Em nova rodada de negociação específica, BB sinaliza avanços

Publicado em: 25/08/2024

A oitava rodada de negociação específica da Campanha Nacional 2024, realizada nesta quinta-feira 22 entre CEBB (Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil) e os representantes do banco, embora não tenha apresentado propostas concretas que atendam as expectativas do funcionalismo, sinalizou uma série de avanços. Mas, conforme o BB esclareceu, é necessário aguardar a mesa única da Fenaban caminhar.

Vigilantes

O banco assumiu o compromisso com a volta dos vigilantes, já a partir de setembro, em todas as unidades de varejo, independente de ter numerário ou não. O BB disse que os funcionários e clientes são valiosos e por isso os vigilantes estarão em todas as unidades de varejo. Esta é uma reivindicação do movimento sindical, que considera fundamental a presença desses profissionais para resguardar o funcionalismo, além de proporcionar um sentimento de segurança entre a população.

A coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes, destacou a relevância desta decisão do BB, “bem diferente do que ouvimos na outra mesa, porque o que pedimos é isso, cuidado com a vida das pessoas, uma vez que sempre ressaltamos que elas valem mais do que o patrimônio”.

Banco de horas negativas

Sobre o banco de horas negativas adquiridas durante a pandemia da covid, tema abordado na mesa anterior, o BB fez a proposta de abono para quem ainda tem horas a compensar. Além dos funcionários com 60 anos ou mais e os pais que tenham filhos com alguma deficiência, hoje incluíram os funcionários que eram do grupo risco da covid e que tiverem feito mais de 70% das horas até maio (quando encerra o acordo de covid), terão o restante abonado. E os funcionários afastados por licença de saúde também terão as horas anistiadas.

A Comissão insistiu sobre a importância de anistiar todos os colegas que estão efetivamente trabalhando diariamente e não conseguem zerar essas horas. “Continuamos pedindo anistia de horas covid para todos os funcionários. Também destacamos, principalmente, a questão das mães solo e de pais com crianças ainda em idade escolar, que não têm com quem deixá-las, e ficar fazendo mais horas”, aponta a coordenadora do CEBB.

Equilibbra

Os representantes do BB informaram sobre o lançamento do programa Equilibbra, para solucionar a questão do endividamento do funcionalismo, uma antiga preocupação do movimento sindical. Pesquisa realizada pela Contraf-CUT mostra que a categoria é extremamente endividada.

Teto PLR

Sobre a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), foi reforçada a cobrança do fim do teto, porém o banco novamente alegou que não há essa possibilidade. Disse que a PLR do BB é muito diferenciada das demais instituições financeiras, com patamares bem superiores, inclusive das estatais.

O BB também informou que apresentou uma proposta de aumento de PLR para os contínuos (que hoje são 140 no banco). Eles passarão a receber a mesma PLR dos escriturários.

“Avaliamos que existe disposição por parte do Banco do Brasil para resolver a campanha na mesa de negociação, mas isso não será possível sem que a Fenaban apresente uma proposta que contemple reajuste com aumento real para salários, PLR, VA, VR e demais verbas”, conclui o representante da Fetec-CUT/SP na CEBB, Antonio Netto.

Confira como foram as outras negociações com o BB

Rodada 1 : Sindicato inicia negociações da Campanha Nacional 2024 com o Banco do Brasil
Rodada 2: Funcionários do BB retomam negociações com o banco
Rodada 3: Banco do Brasil se compromete a não mexer na gratificação dos caixas
Rodada 4: Quarta mesa de negociação do BB discute diversidade e igualdade de oportunidades
Rodada 5: Bancários debatem saúde e condições de trabalho na quinta mesa de negociação com o BB
Rodada 6: Negociação debate cláusulas econômicas do ACT
Rodada 7: Banco do Brasil apresenta respostas insatisfatórias às reivindicações dos funcionários

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

BB: sem decisão sobre qualquer negociação envolvendo BB DTVM

Publicado em: 28/01/2021


O Banco do Brasil (BBAS3) comunicou nesta segunda-feira que não há decisão materializando qualquer negociação envolvendo o segmento de gestão de recursos, a BB DTVM, no âmbito da governança do banco.

No entanto, o BB disse que continua “estudando alternativas e avaliando oportunidades que contribuam com sua estratégia de atuação na atividade de gestão de recursos de terceiros e, ainda, agreguem valor para seus clientes e acionistas”.

Na última sexta-feira, a Reuters noticiou, citando fontes, que o BB retomou o processo de venda da BB DTVM e que o banco espera a entrega de ofertas vinculantes no próximo mês.

O processo de venda da gestora teve início em 2019, sob o comando do ex-presidente Rubem Novaes, mas foi interrompido em fevereiro passado, após o BB considerar as propostas entregues muito baixas, disse à Reuters uma fonte a par do assunto.

Fonte: Money Times

Bancários negociam teletrabalho com Banco do Brasil

Publicado em: 30/10/2020


Representantes dos trabalhadores e do Banco do Brasil iniciaram as discussões que resultarão em um acordo sobre teletrabalho (home office). Neste primeiro encontro, realizado na terça-feira 27, a Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil apresentou as premissas que devem ser priorizadas para a ratificação do acordo.

As propostas foram definidas a partir de uma pesquisa feita com 11 mil trabalhadores da categoria que passaram para o teletrabalho, e compilada pelo Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese) Rede Bancários.

Premissas do Comando Nacional e da CEBB

– Controle da Jornada de Trabalho, sem que haja extrapolamento de horas trabalhadas condições de ergonomia adequadas (mobiliário)

– Metas e encarreiramento similar a todos os demais trabalhadores, não havendo exigência maior

– Equipamentos de trabalho (Fornecimento de Computador)

– Segurança da Informação e de dados sigilosos

– Considerar a sociabilização do funcionário junto a sua equipe de origem e junto à Empresa

– Garantia de mecanismos de proteção a saúde física e emocional do bancário

– Treinamento para as gestores e funcionários quanto as especificidades do teletrabalho

– Não penalização por ocasião de externalidades quanto a queda de energia e internet

– Direito a dignidade e a “deslogar” do teletrabalho em situações que hajam necessidade por parte do empregado

– Sindicato deve ter acesso aos trabalhadores para reuniões, conversas, fiscalização

– Ajuda de custo financeira para cobrir gastos, tais como energia elétrica, agua, internet etc.;

– Assegurar mecanismos de proteção à mulher, como por exemplo, contra violência doméstica e dupla jornada

– Processo de trabalho e áreas que contemplem as formas de teletrabalho;

– Funcionário elegíveis que estejam situação que possua condições para o teletrabalho;

– Adesão voluntária para o trabalho (não obrigatório).

“Os bancários do Banco do Brasil esperam contar com um bom acordo de teletrabalho que contemple essas premissas que foram idealizadas pela CEBB”, reforça Getulio Maciel, dirigente sindical e representante da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEEB) pela Fetec-CUT/SP.

Além da CEBB – que representa os trabalhadores do banco público – o primeiro encontro sobre o acordo de teletrabalho também teve a participação da presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Ivone Silva, e da presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

Negociações

As negociação continuam nos próximos dias. “Precisamos lapidar ainda esse acordo. Apresentamos nossas premissas para o debate que foram definidas na nossa conferência nacional. Para nós é fundamental o controle da jornada, o fornecimento de equipamentos e a ajuda de custo, além de outras questões que vão ser discutidas com a direção do banco nas próximas reuniões”, disse coordenador da COE do Banco do Brasil, João Fukunaga.

Desde março de 2020 e após atuação do movimento sindical, a maior parte da categoria bancária passou a trabalhar em casa por causa da pandemia do novo coronavírus. Cerca de dois terços dos trabalhadores – aproximadamente 300 mil pessoas – chegaram a ficar em regime de home office.

A primeira negociação com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) na renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) foi sobre teletrabalho. A negociação avançou após a campanha nacional da categoria, banco a banco. O primeiro foi o Bradesco, que fechou um acordo sobre o tema. Agora as negociações acontecem com o Banco do Brasil e o Itaú.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Após renegociação com BB, Mapfre renova gestão no país

Publicado em: 20/12/2018


Depois de concluir a reestruturação da sociedade com o Banco do Brasil, a seguradora espanhola Mapfre anunciou nesta quinta-feira, 13, mudanças na alta cúpula da sua filial brasileira. Dando sequência ao movimento já feito nos últimos meses, indicou o espanhol Fernando Pérez-Serrabona como novo CEO da companhia substituindo o brasileiro Wilson Toneto.

O novo comando da Mapfre no Brasil, ainda dependente de aprovações legais, terá início em 1º de janeiro de 2019. A mudança foi anunciada juntamente com outras danças de cadeiras divulgadas pela companhia.

Formado em Ciências Econômicas e Empresarias pela Universidad Complutense, de Madri, e em Direito, pela UNED – ambas na Espanha -, Serrabona ingressou na Mapfre em 1989, atuou nas áreas de seguros e serviços financeiros, foi chefe da Área Internacional e diretor geral das Américas da Mapfre Garantias e Crédito. Desde 2013, era diretor geral para Espanha e América Latina da Solunion, empresa de seguro de garantia e crédito do grupo.

Depois 31 anos de Mapfre, dos quais sete como CEO, Toneto deixa a empresa para se dedicar a outros projetos profissionais e pessoais.

No final do mês passado, a seguradora espanhola e o Banco do Brasil, por meio da sua holding de seguros, a BB Seguridade, concluíram a revisão da parceria que possuem. A Mapfre desembolsou R$ 2,27 bilhões para recomprar 100% dos negócios gerados pela Rede de Corretores e Affinities e toda a operação de Automóvel e Grandes Riscos.

Conforme o acordo final, BB Seguridade e Mapfre permanecerão sócias no canal de distribuição do banco nos negócios de Vida, Prestamista, Habitacional, Rural e Massificados, até 2031.

Antes da conclusão do negócio, a Mapfre foi arrumando a casa no Brasil para enfrentar a nova fase. Ainda em 2017, desligou executivos com cerca de duas décadas de carreira na instituição. No lugar, trouxe espanhóis e expatriados, numa sinalização clara de que a operação carecia de ajustes. A tacada final ocorre hoje com a substituição de Toneto por mais um espanhol.

Fonte: Isto é Dinheiro

Negociação entre BB e Comando dos Bancários traz poucos avanços

Publicado em: 25/07/2018


A terceira mesa de negociações entre Comando Nacional dos Bancários, representado pela Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil, e o banco aconteceu nesta segunda 23, na sede do BB em Brasília. Conforme divulgado no calendário das negociações, o encontro tratou dos temas da Minuta de Reivindicações do Acordo Coletivo Aditivo (ACT) relacionados a Saúde do Trabalhador e Segurança Bancária.

A Comissão de Empresa abriu a reunião fazendo um relato dos problemas de afastamentos e adoecimento dos funcionários que, em muitas das situações são causados pela forma de cobrança das metas. Muitas delas são estabelecidas no BB fora do acordo de trabalho das equipes e com o controle e solicitação exclusiva do gestor, sem ligação com as metas das agências, no caso do BB, o sistema Conexão.

Os funcionários reclamam que as metas geralmente não precificam o mês de férias, o que faz com que até no período de gozo da folga o funcionário não descanse por aquele mês constar como queda de rendimento.

O banco ficou de avaliar essas situações com as áreas gestoras para entender melhor os problemas.

Cobrança de metas de caixas fora do horário

A Comissão de Empresa relatou ainda que tem recebido muitas reclamações de caixas, cuja cobrança de metas tem sido feita pelos chamados caixas líderes, em muitos casos, fora do horário de trabalho e descumprindo o ACT. Essas cobranças são incentivadas pela Plataforma de Suporte Operacional, mas os exageros não estão sendo coibidos. O banco solicitou que a representação dos bancários informasse as situações pontuais para que a prática seja coibida.
Correspondentes bancários dentro das agências

Foram denunciadas também várias situações de correspondentes bancários dentro das agências, atuando nas salas de autoatendimento e até nas mesas de trabalho. Há uma reivindicação na minuta para que essa prática seja proibida, uma vez que traz para o ambiente interno uma concorrência de venda de produtos e serviços que prejudica a realização das tarefas dos funcionários, além de trazer insegurança jurídica para a empresa.

O banco foi categórico ao afirmar que o correspondente bancário não é para atuar dentro da agência e vai orientar as unidades a cumprir o que determina a norma do Banco Central.

Sem avanços nas questões de saúde

Nas questões específicas de saúde, não houve avanços e o banco se comprometeu a renovar as cláusulas do ACT que tratam desse tema.

Algumas cláusulas tratadas também sem avanços ainda serão objeto de discussão sobre redação.

Intervalo intrajornada ou intervalo de almoço

Uma novidade colocada pelo banco foi a proposta de flexibilização do intervalo de almoço. Ao funcionário de 6 horas passaria a possibilidade de intervalo de 15 até 30 minutos e para os funcionários de 8 horas, seria permitida a redução do intervalo para até 30 minutos. Em ambos os casos, normatizado no ponto eletrônico e sem opcional pelo funcionário, não sendo obrigatória a flexibilização.

Proposta para a Cassi

A representação dos trabalhadores protocolou ao banco uma nova proposta para a Cassi, construída junto aos sindicatos, com o objetivo de mais uma vez chamar o banco à negociação na Mesa Específica da Cassi. Desde que a mesa foi interrompida, não houve nenhum avanço concreto de propostas e isso tem causado insegurança aos funcionários.

Para Wagner Nascimento, coordenador da Comissão de Empresa, a mesa não trouxe avanços significativos, o que frustra os funcionários, principalmente no que se refere às questões de saúde, afastamentos e em relação às metas abusivas. “A perda de comissão no retorno de licença saúde é um ponto que assombra muitos bancários e esperávamos um avanço maior. Esperamos que ainda no decorrer do processo de negociação, tenhamos respostas efetivas sobre saúde e segurança.”

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

BB arrecada R$ 350 mil em mutirão em Cuiabá

Publicado em: 11/10/2017


O Mutirão de Conciliação do Banco do Brasil, promovido pelo Centro Judiciário de Solução de Conflitos do Fórum de Cuiabá, alcançou índices de mais de 80% de acordos. Foram negociados R$ 350 mil em indenizações que o banco irá pagar a clientes e ex-clientes por falhas nos serviços prestados pelo banco, como cobranças de taxas indevidas e devoluções de cheques indevidas.

Além dos processos em que o BB era demandado por falha em serviço, o mutirão também englobou ações de cobrança de honorários advocatícios de profissionais que trabalharam para a instituição e não haviam recebido. O mutirão, realizado na semana passada, nos dias 4, 5 e 6 de outubro, negociou processos que tramitavam nos juizados especiais e alguns das varas cíveis da Capital.

A coordenadora do Cejusc da Capital, juíza Adair Julieta da Silva, avalia como uma experiência exitosa. “Esta é a primeira vez que o Banco do Brasil nos procurou solicitando as audiências concentradas. Como o resultado foi bastante positivo, o BB quer continuar com a parceria com o Cejusc para novo mutirão no ano que vem”, comemorou a magistrada.

Conforme a juíza Adair, a conciliação só traz benefícios para todas as partes e a própria sociedade já percebeu isso. “Os altos índices de acordo demonstram que as pessoas querem resolver o seu litígio através do acordo, do diálogo, da conciliação e da paz, pois é a forma mais rápida de resolução. As partes saíram satisfeitas e o Judiciário também, porque teve uma baixa no nosso estoque processual. Logo após o acordo, os processos são arquivados. Isso reduz a nossa taxa de congestionamento, que mede a celeridade da prestação jurisdicional. Se a taxa de congestionamento é muito alta, significa que existem muitos processos parados”, explicou a magistrada.

Até o final do ano, o Cejusc da Comarca de Cuiabá ainda vai realizar mais três mutirões de conciliação, da concessionária de energia Energisa, da cooperativa de serviços médicos Unimed e da Universidade de Cuiabá (UNIC).

Fonte: Folhamax

STJ decide a favor de poupadores e acordo sobre perdas na poupança deve destravar

Publicado em: 29/09/2017


Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, nessa quarta-feira (27/09), de maneira favorável aos poupadores na discussão sobre quem tem direito a receber o ressarcimento por perdas na poupança com o Plano Verão, de janeiro de 1989. A decisão deve destravar as negociações do acordo que vem sendo discutido entre poupadores e bancos para o ressarcimento dos expurgos inflacionários (diferença entre a correção da poupança e o índice oficial de inflação) dos plano econômicos das décadas de 1980 e 1990.

Os ministros da Segunda Seção do STJ decidiram que os poupadores não precisavam estar filiados a uma associação no momento em que as ações coletivas cobrando o ressarcimento foram propostas à Justiça. O entendimento vale para a maior parte das ações coletivas.

Os bancos argumentavam que os poupadores precisariam ser filiados a entidades de defesa, como o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), na época em que as ações de ressarcimento foram propostas, para ter direito a eventuais pagamentos. As entidades, por sua vez, defendem que qualquer poupador que participa de ação tem direito, seja ele associado ou não.

— O resultado é muito bom para os poupadores. Esse resultado reabre as portas para o acordo — disse o advogado da Frente dos Poupadores, Luiz Fernando Casagrande Pereira, do escritório VG&P Advogados.

O julgamento do STJ deve destravar o acordo entre representantes de poupadores e bancos, sob mediação da Advocacia-Geral da União (AGU), em torno do direito a diferenças de correção monetária de depósitos em caderneta de poupança em razão de alegados expurgos inflacionários decorrentes dos planos Cruzado, Bresser, Verão, Collor 1 e Collor 2. As negociações em torno de uma acordo para a compensação das perdas nas cadernetas de poupança com os planos econômicos ocorrem há meses.

Um entendimento deve pôr fim a milhares de ações na Justiça e encerrar uma discussão que já dura décadas. Uma nova reunião foi marcada para a o dia 6 de outubro e há expectativa de que se chegue a um entendimento nas próximas semanas.

Os valores globais a serem pagos giram em torno de R$ 16 bilhões a R$ 18 bilhões, segundo fontes envolvidas nas negociações. O foco das negociações, agora, é definir o valor que será pago pelos bancos aos poupadores. Deve haver um desconto sobre juros acumulados no período, aos quais os poupadores teriam direito caso tivessem acesso aos recursos integralmente. A negociação caminha para que sejam aplicados descontos na faixa de 30% a 50% do total devido. Outro ponto que precisa ser acertado é a forma de parcelar o pagamento desses recursos, ou se o montante será pago à vista.

Processos no STF

A intenção é levar ao Supremo Tribunal Federal (STF) o acordo assinado para ser homologado pelos ministros da Corte ainda neste mês. No STF, tramitam quatro recursos extraordinários com repercussão geral e uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). Ou seja, a decisão que o Supremo tomar valerá para todas as ações ajuizadas pelo país que tratam da correção na poupança.

A maior parte das poupanças cobertas pelo acordo estava na Caixa Econômica e no Banco do Brasil. Uma solução negociada para o tema é defendida, também, pela área econômica do governo federal. Por isso, o Banco Central participa das negociações. O acordo, com descontos nos pagamentos por parte das instituições financeiras, deve proporcionar um alívio ao balanço dos bancos, que poderão colocar mais dinheiro na praça e demonstrar segurança jurídica para investidores.

A discussão sobre a correção das poupanças voltou a ganhar destaque após a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, confirmar que participará do julgamento e sinalizar que o assunto teria um desfecho na Corte. Inicialmente, ela havia declarado sua suspeição, porque seu pai era interessado no desfecho da causa. Além dela, declararam-se suspeitos os ministros Luiz Fux, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin.

Sem os quatro ministros aptos a julgar os processos, o tribunal não alcançava o quórum mínimo. As ações, que são relatadas pelos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski, contestam o direito a diferenças de correção monetária de depósitos em caderneta de poupança em razão de alegados expurgos inflacionários decorrentes dos planos.

Fonte: Época Negócios 

BB negocia mais de R$ 3,65 bilhões com clientes via digital

Publicado em: 26/12/2016


O Banco do Brasil conseguiu renegociar quase R$ 3,47 bilhões de dívidas desde 2014 por meio do site. Foram firmados mais de 326 mil acordos com os clientes. O ticket médio é de aproximadamente R$ 7 mil para pessoa física e R$ 68 mil para empresas.

Em setembro deste ano, o BB estendeu a solução de renegociação para o aplicativo do banco, após um período de testes com grupo reduzido de clientes. Desde o início do piloto, foram registrados mais de 26 mil acordos, totalizando R$ 185 milhões em renegociações. O ticket médio no mobile também é aproximadamente R$ 7 mil.

Lançado em 2014 pelo Banco do Brasil para negociação de dívidas pela internet, a ferramenta no portal permite renegociar os débitos sem a necessidade de se deslocar até uma agência. A solução oferece aos clientes com dívidas com o banco ambiente exclusivo no autoatendimento pela internet, onde é possível consultar o saldo devedor e o número de parcelas em atraso dessas operações – além do valor de tarifas pendentes. Tudo em tempo real, tanto para pessoas físicas quanto para empresas.

Ao final da consulta, o cliente do BB pode selecionar, entre uma série de opções de parcelamento, a melhor forma para quitar sua dívida, que pode ser paga por boletos gerados no próprio portal. A ferramenta também avalia a possibilidade de concessão de abatimentos no valor das dívidas. Os pedidos são avaliados por um algoritmo que pondera, entre outros aspectos, a probabilidade de recuperação do crédito.

Procon.
Até o próximo dia 20, em Brasília, clientes pessoa física do BB podem comparecer à sede do Instituto de Defesa do Consumidor do Distrito Federal (Procon-DF) para renegociar suas dívidas. O atendimento é realizado por equipe especializada do BB, com capacidade de realizar 200 atendimentos por dia, permitindo a renegociação de dívidas vencidas de clientes pessoa física do Banco, como Crédito Direto ao Consumidor (CDC), cheque especial, cartão de crédito e financiamentos imobiliários, inclusive Minha Casa Minha Vida, em condições especiais. Servidores do Procon acompanham todas as renegociações a fim de pacificar o entendimento entre as partes.

Os interessados devem comparecer portando documento de identificação oficial com foto (RG, CNH ou passaporte) e comprovante de renda atualizado.

Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,bb-renegocia-mais-de-r-3-65-bi-com-clientes-pelo-portal-e-mobile,10000095030