestre, muito em virtude da pandemia da Covid, que elevou a sinistralidade.

No período, a empresa lucrou R$ 753,7 milhões, queda de 23,2% em comparação aos R$ 981,8 milhões apresentados no mesmo período do ano passado, bem abaixo do consenso da Bloomberg.

Entre os patinhos feios do período está a Brasilprev, ligado à previdência: a subsidiária teve redução de R$ 171 milhões no lucro, decorrente do resultado financeiro negativo, motivado pelo diferencial de índices de inflação.

Os prêmios emitidos na BrasilSeg foram de R$ 3,150 bilhões, queda de 22,2% e com alta de 36% na margem.

“A piora já era esperada em função do aumento da sinistralidade com a segunda onda da pandemia de Covid”, aponta a Genial em relatório enviado a clientes.

Outra linha que também decepcionou foi a operação de seguros, com redução de 50% no trimestre e 55% menor que o mesmo período de 2020, atingindo R$ 235 milhões, impulsionada por maiores sinistros de seguro de vida impactados pela pandemia Covid-19.

“A BB Seguridade reportou um resultado abaixo do esperado pelo mercado no trimestre, justificado por um grande prejuízo financeiro, além do forte aumento no número de sinistralidade que cresceu bastante no segmento de seguro”, afirma o analista Luis Sales, da Guide Investimentos.

Por outro lado, a BB Corretora apresentou números mais fortes, tanto operacional quanto resultados financeiros, levando a um sólido aumento na linha de base.

O lucro do segmento cresceu 15% no ano e 3,4% no trimestre, impulsionado pelo bom desempenho comercial nos segmentos rural e vida.

Reorientação de rota

Diante da segunda onda Covid-19, a seguradora revisou para baixo sua orientação para 2021, com resultados operacionais revisados de entre 8% a 13% para entre 1% a 6% de crescimento.

A revisão implica em um índice de sinistralidade maior, uma vez que os prêmios devem crescer acima das expectativas.

Apesar dos pesares…

Mesmo com o resultado ruim do período, os analistas, de forma geral, continuam otimistas como a BB Seguridade.

Segundo a XP Investimentos, as ações estão subvalorizadas e com um rendimento de dividendos atraente.

Na visão do Safra, os números são passageiros. O banco cita a queda das mortes da Covid e uma desaceleração da alta do IGP-M nos próximos meses para sustentar o otimismo. Além disso, o aumento da taxa Selic deve contribuir para a recuperação do resultado financeiro da BB Seguridade, diz.

“Portanto, embora possamos ter um risco de queda para nossos números após incorporar os resultados fracos do primeiro trimestre e novo guidance da empresa, ainda vemos as negociações da BBSE com avaliação atraente (a 9,1x o preço sobre o lucro (P/L) ante 10,6x da Porto Seguro e 9,5x da Caixa Seguridade)”, completa.

Fonte: Money Times

 

Bancos lucram no 1º trimestre mais do que em 2019 e 2020

Publicado em: 06/05/2021

Um ano após o solavanco inicial da pandemia, os três maiores bancos privados do País mostraram sólidos lucros. Juntos, Santander Brasil, Itaú Unibanco e Bradesco ganharam R$ 16,9 bilhões entre janeiro e março deste ano. A cifra representa uma volta à normalidade, após um 2020 em que as reservas para eventuais perdas com crédito combinadas superaram os resultados obtidos.

Em relação ao primeiro trimestre de 2020, quando dois desses três gigantes já reforçaram as provisões para enfrentar a crise que então se insinuava, o resultado combinado dos “bancões” saltou 46,7%. E também ficou R$ 300 milhões acima da soma dos lucros registrados no primeiro trimestre de 2019, quando o mercado ainda operava em ritmo normal.

Mas a saúde financeira exibida não foi suficiente para tranquilizar totalmente o mercado, que vem reagindo de forma volátil em relação às três instituições financeiras. O Santander, por exemplo, conseguiu agradar com um resultado recorde para o período e com desempenho bem distribuído entre as diferentes linhas de negócio. As ações do banco chegaram a subir mais de 10% no dia do balanço (a instituição divulga os resultados pela manhã).

Apesar do crescimento dos resultados, o mercado viu ainda feridas abertas no balanço do Itaú Unibanco e, na terça-feira, derrubou as ações do maior banco da América Latina em mais de 4%. As ações do Santander e do Bradesco foram arrastadas e recuaram 2,08% e 2,53%, respectivamente.

Anunciado após o fim do pregão na terça-feira, o lucro do Bradesco foi o único dos três a não superar as estimativas de analistas apontadas pelo Prévias Broadcast. As ações do banco chegaram a cair 2% no pregão de ontem, mas se recuperaram ao longo do dia, fechando em baixa de 0,25%.

Retomada. Na visão do presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, os balanços dos bancos mostram um horizonte de negócios começando a se desanuviar, após a tormenta provocada pela pandemia de covid-19.

“Estamos trocando as dúvidas sombrias por uma narrativa virtuosa”, afirmou o executivo no comunicado de divulgação do balanço do Bradesco. “Em termos objetivos, os bancos estão preparados para enfrentar o cenário desafiador da pandemia.”

A rentabilidade dos três voltou a um patamar considerado saudável por analistas. O Itaú ficou na ponta mais baixa do indicador, com um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de 18,5%, enquanto Bradesco e Santander marcaram 18,7% e 20,9%, respectivamente.

A XP apontou, em relatório, que a situação ainda não está totalmente equacionada. “O Itaú divulgou diversos itens não sustentáveis, que ajudaram no resultado, enquanto áreas relevantes como rendas de tarifas, margem financeira com clientes e custos apresentaram desempenho abaixo do esperado”, apontou o documento.

Um contraste fica visível na comparação entre Santander e Itaú, principalmente: o comportamento da margem financeira das operações com clientes, que reflete o resultado das operações de crédito no varejo bancário. Enquanto o primeiro teve avanço de mais de 6% nessa rubrica, o segundo verificou um recuo superior a 5% nessa parte do balanço, entre janeiro e março deste ano.

Nas conferências com jornalistas e com analistas financeiros, o presidente do Itaú Unibanco, Milton Maluhy, ponderou que, face à crise, o mix da carteira de clientes se alterou, com mais operações de atacado, de spread mais baixo, e menos com clientes de varejo.

Nessa última categoria houve ainda migração para empréstimos com carência, prazos mais longos e taxas contidas. Mas ele disse também que já notava em abril a retomada de linhas que garantem mais ganhos para o banco, o que poderia levar a melhores resultados mais adiante.

Em seu balanço, o Bradesco passou a mensagem de que as operações podem ficar mais rentáveis. A margem financeira da instituição ficou praticamente estável em relação à verificada nos últimos três meses.

Cautela

Para Lazari, há clima para o Bradesco “sair da defensiva” e buscar novos negócios que ampliem seu volume operacional. Essa noção, no entanto, continua baseada em uma cobertura de provisão para créditos de liquidação duvidosa, conhecidas pela sigla PDD, equivalente a 350% do saldo de empréstimos em atraso superior a 90 dias do banco.

Existe também a expectativa de que essa inadimplência ainda volte a ter repiques. No Itaú Unibanco, que há um ano deu o tom do conservadorismo que seria adotado na pandemia, as provisões excedentes não serão revertidas, segundo Maluhy. As reservas não precisaram ser usadas nesse primeiro trimestre, com taxas de inadimplência ainda comportadas, mas seguirão à disposição em caso de uma piora de cenário.

Fonte: Portal R7

 

Bancos na pandemia: lucro de R$ 79 bilhões e menos 13 mil empregos

Publicado em: 22/04/2021

Os cinco principais bancos brasileiros tiveram queda média de 25,2% em 2020, o ano da pandemia, em relação ao anterior, mas ainda assim conseguiram lucro de R$ 79,3 bilhões. Ao mesmo tempo, fecharam agências (quase 1.400, com destaque para o Bradesco) e eliminaram perto de 13 mil postos de trabalho. Isso “em um ano de crise sanitária, econômica e social”, observa o Dieese, que divulgou levantamento sobre o setor.

“Os bancos já estavam em um processo intenso de reestruturação com grande volume de investimentos em tecnologias da informação, tendo como objetivo a melhoria de seus índices de eficiência e a expansão dos negócios com menores custos”, observa o Dieese, e com a pandemia esse processo se aprofundou. “Os balanços divulgados mostraram o crescimento significativo das transações financeiras pelos canais digitais – transferências, operações de crédito e investimentos –, bem como a abertura de grande número de contas de clientes 100% digitais.”

O instituto lembra ainda que milhares de profissionais do setor foram direcionados ao teletrabalho, ou home office, o que ajudou os bancos a reduzir custos de operação e levou ao fechamento de agências e escritórios. “Esse processo foi acompanhado da extinção de quase 13 mil postos de trabalho, somente em 2020, em plena crise sanitária e econômica, à revelia do compromisso dos bancos de não realização de dispensas, formalizado em acordo de abril de 2020, entre os bancos e o Comando Nacional dos Bancários”, aponta o Dieese.

Com isso, o número de empregados no setor foi de 404.585, em 2019, para 391.711 no ano passado. Menos 12.874 postos de trabalho, queda de 3,2%. Entre os cinco, a exceção foi o Itaú Unibanco, com crescimento de 2,7% (2.228 vagas), para um total de 83.919 funcionários. Segundo o Dieese parte desse saldo refere-se a contratações para a área de TI (tecnologia da informação), além de pessoal da Zup, adquirida pelo Itaú.

Empregos e agências

O Bradesco cortou 7.754 vagas, retração de 8%, e fechou 2020 com 89.575 trabalhadores. Já o Santander eliminou 3.220 (-6,7%) e ficou com 44.599. Entre os públicos, foram menos 2.611 na Caixa (-3,1%) e 1.517 (-1,6%) no Banco do Brasil. Com isso, a Caixa ficou com 81.945 e o BB, com 91.673. O Dieese usa como fontes as demonstrações financeiras dos bancos.

Os cortes podem continuar: o BB já anunciou “ajustes” neste ano, enquanto o governo insiste na privatização da Caixa. O Dieese destaca a importância da área pública para a economia, ainda mais em tempos de pandemia. A Caixa, por exemplo, pagou auxílio emergencial a 60 milhões de pessoas pelo país. “Esses bancos públicos possuem maior capilaridade e não se concentram, somente, nos grandes centros urbanos, como a maioria dos bancos privados.”

Ativos somam quase R$ 8 trilhões

De 1.364 agências fechadas em 2020, apenas o Bradesco respondeu por 1.083, quase um quarto do total em relação ao ano anterior. BB e Caixa ficaram estáveis, enquanto o Santander fechou 175 e o Itaú, 117. O total foi para 16.329 agências no país.

Se for considerado o período de 2012 a 2020, esse cinco bancos fecharam 63.077 postos de trabalho, o que corresponde a um corte de 13,9%. O BB cortou 22.489 (-19,7%) e a Caixa, 10.981 (-11,8%). Assim, os dois bancos públicos responderam por mais da metade (53,1%) dos empregos eliminados. No setor privado, o Bradesco cortou 13.810 (-13,4%), o Santander fechou 9.393 (-17,4%) e o Itaú Unibanco, 6.384 (-7,1%).

O total de ativos das cinco instituições somou R$ 7,9 trilhões em 31 de dezembro, aumento médio de 17,1% ante 2019. Valor superior ao do PIB nacional – de R$ 7,4 trilhões em 2020. “Boa parte dos ativos dos bancos corresponde às suas operações/carteiras de crédito, cujo montante totalizou R$ 3,6 trilhões, em 2020, com crescimento de 14,1% em relação ao ano anterior”, diz o Dieese. Já o patrimônio líquido subiu 10,1%, para R$ 592,1 bilhões.

Fonte: Rede Brasil Atual

 

Lucros dos bancos somam R$ 61,6 bi em 2020, mas têm maior queda em 21 anos

Publicado em: 18/02/2021

Em meio ao impacto da pandemia nos números das instituições, os lucros dos quatro maiores bancos somados registraram queda de 24,4% em 2020 em relação ao ano de 2019, na maior baixa desde 2000, segundo levantamento divulgado pela Economatica nesta quarta-feira (17). O lucro total foi de R$ 61,6 bilhões. Não foram utilizadas informações de lucros recorrentes ou outros e sim os lucros contábeis, informou a consultoria.

Os bancos haviam registrado em 2019 o melhor resultado agregado em toda a série histórica, medida desde a introdução do real, em 1994. Naquele ano, o lucro conjunto foi de R$ 81,5 bilhões em valores nominais e, com correção monetária, o valor sobe para R$ 85,1 bilhões, ampliando a queda de 2020 para 26,6%.

O Itaú registrou o menor lucro anual desde 2014, apesar de ter registrado o maior lucro em 2020 entre os grandes bancos, totalizando R$ 18,5 bilhões. Na sequência, está o Bradesco, com um lucro total de R$ 16,5 bilhões, enquanto Santander lucrou R$ 13,4 bilhões e o Banco do Brasil teve lucro de R$ 12,6 bilhões no período.

Na comparação de 2020 com 2019, o Santander registrou a menor queda de lucratividade, com baixa de 5,02%. Já a maior baixa foi do Banco do Brasil, de 30,09%.

De 1996 até 2000, os bancos tiveram queda de lucratividade em sete oportunidades no agregado. A maior queda foi em 1995 e reflete o reconhecimento de perdas que o Banco do Brasil fez nos anos de 1994 e 1995. Em 1995, a queda foi de R$ 3,3 bilhões em relação ao ano de1994. O segundo maior registro de queda aconteceu em 1996, com baixa de 42,9%, representando o prejuízo neste ano de R$ 4,8 bilhões.

Retorno sobre o patrimônio líquido: menor desde 1995

A Economatica também destaca que a mediana do retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) dos quatro maiores bancos brasileiros em 2020 foi de 12,06%, que é o menor valor já registrado desde 1995, quando a mediana do ROE foi de 10,56%.

Pelo terceiro ano consecutivo, o Santander Brasil teve o melhor desempenho, com ROE de 17,9%, que é o segundo maior registrado pelo banco historicamente. Banco do Brasil, Bradesco e Itaú, por sua vez, estão tecnicamente empatados com 12,1%, 12,0% e 11,5%, respectivamente.

O Banco do Brasil e o Itaú registraram as maiores quedas de ROE entre 2019 e 2020, com baixas respectivas de 7,5 e 7,2 pontos percentuais. O Bradesco registrou queda de 5,7 pontos percentuais e o Santander teve queda de 3,1 pontos percentuais.

Já o ativo total consolidado dos bancos em 2020 foi de R$ 6,43 trilhões, 18,56% maior frente 2019. Este é o maior crescimento percentual desde o ano de 2008, quando os ativos cresceram 75,6%.

O maior crescimento percentual em 2020 com relação a 2019 é do Itaú, com 21,5%, seguido pelo Banco do Brasil (+17,45%),, Bradesco (+17,06%) e Santander (+16,89%). De 2006 até 2015, o Banco do Brasil foi o maior banco por ativos sendo que, em 2016, o Itaú passou a ocupar a liderança, mantendo-a até o momento.

Dividendos mais modestos

O volume de dividendos e de juros sobre capital próprio distribuídos no ano de 2020 dos quatro bancos é de R$ 29,7 bilhões, 48,69% inferior ao do ano de 2019.

O Bradesco teve a maior queda, de 91,93% com relação ao ano de 2019, seguido pelo Itaú (com baixa de 53,88%) e pelo BB (queda de 14,75%). O Santander foi o único banco que registrou crescimento de 45,66% de distribuição de proventos na passagem entre 2019 e 2020.

Nominalmente, o Itaí pagou o maior valor (R$ 12,0 bilhões), seguido pelo Santander (R$ 10,2 bilhões), Banco do Brasil (R$ 6,07 bilhões) e Bradesco (R$ 1,43 bilhão).

PDD e valor de mercado

Em meio à situação da pandemia, a provisão para devedores duvidosos consolidada no ano de 2020 foi de R$ 94,4 bilhões, valor 22,57% superior ao do ano de 2019.

O Itaú teve o maior crescimento de PDD, de 34,97% (R$ 26,7 bilhões), deixando para trás o Banco do Brasil, que era o banco com maior PDD entre 2013 e 2019. O Bradesco viu sua provisão aumentar 34,42% e somar R$ 25,164 bilhões, enquanto a do BB subiu 16,06% e totalizou R$ 26.077 bilhões. O Santander teve a menor alta nas provisões, de 2,55%, a R$ 16,4 bilhões, ainda que tenha sido a maior PDD da história da instituição financeira, assim como a do Bradesco e do Itaú.

Somente o Banco do Brasil não atingiu o maior valor de PDD no período analisado. O seu PDD de 2020 foi o segundo maior, ficando atrás do valor de 2016, quando o banco registrou R$ 28,65 bilhões em provisões.

O valor de mercado dos bancos brasileiros até o fechamento de 12 de fevereiro de 2021 totalizou R$ 716 bilhões, demonstrando queda de 24,78% com relação a dezembro de 2019. No ano de 2020, a queda foi de 16,37% e em 2021 até 12 de fevereiro foi de 10,06%.

O Banco do Brasil, com baixa de 36,05%, teve a maior queda percentual de valor de mercado entre dezembro de 2019 e 12 de fevereiro de 2021. O Bradesco teve queda de 25,46% e o Itaú teve desvalorização de 23,32%, sendo seguido pelo Santander, com baixa de 17,15%.

Fonte: Infomoney

O que esperar para os resultados e para as ações dos grandes bancos?

Publicado em: 24/01/2020

Os grandes bancos foram barrados na porta da festa da bolsa. Enquanto o Ibovespa iniciou o ano batendo novos recordes, as ações de Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e Santander começaram o ano em forte queda. A alta do principal índice da B3 só não é maior justamente pelo mau desempenho dos papéis do setor financeiro.

Essa queda representa uma oportunidade de compra ou os bancões devem permanecer como os “patinhos feios” da bolsa? Essa resposta deve ficar mais clara a partir da próxima semana, quando começa a temporada de divulgação de balanços das instituições.

Uma coisa é certa: os lucros bilionários não estão ameaçados. A estimativa média aponta para um resultado combinado de R$ 21,9 bilhões para BB, Itaú, Bradesco e Santander Brasil no quarto trimestre de 2019, um avanço de 12,3% sobre o mesmo período do ano anterior.

O problema é o que vem (ou pode vir) pela frente. E a previsão é que os bancões naveguem por mares bastante turbulentos neste ano (e nos próximos).

Fintechs crescem e aparecem

Entre os riscos para o futuro dos bancos tradicionais é o avanço das novas empresas de tecnologia financeira (fintechs). Com a disputa pelos clientes ao alcance do celular, as instituições vêm sendo obrigadas a cortar tarifas e taxas para não perderem mais clientes.

Uma ótima notícia para quem é usuário de serviços financeiros, mas péssima para os acionistas. O grande temor dos investidores é que os papéis dos bancões repitam o que ocorreu com a Cielo.

A empresa de maquininhas de cartões controlada por Bradesco e Banco do Brasil perdeu 65% do valor de mercado nos últimos anos em meio à “guerra” nesse mercado.

Se antes faltava tamanho às fintechs para incomodar os bancos, agora já não se pode dizer o mesmo. Que o diga o Nubank, que alcançou neste mês a marca de 20 milhões de clientes. Com o crescimento, a empresa do famoso cartão de crédito roxo já é a sexta maior instituição financeira do país em número de usuários. Ainda falta o lucro, mas essa é outra história…

Outra amostra do poder de fogo dos novos competidores veio da badalada oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da XP Investimentos. A corretora estreou em dezembro na bolsa norte-americana Nasdaq avaliada em US$ 14,9 bilhões – hoje a corretora já tem valor de mercado de mais de US$ 23 bilhões (R$ 96 bilhões, no câmbio de hoje).

Curiosamente, quem mais vem sofrendo na bolsa entre os bancões é o Itaú, que deu uma tacada de mestre ao comprar 49,9% do capital da XP em 2017. O banco deve apresentar um ganho de R$ 1,9 bilhão (antes de impostos) no balanço do quarto trimestre com o IPO da corretora, de acordo com o UBS.

Nada disso, porém, parece animar os investidores. Apenas nos primeiros dias deste ano, as ações preferenciais do maior banco privado brasileiro acumulam queda de 9,13%.

O problema é que, enquanto ganha com a XP, o Itaú perde em outros mercados. No Chile, onde passou a ter uma operação relevante após a compra do Corpbanca, as despesas com provisões feitas após a onda de protestos devem chegar aos R$ 300 milhões, também conforme o UBS.

Está barato, mas…

Com o fraco desempenho, as ações dos bancos negociam hoje com um desconto de 25% em relação ao Ibovespa, nas contas dos analistas do Bank of America (BofA). Então é hora de comprar? Na opinião dos analistas do banco, não.

O BofA inclusive cortou em 8% as estimativas para o lucro dos bancões neste ano. Os analistas também reduziram a recomendação das ações do Itaú para underperform (equivalente a venda) e as do Bradesco para neutra.

Entre as razões para o pessimismo com os resultados está o aumento da alíquota da CSLL cobrada das instituições financeiras – aprovada junto com a reforma da Previdência.

O imposto maior é ruim, mas terá um impacto positivo no quarto trimestre em razão da correção pela nova alíquota dos créditos tributários que as instituições carregam nos balanços.

Outra decisão que vai influenciar negativamente os próximos resultados é o limite imposto pelo Banco Central na taxa de juros cobrada no cheque especial. Em contrapartida, o BC permitiu que os bancos cobrem uma tarifa dos clientes para manter a linha disponível. Mas dos grandes bancos de varejo apenas o Santander decidiu fazer a cobrança.

Os analistas do BofA projetam um aumento de apenas 4% no lucro do banco espanhol e do Bradesco neste ano. Para o Itaú, a estimativa é ainda pior, de queda de 3% nos resultados em 2020.

O Santander Brasil abre a temporada de balanços dos bancões na próxima quarta-feira, dia 29. O Bradesco divulga o balanço no dia 5 de fevereiro. Os números do Itaú saem no dia 10 de fevereiro e os do Banco do Brasil, no dia 13.

A esperança é o crédito

Mais do que os resultados em si, os olhos dos analistas e dos investidores estarão voltados para as projeções que os próprios bancos vão fornecer para o desempenho de suas principais linhas ao longo deste ano.

Uma possível surpresa positiva pode vir das estimativas das instituições para o crescimento do crédito em 2020. Os bancos já vêm acelerando a concessão de financiamentos, principalmente nas linhas mais rentáveis, como o crédito pessoal e linhas para pequenas e médias empresas. O desafio é crescer o suficiente para compensar o efeito da taxa de juros menor.

Outra boa notícia deve vir das despesas com provisões para calotes, que devem se manter controladas diante da tendência de recuperação da economia e da inadimplência em níveis baixos.

Dividendos gordos

Os bancões podem não ser a melhor aposta para o investidor que está em busca de ações de empresas em crescimento. Mas seguem como opção para quem deseja papéis de boas pagadoras de dividendos.

Sem aquisições relevantes no radar, a tendência é que os grandes bancos continuem distribuindo a boa parte dos lucros bilionários aos acionistas.

Pelos cálculos do Bank of America, os bancões devem distribuir quase metade dos lucros em dividendos em 2020, o equivalente a um retorno (dividend yield) 5,7%, acima da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 4,5% ao ano.

Fonte: Seu Dinheiro

Rentabilidade de bancos é a maior em 7 anos e lucro bate recorde, revela BC

Publicado em: 11/04/2019

A rentabilidade dos bancos brasileiros terminou 2018 no maior patamar em sete anos, de acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (11) pelo Banco Central.

O chamado retorno sobre o patrimônio líquido do sistema bancário nacional alcançou 14,8% em dezembro do ano passado. Ao final de 2011 estava em 16,5%.

“Sistema brasileiro não é o mais rentável e nem o menos rentável [do mundo]. Está na média. Está bem próximo dos países emergentes”, afirmou o diretor de Fiscalização do BC, Paulo Souza.

De acordo com o BC, o sistema bancário manteve a trajetória de aumento da rentabilidade no segundo semestre de 2018, alcançando níveis pré-crise.

“Nos últimos dois anos, os bancos públicos apresentaram um ritmo mais rápido na evolução dos resultados, atingindo níveis de rentabilidade mais próximos aos dos bancos privados”, informou o a instituição, no relatório de estabilidade financeira.

Segundo o BC, o aumento da rentabilidade aconteceu, em 2018, apesar da “redução dos resultados de tesouraria [com títulos públicos], e da estagnação das carteiras de crédito corporativas [empréstimos para empresas]”.

Acrescentou que essa alta da rentabilidade pode ser explicada, principalmente, pela redução das despesas de provisão (recursos que têm de ser apartados por conta de inadimplência) e dos custos de captação (queda da taxa Selic), e, também, pelos ganhos de eficiência operacional.

O Banco Central avaliou, entretanto, que há “perspectiva de estabilização das despesas de provisão e do custo de captação” e, por isso, “a trajetória de aumento da rentabilidade tende a perder força”.

Lucro do sistema financeiro

De acordo com o relatório do BC, o lucro líquido dos bancos somou R$ 98,5 bilhões no ano passado e, com isso, bateu recorde da série histórica, que começa em 1994.

“Em termos nominais, é o maior lucro com certeza”, afirmou o diretor de Fiscalização da instituição, Paulo Souza. Segundo ele, o patrimônio do sistema financeiro está na faixa de R$ 800 bilhões.

O diretor explicou que o aumento do lucro líquido dos bancos, no ano passado, está relacionado com o crescimento da carteira de crédito e, principalmente, “com melhora na redução das despesas de provisão, redução na margem com juros na carteira como um todo”.

“O principal fator é de uma redução de R$ 20 bilhões em despesas com provisão [recursos que têm de ser mantidos em caixa para fazer frente a eventuais perdas com inadimplência]”, concluiu.

No ano passado, o lucro dos maiores bancos do país cresceu. É o caso do Bradesco, do Itaú, do Santander, e do Banco do Brasil.

Juros bancários e lucro do sistema financeiro

O aumento da rentabilidade dos bancos brasileiros acontece em um cenário de juros bancários elevados. Apesar de a taxa básica de juros, a Selic, estar no menor patamar da história (6,5% ao ano), as instituições financeiras ainda cobram taxas elevadas.

Em algumas linhas de crédito, os juros são próximos de 300% ao ano. A redução dos juros bancários é considerada um dos desafios da nova equipe econômica.

Bancos

Dados do BC mostram que os quatro maiores conglomerados bancários do país detinham, no fim de 2017, 78% de todas as operações de crédito feitas por instituições financeiras no país. Essas informações sobre concentração bancária ainda não foram atualizadas para o ano de 2018.

Em fevereiro, durante audiência pública no Senado Federal, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o sistema bancário brasileiro não é mais “concentrado” do que em outras economias desenvolvidas, e acrescentou que os bancos do país também são competitivos.

Para ele, inadimplência (35% do spread), os custos operacionais (25%) e os custos financeiros (25%) têm mais peso, no preço dos serviços oferecidos pelos bancos, do que o lucro dos bancos. O presidente do BC declarou que vai “trabalhar fortemente” para reduzir o “spread” e os juros bancários.

Sistema financeiro robusto

Segundo o relatório de estabilidade financeira, o sistema bancário dispõe de capital robusto, em nível e em qualidade, plenamente aderente às regras de Basileia III (nível de capital próprio para poder continuar emprestando recursos a clientes e financiando projetos) e com capacidade para suportar o crescimento da demanda por crédito.

“Os resultados dos testes de estresse de capital [simulações feitas pelo BC de piora do cenário econômico] seguem confirmando a resiliência do sistema bancário, que se mostra capaz de absorver as perdas estimadas em todos os cenários simulados”, acrescentou a instituição.

De acordo com o BC, pesquisa realizada com instituições financeiras demonstra que o mercado “permanece confiante na robustez e na capacidade de o sistema financeiro absorver choques, porém mantém elevada a preocupação com os riscos relacionados ao cenário internacional e à aprovação das medidas necessárias para o equilíbrio fiscal”.

Fonte: Portal G1

Lucro dos bancos privados já soma R$ 28,8 bi no ano

Publicado em: 02/08/2018

Com a economia andando de lado, o ItaúUnibanco, maior banco privado brasileiro, confirmou, ontem, ao divulgar lucro líquido recorrente de R$ 6,419 bilhões no segundo trimestre, com retorno sobre o patrimônio líquido de 21,6%, a posição privilegiada dos bancos na geração de lucros na economia. Com os R$ 6,169 bilhões do primeiro trimestre, o Itaú já acumula lucro de R$ 12,801 bilhões este ano. Um aumento de 3,7% sobre o mesmo período de 2017.

Considerando os R$ 10,263 bilhões de lucros acumulados pelo Bradesco, no semestre (19,8% a menos que o Itaú); e os R$ 5,791 bilhões do espanhol Santander Brasil, na primeira metade do ano, os três maiores bancos privados que atuam no Brasil garantiram às quatro famílias que os controlam R$ 28,855 bilhões. Esse era o orçamento que o Bolsa Família iria distribuir para 39 milhões de famílias brasileiras em 2018. Com o reajuste de 5,67% determinado em junho, o gasto sobe para R$ 30,3 bilhões.

Se considerarmos o lucro do Safra, os bancos privados já embolsaram da sociedade mais do que o governo redistribui no Bolsa Família. Isso sem contar os lucros do Banco do Brasil (a ser conhecido semana que vem) e da Caixa.

O desempenho do Itaú confirma o que Bradesco e Santander já indicaram. Os bancos seguem emprestando pouco para as empresas e explorando mais os créditos de maior rentabilidade para as pessoas físicas. No Itaú, o primeiro semestre registrou queda de 3% para as pessoas jurídicas, sendo de 7,4% a retração das grandes empresas. Para as pequenas e médias empresas houve expansão de 9,8% comparada ao primeiro semestre de 2017. Mas a preferência foi para as pessoas físicas, com aumento de 8,7% nos empréstimos, com destaque para 17,2% nos cartões de crédito (que cobravam juros de 218,27% ao ano no cartão rotativo regular entre 10 e 16 de julho, segundo o Banco Central) e aumento de 9,6% no crédito pessoal (para onde também são direcionadas pessoas que estouram limites de endividamento no cartão), com juros na faixa de 72,70% ao ano no mesmo período de levantamento do BC.

No relatório, o Itaú diz que “o desempenho no trimestre ocorreu em função da maior margem financeira com clientes e do maior ganho com prestação de serviços, além do menor custo do crédito”. De fato, as receitas de tarifas cresceram 9,2% no 2º trimestre em relação a igual período do ano passado, mais do que o dobro da inflação acumulada no período. Só no primeiro semestre, as receitas com tarifas do Itaú somaram R$ 17,254 bilhões.

O banco assinala ainda que “esses efeitos positivos foram compensados por maiores despesas não decorrentes de juros e por menor margem financeira com o mercado. O desempenho ocorreu em função do menor custo do crédito e de maiores receitas com prestação de serviços. Essa performance foi parcialmente compensada pelo efeito do recolhimento de impostos a uma alíquota de 45% enquanto a constituição dos créditos tributários ocorre a uma alíquota da 40% tendo em vista a legislação atualmente em vigor”.

Nos primeiros seis meses de 2018, a redução do custo do crédito está relacionada com a melhora dos indicadores de inadimplência da carteira no Brasil, responsável pela menor despesa de provisão para devedores duvidosos no período. O balanço do Itaú apresenta também operações das subsidiárias da Argentina, Paraguai, Chile, Panamá, Uruguai, Panamá e Colômbia. O banco informa que a inadimplência segue em queda, sobretudo no Brasil, mas, embora declinantes, os índices são duas ou três vezes maiores do que nos países em que atua. Certamente, em função do altíssimo diferencial de juros cobrados aos brasileiros.

Em junho de 2017, a inadimplência média na AL (atrasos acima de 90 dias) era de 1,2%, subiu para 1,6% no primeiro trimestre e caiu para 1,5% no período abril a junho de 2018. No Brasil, apesar de a taxa geral declinar de 3,9% em junho de 2017 (era de 4,2% em abril daquele ano) e descer dos 3,7% em abril para 3,4% em junho último, os níveis são mais do que duas vezes acima dos concorrentes. É o efeito tostines: a inadimplência é menor porque os juros são mais baixos lá fora; ou a inadimplência é alta porque os juros que já são elevadíssimos embutem os riscos da inadimplência? A Febraban, a federação dos banqueiros, diz que a inadimplência pressiona os juros…

Os bons resultados dos bancos refletiram no mercado de ações. Os papéis do Santander subiram 2,47% e ItaúUnibanco PN valorizou 1,45%. Um dos motivos foi a aprovação, sexta-feira, do desdobramento em 50% das atuais 6.536.090.232(*) ações escriturais, sem valor nominal, representativas do capital social, manobra que fará os acionistas receberem uma nova ação para cada já possuídas da mesma espécie.

Fonte: Jornal do Brasil

Bancos reduzem volume de provisões para R$ 80 bi e lucrarão mais em 2018

Publicado em: 20/04/2018

As provisões feitas pelas instituições financeiras (bancos) para cobrir eventuais perdas com devedores recuaram e devem ficar entre R$ 75 bilhões e R$ 80 bilhões em 2018. Se confirmada essa expectativa, será uma redução significativa em relação aos montantes provisionados em 2017 (R$ 92 bilhões) e junho de 2016 (R$ 123 bilhões) e proporcionará uma alta do lucro dos bancos em 2018.

Redução de volume

“A queda da inadimplência proporciona uma redução das provisões, e uma [consequente] melhora no retorno das instituições”, disse o diretor de fiscalização do Banco Central (BC), Paulo Souza, em coletiva realizada ontem sobre a divulgação do Relatório de Estabilidade Financeira (REF) sobre o segundo semestre do ano passado. Segundo o documento divulgado, a rentabilidade dos bancos foi fortemente beneficiada pela queda de R$ 23,3 bilhões nas despesas de provisão entre dezembro de 2016 e igual mês de 2017.

“A redução das provisões deve trazer resultados ainda melhores em 2018. Uma provisão quando revertida praticamente vira lucro”, aponta o professor e coordenador de graduação da Fundação Instituto de Administração (FIA), Rodolfo Olivo.

Na prática, esse recuo no provisionamento dos bancos só é possível com a queda dos calotes. “Houve uma redução da inadimplência e dos ativos problemáticos”, assegurou o diretor de fiscalização do BC.

Em sua apresentação, ele também destacou que já houve uma elevação do retorno sobre o patrimônio líquido (RSPL ou ROE) em 2017. “[O retorno] aumentou em 2017 e está 4 pontos [percentuais] acima da taxa livre de risco. Em 2015, ficava em torno de 6 pontos [acima da taxa livre de risco]”, ressaltou Paulo Souza.

Nos dados do REF, o lucro líquido contábil dos bancos no ano passado recuperou a faixa de R$ 80 bilhões obtida em 2015. Na média, o sistema financeiro reportou 54,8% de seus ganhos em 2017, na forma de dividendos ou de juros sobre capital próprio (JCP), sendo que os bancos privados distribuíram 67% de seus resultados, e as instituições públicas, 28% do lucro líquido.

Concentração nos grandes

Por outro lado, os cinco principais bancos – Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Santander Brasil – totalizaram lucro líquido de R$ 70,1 bilhões no ano passado, cerca de 87% dos ganhos de todo o Sistema Financeiro Nacional.

Os quatro grandes bancos brasileiros, ou seja, excluindo o Santander, concentram 78,5% do crédito e 76,35% dos depósitos. “No mundo todo, o sistema bancário tende a ser concentrado, pois a atividade está muito ligada a ganhos de escala, mas no Brasil, tivemos muitas fusões e aquisições nos últimos 10 a 15 anos, com a saída de estrangeiros”, identificou o professor Rodolfo Olivo.

Na visão do professor de pós-graduação em finanças, investimento e banking da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Alfredo Meneguetti, essa concentração nos principais bancos nacionais só diminuiria se houvesse novamente a entrada de capital estrangeiro para o setor no País.

“O volume de empréstimos por fintechs e cooperativas de crédito é muito pequeno diante do volume das grandes instituições. O governo deveria facilitar a entrada de capital estrangeiro de bancos espanhóis e americanos, mas isto ainda é visto com muita restrição. É uma reserva de mercado”, avaliou Meneguetti.

A professora e coordenadora de cursos de administração e gestão financeira da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), Luciana Maia Campos Machado, contou que o problema da concentração bancária no Brasil se acentuou depois da crise global de 2008.

“Houve uma fuga de depositantes para os maiores. As pequenas instituições tiveram problemas de funding [captação de recursos] e se viram obrigadas a vender suas carteiras de crédito. E tivemos várias fusões no pós-crise”, lembrou.

Na opinião dela, o Banco Central manteve o sistema sólido e seguro nesse processo. “Mas a consequência, pelo aspecto negativo, seria a formação de um oligopólio, o que poderia levar a um aumento dos preços dos serviços e a redução do crédito disponível”, aponta a professora Luciana.

Ela acredita que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) terá um papel importante no investimento em fintechs e na inovação. “Para que se não se prejudique o sistema bancário como um todo”, comentou.

O professor Alfredo Meneguetti lembrou que o tema da falta de competitividade no sistema financeiro é conhecido pelo governo e por organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial, e daí a importância dos bancos públicos. “A Caixa Econômica deverá contribuir mais [para a competividade]. Nessa semana, anunciou uma redução dos juros para o financiamento imobiliário para 9% ao ano e a ampliação do volume de crédito”, completou.

Fonte: Jornal DCI

Bancos lideram lucros no 2º tri entre as empresas de capital aberto

Publicado em: 17/08/2017

O Itaú Unibanco registrou o maior lucro líquido no 2º trimestre de 2017 entre as empresas de capital aberto, segundo levantamento da provedora de informações financeiras Economatica. O banco teve ganhos de R$ 6,01 bilhões no período.

Na sequência, os maiores lucros no 2 trimestre foram os do Bradesco (R$ 3,9 bilhões) e Banco do Brasil (R$ 2,6 bilhões).

Entre as 20 empresas mais lucrativas no período, 6 foram bancos. O setor liderou mais uma vez os ganhos, com a soma dos resultados de 23 instituições totalizando um lucro de R$ 16 bilhões, uma alta de 5,6% frente ao 2º trimestre de 2016.

Considerando os resultados de 309 empresas com capital aberto que já divulgaram seus balanços, o lucro consolidado no 2º trimestre foi de R$ 24,4 bilhões, valor 13,2% inferior que o do mesmo período de 2016 quando as mesmas empresas registraram R$ 28,1 bilhões.

O levantamento não considera os resultados da Eletrobras, Vale SA e Oi, em razão da disparidade dos números do 2º trimestre com os do mesmo intervalo do ano passado. O cálculo também não considera o lucro da JBS, cujo balanço ainda não foi auditado.

Maiores prejuízos

Na outra ponta, a Oi registrou o maior prejuízo no 2º trimestre, com perdas de R$ 3,27 bilhões, seguida por Biosev (R$ 577 milhões) e Log-in (R$ 559 milhões).

O setor de construção foi o que somou a maior perda, totalizando um prejuízo consolidado de R$ 1,56 bilhão, seguido por Transportes e Serviços (R$ 654,4 milhões).

Fonte: Portal G1