Banco do Brasil incentiva funcionários a criarem startups

Publicado em: 20/12/2016

O Banco do Brasil abre suas portas, mais uma vez, para a inovação e empreendedorismo, desta vez exclusivamente para seus funcionários. O Action BB, evento que ocorre nessa semana, em Brasília, representa uma trilha de negócios digitais, e reúne 70 funcionários que já propuseram soluções criativas para produtos e serviços do Banco.

Mais de 400 soluções foram inscritas para participar do evento, que funciona como um encontro de “startups internas”. Dessas, 70 foram escolhidas e seus próprios autores selecionaram as 15 melhores, para poderem ser incubadas e desenvolvidas. As ideias passam por diversas áreas do Banco do Brasil, como crédito imobiliário, capitalização, investimentos, educação financeira e seguridade, por exemplo.

Os funcionários do BB se dividem em equipes, de 4 a 5 pessoas, e já utilizam ferramentas, como Lean Startup, Business Model Canvas e Customer Development. Para apoiá-los nesse desafio, mentores com experiência em diversas áreas (marketing, tecnologia, experiência do usuário, negócios, estratégia, etc.) estão, durante todo o evento, conversando com as equipes e orientando-as para a construção dos projetos e desenvolvimento das ideias.

Hoje, 8, as soluções serão apresentadas para uma banca formada por: Marco Mastroeni, diretor de negócios digitais do BB; José Caetano Minchillo, diretor de gestão de pessoas, e Gustavo Fosse, diretor de tecnologia. Até cinco ideias serão selecionadas e a equipe campeã será premiada com 200 mil pontos do programa de relacionamento “Ponto pra Você” do BB, para cada funcionário.

“Além de disseminar a cultura digital dentro da organização, o Action insere cada vez mais o banco como protagonista em um mundo de economia compartilhada, abundância de recursos em diversas esferas, crescimento exponencial de tecnologias e atitudes empreendedoras. Permite que todos, independente de função ou cargo, proponham soluções inovadoras que facilitem e transformem a vida das pessoas”, explica Marco Mastroeni, diretor de negócios digitais do BB.

Fonte: http://www.bb.com.br/pbb/pagina-inicial/imprensa/n/54035/banco-do-brasil-promove-a-criacao-de-startups-internas#/

Banco do Brasil vai buscar inovação no Vale do Silício

Publicado em: 02/12/2016

Conectar-se a startups para acelerar o ritmo da inovação tem sido uma palavra de ordem para os bancos. Entre as maiores instituições nacionais, Itaú e Bradesco já vêm trabalhando há pelo menos um ano com o Cubo e o InovaBra, respectivamente. Ambos são programas de apoio a companhias novatas. Agora, o Banco do Brasil (BB) entrou no jogo.

O banco estatal montou um escritório no Vale do Silício, na Califórnia. No escritório, instalado em uma incubadora na cidade de Sunnyvale – lar de empresas como Yahoo, AMD e NetApp -, equipes de até cinco funcionários poderão desenvolver, ao longo de três meses, projetos de novos produtos e serviços que poderão ser usados internamente pelo banco, ou oferecidos aos seus clientes.

Segundo Marco Mastroeni, diretor de negócios digitais do BB, a ideia é levar quatro turmas para o Vale por ano. “Não é vida de turista, é uma imersão no ambiente. Eles participam de eventos de outras startups, têm que ir ao supermercado, administrar o orçamento do projeto”, conta o executivo. O primeiro grupo de funcionários foi para o BB Labs, como é chamada a iniciativa, no meio do ano e já voltou. Outra turma está lá neste momento.

Por que o banco resolveu investir nos EUA? A resposta tem relação com a natureza da instituição. Por se tratar de uma empresa pública, o BB tem restrições para investir ou se associar a startups. O relacionamento só pode ser estabelecido por meio de licitação ou se o banco comprar o controle de uma companhia – o que colocaria a empresa iniciante sob os processos de um grupo com mais de 100 mil funcionários. O risco é que isso poderia matar a inovação. O banco também está impedido de contratar profissionais sem concurso, por isso, é preciso capacitar o próprio quadro de funcionários.

Nos EUA, as equipes têm maior liberdade para experimentar novas tecnologias e modelos. Depois de validadas, as ideias têm sua viabilidade avaliada em termos de compatibilidade com os sistemas do banco e o ambiente regulatório local.

O BB Labs faz parte de uma iniciativa mais ampla do banco para estimular o empreendedorismo entre seus funcionários – o chamado intraempreendedorismo. Tudo começa por um programa batizado de Pensa, que visa estimular a geração de novos processos, produtos e serviços. No ano passado, foram mais de três mil propostas. Em 2016, até o momento, o número passa de cinco mil.

As ideias passam por uma série de avaliações internas e as mais promissoras seguem adiante. “É um modelo inspirado no ciclo de vida das startups, onde acontecem as validações dos investidores. As várias etapas ajudam a consolidar as ideias”, diz Mastroeni. “Leva tempo para acontecer, mas o fator multiplicador é muito forte; acende novas coisas na cabeça das pessoas”, diz.

Fonte: Valor Econômico