Em mesa de negociação mediada pela FEBRABAN na última segunda-feira, dia 8, diretores do SindBancários de Porto Alegre e Região e Fetrafi-RS e representantes do Banco do Brasil conversaram acerca do Programa Performa e suas consequências. Também esteve em pauta a VTVF (Verba Temporária Variável de Função), criada em substituição ao VR (Valores de Referência).
Implementado no início de 2020, o programa Performa extinguiu a função avançada para a gerência média, criando um novo VR para diversos cargos, com a garantia de não haver perdas salariais. No entanto, com o passar do tempo, segundo o movimento sindical, a verba que mantinha o salário daqueles que tiveram novo VR de função com valor reduzido, a VTVF passou a ser decrescida proporcionalmente, conforme as demais verbas salariais eram reajustadas. Assim como o avanço do mérito passou a ser contado de forma mais lenta em função do deságio da função nova em comparação com a anterior, bem como a PLR e demais programas com base no VR.
Após diversas mesas de negociação infrutíferas com o Banco do Brasil desde 2020, as entidades representativas dos bancários montaram uma ação judicial e encaminharam ofício em cumprimento da cláusula 67 da CCT, cuja resposta da FENABAN deu origem à mesa desta segunda.
Paralelamente, houve a primeira mesa de negociação presencial em 2023 entre a Comissão dos Empregados do Banco do Brasil e a nova equipe do banco, que assumiu em 20 de abril deste ano. Conforme a diretora da Fetrafi-RS, Priscila Aguirres, a representação do BB ouviu os questionamentos e se comprometeu a fazer o levantamento e rever os estudos que originaram o Performa para avaliar possibilidades. Na ocasião, foi marcada para 11 de setembro uma reunião específica para tratar deste tema.
“Da nossa mesa desta semana saiu o compromisso do Banco do Brasil de dar prosseguimento ao acordado em mesa de negociação com a Comissão de Empresa dos Empregados do Banco do Brasil, trazendo atualização em nova mesa mediada pela FENABAN no dia 12 de julho”, informou a dirigente.
Conforme o representante da Diretoria Jurídica, Ronaldo Zeni, o Sindicato dos Bancários de Porto Alegre e Região aguarda o encerramento da mediação para o atendimento das demandas de manutenção das perdas originadas pelo Programa Performa. “Na sua impossibilidade, a entidade fará o encaminhamento para a judicialização do pleito”, afirma o diretor.