BB transforma postos de atendimento em loja, afirma sindicato

Publicado em: 22/10/2021

Como parte do processo de sua reestruturação, a direção do Banco do Brasil está transformando os PAAs (Posto de Atendimento Avançado) em lojas autônomas, sem vínculo com as agências madrinhas, como aponta o Sindicato dos Bancários da Bahia. Com a mudança, o gerente de relacionamento, que era o responsável pelas unidades, será nomeado como gerente geral, mas sem receber o valor correto pela função.

O BB tem no total 992 PAAs que atendem, na grande maioria, cidades pequenas, no interior do país. São municípios sem agência do banco. Os postos eram vinculados às unidades maiores, que davam suporte necessário para o atendimento. Mas, a partir da mudança, toda decisão será tomada no próprio PAA, sem vínculo com a agência mãe.

A alteração imposta pela direção da empresa, sem nenhum diálogo ou negociação com os trabalhadores, obriga os atuais gerentes de relacionamento a assumirem o novo cargo com apenas o acréscimo de R$ 132,00 no salário. Ou seja, por apenas R$ 6,00 ao dia, os trabalhadores vão assumir a função de gerente geral. Um valor desproporcional do que realmente ganha a função.

Para piorar, o trabalhador que não quiser assumir o cargo imposto pelo BB, perde a função e também a comissão, porque nos postos de atendimento não terão nenhum outro gerente. Consequentemente, o funcionário entrará no VCP (Vantagem de Caráter Pessoal) e se tornará escriturário.

Assim que informada da reestruturação, o Sindicato dos Bancários da Bahia debateu, no dia 20 de outubro, o assunto na Comissão de Empresas do BB, para cobrar explicações, mas o banco somente afirma que irá implantar o sistema, ignorando a desproporcionalidade da função com o aumento proposto. O Sindicato disse que não aceitará  que os funcionários trabalhem mais sem a devida remuneração e continuará denunciando a atitude abusiva do Banco do Brasil.

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia

Banco do Brasil tem 160 agências e postos com aviso de encerramento

Publicado em: 18/03/2021

O Banco do Brasil já pregou avisos de fechamento nas portas de pelo menos 160 unidades de sua rede, considerando agências tradicionais e postos de atendimento, segundo mapeamento preliminar feito pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Finaceiro (Contraf) e obtido pelo Estadão/Broadcast. Apesar da crise gerada no Palácio do Planalto, o plano de reestruturação, anunciado em janeiro, não só foi mantido como já começa a ser implementado.

A lista oficial das agências que serão fechadas – em um total de 112 -, porém, ainda não foi divulgada pelo BB. Segundo o secretário-geral da Contraf, Gustavo Tabatinga, funcionário do banco, o conglomerado se nega a passar aos funcionários as unidades que serão encerradas, postura que ele afirma ser inédita. “O banco alega questões de mercado, mas, em todas as reestruturações feitas no passado, o banco nos passava essas informações, até para que possamos orientar os trabalhadores”, disse o sindicalista, em entrevista ao Estadão/Broadcast.

Diante da negativa do BB, os bancários se mobilizaram e começaram a mapear, por conta própria, as agências e os postos de atendimento que já estavam em processo de encerramento. Para isso, foram de unidade em unidade para verificar quais delas já contavam com o cartaz que avisa do fechamento aos clientes, uma obrigação que o banco tem de cumprir 30 dias antes do encerramento de fato.

O levantamento é considerado preliminar porque a Contraf não tem presença em todos os municípios onde o BB tem alguma unidade. O número, portanto, pode ser maior.

O plano do BB envolve a desativação de 361 unidades ao longo do primeiro semestre, sendo 112 agências tradicionais, sete escritórios e 242 postos de atendimento. Além disso, haverá a conversão de 243 agências em postos de atendimento e oito postos de atendimento em agências, transformação de 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem guichês de caixa, relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios e criação de 28 unidades de negócios (14 agências especializadas agro e 14 “escritórios digitais leves”).

Nordeste

Pelo mapeamento do Contraf, a região mais afetada será a Nordeste, com 60 unidades com cartazes já colados. O Estado com maior número de encerramentos em andamento, por enquanto, é São Paulo, com 17, seguido do Rio de Janeiro, com 14, e o Pará, com 13.

“Fechar agências numa pandemia é jogar as pessoas para a aglomeração e exclusão bancária. Há agências que estão em cidades que só têm aquela agência e vão ficar sem banco”, afirma Juvandia Moreira, presidente da Contraf.
Segundo levantamento da Contraf, 23 municípios ficarão sem agências bancárias, a maioria no Nordeste: seis na Bahia (Caem, Gentil do Ouro, Itaquera, Lajedo do Tabocal, Pau Brasil e Uibai), quatro em Sergipe (Nossa Senhora de Lourdes, Monte Alegre, Pacatuba e Tomar de Geru), duas no Ceará (Santo Antônio do Jaguaribe e Itaiçaba), uma em Alagoas (Passo do Camaragibe) e uma na Paraíba (Alagoa Grande).

Também ficarão órfãos cinco municípios do Pará (Água Azul do Norte, Curuca, Monte Dourado, Ourem e Ourilândia do Norte), um no Acre (Mâncio Lima), um no Mato Grosso (Ribeirão Cascalheira), um no Paraná (Laranjal) e um em Rondônia (Alto Alegre dos Parecis).

Fonte: Estadão

Banco do Brasil deve fechar oito agências no Ceará, diz sindicato

Publicado em: 11/02/2021

O Banco do Brasil (BB) deve fechar oito agências no Ceará e transformar outras cinco em postos de atendimento, segundo informações do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB). As medidas fazem parte do plano de reestruturação do banco anunciado em janeiro, mas o BB não confirma quantas e quais agências devem ser afetadas no Estado.

De acordo com o presidente do sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, serão fechadas as seguintes agências:
Fortaleza (Aerolândia, Parquelândia e Av. Barão de Studart) e Região Metropolitana de Fortaleza e interior (Juaci Sampaio, Santana do Cariri, Alto Santo, São João do Jaguaribe e Itaiçaba).

As agências do Cambeba (Fortaleza), Orós, Aiuaba, Catarina e Irauçuba devem virar postos de atendimento, conforme o Sindicato. “Está faltando muita transparência do Banco do Brasil. Eles não deram nenhum detalhe. Mas um levantamento feito pelo próprio sindicato está denunciando o fechamento dessas agências. Funcionários já relataram que foram retirados de suas funções originais e constam agora no quadro como excesso”, explica Bezerra.

Ele detalha que as pessoas enquadradas como excesso não têm um destino certo, podendo ser transferidas para qualquer outra cidade e estado.

O projeto de reestruturação prevê fechamento de 112 agências no Brasil. Na segunda-feira (8), o BB comunicou que mais de 5,5 mil funcionários já aderiram aos programas de desligamento voluntário da empresa no País, lançados em janeiro.

De acordo com o Sindicato, ao todo, as medidas devem afetar 150 mil pessoas, entre clientes e população em geral nessas localidades.

Procurado, o Banco do Brasil informou, por meio de nota, que comunicou prontamente os sindicatos da reestruturação e “colocou-se à disposição das entidades sindicais para prestar os esclarecimentos necessários”. No entanto, o banco não se pronunciou sobre quantas e quais agências no Ceará serão afetadas. A instituição também ressalta que os clientes serão comunicados com antecedência sobre qualquer mudança.

O BB justifica as modificações com base no “aumento do comportamento digital de seus clientes”. Segundo o banco, desde 2016, vem havendo “significativa redução nas transações em guichês de caixa (-42%), enquanto o uso do mobile praticamente dobrou no mesmo período e já responde por 86% das transações, junto com o internet banking”.

Fonte: Diário do Nordeste

 

Justiça determina reabertura de agências do BB em três cidades alagoanas

Publicado em: 11/10/2017

A Justiça determinou a reabertura das agências do Banco do Brasil que foram transformadas em postos de atendimento nos municípios de Canapi, Mata Grande e Piaçabuçu, no Sertão de Alagoas.

Procurada pela reportagem do G1, a assessoria de comunicação do Banco do Brasil informou, por meio de nota, que a instituição aguarda a notificação judicial para avaliar o assunto.

A direção do BB fechou agências ou as transformou em pontos de atendimento em Alagoas e outros estados do país no início deste ano, como parte de um plano de reestruturação que envolveu também um plano de aposentadoria incentivada dos funcionários.

A reabertura das agências foi determinada pelo Juiz de Direito Henrique de Barros Teixeira, da 3ª Vara Cível da Capital, e foi proferida na última quarta-feira (4). A ação popular é de autoria do deputado estadual Ronaldo Medeiros (PMDB).

De acordo com o texto da ação, o fechamento das agências nesses três municípios sobrecarregou o atendimento na agência localizada em Delmiro Gouveia, que já contaria com número insuficiente de caixas e funcionários.

O autor da ação alega também que entrou em contato com a Superintendência do Banco do Brasil para solicitar a reversão do rebaixamento das agências em Canapi, Mata Grande e Piaçabuçu, mas não obteve resposta.

Na decisão, o juiz determina a suspensão do rebaixamento e a retomada do atendimento normal das agências do BB nestes três municípios em até 15 dias úteis. A multa em caso de descumprimento é de R$ 5 mil diários.

Fonte: G1

Justiça suspende decisão que proibia fim de 13 agências no MA

Publicado em: 20/12/2016

A Justiça do Maranhão suspendeu a decisão da Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís, que havia determinando que fossem mantidas em pleno funcionamento todas as agências do Banco do Brasil no Maranhão, abstendo-se o banco de reduzi-las a postos de atendimento.

No entendimento do desembargador, Jamil Gedeon, a instituição bancária não teve a oportunidade de se manifestar previamente no processo, conforme prevê o novo Código de Processo Civil (CPC), que, em seus artigos 9º e 10º, estabelece que não seja proferida decisão contra uma das partes sem que seja a mesma previamente ouvida.

Para o desembargador, as providências adotadas na decisão de primeira instância constituem uma intervenção direta do Poder Judiciário no domínio econômico da atividade empresarial e na liberdade de iniciativa própria, impedindo o  do Brasil de exercer livremente os seus atos de gestão, guiado pelas regras de mercado e sob a fiscalização dos órgãos de controle a que se submete. Avaliou também que a decisão ingressa no sigilo da atividade desenvolvida pela instituição financeira, visando a produção de um futuro pronunciamento judicial.

A decisão de primeira instância determinou, além da proibição do fechamento das agências, a apresentação de relatório evidenciando a motivação, os impactos econômicos e a adequação das mudanças ao plano de negócios do Banco do Brasil, bem como a estratégia operacional da instituição financeira, apresentação de quantitativos de funcionários dos atendimentos realizados em 2016, número de clientes das agências que serão reestruturadas, entre outras exigências, incluindo a inversão do ônus da prova.

No tocante à inversão do ônus da prova determinado na decisão do juiz de base, Jamil Gedeon ressaltou que ela só pode ser admitida nas relações de consumo quando demonstrada a verossimilhança das alegações do consumidor, a hipossuficiência do mesmo quanto ao grau de dificuldade em obter informações técnicas pertinentes à relação de consumo, o que, no seu entendimento, não seria o caso, uma vez que não se mostram verossímeis às alegações do Procon, que, embora atue em defesa dos direitos do consumidor, com estes não se confunde e não se qualifica como destinatário direto da medida.

Pela decisão da 3ª Câmara Cível, o Procon e o Banco do Brasil serão intimados através do Diário de Justiça Eletrônico para ciência do julgamento. Em caso de recurso, o prazo é de 15 dias a partir da sua publicação.

Fonte: http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2016/12/justica-suspende-decisao-que-proibia-fim-de-13-agencias-do-bb-no-ma.html

Justiça suspende fechamento de agências no Maranhão

Publicado em: 02/12/2016

O Banco do Brasil não poderá mais fechar agências no Estado do Maranhão. O fechamento de 13 agências foi suspenso após a Justiça deferir liminar em ação civil pública requerida pelo Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor do Maranhão (Procon/MA). Em nota, a instituição afirma que vai recorrer da decisão.

O encerramento das atividades das unidades faz parte do plano de reestruturação anunciado em 21 de novembro pelo presidente do banco, Paulo Cafarelli. De abrangência nacional, com agências sendo fechadas em todos os Estados brasileiros, a medida também prevê um plano voluntário de aposentadoria para 18 mil funcionários.

Na liminar, o magistrado titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos, Douglas Martins, determina o pleno funcionamento das agências maranhenses, vetando, ainda, sua redução a postos de atendimento. O banco deverá apresentar relatório evidenciando a motivação, os impactos econômicos e a adequação das mudanças ao plano de negócios e à estratégia operacional da instituição.

Além disso, o Banco do Brasil precisará apontar quais os serviços deixariam de ser prestados nos postos de atendimento e quais continuariam a ser oferecidos, além de informar quais providências estão sendo ou foram tomadas para não gerar impacto negativo aos consumidores. A instituição também deve apresentar o número de funcionários, atendimentos realizados em 2016 e clientes das agências que serão reestruturadas no Estado.

De acordo com o Procon, a decisão de encerrar as atividade de determinadas agências fere o direito do consumidor. “É uma alteração unilateral do contrato, ou seja, o descumprimento do serviço essencial por parte da instituição bancária, sem qualquer consulta aos correntistas das agências. Dessa maneira, o fornecedor descumpre o artigo 51 do Código de Defesa do Consumidor, prejudicando os usuários do serviço.”

Para o presidente do Procon-MA e diretor dos Procons Nordeste, Duarte Júnior, a determinação do Banco do Brasil  não condiz com o lucro obtido pelo banco. “Mesmo com lucros bilionários, o Banco do Brasil prefere fechar agências do que investir na melhoria e humanização do atendimento. Temos pleno conhecimento que o princípio da livre iniciativa é essencial para a ordem econômica, assim como os direitos básicos do consumidor”, afirma.

Somente entre 2015 e 2016, as fiscalizações do Procon geraram multas num total de R$472 mil para as agências que devem ser fechadas no Maranhão. Demora demasiado no atendimento, grandes filas e falta de dinheiro no caixa eletrônico foram algumas das causas. “É contraditório acreditar que o consumidor maranhense não será afetado com o fechamento de agências, que são também utilizadas para recebimento de benefícios sociais”, afirma a instituição em nota divulgada à imprensa.

Em seu requerimento, o Procon-MA também aponta que o investimento em atendimento digital sugerido pelo Banco do Brasil não é suficiente e condizente à realidade do Estado, onde apenas 9,8% dos domicílios têm acesso à internet, segundo dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). “A economia local será afetada, principalmente nos municípios do interior do estado, onde não existe grande quantidade de agências à disposição e o dinheiro em espécie ainda é mais utilizado que cartões de débito ou crédito”, destaca o presidente do Procon-MA.

De acordo com a decisão judicial, caso o fechamento das agências não seja suspenso, o banco pode ser condenado a pagar a quantia de R$ 40 mil em danos morais coletivos.

Em nota, o Banco do Brasil afirma que nenhum município ficará sem assistência e que as contas dos clientes nas agências que serão fechadas serão transferidas automaticamente para outras agências.

Confira a íntegra da nota enviada pelo Banco do Brasil ao ‘Estado’:

“O Banco do Brasil informa que irá recorrer da decisão da justiça maranhense e que vai prestar todas as informações necessárias sobre as medidas de reorganização institucional. O BB esclarece que nenhum dos municípios em que está presente atualmente ficará desassistido. As contas dos clientes das agências encerradas serão transferidas para agências próximas, de forma automática, sem que os clientes necessitem realizar qualquer procedimento adicional. Os clientes poderão manter seus cartões e senhas para transações, mesmo que haja alteração no número da conta.

Canais diversificados irão disponibilizar todas as informações necessárias, como o hotsite www.bb.com.br/novoatendimento, SMS, aplicativo para celular, terminais de autoatendimento, além de correspondências, contato dos gerentes e cartazes nas agências. Equipes de funcionários foram treinadas exclusivamente para essa comunicação e atendimento. O Banco também divulgou telefones exclusivos para atendimento aos clientes sobre mudanças de agência: 0800 729 5282, com funcionamento de segunda a sexta-feira, de 8h às 22h.

Além dos pontos físicos, o BB oferece a maioria das transações pelo aplicativo para celular e Internet – canais que mais crescem hoje na preferência dos usuários -, Central de Atendimento por telefone e nos terminais de autoatendimento próprios e da Rede 24Horas, além de correspondentes bancários. No Estado do Maranhão, o BB continua com a maior rede de atendimento. São 105 agências e 51 postos de atendimento bancário.”

Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,justica-suspende-fechamento-de-agencias-do-banco-do-brasil-no-maranhao,10000091479