Ações do BB Seguridade podem subir 24%, após resultados no 1º tri, diz UBS

Publicado em: 12/05/2022

O UBS BB recalculou o preço-alvo das ações do BB Seguridade (BBSE3) após os resultados financeiros da companhia no primeiro trimestre, a R$ 31,00. O relatório também recomendou a compra das ações. O valor indica uma alta de 24% nas ações da companhia, que atualmente é negociada em queda de 0,87%, a R$ 25,10, por volta das 12h00.

Segundo o relatório do banco, assinado por Kaio Prato e sua equipe, os dados divulgados no 1T22 superam os anteriores devido a dados financeiros melhores “e resultados acima do esperado com resseguros na Brasilseg, apesar da sinistralidade rural mais alta”.

O BB Seguridade, braço de seguros do Banco do Brasil (BBAS3), lucrou R$ 1,2 bilhão no primeiro trimestre de 2022, alta de 21% ante mesmo período do ano passado e o melhor primeiro trimestre da história da companhia.

O número ficou um pouco acima do consenso de mercado reunido pela Bloomberg, que esperava lucro líquido de R$ 1,1 bilhão.

Destaques

Dentre os pontos positivos destacados pelos analistas, estão: as receitas de corretagem, principalmente previdenciária e rural; maiores contribuições na Brasilprev (segmento previdenciário); e menor G&A (despesas gerais e administrativas) na Brasilseg (segmento de seguros).

Já os fatores negativos avaliados pelos especialistas do UBS são: a sinistralidade na Brasilseg, principalmente rural; as saídas líquidas na Brasilprev; e maiores despesas com corretora (acordo sindical e maior volume de provisão para devolução de comissões à Brasilprev).

Sinistralidade rural

Para o Itaú BBA, por sua vez, os prêmios auferidos da Brasilseg somaram R$ 2,8 bilhões, uma alta de 18,8% na comparação anual. Segundo o relatório do banco, o resultado foi impulsionado, principalmente, pelo segmento rural. O qual “cresceu quase 45% na comparação anual, mais uma vez com maiores custos de insumos agrícolas, o crescimento anual também foi auxiliado pelo segmento Vida, que cresceu 8% no ano”.

Os analistas do Itaú ressaltaram que a sinistralidade global atingiu 45,3%, de 37,8% no 1T21; enquanto a sinistralidade do segmento rural foi de 71% neste trimestre, ante 35,3% no 1T21.

Para Pedro Leduc e os demais analistas do Itaú, o BB Seguridade apresentou “resultados neutros com tendências semelhantes aos trimestres anteriores”.

Fonte: Money Times

BB poderá liberar recurso e garantir operações em parceria com o UBS

Publicado em: 03/12/2021

O primeiro ano de parceria entre o Banco do Brasil e o suíço UBS foi ajudado pelos bons ventos do mercado: a Bolsa era impulsionada pelos juros baixos, com investidores sedentos por aplicações mais rentáveis e empresas buscando dinheiro para alavancar negócios. Desde setembro do ano passado, o UBS-BB fez 180 operações no mercado de capitais, que movimentaram R$ 200 bilhões.

Agora, o casamento vai a outro patamar: com o cenário mais difícil, o BB deve abrir a carteira caso seja necessário garantir recursos em captações para as quais faltem interessados. Com as empresas capitalizadas e alguns setores em dificuldades, os sócios também preveem mais operações de fusões e aquisições em 2022. Com os novos negócios, o UBS-BB pretende chegar ao topo do ranking dos maiores bancos de investimento do País.

“Dependendo do mês, estamos hoje na quarta ou na quinta posição no ranking”, disse o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, ao Estadão/Broadcast. “A meta é chegar entre os três primeiros já no ano que vem.”

Segundo ele, o banco público tem robustez no balanço que permite dar a chamada “garantia firme” às operações. Na prática, se uma emissão não tiver demanda suficiente para ser concretizada, o banco público fica com parte dos títulos e depois tenta vendê-la a investidores.

“O índice de Basileia do BB (que mede a capitalização de um banco em relação a seus ativos de risco) era 19,3% em setembro, bem acima do mínimo exigido pelo Banco Central, de 10,6%. É um indicativo de que a instituição tem capital disponível para expandir o crédito.”

Casamento

A parceria entre o BB e o UBS foi anunciada em plena pandemia. Sylvia Coutinho, presidente do banco suíço, afirma que colocar o negócio em prática foi ainda mais desafiador. Para dar conta do aumento da demanda, o UBS-BB saiu de 370 funcionários para mais de 560.

Parte do êxito, dizem os executivos, veio em função da estrutura pulverizada de agências do BB, que permitiu a atração de pessoas físicas para operações. Houve negócios com 150 mil investidores. Para Sylvia, existe um bom horizonte, apesar da piora com a economia do País em 2022: “O País está barato”, resume a executiva, que também vê espaço para crescimento da renda fixa.

ESG

No último ano, houve destaque também para as operações com pegada sustentável. “Fomos líderes em emissões verdes, com 22 transações”, diz a executiva do UBS.

Segundo Ribeiro, do BB, um dos compromissos do banco em sua agenda de sustentabilidade para 2030 era movimentar R$ 30 bilhões em operações de cunho sustentável. Atingiu 90% da meta – R$ 27 bilhões – nove anos mais cedo, graças ao momento do mercado e à parceria. Com isso, a meta deve ser revisada para cima.

A presença do Banco do Brasil no agronegócio, setor no qual detém 55% do crédito, também deve impulsionar emissões do tipo. “A parceria tem potencial tremendo para encontrarmos formas de compensar os nossos produtores (em emissões), que hoje estão no centro dessa linha de preservação”, diz Ribeiro.
Soma de forças

Casamento

Em setembro do ano passado, BB e UBS uniram suas operações para ganhar fôlego e disputar as primeiras posições no segmento de bancos de investimento.

Resultados

Ao longo dos primeiros 12 meses de parceria, as instituições participaram de 180 operações, que movimentaram R$ 200 bilhões.

Equipe

Ao longo desse período, a operação do UBS-BB viu sua equipe aumentar de 370 para 560 funcionários.

ESG

Os bancos ganharam força nas chamadas emissões “verdes”, que incluem critérios sustentáveis.

Fôlego

O total de operações com pegada sustentável chegou a 22, com movimento de R$ 27 bilhões.

Fonte: Estadão

 

Daniel Bassan é nomeado presidente do UBS BB Investment Bank

Publicado em: 01/10/2020

A sociedade entre o UBS Group e o Banco do Brasil (BBAS3) para banco de investimento e corretagem na América do Sul, chamada UBS BB Investment Bank, inicia operações nesta quinta-feira com Daniel Bassan como presidente.
Bassan, chefe de global banking do UBS no Brasil desde novembro de 2016, manterá a posição na joint venture. Ele começou no UBS em março de 2016, depois de ser trabalhado no Credit Suisse e no Banco BTG Pactual.

Hélio Magalhães, presidente do conselho do Banco do Brasil e ex-presidente do Citigroup no Brasil, será o chairman do UBS BB Investment Bank. “Seremos muito competitivos em qualquer mercado, local e global”, disse Sylvia Coutinho, presidente do UBS no Brasil e chefe de gestão de fortunas para a América Latina do banco, que será também vice-presidente do conselho do UBS BB Investment Bank. “Há muito pouca sobreposição de capacidades, então a sinergia é perfeita”, disse André Brandão, presidente do Banco do Brasil.

O UBS e o Banco do Brasil anunciaram em novembro que criariam uma parceria para Brasil, Argentina, Chile, Paraguai, Peru e Uruguai, com o objetivo de ganharem participação no competitivo negócio de banco de investimento na América do Sul e no mercado de corretoras institucionais no Brasil. O UBS terá o controle acionário, com 50,01% da joint venture, e o Banco do Brasil, maior banco do Brasil em ativos, ficará com o restante.

Dar o controle ao banco sediado em Zurique significa que a sociedade não terá de cumprir algumas das limitações que o Brasil impõe aos bancos estatais, como restrições a pagamento de bônus e contratações.

Daniel Mendonça de Barros, chefe de global markets do UBS na América Latina, terá a mesma função de chefe da corretora no UBS BB Investment Bank. A corretora do UBS era a maior em trading de ações no Brasil desde 2014 e está em segundo lugar desde o ano passado, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

“Eu vou lutar com força para ganhar de novo o primeiro lugar,” disse ele, acrescentando que agora ele tem os meios para isso, pois passa a se beneficiar do fluxo de clientes de varejo do Banco do Brasil. Até agora, a corretora do UBS no país só fazia negócios para clientes institucionais.

A parceria foi negociada entre Sylvia Coutinho e Rubem Novaes, ex-presidente do Banco do Brasil que renunciou em julho e foi substituído posteriormente por André Brandão, ex-chefe de mercado global do HSBC Holdings para as Américas. Brandão também integra o conselho de administração do UBS BB Investment Bank, junto com Francisco Lassalvia, diretor do Banco do Brasil para mercados financeiros e de capitais.

Do lado do UBS, outros membros do conselho do UBS BB Investment Bank incluem Ros L’Esperance, co-responsável pela área de global banking Américas, e Darryll Hendricks, diretor de operações do banco para as Américas.

Os clientes do BB se beneficiarão do alcance global do UBS, de seu banco de investimento e de sua área de pesquisa, enquanto o banco suíço ganha acesso ao clientes corporativos e fluxos de transações do BB. O UBS contribuirá com sua plataforma de banco de investimento com presença local no Brasil e na Argentina.

O UBS BB Investment Bank terá sede no centro financeiro de São Paulo, na avenida Faria Lima, no mesmo prédio da sede do UBS no Brasil. O Banco do Brasil, maior gestor de recursos de terceiros do país, até agora não tinha corretora própria. O banco com sede em Brasília tinha R$ 1,15 trilhão em ativos sob gestão em agosto, segundo a Anbima, associação do mercado de capitais.

Com a joint-venture, o UBS ganha entrada no mercado local de renda fixa, onde o Banco do Brasil é o quinto colocado no ranking de bancos líderes até agora neste ano, segundo a Anbima. O Banco do Brasil possuía carteira de crédito de R$ 721,6 bilhões em junho. O banco estatal pode ajudar o UBS BB Investment Bank a ganhar negócios de banco de investimento que exijam crédito, como empréstimos-ponte para aquisições ou garantia firme em transações de emissão de títulos corporativos locais.

O plano é não apenas figurar entre os principais líderes em emissão de títulos de dívida, mas também estimular o mercado secundário de títulos corporativos locais, disse Bassan. As áreas de gestão de fortunas e de gestão de ativos de terceiros não estão incluídas na joint-venture. O Banco Patagonia, o banco de varejo controlado pelo Banco do Brasil na Argentina, também não está incluído, nem escritórios de banco corporativo que o Banco do Brasil tem na América do Sul.

“Nós queremos alavancar as relações do Banco do Brasil com as empresas médias e com o setor de agribusiness, e levar essas companhias para o mercado de capitais, com um foco especial em green finance e ESG”, disse Sylvia.

Fonte: InfoMoney