BB lança programa para incentivar a participação no mercado internacional de empresas lideradas por mulheres

Publicado em: 03/05/2024

O Banco do Brasil está lançando o Programa Primeira Exportação Edição Mulheres no Mundo, para incentivar o crescimento das micro e pequenas empresas (MPEs) lideradas por mulheres no mercado internacional. O Programa prioriza 5 mil empresas do segmento MPE com mulheres na liderança – sócias ou dirigentes – e alto potencial para exportação.

As medidas de incentivo a essas empresas contemplam um conjunto de iniciativas gratuitas, como capacitação e assessoria personalizada, durante o ano de 2024. O Programa Primeira Exportação Mulheres no Mundo tem por objetivo reforçar o compromisso social do Banco no fomento ao empreendedorismo feminino e ao comércio exterior brasileiro, incrementar a maturidade internacional dessas clientes e ampliar a quantidade de novas empresas lideradas por mulheres exportando produtos brasileiros.

Para participar, a empresa deve ser correntista do BB e ter mulheres na sua composição societária ou em sua diretoria. De acordo com um estudo realizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) de 2023, no Brasil, a parcela de empresas exportadoras e importadoras de propriedade majoritariamente feminina é muito menor do que a de homens. Apenas 14% e 13%, respectivamente, desses empreendimentos possuem preponderância feminina em seus quadros societários.

“Apoiar a inserção de empresas lideradas por mulheres no mercado internacional significa ampliar a produtividade e as possibilidades de geração de receitas, melhorar a qualidade dos produtos, diversificar riscos, e ainda aprimorar a gestão e governança dos negócios dessas empreendedoras”, explica Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do BB”.

Conforme a diretora de Negócios da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Ana Paula Repezza, a parceria entre a Agência e o Banco do Brasil é estratégica para que mais mulheres atuem no comércio exterior. “Em 2023, a ApexBrasil lançou o programa Mulheres e Negócios Internacionais com resultados expressivos. Em 2024, com a parceria com o Banco do Brasil, teremos maior capilaridade e expertise para sensibilizar e capacitar mais mulheres para ganhar o mercado internacional”.

Programa Primeira Exportação

O Programa Primeira Exportação foi lançado no ano passado, pelo BB, em parceria com a ApexBrasil, para apoiar o crescimento das micro e pequenas empresas rumo ao mercado internacional. De lá para cá, o programa já capacitou 1300 micro e pequenas empresas e prestou assessoria que viabilizou exportações que já alcançaram 49 países.

Capacitação

O BB desenvolveu uma jornada digital de aprendizagem distribuída em módulos que contemplam temas do mercado internacional, como benefícios e vantagens da exportação, logística e competitividade, habilitação para operar no comércio exterior, análise e segmentação de mercados e produtos Comex que o BB oferece para viabilizar a primeira exportação. Além desta jornada digital, as clientes terão acesso a toda a grade de capacitações em Negócios Internacionais que o Banco do Brasil já oferece ao mercado e a seus clientes, além de curso específico da ApexBrasil para Mulheres além das fronteiras, que integra o Programa Mulheres e Negócios Internacionais, iniciativa da agência para igualdade de gênero.

Consultoria personalizada

Às empresas inscritas, o Banco do Brasil oferecerá consultoria personalizada por meio de seus especialistas em Comércio Exterior para identificarem as necessidades individuais de cada cliente e apoiarem na construção de um plano de exportação customizado.

Inscrições gratuitas

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site: www.bb.com.br/primeiraexportacaomulheres

Fonte: Banco do Brasil

BB e Tesouro Nacional lançam ação voltada às mulheres

Publicado em: 19/01/2024

O Banco do Brasil, em parceria com o Tesouro Nacional, lança a ação Educa+ Mulher, com o objetivo de incentivar a inclusão e educação financeira e proteção às mulheres, apoiando-as na construção da reserva financeira necessária para subsidiar no futuro os estudos para seus beneficiários, como filhos, netos ou sobrinhos.

A iniciativa, pioneira no mercado, busca incentivar que as mulheres façam seu primeiro investimento, com foco no título de renda fixa Tesouro Educa+, lançado em agosto do ano passado em parceria com a B3. E, fazendo qualquer investimento a partir de R$ 35, elas são automaticamente incluídas em apólice do BB Seguro de Vida Mais Mulher, válido por um ano. O seguro busca proteger o(a) beneficiário(a) caso ocorra uma perda inesperada da responsável financeira, o que pode comprometer o objetivo de dar sequência nos estudos.

Visando a completude dessas ações e o incentivo a criação do hábito de investir, as investidoras receberão, gratuitamente, conteúdos exclusivos de educação financeira, com dicas, análises e sugestões, cursos e uma assessoria humana e digital, por meio do WhatsApp e do portal de conteúdo InvesTalk (investalk.bb.com.br).

“O Banco do Brasil entende a relevância das mulheres na sociedade e na economia de um modo geral, e procura se colocar ao lado dessa mulher em todas os momentos. Eu sempre digo _ e isso é até um dos meus lemas de vida _, que uma mulher abre caminhos para outras. E é justamente essa a ideia do Educa+ Mulher: as mulheres em evidência, sendo protagonistas de suas histórias e planejando o futuro educacional de quem elas mais amam”, afirma Tarciana Medeiros, presidenta do BB.

Segundo Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, “O Tesouro aplaude o Banco do Brasil pela iniciativa Educa+ Mulher e apoia firmemente ações que fortalecem a educação financeira e a independência feminina. Esse programa não apenas alinha-se com nossos valores de impacto social positivo, mas também marca um passo significativo em direção à segurança financeira das mulheres e das famílias do Brasil. É um exemplo brilhante de como instituições financeiras podem contribuir de maneira significativa para o empoderamento econômico das pessoas e o bem-estar social”.

Fabrício Reis, head de Captação e Investimentos do BB, completa: “Investimento também é a reserva de emergência das pessoas, o dinheiro guardado que torna a população resiliente em momentos de adversidades, que faz com que as famílias não precisem tirar seus filhos da escola. Com essa promoção, queremos trazer o hábito de poupar para dentro da casa de muitos brasileiros, e dizer para essas mulheres que estaremos ao lado delas, em todos os momentos”.

Empoderamento feminino

O programa faz parte da agenda de ações voltadas para a inclusão e o empoderamento feminino, por meio do incentivo a mulheres, especialmente mães solo, a fazer seu primeiro investimento e pensar nos estudos e futuro profissional dos beneficiários.

O BB também possui outras ações voltadas para as mulheres, como Mulheres no Topo, programa de crédito especializado a mulheres empreendedoras, crédito para capital de Giro, em que a empresa tenha pelo menos uma dirigente mulher, dentre outras ações estratégicas.

As temáticas de sustentabilidade, diversidade e equidade estão presentes também em outros produtos de investimento do Banco do Brasil. É o caso do fundo BB Ações Equidade, o primeiro do país com a temática; a LCA Verde, em que os recursos captados são direcionados exclusivamente para linhas de crédito que atendam aos critérios ASG; e o ETF IDiversa B3, que replica a carteira do IDiversa, índice da B3 que reúne empresas comprometidas com a causa da diversidade.

Seguro de Vida Mais Mulher

O seguro contemplado na presente campanha oferece proteção financeira em casos de imprevistos com a vida, beneficiando a mãe e o seus filhos, podendo contar com as mais diversas proteções, como morte natural ou acidental, e invalidez permanente total por acidente. Além das coberturas básicas, o seguro oferece assistência de apoio à mulher em casos de vulnerabilidade e violência patrimonial, e cesta básica mensal fornecida através de Cartão Alimentação, em caso de falecimento.

Inspirado em estudos do Prêmio Nobel

A criação do Tesouro Educa+ foi inspirada em estudos dos professores Robert Merton, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1997, e Arun Muralidhar. Eles introduziram o conceito de produtos financeiros que facilitem o processo de poupar voltado a um planejamento educacional. Pelo conceito que criaram, esses produtos são acessíveis a qualquer pessoa, que determina quanto quer investir, com baixo custo e baixo risco.

As compras dos títulos podem ser feitas no app Investimentos BB, no portal investimentos.bb.com.br ou em uma agência do Banco do Brasil.

Tesouro Direto no BB

Em 12 meses, o BB teve um crescimento no volume aplicado em títulos do Tesouro Direto superior à indústria. Enquanto o mercado cresceu 22,5%, o volume no BB teve um salto de mais de 30%. E o incremento foi maior entre elas: cerca de 34%, enquanto entre os homens foi de 29%.

O número de investidores no último ano também teve um aumento: de quase 24% entre elas, e 18% entre eles. Os dados referem-se a novembro de 2022 a novembro de 2023.

Segundo dados da Secretaria de Tesouro Nacional, o número de mulheres investindo em TD fica na casa dos 27%. No BB, elas já representam 40% dos investidores em títulos do Tesouro. E queremos avançar. No geral, no BB elas representam 48% dos investidores.

Regulamento disponível em: bb.com.br/tesourodireto

Mais informações sobre a promoção: https://investalk.bb.com.br/noticia/bb-e-tesouro-direto-lancam-acao-voltada-para-o-publico-feminino

Fonte: Banco do Brasil

Liderança: por que mulheres são mais especializadas do que os homens?

Publicado em: 05/05/2023


O processo de equidade de gênero ainda permanece lento no Brasil, mas aos poucos as mulheres conquistam espaço nos conselhos das companhias listadas naBolsa de Valores brasileira. Até o momento, a presença feminina corresponde a apenas 14% das cadeiras dos conselhos de administração, fiscal e de diretoria dessas empresas.

No entanto, o que chama atenção é a formação das executivas que chegam a esses postos. De um modo geral, elas costumam ser mais especializadas do que os homens. É o que mostra uma pesquisa da Teva Indices, realizada a pedido do E-Investidor.

De acordo com o estudo, as mulheres que ocupam os altos cargos de liderança possuem um grau de especialização maior do que as dos homens em todos os níveis da educação superior. A diferença é maior em relação entre os executivos com mestrado. Entre os homens, esse nível de formação está presente nos currículos de 44,5% dos membros de conselhos. Já entre as mulheres, esse porcentual salta para 60,2%.

O estudo analisou 4.605 cargos de Conselho de Administração, Conselho Fiscal e de Diretoria de 326 empresas brasileiras listadas na Bolsa de Valores. As companhias em recuperação judicial ou extrajudicial não foram consideradas na análise.

“As empresas enviam os dados para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e conseguimos ler todos esses dados. Ou seja, a metodologia da pesquisa não é de amostra”, diz Thalita Silva, analista de pesquisas quantitativas da Teva Índices

Por que elas são mais especializadas?

A predominância masculina no ambiente corporativo parece exigir das mulheres um esforço além do necessário para ocuparem esses espaços. A especialização é vista como uma alternativa para reforçar e até validar a competência profissional, mesmo quando há uma trajetória em outros níveis de liderança, para exercer os cargos de alto escalão.

“As mulheres acham que estão a quem das características dos cargos de liderança, de um modo geral. Então, sempre ouço algumas mulheres buscando se especializar para chegar a estas posições. Ao contrário dos homens que já se sentem preparados”, afirma Nicole Dyskant, advogada especialista em regulação e compliance de mercado.

Os dados também refletem um movimento que ultrapassa o ambiente do mercado financeiro. Segundo Jacqueline Resch, consultora e sócia-diretora da RESCH RH, em 2017, as mulheres ultrapassaram os homens em níveis de formação de mestrado e de doutorado no Brasil. Logo após a esse movimento, as discussões da agenda ESG ganharam força no país, inclusive, entre as companhias listadas na bolsa de valores.

“Atualmente, há muitas empresas (listadas ou não na B3) que possuem a política de igualdade de gênero. Pedem durante o processo de seleção que o número de candidatas para qualquer cargo seja igual ao dos homens. Isso já é uma demanda”, ressalta Resch.

Mas o reconhecimento da necessidade de que os ambientes profissionais, em especial os corporativos, precisam ser mais diversos não será o grande responsável em quebrar a hegemonia masculina das empresas de capital aberto. O movimento para ganhar força precisa de exemplos de mulheres que ousaram ir além do que o “senso comum” lhe permitia.

No atual momento, o público feminino possui pouco mais de 640 exemplos de profissionais que conseguiram chegar até os conselhos das companhias listadas na bolsa em um universo de 4,6 mil cargos. Tarciana Medeiros, presidente do Banco do Brasil (BBAS3), faz parte desse grupo de pioneiras e, no caso dela, desfruta um título ainda mais significativo para esse movimento de conquista. Ela é a primeira mulher a ser presidente do Banco do Brasil em 215 anos.

“Quando uma mulher chega no topo abre caminho para que outras também cheguem lá. Sei que não sou a primeira mulher a presidir uma empresa no País, mas sou a primeira mulher a presidir o Banco do Brasil”, afirma Medeiros com orgulho e ciente da sua responsabilidade. “Isso significa que estamos ainda falando de um pioneirismo coletivo das mulheres e que estamos dando os primeiros passos”, acrescenta.

Assim como as outras executivas, o currículo de Medeiros é extenso. Possui bacharel em Administração de Empresas e pós-graduação em Administração, Negócios e Marketing e em Liderança, Inovação e Gestão. Nos seus 20 anos como funcionária do BB, ocupou os cargos de gerente executiva na diretoria de clientes de varejo, assumiu a superintendência executiva comercial da BB Seguros e atuou na diretoria de soluções em empréstimos e financiamentos do banco.

“Mostrei para pessoas próximas a mim que eu era capaz de passar no concurso do banco, há mais de 20 anos. Depois, mostrei que eu daria conta de dar bons resultados em cada espaço que ocupei”, afirmou Medeiros. A trajetória até a presidência foi longa, mas durante o caminho ressaltou o apoio de colegas de profissão que lhe ajudaram a sonhar alto.

Agora, como presidente, esperar fortalecer esse ambiente colaborativo para que outras mulheres tenham a oportunidade de chegarem onde quiserem. “Saber jogar junto faz a diferença”, acrescentou.

A diversidade traz resultados

A diversidade nos ambientes corporativos das empresas listadas na Bolsa já mostrou que pode trazer resultados interessantes. A performance do ETF ELAS 11, formado apenas por companhias com maior representatividade feminina em seus conselhos, é um exemplo desse impacto. No acumulado do ano, ETF apresentou uma desvalorização de 6,5%, enquanto o IBOV recuou 8,7% durante o mesmo período.

As razões para esta diferença estão associadas a percepção de risco mais aguçada das mulheres em relação a dos homens, característica que influencia na entrega de melhores resultado aos acionistas, como mostramos nesta reportagem.

Fonte: E-Investidor

Banco do Brasil lidera debate sobre mulheres na TI no Web Summit

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Durante a realização do Web Smmit 2023, evento de tecnologia e inovação que terminou na quinta, 4, no Rio de Janeiro, o Banco do Brasil foi o anfitrião do espaço Women in Tech. Destinado a encontros, networking e troca de experiências, esse também foi o palco de uma série de painéis sobre a participação das mulheres no mercado de trabalho de tecnologia da informação.

A ideia foi consolidar práticas e integrar ideias entre empresas, organizações não governamentais e academia com foco na importância da participação feminina para a inovação e aceleração da transformação digital no país.

A programação do lounge foi feita com o apoio do Movimento Mulheres na TI, do BB. Esse, por sua vez, foi criado com o objetivo de realizar ações para despertar o interesse e incentivar as mulheres a trabalhar com tecnologia.

A iniciativa reforça o foco no futuro do mercado de TI e sua sustentabilidade, concretizando assim o propósito do BB, de ser próximo e relevante na vida das pessoas em todos os momentos.

Confira como foi a programação do Lounge Women in Tech

03/05

12h – BB e líderes de mercado que constroem espaços de participação feminina na tecnologia
Com: Marisa Reghini (BB), Marcelle Paiva (Oracle), Gisele Ilchechen  (BB Asset).

15h – Compartilhando experiências: a relevância da participação feminina no desenvolvimento de soluções de TI
Com Paula Moura (BB), Wania Vaz (BB), Duda Davidovic (Elo).

04/05

12h – A importância de inspirar jovens mulheres a seguirem carreira em TI – compartilhando experiências
Com: Sanmya Noronha (BB), Cynthia Zanoni (Microsoft), Maria Eduarda Oliveira (Oxente Girls).

15h – Diversidade e Inovação: como a presença de mais mulheres melhora os processos de inovação corporativa
Com: Carla Nesi (BB), Fabiana Schurhaus (IBM), Angela Grochenisk (BB).

BB no Web Summit

Além do lounge Women in Tech, o Banco do Brasil marca presença no evento com um estande, onde ocorrem debates e conversas com startups. Além disso, o público poderá conhecer mais de algumas soluções do BB, como o Minhas Finanças, o mais completo agregador e gerenciador financeiro pessoal do mercado.

A presidenta Tarciana Medeiros e o diretor de negócios digitais, Pedro Bramont, participaram de painéis na quinta-feira, 4.

Fonte: Banco do Brasil

 

Bancos com mulheres em cargos de gestão são mais verdes

Publicado em: 24/10/2022


Mais diversos e mais verdes: os bancos que possuem um número maior de mulheres em suas diretorias e cargos de liderança também têm maiores preocupações com o meio ambiente – e fazem menos empréstimos para empresas poluentes.

Foi o que revelou um novo estudo do Banco Central Europeu (BCE), que analisou os dados de empréstimos feitos por bancos na Zona do Euro em 2019. Eles dividiram as instituições em dois grupos: as diversas, em que mais de 37% dos cargos de diretoria eram ocupados por mulheres, e as pouco diversas, em que esse percentual é menor.

Os resultados mostraram que os bancos com maior presença feminina em seus conselhos emprestaram cerca de 10% menos para empresas com histórico negativo de poluição, enquanto instituições menos diversas são mais amigáveis com negócios poluentes.

A pesquisa se soma a uma série de evidências de que mulheres dão mais importância do que homens a temas de longo prazo e impacto social amplo, como mudanças climáticas – e que elas são capazes de gerar mudanças perceptíveis na tomada de decisões quando ocupam cargos de liderança em empresas, bancos e até governos.

Sim, governos: o estudo também mostrou que o impacto ambiental positivo gerado pela diversidade de gênero nos bancos é maior quando eles estão localizados em países com maior representação feminina na política (como os do norte da Europa, em oposição aos do sul). Ou seja: o benefício ecológico combinado de mulheres na política e no sistema bancário é maior que o de mulheres apenas no sistema bancário.

Fonte: Você SA

Bancos privados discriminam mulheres com mais de 40 anos, aponta pesquisa

Publicado em: 13/03/2019


Uma pesquisa realizada pela subseção do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sociais (Dieese) na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) aponta que a participação das mulheres no quadro funcional dos bancos privados reduz 7,8 pontos percentuais após os 40 anos de idade. Até os 39 anos elas ocupam 56,4% dos postos de trabalho. Após completar 40 anos esse percentual cai para 48,6%. O levantamento foi feito com base nas informações da Relação Anual de Informações Sociais 2017 (Rais).

Segundo a socióloga do Dieese, Bárbara Vallejos, esse fenômeno tem duas causas. “A saída precoce de mulheres dos bancos pode ser reflexo tanto da dificuldade de obterem promoções e de terem acesso a cargos de maior prestígio e remuneração quanto da preferência dos bancos pela presença de jovens em seu quadro de funcionários”, disse. Bárbara afirmou ainda que o fato é verificado para mulheres e homens, mas o fator idade pesa mais sobre as mulheres.

BancosIgualdade de oportunidades

Para a socióloga do Dieese, os dados revelam que não se pode falar em uma mudança de rota efetiva na gestão dos bancos. “Hoje mulheres são excluídas dos cargos de comando, o que dificulta a incorporação de práticas não discriminatórias por parte de dirigentes, gestores intermediários e supervisores”, disse, lembrando que muitas mulheres deixam de trabalhar nos bancos porque ficam estagnadas em suas carreiras, mesmo tendo, na média, melhor formação e resultados do que os homens.

A presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, lembrou que desde 1990 as questões de igualdade de oportunidades são pautadas nas mesas de negociação com os bancos. “Já obtivemos muitos avanços, mas os dados mostram que os bancos ainda exercem políticas de gestão impregnadas por uma visão discriminatória”, afirmou.

Entre as conquistas da Mesa de Igualdade de Oportunidades, estão as cláusulas da isonomia de direitos para homoafetivos, extensão da licença-maternidade para 180 dias, da licença paternidade para 20 dias, vinculada à programa ou atividade de orientação sobre a paternidade responsável e a realização de três censos da diversidade pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) em parceria com a Contraf-CUT.

O primeiro Censo da Diversidade Bancária foi realizado em 2008. O segundo em 2014. O terceiro é uma conquista da Campanha Nacional da categoria em 2018. Será elaborado e aplicado no decorrer de 2019 e os resultados serão divulgados em 2020.

“As mulheres são vítimas de muitos tipos de violência. A discriminação no mercado de trabalho é uma delas e, assim como a violência doméstica e o feminicídio, precisa ser combatida por toda sociedade. O Censo da Diversidade Bancária pode nos ajudar neste sentido”, explicou a presidenta da Contraf-CUT. “Mas, o Censo vai além. Ele também pode nos ajudar no combate de outros tipos de discriminação, como aquelas praticadas contra negros e negras, contra pessoas com deficiência e contra LGBTs”, concluiu.

Questão salarial

A Pesquisa Mensal do Emprego Bancário, também realizada pelo Dieese, mostra que as Bancárias recebem apenas 82,8% do valor pago aos bancários. Os dados apontam que as 1.089 mulheres admitidas nos bancos em janeiro de 2019 receberam, em média, um valor corresponde a 82,8% da remuneração média auferida pelos 1.359 homens contratados no período. As informações levam em conta os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do IBGE.

Segundo a pesquisa, a diferença salarial entre bancárias e bancários persiste ao longo de toda a carreira, uma vez que também é constatada no momento do desligamento dos trabalhadores da categoria. As 1.189 mulheres desligadas dos bancos em janeiro recebiam, em média, valor correspondente a 79% da remuneração média dos 1.253 homens que deixaram seus cargos nos bancos no primeiro mês de 2019.

Rais

O levantamento das informações salariais do setor bancários pela Rais 2017 também apresenta diferença na remuneração entre homens e mulheres. Em 2012 essa diferença era de 24%. Em 2017 caiu para 22,3%. “É verdade que há uma pequena redução da diferença entre os salários pagos aos homens e às mulheres, mas a continuar neste ritmo, vai levar 66 anos para acabar com a diferença”, disse a presidenta da Contraf-CUT. No mercado de trabalho em geral, mantido o atual ritmo de redução, levará 42 anos para que o salário das mulheres se iguale ao dos homens.

Fonte: Contrafcut