Bradesco muda alta cúpula e reduz número de vice-presidentes

Publicado em: 16/01/2019

O Bradesco anuncia nesta segunda-feira, 14, mudanças importantes em sua alta cúpula e na divisão de negócios. Serão estabelecidas quatro vice-presidências, reduzindo o número atual – seis – com foco nos segmentos de varejo, atacado, alta renda e operações e tecnologia.

Além disso, dois executivos que hoje ocupam cadeira de vice-presidente passam a se dedicar exclusivamente ao Conselho de Administração, segundo fontes. São eles: Maurício Minas, de Tecnologia e Operações, e Josué Augusto Pancini, responsável por Rede. Ambos acumulam desde março de 2018 o cargo de membro do Conselho de Administração do banco.

Para a nova estrutura de vice-presidências, o Bradesco deve anunciar, segundo fontes, Marcelo Noronha para tocar a área de atacado; Eurico Fabri deve liderar o varejo; Cassiano Ricardo Scarpelli ficará com o segmento de alta renda e André Cano com operações e tecnologia, respondendo ainda por jurídico e recursos humanos. Eles já ocupam cargos de vice-presidente atualmente. O quarteto será responsável por ajudar o Bradesco e recuperar o posto de segundo banco mais rentável do Brasil entre as grandes instituições de varejo, perdido para o Santander Brasil em meio à integração do HSBC.

Ao final de setembro último, a instituição, segunda maior privada do País em ativos, apresentava retorno (ROE, na sigla em inglês) de 19,0%. Santander, com 19,5%, e Itaú Unibanco, com 21,3%, ocupam a segunda e primeira colocações no ranking de rentabilidade, respectivamente. “O ano de 2019 será um ponto de partida para melhora do indicador (retorno), e não de chegada”, disse o presidente do Bradesco, Octavio de Lazari, em conversa recente com a imprensa, ao comentar a rentabilidade do Bradesco.

Foco

A nova composição da vice-presidência do Bradesco também vai em linha com o discurso do executivo que tem reforçado ao mercado o foco em três linhas de atuação: varejo, atacado e alta renda. A quarta, de operações e tecnologia, atuará como suporte às áreas de negócios da instituição.

Essa é a primeira grande mudança que o Bradesco anuncia em seu quadro na gestão de Lazari, que assumiu o comando da instituição em março do ano passado, substituindo Luiz Carlos Trabuco Cappi, que passou a presidir o Conselho de Administração. Além disso, a nova estrutura se assemelha à do concorrente Itaú Unibanco, que detém duas diretorias gerais, de varejo e atacado, e três vice-presidências: tecnologia; jurídico, pessoas e marketing; e controle de riscos e finanças.

São esperadas ainda, segundo fontes, subidas nos cargos abaixo da diretoria executiva do banco. Na última sexta-feira, o Bradesco anunciou a saída de Denise Pavarina da diretoria de Relações com Investidores. Informou ainda que a executiva deixou o cargo por motivos pessoais e que o vice-presidente André Cano acumularia o cargo. Denise foi primeira mulher a ocupar cargo na diretoria executiva do banco.

Além dela, outra baixa na diretoria foi a de Aurélio Guido Pagani, segundo fonte. O Bradesco, que anuncia seus resultados anuais de 2018 em 31 de janeiro, soma R$ 1,357 trilhão em ativos totais e uma carteira de crédito de mais de R$ 520 bilhões. Procurado, o banco não comentou.

Fonte: Exame

Depois dos ajustes nas agências, BB anuncia corte em cargos de direção

Publicado em: 01/02/2018

Os funcionários que trabalham na sede do Banco do Brasil amanheceram com uma notícia preocupante. A instituição anunciou aos servidores, nesta quinta-feira (1º/2), um novo corte no quadro. Depois dos ajustes nas agências ocorridos no mês passado, o BB fará mudanças na direção-geral, que passará a ter o menor número de servidores dos últimos anos, “representando 8,3% da capacidade operacional do BB”, segundo o comunicado.

As mudanças envolvem funções de gerentes-gerais de unidades estratégicas, gerentes-executivos, de divisão e de equipe, além de assessores. “Em alguns casos, adequam a estrutura aos cortes orçamentários promovidos em unidades estratégicas e diretorias”, informa o texto da Gestão de Pessoas.

Para efetivar a medida, o BB reabrirá, por mais 19 dias, o Programa de Adequação de Quadros. Os interessados poderão aderir ao PAQ da próxima segunda-feira (5/2) até 23 de fevereiro. Os desligamentos ocorrerão a partir de março. “Além dos funcionários das unidades estratégicas que ocupam funções em excesso, servidores da rede, na mesma condição, também terão nova chance para aderir ao programa”, explica a instituição na intranet.

Uma fonte revelou à coluna que circulavam muitos boatos sobre as alterações entre funcionários, mas ninguém tinha certeza de que isso ocorreria. “Depois que divulgaram a readequação para as agências, ninguém esperava que também saísse para a sede”, disse o servidor. “Tem gente que vai ter redução de quase R$ 5 mil”, estimou.

Segundo o BB, a medida está alinhada a movimentos anteriores que visam a sustentabilidade da instituição “em um mercado em transformação, altamente competitivo e desafiador.”

O diretor de Estratégia e Organização do Banco do Brasil, Carlos Netto, diz no comunicado que a revisão da amplitude de comando e o ajuste nos quadros reforçam “o maior foco naquilo que é de fato estratégico para o BB, evitando dispersão de esforços em temas desalinhados com a estratégia corporativa”.

Fonte: Portal Metrópoles

BB anuncia novidades para cliente agro, com destaque para o BB Agro Digital

Publicado em: 06/01/2017

Dentre as medidas, destaque para o BB Agro Digital, aplicativo de celular e internet que pretende liberar recursos para o produtor sem precisar ir ao banco.
Entrevistado do Direto ao Ponto deste domingo, dia 1, o novo vice-presidente de Agronegócio, Tarcísio Hubner, acredita que 2017 será um bom ano para a agricultura e pecuária. Afirma ainda: o maior desafio é melhorar a experiência do produtor rural com a instituição financeira.

Hoje, a carteira de crédito do agronegócio do BB gira em torno de R$ 179 bilhões. Hubner tem 34 anos de banco, trabalhou em capitais agrícolas como Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e foi empossado no fim de 2016.

De acordo com ele, o produtor terá novidades em 2017, sobretudo com o uso da tecnologia a favor da emissão de créditos. “Hoje, o nosso cliente produtor rural consegue visualizar todo o seu relacionamento com o agronegócio através do mobile e da internet, mas está sendo desenvolvido o projeto do BB Agro Digital, com o foco na liberação de recursos, sem perder a segurança”, afirma.

A ideia é simplificar os processos, dentro das possibilidades dadas pelo Manual do Crédito Rural. Segundo Hubner, haverá diversos custeios e será observado o perfil e a fidelidade do produtor, no que tange à burocracia de análise de crédito. Outra novidade, que inclusive já está sendo aplicada nesta safra, é o estabelecimento de um teto para a taxa de juros, fixada em 12,75% para os recursos.

Não há limites para empréstimo e o valor está dentro da Letra de Crédito do Agronegócio (LCA). “O LCA se mostrou um produto de um crescimento expressivo nos últimos anos. O Banco do Brasil tem hoje uma carteira em torno de R$ 130 bilhões, parte disso aplicado no agronegócio.”

Os estados do Centro-Sul são os mais atendidos pelo Banco do Brasil. Em segundo lugar, vem o Centro-Oeste, local onde há um crescimento de demanda. Todavia, de acordo com Hubner, há uma mudança no perfil: no Sul, por exemplo, as pequenas propriedades estão se destacando. Lá, o BB está investindo em parcerias de tecnologia para atender os produtores. Nesta safra, de julho até novembro, já foram feitas 44 mil operações.

Seguro Rural

Questionado sobre as garantias que o produtor precisa deixar no banco na hora da negociação, Hubner afirma que o seguro rural não é obrigatório, mas está disponível, pois é necessário analisar o capital que está em risco. Quando não se faz o seguro, outras modelagens são discutidas, caso a caso. Vale lembrar, segundo Hubner, que o diálogo com o produtor também é um canal para a renegociação de dívidas e atendimento das demandas individuais.

“Nós temos uma situação econômica que é preciso estar atento. Segundo, nós tivemos, pelos dados da Conab, uma queda na produção em função da estiagem. Então é preciso ter a modelagem de risco, porque a capacidade de pagamento de alguns produtores pode estar mais apertada”, reitera.

Na última safra, o Banco do Brasil indenizou cerca de R$ 1 Bilhão em seguro e mais de R$ 260 milhões em Proagro, Programa de Garantia da Atividade Agropecuária. O maior pagamento foi no estado de Goiás e o segundo, em Mato Grosso. “Onde nunca tivemos problema, tivemos o maior número de indenizações”, explica.

Mesmo com os problemas da safra passada, o vice-presidente é enfático em dizer que “analisa-se a conjuntura, mas, de forma alguma, se fecha a carta de custeios.” Para Hubner, é preciso produzir para pagar as dívidas adquiridas.

Fonte: Canal Rural

Quais são as apostas dos grandes bancos para o Brasil durante o “difícil” ano de 2017?

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O ano de 2017 mal começou, mas o otimismo comum no início do ano parece não ter lugar no Brasil: a euforia pós-impeachment de Dilma Rousseff, que trouxe perspectivas de políticas mais pró-mercado e menos intervencionistas, vem dando lugar para projeções cada vez piores para o crescimento do PIB brasileiro em 2017, conforme apontam o Boletim Focus do Banco Central semana após semana. Como a Bolsa “antecipou” boa parte dessa retomada, deixou de ser um consenso entre os analistas a crença de continuidade do rali do Ibovespa, que subiu 38,94% no ano passado – seu melhor desempenho desde 2009. Cabe destacar que ele fechou dezembro em 60.227 mil pontos, patamar 5.064 pontos abaixo da sua máxima do ano (65.291 pontos), alcançada em 1º de novembro.

Coloque na conta também a imprevisível política a ser adotada por Donald Trump e a imponderável Lava Jato e temos em 2017 um combo de grandes incertezas dentro de um cenário econômico recessivo (não, não estamos falando de 2016). Um alento diante disso tudo: o Copom deve acelerar o ciclo de cortes da taxa de juro brasileira e as privatizações devem finalmente sair do papel. Por outro lado, é mais do que provável que o Federal Reserve suba ainda mais os juros nos EUA por conta da política fiscalmente expansionista de Trump – e quanto maior os juros lá fora, menos interessante fica correr o risco de ficar no Brasil.

GBM: o que melhorou, já está precificado
O grupo mexicano GBM (que espera uma leve variação positiva de 0,1% do PIB no ano que vem), acredita que a forma mais segura de se expor ao Brasil e se beneficiar da devagar melhora econômica é focar em exportadoras e nomes defensivos, que foram muito menos impactados pela onda de otimismo que agora parece ter cessado. Apesar de ver avanços para o Brasil, o GBM tem perspectivas mornas para a Bolsa: “as coisas estão melhorando, mas não tanto quanto já está precificado”.

O GBM destaca cinco ações como as melhores opções de investimento em 2017: as ações favoritas da instituição são Braskem (BOV:BRKM5), Copel (BOV:CPLE6), Gerdau (BOV:GGBR4), JBS (BOV:JBSS3) e Vivo (BOV:VIVT4). Com relação à companhia elétrica, os analistas apontam o portfólio bem diversificado e uma das poucas que não tem todo o seu portfólio de geração contratado. Isso permitirá que a companhia tire vantagem de possíveis mudanças regulatórias.

Já sobre a Gerdau, os ganhos de lucratividade são apontados como mais positivos com volumes mais altos e custos diluídos, especialmente no Brasil e nos EUA. De acordo com os analistas do GBM, uma potencial mudança na economia brasileira pode guiar uma recuperação nos volumes, além das melhores expectativas principalmente por conta das promessas do presidente eleito dos EUA Donald Trump para investimento em infraestrutura, o que deve impulsionar a demanda. Além disso, uma série de desinvestimentos deve ser anunciada, removendo operações ineficientes. Enquanto isso, a Vivo é apontada como uma das mais valorosas empresas do setor de telecomunicações, sendo negociada com múltiplos abaixo de seus pares latino-americanos. A companhia apresenta um balanço sólido e está em um setor resiliente; além disso, o novo regime regulatório pode ser a “cereja do bolo” para a empresa.

Credit Suisse: Brasil abaixo da média
O Credit Suisse cortou em dezembro a recomendação para as ações do país de neutra para underweight (exposição abaixo da média) na América Latina, o que na prática significa: exponha-se no Brasil abaixo da média que você tem na região. O banco vê cautela com o cenário de curto prazo.

Apesar da recomendação, o banco projeta o Ibovespa em 68.000 pontos em 2017, o que representa um potencial de alta de 15% frente ao fechamento de 2016, mas faz um alerta: boa parte desse ganho virá no segundo semestre. Para os analistas Andrew Campbell e Otávio Tanganelli, do banco suíço, essa alta só virá com mais força no segundo semestre do ano que vem, por conta de uma ampla revisão de lucros e crescimento, maior certeza em relação à uma recuperação da macroeconômica, mais segurança com os avanços das reformas fiscais e uma confirmação de um cenário mais construtivo para os preços das commodities.

Desta forma, os analistas reforçam que as ações mais atreladas ao PIB devem sofrer mais, enquanto papéis com lucros resilientes devem performar melhor. As melhores posicionadas são AmBev (BOV:ABEV3), São Martinho (BOV:SMTO3), Raia Drogasil (BOV:RADL3), Fleury (BOV:FLRY3), Cielo (BOV:CIEL3), Telefônica, Smiles (BOV:SMLE3), BR Malls (BOV:BRML3), Iguatemi (BOV:IGTA3), Sabesp (BOV:SBSP3) e Engie (BOV:EGIE3), de acordo com o banco suíço.

Corroborando com a visão underweight para o Brasil, os estrategistas apontam 4 papéis do país dentre 6 do portfólio de 6 da América Latina para montar posição short (ou vendida, apostando na queda do papel). As ações são: Marcopolo (BOV:POMO4), Natura (BOV:NATU3), Odontoprev (BOV:ODPV3) e CSN (BOV:CSNA3).

Santander: otimista com bancos e Petrobras
Já para os grandes bancos brasileiros, o cenário para a Bolsa traz mais ânimo do que apreensão, com as equipes de investimento do Santander, Itaú BBA e BB Investimentos tendo perspectivas mais positivas para diversos segmentos. O cenário para 2017 mostra-se desafiador e de baixo crescimento, mas o Santander apontou em seu relatório de perspectivas que há motivos para ficar otimista com alguns setores, caso do financeiro.

“Temos sido otimistas a respeito dos bancos brasileiros desde o início de 2016”, ressalta o Santander. Ao analisar 2017, a expectativa positiva é mantida com possíveis revisões para cima nas projeções de resultados do mercado, devido a: (i) despesas de provisões abaixo do esperado, especialmente em 2018; (ii) margens de intermediação financeira líquida estáveis, graças a um ciclo persistente de reprecificação e queda nos custos de captação; e (iii) melhorias em despesas gerais e administrativas. O Banco do Brasil (BOV:BBAS3) é a principal recomendação de compra no setor para o Santander, com preço-alvo de R$ 37,00, destacando a melhoria no índice de qualidade de ativos, o aumento notável em spreads e os custos controlados.

Mas a grande aposta do Santander para 2017 é a ação da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4). De acordo com a equipe de análise, a política de preços de combustíveis anunciada recentemente tem diversas implicações positivas para a companhia no médio e longo prazo, como a maior visibilidade e previsibilidade da geração de fluxo de caixa da empresa; parceiros potenciais para suas refinarias, implicando em possíveis entradas de caixa e redução dos investimentos futuros; e entrada potencial de novas empresas no segmento de refino do Brasil, o que pode, segundo a Santander Corretora, ajudar a minimizar o risco de interferência futura pelo governo na implementação da nova política de preços da PBR. “O alinhamento cada vez maior de fatores macro e microeconômicos positivos impulsiona nossa classificação da Petrobras como nossa principal recomendação no Brasil”, afirmam os analistas. O preço-alvo para os ativos ON é de R$ 23,60.

Vale destacar que o banco também fez sua aposta para outros setores: em alimentos e bebidas, o destaque fica para a Minerva (BOV:BEEF3), com base na melhor visibilidade relativa de seus resultados e também considerando o valuation atrativo e a melhor visibilidade para a empresa. Já no setor de mineração e siderurgia, a Usiminas (BOV:USIM5) é apontada como a principal recomendação após a conclusão com sucesso da renegociação da dívida com seus principais credores ter resolvido questões de liquidez. Já a Vale (BOV:VALE3) (BOV:VALE5) segue com recomendação neutra uma vez que os analistas permanecem pessimistas em termos de fundamentos tendo em vista a sustentabilidade dos preços do minério de ferro.

BB Investimentos vê Ibovespa a 70 mil pontos
Também de olho nas medidas a serem perseguidas pelo governo Temer e apostando em uma recuperação gradual da economia no primeiro semestre, o BB Investimentos tem uma projeção do Ibovespa a 70 mil pontos no final de 2017, ou uma valorização de 16% em relação ao fechamento do ano passado. Essa projeção de alta ocorre porque, de acordo com os analistas do banco, a redução esperada no custo de capital médio não está totalmente refletido nas avaliações das empresas.

As top picks do banco são: São Martinho, Kroton (BOV:KROT3), Ser Educacional (BOV:SEER3), Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), Smiles (BOV:SMLE3), BRF (BOV:BRFS3), CCR (BOV:CCRO3), Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4), Suzano (BOV:SUZB5), Klabin (BOV:KLBN11), MRV (BOV:MRVE3), Multiplan (BOV:MULT3), Pão de Açúcar (BOV:PCAR4), Usiminas (BOV:USIM5), Gerdau (BOV:GGBR4), Vale (BOV:VALE3) (BOV:VALE5) e Alupar (BOV:ALUP11).

Bolsa a 71 mil pontos?
O Bank of America Merrill Lynch também está positivo e mantém recomendação overweight para o Brasil dentro da América Latina, dado a liquidez, o valuation relativo e o potencial de crescimento de lucros. Os estrategistas do banco ressaltam que a economia está andando num ritmo mais lento do que o esperado, mas mostram confiança nas reformas fiscais. O BofA também aposta na desvalorização do real, prevendo a moeda a R$ 3,90 no final de 2017, o que tende a ser positivo para as empresas exportadoras; a expectativa é de que o Ibovespa encerre o ano a 71 mil pontos.

Sem citar ações específicas, o BofA destaca sua preferência pelo setor de consumo em meio à retomada [lenta] da confiança, para o setor de matéria-prima por conta da queda do real, além do setor de energia, que pode se beneficiar positivamente de um ambiente regulatório mais favorável no Brasil. O setor educacional também é visto positivamente, uma vez que as ações já refletiram o ambiente macroeconômico e regulatório mais desafiador. Para 2017, a consolidação do setor deve ser o catalisador para os papéis. O setor de petróleo e gás é visto com mais ressalvas pelo banco, que aponta um possível cenário de dificuldades em meio à perspectiva de desvalorização do real. Contudo, o ambiente a médio prazo é positivo.

Itaú BBA: cenário positivo
Para o Itaú BBA, o cenário para ações do Brasil segue positivo, mesmo após o MSCI Brazil ter gerado um retorno em dólar de 61% em 2016, ante 28% para o MSCI LatAm. Também de olho nas reformas a serem implementadas pelo governo, o banco destaca que as ações brasileiras continuam sendo uma das recomendações com alocação overweight (exposição acima da média), a despeito dos estrategistas considerarem que a próxima pernada de alta poderá levar algum tempo. Contudo, ausência de boas notícias no front das reformas e novas fases da Lava Jato podem limitar ganhos do mercado no início do ano.

As principais ideias compradas do Itaú BBA são diversas, de vários setores, como agrícola, bancário, farmacêutico, mineração, concessionárias e elétricas: Brasil Agro (BOV:AGRO3), SLC Agrícola (BOV:SLCE3), Bradesco (BOV:BBDC4), BB Seguridade (BOV:BBSE3), Randon (BOV:RAPT4), CVC (BOV:CVCB3), Hypermarcas (BOV:HYPE3), Smiles (BOV:SMLE3), Ambev (BOV:ABEV3), Minerva (BOV:BEEF3), Fleury (BOV:FLRY3), Raia Drogasil (BOV:RADL3), Petrobras (BOV:PETR4), Braskem (BOV:BRKM5), MRV (BOV:MRVE3), Multiplan (BOV:MULT3), Vale (BOV:VALE5), Vivo (BOV:VIVT4), Totvs (BOV:TOTS3), Ecorodovias (BOV:ECOR3), Embraer (BOV:EMBR3), Alupar (BOV:ALUP11), Copasa (BOV:CSMG3), Energias do Brasil (BOV:ENBR3) e Sabesp (BOV:SBSP3).

Já as principais ideias vendidas são: Ouro Fino (BOV:OFSA3), Santander Brasil (BOV:SANB11), Marcopolo (BOV:POMO4), Mills (BOV:MILS3), Natura (BOV:NATU3), M. Dias Branco (BOV:MDIA3), OdontoPrev (BOV:ODPV3), BR Properties (BOV:BRPR3), Even (BOV:EVEN3), CSN (BOV:CSNA3), Usiminas (BOV:USIM5), Gol (BOV:GOLL4), Engie (BOV:EGIE3) e AES Tietê (BOV:TIET11).

Desta forma, os bancos se alternam entre menor e maior otimismo sobre o que deve vir para a economia no ano que vem. Mas eles convergem em um ponto: nenhum deles está eufórico sobre a economia brasileira no ano que se inicia. Porém, os analistas destacam: independente do cenário, há sempre boas oportunidades para ganhar na Bolsa.

Fonte: Portal InfoMoney

Mudanças em diretorias do Bando do Brasil fortalecem o presidente Caffarelli

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Com uma série de mudanças anunciadas no apagar das luzes de 2016, o presidente do Banco do Brasil (BB), Paulo Caffarelli, conseguiu emplacar nomes da confiança dele para a maioria dos cargos de primeiro escalão. A “dança das cadeiras” envolveu o banco e empresas controladas, como a BB Seguridade, holding que reúne as participações em seguros, e a Alelo, de cartões-benefício.

A manutenção do perfil majoritariamente técnico para as vice-presidências foi considerada uma vitória de Caffarelli, em meio às pressões que o governo sofre para a aprovação das reformas no Congresso. Os nomes passaram pelo aval do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

Dos cinco nomes anunciados na noite de sexta-feira, apenas o de José Eduardo Pereira Filho, que ocupará a vice-presidência de governo, não possui currículo ligado ao BB. A indicação dele é atribuída ao deputado Heráclito Fortes (PSB-PI), de quem foi secretário-chefe de gabinete na época em que este ocupou a prefeitura de Teresina. Pereira é filiado ao Democratas do Piauí desde 1994, de acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Embora também venha de fora, o novo vice-presidente de gestão financeira e relações com investidores é figura conhecida do banco. Alberto Monteiro de Queiroz Netto fez carreira no BB até 2009 e estava na Graal Participações, holding da família Gradin, quando foi convidado para voltar ao banco.

Caffarelli também trouxe de volta Marcelo Labuto, que desde 2013 comandava a BB Seguridade. Ele ocupará a vice-presidência de negócios de varejo na vaga de Raul Moreira, que deve ser anunciado nos próximos dias como presidente da Alelo, empresa de cartões-benefício que o banco controla ao lado do Bradesco.

Já o lugar de Labuto na empresa que reúne as participações do banco em seguros será ocupado por José Maurício Pereira Coelho, que era vice-presidente de relações com investidores do BB. Outro nome apontado como próximo de Caffarelli que passa a ocupar uma posição-chave no Banco do Brasil é Márcio Hamilton Ferreira. Ele comandava a BB DTVM, área de gestão de fundos de investimento do banco, e agora passa a ocupar o cargo de vice-presidente de controles internos e gestão de riscos.

Ferreira lidará diretamente com os delicados processos de renegociação de dívidas de grandes empresas, como o da construtora Odebrecht. Essa função ficava a cargo de Walter Malieni Júnior, que agora passa para a vice-presidência de distribuição de varejo e gestão de pessoas.

Malieni terá outra missão dura pela frente: manter os indicadores de qualidade de atendimento no momento em que o banco promove uma grande reestruturação, com o fechamento e a transformação de agências em postos de atendimento. Paulo Ricci, que ocupava a vaga, vai para a presidência da BB DTVM.

Em comunicado interno a funcionários, o presidente do BB disse que a experiência dos executivos no conselho diretor será importante para aumentar a sinergia com as demais empresas do grupo. As mudanças na cúpula do BB começaram em novembro, com a indicação de Carlos Hamilton Araújo, ligado a Meirelles, para a vice-presidência de serviços, infraestrutura e operações. Para a área de agronegócios e micro e pequenas empresas, foi indicado Tarcísio Hübner.

Apenas duas das nove vice-presidências do BB não sofreram mudanças: tecnologia, liderada por Geraldo Dezena, e atacado, comandada por Antônio Maurano. Ambos são funcionários de carreira e com perfil técnico, mas Dezena é visto como um quadro mais ligado à antiga gestão petista.

Fonte: Valor Econômico