Grandes bancos fecharam quase 1,8 mil pontos de atendimento em 2024

Publicado em: 23/01/2025

Os cinco grandes bancos brasileiros (Itaú, Banco do Brasil, Caixa, Bradesco e Santander) fecharam 1.774 pontos de atendimento — agências e postos — em 2024, segundo apontaram em relatório os analistas do UBS BB. O grande destaque ficou com o Bradesco, que eliminou 1.358 unidades.

“Acreditamos que a tendência de queda no número de pontos deve continuar a ajudar os bancos incumbentes a reduzir a lacuna de eficiência em relação aos novos entrantes”, dizem os analistas.

O número de agências bancárias no Brasil atingiu um pico em março de 2015, com 23.154 unidades. Desde então, vem caindo de maneira praticamente ininterrupta até os dias de hoje. Atualmente são 16.573 agências, com queda de 28,4%, ou 6.581 unidades desde então.

Além das agências, existem atualmente no país 11.537 postos de atendimento (PAs) físicos. Em março de 2015, eram 10.474, ou seja, houve uma alta de 1.063 (ou 10,1%).

Os PAs são estruturas mais simples, subordinados a uma agência, e que não contam, por exemplo, com serviços como câmbio, operações de tesouraria, fundos de investimentos para clientes qualificados, entre outros. Além disso, muitos não são abertos ao público geral, são pontos de atendimento dentro de determinadas empresas, repartições públicas, universidades etc, destinados única e exclusivamente aos membros daquela instituição.

Muitas agências são transformadas em PAs, que, por ter uma estrutura menor — como não lidam com numerário, não precisam de cofre, porta giratória, entre outrs itens — exigem gastos bem inferiores.

Fonte: Valor Econômico

Presidente do Banco do Brasil manda acelerar fechamento de agências

Publicado em: 11/02/2021


Depois do sucesso nos planos de demissão voluntária — 5.533 funcionários aderiram aos programas, que pagarão até R$ 450 mil de indenização —, o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, vai acelerar o processo de fechamento de 361 pontos de atendimento, sendo 112 agências.

A meta é encerrar todo o processo de reestruturação até junho, para que os resultados já apareçam no balanço do Banco do Brasil no segundo semestre. Por sinal, o BB apresenta, nesta quinta-feira (11/02), as demonstrações financeiras de 2020. Bradesco, Itaú Unibanco e Santander registraram lucros menores do que em 2019.

Pelos planejamentos do Banco do Brasil, a economia com as demissões voluntárias — o custo do programa será apresentado com o balanço de 2020 — e com o fechamento de postos de atendimento será superior a R$ 300 milhões neste ano e de R$ 2,7 bilhões até 2025.

Brandão não quer fazer muito barulho em cima do programa de reestruturação, pois quase perdeu o cargo porque políticos foram pedir ao presidente Jair Bolsonaro que o BB suspendesse o fechamento de agências. O presidente da República ameaçou o subordinado de demissão.

Poder ficou na língua

O chefe do Executivo, no entanto, jogou para a plateia. Todo o processo de ajuste do Banco do Brasil foi acertado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e passou pelo crivo do Palácio do Planalto. O poder de Bolsonaro ficou só na língua.

O Banco do Brasil justifica que a reestruturação é urgente, para se tornar mais competitivo e enfrentar novos concorrentes, como as fintechs e os bancos digitais, que vêm apresentando crescimento espetacular.

A estrutura atual do BB é considerada inchada e incompatível com as de seus principais concorrentes, que, por terem controle privado, têm mais agilidade na tomada de decisões. O Banco do Brasil enfrenta uma série de burocracia da máquina estatal.

Fonte: Blog do Correio Braziliense