Saraiva adia reunião sobre plano de recuperação após pressão do BB

Publicado em: 17/02/2022

Os credores da Saraiva, que está em recuperação judicial, toparam adiar novamente a assembleia geral que vai votar um aditivo ao plano de recuperação da empresa. A nova data, aprovada por 83% dos credores, será em 7 de março.

A rede de livrarias, que já foi a maior do país, não consegue aprovar um novo plano de recuperação judicial porque não chega a um acordo com o Banco do Brasil, que detém quase um quinto de uma dívida de cerca de R$ 700 milhões. Sem a concordância do BB, são grandes as chances de o plano não passar e a rede se aproximar da falência.

Segundo interlocutores, as duas opções postas na mesa pela Saraiva desagradam ao BB. O plano prevê que uma das alternativas para os credores é aceitar 80% de deságio e receber o restante em ações da holding da Saraiva — algo que estaria fora de cogitação para o banco, de acordo com advogados que acompanham o processo.

A outra opção seria abrir mão do deságio, mas receber em suaves prestações até 2048 — e amargar cinco anos de carência sem ver nenhum centavo.

A alternativa mais atrativa para o Banco do Brasil no momento, segundo pessoas familiarizadas com o tema, é se desfazer dos créditos que detém da Saraiva. O banco estatal estaria negociando transferir os créditos a outra instituição financeira.

Procurado, o banco diz que “continua procurando uma alternativa junto à empresa e aos demais credores, mas não pode comentar sobre os andamentos das negociações”.

A data da nova assembleia é 7 de março, o que ficaria fora do prazo estipulado pela lei de falências. Com isso, vai depender do juiz Paulo Furtado, da 2ª Vara de Falências de São Paulo, decidir se a assembleia pode ser realizada ou se o adiamento é irregular.

Fonte: Portal IG

 

BB expressa preocupação com eventual recuperação judicial da Odebrecht

Publicado em: 06/06/2019

O presidente do Banco do Brasil (BB), Rubem Novaes, reconheceu haver preocupação da instituição com um possível pedido de recuperação judicial da Odebrecht. Segundo Novaes, a dívida da companhia com o banco ultrapassa R$ 9 bilhões.

“Há preocupação, sim, lógico que há preocupação. Os bancos têm um crédito grande [com a Odebrecht], mas felizmente estão bens provisionados, em condições de enfrentar qualquer situação”, disse.

O presidente do BB falou aos jornalistas após reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes. Também participaram da conversa o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.

Questionado sobre os pedidos periódicos de Guedes para “despedalar” os bancos públicos, Novaes afirma que isso está acontecendo aos poucos, na medida do possível. “Estamos agora na operação [venda das participações] do IRB e da Neoenergia, batendo a porta aí”, completou.

Após a reunião com Guedes, Levy disse que o BNDES pretende ajudar principalmente em investimentos de infraestrutura. “Está cheio de coisa para a gente fazer, no gás, no saneamento. É ótimo que o Congresso está acelerando a votação do [novo marco legal do] saneamento, trazer o capital privado e melhorar a vida de milhões de pessoas”.

Levy também foi questionado sobre se o BNDES devolverá mais dinheiro ao Tesouro, além do previsto em cronograma. O presidente do banco de fomento respondeu que devolverão “tudo o que puder”.

Fonte: Valor Econômico