Usiminas renegocia dívidas com BB e outros credores, inclusive, japoneses

Publicado em: 03/07/2019

A Usiminas (USIM5) acertou a renegociação das suas dívidas com o Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Itaú Unibanco (ITUB4), revela um comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira (1º).

O acordo formalizou ainda os entendimentos com o BNDES, o Japan Bank for International Corporation (JBIC), Nippon Usiminas, Mizuho Bank e outras instituições financeiras japonesas, além de detentores de debêntures.

“A administração da companhia considera a renegociação de dívidas um marco importante para a adequação do seu perfil de endividamento às perspectivas de curto, médio e longo prazo, preservando as suas capacidades financeira e operacional”, explica a nota.

A subsidiária Usiminas International irá lançar uma emissão de títulos representativos de dívida (notes), destinados à colocação no mercado internacional, com a finalidade de captação de recursos para a realização dos pré-pagamentos.

Com isso, será feito o pré-pagamento integral da dívida junto ao BNDES e aos credores japoneses, além do parcial junto aos debenturistas.

“Eventuais recursos remanescentes da emissão serão utilizados para o pré-pagamento parcial da dívida da companhia junto aos bancos Brasileiros e/ou debenturistas”, explica a empresa.

A Usiminas também irá liberar a garantia real de hipoteca sobre imóveis em Ipatinga, implementará a exclusão da obrigatoriedade de cash sweep e excluirá a vedação de Capex (investimentos) de expansão mediante cumprimento de covenant financeiro.

“O termo estabelece que tais alterações serão formalizadas entre a companhia e os bancos brasileiros e debenturistas remanescentes em até 30 dias contados da conclusão da emissão”, conclui o texto.

Fonte: Money Times

CSN dá ações da Usiminas como garantia em renegociação, dizem fontes

Publicado em: 16/02/2018

(Bloomberg) — A CSN concordou em colocar como garantia ações que detém da siderúrgica rival Usiminas e eventualmente vender esses ativos como parte do acordo para obter alívio da dívida com pelo menos um dos seus principais bancos credores, disseram duas pessoas com conhecimento das negociações.

A CSN prometeu vender ações da Usiminas no acordo de reestruturação de sua dívida, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas porque nem todos os termos do contrato são públicos. A data para venda dessas ações será fixada pela CSN, disse uma das pessoas.

A siderúrgica também concordou em fazer um pagamento inicial de R$ 500 milhões, disse a mesma pessoa. A CSN preferiu não comentar.

Em agosto, a empresa possuía uma participação de 16,4% na Usiminas, que aos preços de hoje valeria R$ 2,6 bilhões. No início deste mês, CSN anunciou que alcançou um acordo com o Banco do Brasil para ampliar o prazo médio de sua dívida de 26 para 45 meses. Na época, a empresa disse que acordo similar estava em curso com a Caixa Econômica Federal, outro credor estatal.

Os dois bancos têm cerca de 49% da dívida total da CSN, segundo comunicado da empresa. Isso seria de cerca de R$ 14 bilhões, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.

A CSN não forneceu informações adicionais sobre os termos do contrato.

A empresa também está reestruturando sua dívida com o Santander, antes de buscar negociações semelhantes com o Bradesco, disseram as pessoas. Santander, Bradesco, Banco do Brasil e CEF não quiseram comentar, citando regras de sigilo bancário.

Como parte do alívio da dívida, a siderúrgica tentou emitir até US$ 1 bilhão em títulos em dólares de cinco anos para comprar US$ 750 milhões em notas com vencimento em 2019 e 2020. A CSN acabou vendendo US$ 350 milhões a 7,625%, em comparação com 6,687% a 6,5% nos títulos que a empresa está planejando recomprar agora no mesmo valor do total emitido.

Fonte: Uol Economia