BB acelera programa de eficiência; programa de home office pode ser adotado

Publicado em: 27/06/2020

As medidas adotadas pelo Banco do Brasil para melhorar a eficiência da gestão têm sido aceleradas com a pandemia do novo coronavírus. Segundo o jornal Valor Econômico, dos 32 mil funcionários das áreas administrativas que estão trabalhando remotamente, a instituição planeja manter 30% do contingente dessa forma em alguns dias da semana.

Além disso, com a expansão do home office, o banco poderá se desfazer de 15 a 20 imóveis alugados e próprios. O Flexy BB, um programa elaborado no fim do ano passado, prevê uma redução de R$ 1,7 bilhão em gastos com imóveis em 12 anos e uma economia de R$ 10 bilhões em dez anos com uma mudança na remuneração dos funcionários, com mais ênfase na parcela variável.

Diante da crise do novo coronavírus, o Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região cobrou dos bancos medidas a fim de conter a disseminação da doença entre os bancários. As negocações com a Fenaban garantiram a permanência de cerca de 300 mil bancários em regime de trabalho remoto.

O Banco do Brasil (BB) pretende manter cerca de 10 mil funcionários de áreas administrativas em jornada parcialmente remota. A ideia é que essa parcela de funcionários, que será definida segundo os critérios do gestor de cada área, trabalhe parte dos dias no escritório e parte em casa. A decisão ainda não foi tomada, mas estudos internos apontam uma economia de até R$ 180 milhões por ano com a implantação de um home office desta proporção no BB.

Para João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEE/BB), o Banco do Brasil deveria assumir uma série de compromissos que estão sendo ignorados, ao invés de adotar um debate torto, em que somente a economia do banco está sendo priorizada. “É no mínimo uma hipocrisia o Banco do Brasil enxergar este debate apenas sob o prisma da economia que será feita com o home office, sendo que o mesmo banco causou um processo desumano durante a pandemia, quando muitos colegas foram obrigados a utilizar as duas férias e tiveram de usar o banco de horas negativo porque não havia estrutura de home office para todos”, afirma Fukunaga.

“Se há uma previsão de economia com imóveis, o banco deve assumir a responsabilidade de fornecer equipamentos aos funcionários, já que o computador para as atividades profissionais deve ser monitorado por conta do sigilo bancário, o que irá violar a vida privada dos empregados se este monitoramento for feito nos computadores pessoais. Queremos, sim, discutir a questão, mas com seriedade e compromisso. E essas premissas estão faltando por parte da diretoria de pessoas e da sua vice-presidência”, afirma Fukunaga.

Isolamento, angústia, depressão e mais produtividade

Ana Tercia Sanches é autora de tese de doutorado com o tema Trabalho Bancário – Inovações Tecnológicas, Intensificação e Gestão por Resultados. A professora e pesquisadora da Faculdade 28 de Agosto ressalta que o home office por períodos prolongados pode resultar em uma série de problemas nos trabalhadores, sobretudo de ordem psicológica e ergonômica.

“O ser humano é um ser social. Ficar isolado em casa pode levar algumas pessoas a desenvolverem problemas mentais, como ansiedade e depressão. O ganho do trabalho se dá no coletivo. Existem outros sinais que vão compondo o aprendizado para um trabalho melhor, e a perda de sociabilidade pode fazer com que as trocas entre as pessoas se tornem insuficientes.”

Fonte: Money Report com Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região

Presidente da Cassi fala dos desafios para enfrentar pandemia da covid-19

Publicado em: 26/06/2020

“Precisávamos responder rápido aos nossos participantes, atendê-los de forma eficiente e segura, diminuindo a exposição a riscos desnecessários neste momento de pandemia. E foi isso que priorizamos, a experiência do usuário”, contou o presidente da CASSI, Dênis Corrêa, ao falar sobre a nova realidade imposta pelo coronavírus, durante debate realizado nesta terça, dia 16, sobre os desafios das autogestões no enfrentamento da pandemia.

Para Dênis, ao mesmo tempo em que a crise mostrou que nenhum segmento estava preparado, trouxe oportunidades importantes de aprendizado e evidenciou que quem tiver mais capacidade para se adaptar estará à frente da evolução no atendimento em saúde. Como exemplo, ele cita a implantação em tempo recorde da Telemedicina CASSI, ferramenta que funciona 24 horas por dia, os 7 dias da semana, sem que o paciente tenha que sair de casa para ser atendido por médicos. “Entendemos a necessidade e focamos em oferecer a prevenção de doenças e promover a saúde com auxílio da tecnologia. E os participantes aprovaram a iniciativa”, explica. O presidente faz referência às pesquisas pós-atendimento realizadas pela CASSI, que apontam o fato de que mais de 95% das pessoas atendidas por chamada de vídeo avaliam o serviço como de excelência.

A receptividade dos participantes à nova ferramenta de atendimento faz a Caixa de Assistência apostar na expansão desta modalidade, hoje usada apenas em casos suspeitos da Covid-19 e síndrome gripal, para fazer também a atenção primária à saúde. “Devemos avançar rapidamente com a telemedicina, usando a tecnologia para prevenção. Claro que o contato pessoal com profissionais de saúde vai continuar, mas será uma oportunidade de cuidar melhor de um número maior de pessoas.”

O encontro virtual foi promovido pela AxisMed, empresa de soluções tecnológicas para a saúde, e além da CASSI, contou com a participação de representantes das seguintes autogestões em saúde: Anderson Fereira (Cemig), Adriana Meirelles (Sistel) e Carleuza Lima (E-Vida).

Confira mais informações acessando o vídeo com a integra do debate clicando aqui.

Fonte: Cassi

Em meio à pandemia, desencontro de informações preocupam trabalhadores do BB

Publicado em: 15/05/2020

Em meio à pandemia do coronavírus, o movimento sindical vem recebendo muitas reclamações de funcionários do Banco do Brasil lotados nas unidades que estão sob subordinação da Unidade de Operações de Soluções (UOP), principalmente nas Plataformas de Suporte Operacional (PSO’s). A UOP é uma unidade do Banco do Brasil que tem característica de diretoria. Sob sua subordinação estão os CENOP’s e PSO’s. As PSO são responsáveis pelos caixas e tesourarias das agências de todo o país.

Uma das queixas aponta que alguns gerentes têm entrado em contato com colegas de declararam morar com pessoas do grupo de risco para Covid-19, oferecendo-lhes a possibilidade de retornar ao trabalho, caso haja mudança ou alteração da “situação” do afastamento. Esse tipo de consulta ao funcionário afastado por autodeclaração contraria as orientações que o Banco do Brasil tem divulgado aos seus gestores, e aos compromissos que o BB adotou com os funcionários nas negociações com o movimento sindical.

Há reclamações em relação a cobrança de metas de negócios, com insinuações de falta de comprometimento dos funcionários pelo não atingimento dos resultados, demonstrando falta de respeito e empatia, situação em que não se está levando em consideração a conjuntura social do país e a crise sanitária causada pelo combate ao coronavírus, indo na contramão do que o Banco do Brasil tem preconizado nas negociações com os sindicatos.

Uso irregular do banco de horas

Outra reclamação se refere ao fato de que, em algumas unidades, estão sendo utilizados o banco de horas positivo dos funcionários para abonar horas já flexibilizadas, em consoante com as medidas de contingenciamento e segurança para atendimento bancário, já adotadas em todas as unidades do banco. Ou seja, o BB já assegurou o abono, sem necessidade de utilizar o banco de horas, em negociação junto à Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, e no comunicado interno – Informe Coronavírus n.6.

“Achamos muito ruim criar alguma forma de punição para aqueles que estão na linha de frente atendendo a população com essa questão da utilização do banco de horas, e também vemos de forma muito negativa qualquer pressão para o retorno dos colegas que declararam que moram com pessoas dos grupos de risco e estão em casa, porque a ideia seria não colocar em risco a vida dos familiares desses colegas que se dedicam à empresa”, protestou João Fukunaga, coordenador da CEBB.

Reforço das orientações corretas

Na terça-feira (12), o movimento sindical se reuniu com a Administração da PSO, em São Paulo SP, a fim de buscar solução e ajustes para as denúncias. Na reunião, o Comitê de Administração da PSO assegurou que não há nenhuma maneira distinta de tratar esses assuntos longe do que o Banco do Brasil já vem adotando, como medida para proteger trabalhadores e cliente, mas se comprometeu a reforçar as orientações corretas do banco junto aos seus gestores, enquanto mantém canal permanentemente aberto para recepcionar as reclamações dos funcionários via sindicatos, no sentido de dar o devido tratamento e solução.

Nessa ocasião, foi solicitada, também, a atenção da administração da PSO quanto à possibilidade de se evitar utilizar as férias futuras dos trabalhadores ou, se o caso for imprescindível, fazê-la com a devida parcimônia, em períodos inferiores a 15 dias, a fim de assegurar algum tempo de descanso futuro para os funcionários.

“Consideramos um ato de maldade obrigar o trabalhador a cumprir, logo de imediato, o saldo futuro de 30 dias de férias para o período em aquisição, embora amparado na Medida Provisória 927 do governo federal e nas orientações do BB. Por esse critério, o funcionário ficará em torno de dois anos e meio ininterruptos sem férias, o que poderá comprometer sua saúde, causando esgotamento e perda de produtividade”, avaliou Getulio Maciel, dirigente sindical da Fetec-CUT/SP e representante da CEBB.

“O que nos causa mais estranhamento é o fato de que, principalmente, não há nenhuma orientação oficial de qualquer diretoria do Banco do Brasil sobre a forma de tratar esses assuntos”, ressaltou Fukunaga.

“O fato é que, a Diretoria de Gestão de Pessoas do BB já tem conhecimento dessas situações e está buscando compreender essas denúncias para devida correção e alinhamento dos rumos que estão sendo tomados para salvaguardar o funcionalismo nesse momento de pandemia”, acrescentou o dirigente.

Qualquer reclamação de descumprimento dessas orientações devem ser encaminhadas para os sindicatos, para que os mesmos encaminhem as demandas ao banco, para a devida regularização, conforme acordado entre os sindicatos e as áreas de Gestão de Pessoas, PSO’s e o Comitê de Gestão de Crise.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região com CUT

Contraf-CUT cobra do BB abono de três dias para grupos de riscos

Publicado em: 07/05/2020

A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) enviou ofício ao Banco do Brasil reiterando a solicitação de manutenção do abono dos dias 7, 8 e 9 de abril para os funcionários que estavam em casa à disposição do banco (situação 478) antes de o banco comunicar que utilizaria mecanismos previstos na Medida Provisória 927/2020 sobre a concessão de férias e a criação de banco de horas.

No comunicado, enviado aos gestores no dia 7 de abril, sem negociação prévia com a representação sindical e nem com os funcionários, o banco também revogou a autorização do uso do código 478 para o abono de dias, dando a possibilidade da utilização de banco de horas, outros abonos de direito dos funcionários, folgas e solicitação de licença prêmio.

“O banco cometeu um erro na comunicação aos gestores. As alternativas apresentadas em substituição ao abono pelo código 478 precisam da autorização dos funcionários. Os gestores não poderiam simplesmente acessar o sistema e fazer a alteração da situação. Precisariam do consentimento dos funcionários, mas foram levados ao erro pelo banco”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. “Tampouco poderiam colocá-los em férias, devido ao prazo mínimo de 48 horas definido pela MP 927. O próprio sistema bloqueia essa possibilidade. Por isso, insistimos para que o banco mantenha o abono para estes funcionários pelo código 478 para estes três dias”, completou.

Entenda o caso

No dia 7 de abril, o banco enviou um comunicado aos gestores informando que aplicaria os termos previstos na Medida Provisória 927, permitindo, a partir daquele momento, a comunicação ao funcionário do acionamento de férias, com antecedência de apenas quarenta e oito horas.

Os funcionários que estavam em isolamento residencial, enquadrados na situação “478 – outros abonos” eram os alvos desta determinação. Como o comunicado oficial foi feito no dia 7 de abril, o prazo de 48 horas para o aviso de férias venceria no dia 9 de abril e o gozo das férias teria início em 10/4, que foi feriado nacional da Sexta-Feira Santa. Assim, o efetivo gozo das férias começaria no dia 13/4, segunda-feira.

Os gestores foram obrigados a suspender o abono pelo código 478 no próprio dia 7 de abril e, como os funcionários não podiam voltar ao trabalho por serem do grupo de risco, ou morarem com pessoas do grupo de risco, e também não poderiam conceder férias antes de 48 horas de aviso prévio, acabaram substituindo por outras situações de abono de dia que necessitariam do consentimento dos funcionários.

Ações do movimento

“Não estamos pedindo nada além do que o cumprimento da lei e do que determina nosso acordo coletivo de trabalho. Os dias 7, 8 e 9 devem ser abonados (situação 478) para todos os funcionários que estavam em casa à disposição do banco”, explicou o coordenador da CEBB.

“Já nos reunimos com o banco para tratar do assunto, que nos informou que, até aquele momento não havia instrução para que fosse concedido o abono dos dias 7, 8 e 9. Agora, mandamos o ofício com esta reivindicação e esperamos que o banco reconsidere sua posição, que é um flagrante desrespeito ao que está definido em nosso acordo. Caso, o banco insista neste desrespeito, teremos que analisar quais medidas serão tomadas”, concluiu o coordenador da CEBB.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Banco do Brasil deve crescer mais que concorrentes no crédito, diz presidente

Publicado em: 29/04/2020

A pandemia de covid-19 deve fazer o Banco do Brasil (BB) voltar a crescer mais que seus concorrentes privados no crédito neste ano, algo que não acontecia desde 2015. Enquanto os pares estão mais retraídos, a instituição não descarta chegar ao fim de dezembro com uma carteira maior do que havia projetado — as estimativas do banco eram expandir o volume de operações entre 5,5% e 8,5%.

“É provável que vejamos o crescimento de crédito no BB acima do que planejamos no início do ano, puxado principalmente pelo aumento da demanda por liquidez de setores empresariais”, afirmou o presidente do BB, Rubem Novaes, numa entrevista concedida ao Valor por escrito, como é praxe do executivo.

A prioridade, no entanto, é atender clientes com quem o banco já tinha relacionamento — leia-se, cujo risco já é conhecido pela instituição. Isso não evitará, entretanto, um impacto na rentabilidade do banco, dado o maior volume de provisões.

Economista liberal e defensor do isolamento vertical da população, Novaes reiterou que um “lockdown” prolongado pode ser pior que a crise de saúde em si. O presidente do BB também disse que o impacto da pandemia reforça a necessidade de reformas e afirmou temer que deixe um legado fiscal perverso. “Confesso estar preocupado: grandes crises assanham os piores instintos intervencionistas e expansionistas do Estado”, ressaltou.

Fonte: Valor Econômico

BB adiciona mais de 1,5 milhão de usuários em canal digital durante a pandemia

Publicado em:

O Banco do Brasil viu a demanda por seus canais digitais saltar em meio à pandemia do novo coronavírus no Brasil, que reduziu o atendimento na rede física. Foram adicionados mais de 1,5 milhão de novos usuários no aplicativo da instituição desde março, quando tiveram início as medidas de isolamento para conter a propagação da doença no País e as agências bancárias passaram a fechar as portas duas horas antes.

Assim, a adesão que o BB tradicionalmente registrava ao redor de quatro meses ocorreu em apenas 40 dias. A maior demanda nos canais digitais empurrou o total de clientes que acessam o APP do banco para um total de 15,6 milhões de usuários.

“As adversidades sanitárias que atravessamos contribuem para a aceleração do comportamento digital dos nossos clientes. Aqueles mais habituados com o atendimento físico incorporaram em sua rotina a utilização de canais bancários digitais de forma surpreendente”, destaca o presidente do BB, Rubem Novaes, em nota exclusiva ao Broadcast.

De acordo com ele, os números do banco comprovam a mudança no comportamento dos clientes, que veio para ficar, mas que também são respaldados pela segurança das ferramentas digitais da instituição. “Esta mudança comportamental certamente terá efeitos perenes, para além da crise temporária do covid-19”, avalia o executivo.

Com a pandemia, a média de novos usuários no aplicativo do BB por dia em abril teve um salto de 358% à observada nos seis meses anteriores. Além disso, o uso do canal cresceu. O número de acessos diários ao APP teve aumento de 25% por dia em abril.

Fonte: Seu Dinheiro

Operações em home office testam defesas de compliance na pandemia

Publicado em: 23/04/2020

Negócios de bilhões de dólares estão sendo feitos de mesas de cozinhas ou em quartos uma vez que operadores de mercados financeiros estão trabalhando em casa como medida para evitar a disseminação do coronavírus, colocando sob teste protocolos criados para fazê-los seguirem as regras.

Longe de escritórios, executivos encarregados por regras de compliance descobriram que não podem mais fiscalizar suas equipes, o que tem deixado alguns bancos e corretoras preocupadas sobre as atividades de seus operadores durante medidas de quarentena.

“O pessoal de compliance não pode andar pelos andares para ver o que realmente está acontecendo e ouvir parte das conversas”, disse Rahel Sexton, diretora de serviços forenses e de práticas de integridade da EY, em Londres.

E após enfrentarem multas de bilhões de dólares por manipulação de mercado, empresas financeiras estão dependendo de suas equipes de compliance contra abusos e para se manterem longe do radar de autoridades dos mercados.

“Há uma série de questões em termos de como um banco pode transmitir para uma sala de estar todo o excelente trabalho realizado em promover um comportamento cultural e ético”, disse Martin Pluves, presidente-executivo da Comissão de Padrões de Mercados (CFTC) da britânica FICC.

A entidade foi criada para melhorar a conduta nos mercados de renda fixa e commodities, e Pluves está planejando uma série de ações para que os participantes os ajudem a exitar potenciais armadilhas de conduta.

Enquanto isso, bancos estão cobrando de autoridades garantias de que não sofrerão sanções assim que a pandemia for resolvida, disse um alto executivo da área de compliance de uma corretora global.

A maior tarefa é garantir que os operadores não estejam utilizando seus telefones pessoais e que todas as transações tenham um rastro eletrônico que os reguladores podem verificar em caso de suspeitas.

“A maior parte dos reguladores tem sido compreensiva sobre as questões de auditoria, mas apenas a CFTC deu um alívio real sobre potenciais questões envolvendo gravações de voz”, disse o executivo, acrescentando que há algumas dificuldades como a realização a partir de casa de transações como block trades.

“Trabalhar de casa era muito raro antes da pandemia. Era coisa apenas para um importante operador que tivesse uma grande casa em um bairro chique”, disse Tim Carmody, vice-presidente de tecnologia da IPC, uma empresa norte-americana de sistemas financeiros.

Os ricos operadores novaiorquinos estão recebendo companhia de colegas em apartamentos de cidades como Auckland, London, Boston e São Paulo, em um momento em que bancos e corretoras estão atuando para se manterem ativos durante a pandemia.

Para ajudar os bancos a cumprirem regras de compliance, Carmody disse que a IPC instalou 10 mil gravadores de voz em casas de operadores nos Estados Unidos e Europa entre o começo de março e meados de abril.

“Temos visto quais clientes estavam preparados para isto e quais enfrentam problemas”, disse ele, acrescentando que enquanto grandes instituições financeiras instalaram centenas, se não milhares de kits nas casas de seus operadores, os bancos menores enfrentam dificuldades.

“Os agentes de compliance vão ter de correr para se adaptar e entender que os processos mudaram”, disse Sexton, da EY.

Fonte: Portal Terra

Coronavírus: análise da conjuntura econômica e de investimentos do Economus

Publicado em: 16/04/2020

No mês de março/2020, a declaração da Organização Mundial de Saúde -OMS, de que a Covid-19 se caracterizava como uma pandemia, causou uma reação bastante aguda e rápida dos investidores, não apenas no Brasil, mas em todos os mercados do mundo. Observou-se que a aversão ao risco atingiu todos os ativos, de forma indistinta. Ativos de renda fixa, renda variável e commodities, subitamente, perderam expressivo valor de mercado.

A incerteza dos investidores é em relação ao impacto e à duração dessa pandemia na economia, ou seja, na redução do consumo pelas famílias, na saúde financeira das empresas, que tendem a reduzir suas atividades e deverão produzir resultados inferiores, bem como dos entes públicos, cujos gastos devem aumentar substancialmente para suportar os serviços, que serão bastante demandados pela população.

Até a chegada da Covid-19 no Brasil, a economia se encontrava em meio a uma recuperação gradual. Esse otimismo havia feito o índice Ibovespa registrar nível recorde à época.

Com a incerteza e a aversão ao risco tomando conta dos mercados, mesmo os títulos emitidos pelo governo brasileiro, considerados de mais baixo risco no país, também tiveram perda de preço (com o aumento das taxas), pois investidores preferiram trocá-los por ativo ainda de menor risco, dinheiro em caixa. E, nesse mesmo sentido, seguiram também os títulos de renda fixa privados, emitidos por empresas e instituições financeiras.

O segmento de renda variável, de maior risco, teve impacto ainda mais severo. Para se ter ideia da magnitude das variações, apenas no mês de março, o Ibovespa apresentou queda de 29,9%, acumulando -36,8% em 2020. O índice de Títulos Públicos NTN-B (IMA-B) variou -6,97%, em março, enquanto o índice de Fundos Imobiliários (IFIX), -18,8%, e o índice de Fundos Multimercado, (IHFA) -6,5%.

Ao longo do mês de março, com os pacotes de ajuda financeira divulgados por vários países, sobretudo os Estados Unidos, o mercado esboçou recuperação. Entretanto, ainda reage às novas informações, que ora são negativas, sendo a volatilidade a característica marcante do seu comportamento no momento, sem clara demarcação do seu sentido ainda.

A Política de Investimentos do Economus é concebida com base no perfil de compromissos dos Planos Previdenciários, em fundamentos técnicos e na assunção de nível de risco adequado ao grau de maturidade de cada plano. Além disso, a alocação dos ativos também se orienta pelo horizonte de investimento da poupança previdenciária, que é de longo prazo.

Com relação aos investimentos de renda fixa, apesar do ajuste negativo de valor (da cota do perfil conservador, por consequência), são todos de boa qualidade creditícia. No momento, não vislumbramos problemas de pagamento dos compromissos pelos seus emissores.

Com relação aos investimentos de renda variável e estruturados, o horizonte de investimento para esses ativos é de longo prazo. Estamos passando por um momento adverso e não previsto. Porém, esse ciclo deverá passar e, no médio prazo, os ativos deverão recuperar seu valor.

A seguir, apresentamos a composição dos investimentos por segmento, acompanhada dos resultados no mês de março, e em horizontes mais longos:

Fonte: Economus

BB muda regras dos afastados na pandemia e prejudica bancários

Publicado em: 08/04/2020

O Banco do Brasil alterou nesta terça-feira (7), de forma unilateral, as regras para os funcionários que estão afastados ou em home office por conta da pandemia de coronavírus (Covid-19). A decisão do banco segue orientação do Governo Federal, através da medida provisória 927, prejudicando os trabalhadores, criando inclusive um banco de horas negativo para ser compensado futuramente.

A medida editada pelo presidente Jair Bolsonaro diz no seu artigo 6º que o empregador pode, de forma compulsória, decidir pela antecipação das férias do trabalhador, com antecedência de, no mínimo, 48 horas, por escrito ou por meio eletrônico, com a indicação do período a ser gozado. Em outro artigo, o 14º, a MP estabelece a constituição de regime especial de compensação de jornada, por meio de banco de horas, criando um “saldo negativo”, que o trabalhador terá de compensar futuramente, quando as medidas de isolamento social por conta do novo coronavírus acabarem.

Por conta da medida e orientação do Governo Federal, o Banco do Brasil, orientou todos os seus gestores a entrarem em contato com os empregados afastados que fazem parte do grupo de risco, informando o período de férias antecipadas e a possibilidades da utilização de abonos e saldo do banco de horas. A medida atingirá, em especial, os afastados à disposição do banco que não estão realizando funções em home office por especificidades de seu serviço, que só podem ser realizados presencialmente, ou por dificuldades tecnológicas.

Ataque aos trabalhadores

“Ficou clara a tentativa de prejudicar todos os trabalhadores do BB que são autodeclarados no grupo de risco ou por coabitação com pessoas do grupo de risco. Com base nisso, os funcionarios do grupo de risco e autodeclarados não devem retornar ao trabalho, porque podem ter sua saúde e até mesmo a vida, em risco, no caso de possível contaminação pelo Covid-19, mas utilizarão, de forma obrigatória, os abonos, saldo de banco de horas, antecipação de férias, ou entrarão em regime de abono de horas negativos, o que é extremamente desrespeitoso”, critica o dirigente sindical da Fetec-Cut/SP Getúlio Maciel, que também é membro da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB.

Recentemente, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio de Mello, indeferiu pedido de medida liminar em mais quatro ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) ajuizadas contra a MP 927/2020 em relação a esse tema, solicitadas por partidos políticos de oposição ao governo – PSB (ADI 6.348), PCdoB, PSol e PT (ADI 6.349), Solidariedade (ADI 6.352) e ainda Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria (ADI 6.354), garantindo que os dispositivos da MP 927 estejam dentro dos limites constitucionais.

“Vivemos no Brasil uma situação onde quem manda no Executivo está a serviço das elites patronais, e o presidente do BB vem reproduzindo todos esses desmandos do governo federal; estes não têm nenhum compromisso com os funcionários do BB que lutam diuturnamente em busca de resultados pra empresa com responsabilidade social e bom atendimento”, finaliza Getúlio.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Sindicato no DF denuncia Banco do Brasil ao MPT por recusa ao teletrabalho

Publicado em: 26/03/2020

O Sindicato dos Bancários do Distrito Federal encaminhou na sexta-feira (20) denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT) contra o Banco do Brasil, por recusa à implantação do teletrabalho nas atividades que são notoriamente compatíveis com a modalidade. Contrariando essa recomendação, o banco negligencia o combate ao coronavírus, expondo os funcionários ao contágio.

De acordo com a notificação do Sindicato, o BB vem mantendo elevado contingente de trabalhadores em seus prédios administrativos situados no Distrito Federal. A entidade requer ao MPT “providências para compelir o banco a suspender imediatamente o trabalho presencial nos prédios”.

A secretária de Assuntos Jurídicos do Sindicato, Marianna Coelho, diz que a postura da direção do banco atenta contra a saúde e a própria vida dos empregados e da comunidade em geral. “Isso vai além do simples descaso, é uma irresponsabilidade perigosa, de altíssimo risco”, diz ela.

O Sindicato requer providências do MPT também quanto à violação por parte do BB do decreto do GDF que proíbe o atendimento ao público nas agências bancárias.

“A direção do Banco do Brasil precisa compreender a gravidade da situação a que os bancários estão submetidos em unidades que prestam atendimento ao público e nas grandes concentrações, que os expõe ao risco da contaminação do coronavírus”, assinala o presidente do Sindicato, Kleytton Morais.

Fonte: Sindicato dos Bancários do Distrito Federal