A BB Seguridade, holding de seguros controlada pelo Banco do Brasil, registrou um lucro líquido de R$ 1,84 bilhão no segundo trimestre deste ano, de acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira (7/8) pela companhia. Com o resultado, o BB Seguridade teve um aumento de 30,9% em relação ao lucro obtido no mesmo período do ano passado (de R$ 1,4 bilhão).
O resultado financeiro consolidado da holding foi de R$ 376,1 milhões, o que representa uma alta de 125,9%, na comparação com o segundo trimestre de 2022. A BB Seguridade fechou o segundo trimestre de 2023 com um patrimônio líquido de R$ 8,063 bilhões, ante R$ 7,77 bilhões do mesmo período do ano passado.
O Conselho de Administração da BB Seguridade aprovou o pagamento de dividendos (parcela do lucro distribuída aos acionistas), referentes ao resultado do primeiro semestre deste ano, no valor de R$ 3,2 bilhões. Os dividendos serão pagos no dia 28 de agosto e terão como base a posição acionária no dia 16 de agosto.
BB Seguridade: o que alavancou o lucro líquido no 1º semestre?
O desempenho comercial em seguros, previdência e capitalização, melhora da sinistralidade e crescimento do resultado financeiro contribuíram para que a BB Seguridade fechasse o primeiro semestre deste ano com alta de 37,7% no lucro líquido na comparação com o mesmo período do ano passado, atingindo a marca de R$ 3,7 bilhões.
“Nosso resultado operacional continua crescendo significativamente e tem sido o principal alicerce porque o financeiro varia de acordo com a Selic, mas, o operacional, a gente pode interferir nele e temos buscado fazer com que este crescimento seja consistente e ele tem acontecido”, afrima Ullisses Assis, CEO da BB Seguridade.
Assis explica que a companhia fechou o semestre com R$ 7,7 bilhões em prêmios (valor que o cliente paga para a seguradora), crescimento de 16% na comparação com primeiro semestre de 2022. “A sinistralidade acumulada foi de 30%, 7,3 pontos percentuais menor do que igual período do ano passado”, destaca o executivo.
O volume de prêmios emitidos registrou evolução em todas as linhas de negócios, impulsionado principalmente pelo aumento de 49,9% no prestamista, com expansão das vendas e redução dos cancelamentos.
Em previdência, as contribuições chegaram a R$ 27 bilhões, com aumento de 9,5% no semestre. A captação líquida ficou positiva em R$ 2,2 bilhões no primeiro semestre deste ano, ante resgate líquido de R$ 748 milhões no primeiro semestre do ano passado.
“A gente estava tendo, nos últimos anos, captação líquida negativa. No ano passado, zeramos, e voltamos a ter captação líquida positiva. Isso é um excelente sinal. Temos menos saída de recursos e uma venda melhor do que tínhamos até então”, afirma.
Em capitalização, a arrecadação ultrapassa R$ 3 bilhões, com alta de 18,4%, movimento explicado pelo aumento das vendas de títulos de pagamento único e pela expansão da base de títulos de pagamento mensal. “Isso tudo fez com que a receita de corretagem crescesse 15%, chegando a R$ 2,4 bilhões, e o resultado gerado é de R$ 3,2 bilhões de dividendos que vamos pagar relativo ao primeiro semestre de 2023, o que representa 86% do nosso lucro”, diz.
Investimentos
De acordo com o executivo, a companhia tem focado, principalmente, em 3 pilares: investimento em transformação digital e tecnologia, experiência na transformação do cliente e novos canais de distribuição. “Investimos no primeiro semestre R$ 250 milhões em tecnologia, 12% superior ao mesmo período do ano passado”, diz.
Ele destacou ainda a importância dos canais digitais, lembrando que 71% dos clientes são ativos nas plataformas. Neste sentido, a companhia tem investido na oferta de produtos também por esses meios. Um exemplo é o remarketing WhatsApp em que o cliente, depois de fazer um Pix, por exemplo, recebe um aviso no próprio aplicativo sobre o seguro Pix.
Além da diversificação na distribuição, Assis comenta que a empresa tem usado dados e a inteligência analítica para oferecer produtos personalizados. “Estamos usando os dados de forma consistente e adotando medidas de personalização”, enfatiza.
Resultado trimestral
Considerando apenas o período de abril a junho deste ano, o lucro líquido alcançou R$ 1,8 bilhão, registrando crescimento de 30,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
Na comparação do primeiro semestre de 2023 com o mesmo período de 2022, houve expansão de 32% no resultado operacional gerencial, livre de imposto, o que explica a maior parte do crescimento do lucro, com retração expressiva da sinistralidade do seguro agrícola e forte evolução das vendas dos seguros prestamista e rural, além das captações em previdência e em capitalização.
O resultado financeiro gerencial consolidado, líquido de impostos, de todo o grupo – BB Seguridade e suas investidas – atingiu R$ 714, 3 milhões no semestre. O desempenho representa uma expansão de 79,2% no comparativo com o primeiro semestre do ano passado.
Alguns dos principais fatores que contribuíram com esse aumento foram a deflação do IGP-M, que reduziu o custo do passivo dos planos de benefício definido, e, pelo lado da receita, o aumento da taxa de retorno das aplicações e a expansão do saldo médio de ativos financeiros.
Fonte: Metrópoles com Infomoney