Em meio à volatilidade à solta entre as ações de estatais após intervenções do governo Bolsonaro neste mês, o Banco do Brasil (BBAS3) reassegura seu comprometimento com a agenda de eficiência, apesar das pressões políticas, conforme aponta o Safra, após uma bate-papo com Carlos André, Diretor Financeiro (CFO) do banco na véspera (25).
Com 37 anos de experiência na instituição financeira, o executivo deixou a equipe do Safra otimista em relação à eficiência de ganhos.
“A instabilidade política não compete à administração do Banco do Brasil, informou o CFO durante a conversa. A reorganização da rede de atendimento do banco, que culminou com o fechamento de agências e demissões, melhorará a qualidade do serviço, à medida que segmenta a cobertura ao cliente com um estrutura física menor”, discorrem os analistas Luis Azevedo e Silvio Dória, que assinam, o relatório a clientes.
A dupla do Safra também saiu do encontro com a avaliação de que o Banco do Brasil não parece tão ávido por alienar sua parte na Cielo (CIEL3).
No começo da semana, o banco já informou que não há qualquer decisão no âmbito de sua governança sobre a companhia de pagamentos, afirmando, contudo, que “avalia constantemente oportunidades e alternativas que contribuam com sua estratégia corporativa”.
O comunicado do BB veio após o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, publicar no último fim de semana que, depois de meses estudando diversas alternativas, o Bradesco (BBDC) e o Banco do Brasil – que dividem o controle da empresa de meios de pagamentos – estão concluindo estudos para o fechamento do capital da Cielo.
“Apesar dos escarceis políticos, ainda vemos o Banco do Brasil como um das melhores ações no setor bancário. O papel está bastante descontado, abaixo de sua média de dois anos em 6,8 vezes e rebaixado em 8,5 vezes ante seus pares”, concluem os analistas do Safra.