BB: cidade do Maranhão se mobiliza contra fechamento de única agência

Publicado em: 25/02/2021

O fechamento de mais de 360 agências do Banco do Brasil no país e o programa de demissão de 5.000 funcionários, medidas anunciadas em janeiro pela direção do banco, irão, caso sejam levadas adiante, causar forte impacto nos municípios, especialmente aqueles mais pobres, com menor assistência bancária e necessidade de acesso a pequenos créditos.

“Essas medidas vão enfraquecer ainda mais a atuação do Banco do Brasil, especialmente nas pequenas cidades, onde são mais necessárias as ações sociais, de fomento ao desenvolvimento e combate às desigualdades”, diz o presidente do Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA), Eloy Natan.

O município de Governador Archer, localizado a 310 km da capital São Luís é um exemplo do caos que poderá ser provocado com o fechamento de agências em pequenas cidades do país.

A população se uniu ao sindicato em defesa da manutenção da única agência da cidade, que sequer vai receber posto de atendimento. Para ter acesso aos serviços bancários, será necessário percorrer quase 40 quilômetros até o município mais próximo.

Os próprios moradores abraçaram a causa, em reconhecimento aos impactos que irão sofrer e coletaram mais de 1.600 assinaturas, entregues ao sindicato. É o que explica a pequena comerciante Saldanha Maria Monteiro, moradora de Governador Archer e cliente do banco há mais de 22 anos.

“Alguns comerciantes irão fechar, porque não haverá circulação de dinheiro na nossa cidade, irá causar prejuízos a pessoas idosas e deficientes que precisarão se deslocar até outras cidades para realizar um saque. Eu sou cliente há mais de 22 anos e é uma agência que sempre trabalhou corretamente. Não há necessidade para o fechamento de uma agência que ajuda as pessoas da sua cidade e que gera economia para a nossa cidade”, defende Monteiro.

Para atuar junto à população, ao sindicato e demais entidades, foi criada também a “Frente Parlamentar Contra o Fechamento das Agências Bancárias no Maranhão”, de autoria do deputado estadual Marco Aurélio (PCdoB), com o apoio de outros 23 deputados estaduais.

O deputado explica que com a falta de acesso às ferramentas digitais, além de prejudicar a população, o deslocamento a outros municípios vai impactar diretamente a economia da região.

“Quando a pessoa vai fazer uma atividade de movimentação financeira em outra cidade, automaticamente ela já tende a consumir lá, dificultando o comércio na outra região. É algo que prejudica diretamente toda a população, para além dos servidores”, afirma o parlamentar.
Caso de Justiça

Em resposta a uma ação civil pública do Sindicato dos Bancários do estado, foi do Maranhão a liminar provisória que impediu o fechamento de qualquer unidade do Banco do Brasil durante a pandemia, decisão válida para todo o país.

Expedido pelo juiz Douglas de Melo Martins no dia 3 de fevereiro, o documento mantinha a decisão “enquanto perdurarem as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância nacional de que trata a Lei nº 13.979/2020.”

No entanto, no dia 11 de fevereiro, o desembargador Guerreiro Júnior, também do TJ-MA, suspendeu a liminar e autorizou a continuidade do processo de reestruturação do banco, que inclui o fechamento de agências e demissão de funcionários, sob a alegação de que a suspensão geraria “danos financeiros irreparáveis.”

Para o SEEB-MA, a justificativa não se sustenta, uma vez que o Banco do Brasil registrou lucro de R$ 13,9 bilhões em 2020, em pleno ápice da pandemia.

“Ao nosso ver essa decisão é absurda, tendo em vista que o Banco do Brasil e os bancos em geral têm obtido lucros bilionários ano após ano. Mesmo durante a pandemia, os ganhos dos bancos são superiores a qualquer setor da economia. Então estamos buscando o recurso ao Tribunal de Justiça, buscando reverter essa decisão”, diz o sindicalista Eloy Natan.

O sindicato promete recorrer da decisão do desembargador, com um recurso ao TJ-MA, na expectativa de que o pleno de desembargadores possa reverter a decisão. Além disso, conta com o fortalecimento de alianças com mandatos parlamentares, com a Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (FAMEM) e também outros órgãos de defesa dos interesses da população.

Esse é o propósito também da Frente Parlamentar Contra o Fechamento das Agências Bancárias no Maranhão, que garante atuação junto à bancada federal maranhense, a fim de unir forças pela reversão do fechamento das agências frente ao governo Bolsonaro.

“A gente acredita sim, que é possível reverter essa decisão do Governo Federal, sobretudo com o envolvimento da sociedade civil organizada, dos poderes. A gente se abraçar e abraçar essa causa, mostrando que ela é fundamental para o desenvolvimento do nosso estado”, conclui o deputado Marco Aurélio.

Fonte: Rede Brasil Atual

Governo maranhense e BB discutem ampliação de investimento na agricultura familiar

Publicado em: 23/01/2019

O governador Flávio Dino recebeu, no Palácio dos Leões, na manhã desta segunda-feira (21), o superintendente do Banco do Brasil no Maranhão, Alison Aguiar. Durante a visita, foi discutida a ampliação dos investimentos em agricultura no estado, como linhas de crédito que atendam, principalmente, os pequenos produtores.

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“O Governo do Maranhão tem um programa de apoio aos pequenos produtores que está totalmente alinhado com o programa do Banco do Brasil. O objetivo é que a gente possa subsidiar e apoiar os agricultores familiares do estado, para que possam desenvolver suas propriedades, fortalecer a economia local e gerar emprego”, disse Alison Aguiar.

Em parceria com o Governo do Maranhão, o Banco do Brasil, também, pretende ampliar o Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf ), que fornece crédito aos agricultores familiares. Segundo Aguiar, o banco está trabalhando para identificar novas cadeias produtivas que podem receber fomento, principalmente, em regiões mais carentes, como a Baixada Maranhense e o Baixo Parnaíba.

“Queremos estar mais próximos de cadeias produtivas de pesca, mandioca e frutas. O projeto que temos pretende identificar em cada região qual a produção essencial para fomentar justamente a cultura local”, garantiu Alison Aguiar.

Atualmente, o Pronaf possui operações no Maranhão na ordem de R$ 674 milhões, beneficiando mais de 15 mil famílias e atendendo projetos nas cadeias produtivas de carne, couro, leite, arroz e aquicultura.

Participaram da reunião o senador diplomado Weverton Rocha; o secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares; o subsecretário de Planejamento, Marcelo Duailibi; o superintendente regional de Varejo do Banco do Brasil, Carlos Mohabe Guedes; e os gerentes Daniel Montelo e Helton Paz.

Fonte: Governo do Maranhão

Visita de executivos do BB discute fortalecimento da produção rural no MA

Publicado em: 07/11/2018

Com vistas a estreitar parceria e fortalecer ações de desenvolvimento da agropecuária no Maranhão, diretores dos sistema Faema/Senar, se reuniram com executivos do Agronegócio do Banco do Brasil essa semana. O encontro foi liderado pelo presidente Raimundo Coelho, que dentre diversas pautas, destacou a necessidade de expansão de programas que atendam as comunidades rurais maranhenses com incentivo à produção agropecuária com vistas à melhoria da qualidade de vida.

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Falou na oportunidade dos programas em desenvolvimento em todo o estado, incluindo o programa Mais Produção do Governo do Estado, executado pelo Senar que atende nesta segunda etapa 1.770 propriedades nas cadeias de carne e couro, arroz, aquicultura, hortifruticultura, leite e suinocultura.

“Compareceu aqui o gerente de negócios da superintendência do Banco do Brasil, e nós discutimos o fortalecimento da parceria, quando na ocasião apresentamos o nosso trabalho de assistência técnica e gerencial (ATeG) e seus resultados em todo o Estado”, frisou Coelho, após o encontro.

Para o gerente de mercado da Superintendência Estadual do Maranhão, Bruno Chaves de Oliveira, o objetivo maior da reunião com os diretores desta entidade, foi o estreitamento de relacionamento com vistas ao apoio ao fomento para a cadeia produtiva do agronegócio do Maranhão.

“O Senar é um importante parceiro do Banco do Brasil e nós precisamos efetivar esse convênio em busca de fomento e melhoria para o homem do campo”, disse Oliveira elogiando a boa receptividade e o repasse pela equipe do sistema Faema/Senar de informações importantes que subsidiará para um novo patamar nessa relação e na melhoria da cadeia produtiva do estado.

Participaram da diretoria do sistema Faema/Senar além de Raimundo Coelho, o superintendente do Senar, Luiz Figueirêdo, o gerente técnico, Carlos Antônio Feitosa, o gerente de ATeG, Epitácio Rocha e o diretor-tesoureiro da Faema, Lourival Costa.

Fonte: Faema

Justiça suspende fechamento de agências no Maranhão

Publicado em: 02/12/2016

O Banco do Brasil não poderá mais fechar agências no Estado do Maranhão. O fechamento de 13 agências foi suspenso após a Justiça deferir liminar em ação civil pública requerida pelo Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor do Maranhão (Procon/MA). Em nota, a instituição afirma que vai recorrer da decisão.

O encerramento das atividades das unidades faz parte do plano de reestruturação anunciado em 21 de novembro pelo presidente do banco, Paulo Cafarelli. De abrangência nacional, com agências sendo fechadas em todos os Estados brasileiros, a medida também prevê um plano voluntário de aposentadoria para 18 mil funcionários.

Na liminar, o magistrado titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Douglas Martins, determina o pleno funcionamento das agências maranhenses, vetando, ainda, sua redução a postos de atendimento. O banco deverá apresentar relatório evidenciando a motivação, os impactos econômicos e a adequação das mudanças ao plano de negócios e à estratégia operacional da instituição.

Além disso, o Banco do Brasil precisará apontar quais os serviços deixariam de ser prestados nos postos de atendimento e quais continuariam a ser oferecidos, além de informar quais providências estão sendo ou foram tomadas para não gerar impacto negativo aos consumidores. A instituição também deve apresentar o número de funcionários, atendimentos realizados em 2016 e clientes das agências que serão reestruturadas no Estado.

De acordo com o Procon, a decisão de encerrar as atividade de determinadas agências fere o direito do consumidor. “É uma alteração unilateral do contrato, ou seja, o descumprimento do serviço essencial por parte da instituição bancária, sem qualquer consulta aos correntistas das agências. Dessa maneira, o fornecedor descumpre o artigo 51 do Código de Defesa do Consumidor, prejudicando os usuários do serviço.”

Para o presidente do Procon-MA e diretor dos Procons Nordeste, Duarte Júnior, a determinação do Banco do Brasil  não condiz com o lucro obtido pelo banco. “Mesmo com lucros bilionários, o Banco do Brasil prefere fechar agências do que investir na melhoria e humanização do atendimento. Temos pleno conhecimento que o princípio da livre iniciativa é essencial para a ordem econômica, assim como os direitos básicos do consumidor”, afirma.

Somente entre 2015 e 2016, as fiscalizações do Procon geraram multas num total de R$472 mil para as agências que devem ser fechadas no Maranhão. Demora demasiado no atendimento, grandes filas e falta de dinheiro no caixa eletrônico foram algumas das causas. “É contraditório acreditar que o consumidor maranhense não será afetado com o fechamento de agências, que são também utilizadas para recebimento de benefícios sociais”, afirma a instituição em nota divulgada à imprensa.

Em seu requerimento, o Procon-MA também aponta que o investimento em atendimento digital sugerido pelo Banco do Brasil não é suficiente e condizente à realidade do Estado, onde apenas 9,8% dos domicílios têm acesso à internet, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “A economia local será afetada, principalmente nos municípios do interior do estado, onde não existe grande quantidade de agências à disposição e o dinheiro em espécie ainda é mais utilizado que cartões de débito ou crédito”, destaca o presidente do Procon-MA.

De acordo com a decisão judicial, caso o fechamento das agências não seja suspenso, o banco pode ser condenado a pagar a quantia de R$ 40 mil em danos morais coletivos.

Em nota, o Banco do Brasil afirma que nenhum município ficará sem assistência e que as contas dos clientes nas agências que serão fechadas serão transferidas automaticamente para outras agências.

Confira a íntegra da nota enviada pelo Banco do Brasil ao ‘Estado’:

“O Banco do Brasil informa que irá recorrer da decisão da justiça maranhense e que vai prestar todas as informações necessárias sobre as medidas de reorganização institucional. O BB esclarece que nenhum dos municípios em que está presente atualmente ficará desassistido. As contas dos clientes das agências encerradas serão transferidas para agências próximas, de forma automática, sem que os clientes necessitem realizar qualquer procedimento adicional. Os clientes poderão manter seus cartões e senhas para transações, mesmo que haja alteração no número da conta.

Canais diversificados irão disponibilizar todas as informações necessárias, como o hotsite www.bb.com.br/novoatendimento, SMS, aplicativo para celular, terminais de autoatendimento, além de correspondências, contato dos gerentes e cartazes nas agências. Equipes de funcionários foram treinadas exclusivamente para essa comunicação e atendimento. O Banco também divulgou telefones exclusivos para atendimento aos clientes sobre mudanças de agência: 0800 729 5282, com funcionamento de segunda a sexta-feira, de 8h às 22h.

Além dos pontos físicos, o BB oferece a maioria das transações pelo aplicativo para celular e Internet – canais que mais crescem hoje na preferência dos usuários -, Central de Atendimento por telefone e nos terminais de autoatendimento próprios e da Rede 24Horas, além de correspondentes bancários. No Estado do Maranhão, o BB continua com a maior rede de atendimento. São 105 agências e 51 postos de atendimento bancário.”

Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,justica-suspende-fechamento-de-agencias-do-banco-do-brasil-no-maranhao,10000091479