BB anuncia investimento estratégico na Bitfy, fintech de blockchain

Publicado em: 16/11/2022

O Banco do Brasil anuncia o investimento estratégico na Bitfy, startup brasileira especializada em infraestrutura para operações com blockchain e criação de aplicações utilizando a tecnologia. O aporte é o primeiro realizado através do BB Impacto ASG, fundo de Corporate Venture Capital do Banco do Brasil que, sob gestão da VOX Capital, está orientado para a geração de impacto positivo.

A chegada da Bitfy na carteira de investimentos do BB amplifica a estratégia de tornar o Banco cada vez mais reconhecido como uma empresa de tecnologia e inovação. As soluções da startup podem ser utilizadas, por exemplo, em campanhas que utilizam NFTs e tokenização de ativos, o que inclui produtos do Banco do Brasil.

Por parte do Banco, o investimento visa otimizar as aplicações e sistemas internos da instituição, desenvolvendo soluções mais eficientes para democratizar o acesso a produtos financeiros, como pagamento e crédito, e não financeiros, como ativos agrícolas e carbono. Clientes pessoas físicas e jurídicas serão beneficiadas.

Fausto Ribeiro, presidente do Banco do Brasil, enxerga a tokenização como uma excelente oportunidade para melhoria e ganho de eficiência dos negócios atuais e criação de novos negócios. “O BB acredita que a tendência de tokenização ampliará opções de investimento e adicionará fontes interessantes de financiamento para empresas. Por este motivo, buscamos o investimento estratégico na Bitfy, para acelerar o desenvolvimento de soluções neste sentido”.

Fundada em 2017 por Lucas Schoch, a Bitfy possui entre os investidores a Borderless Capital, Algorand Capital e Dash Investment Foundation, especializados no mercado blockchain. A startup facilita a relação de empresas com esse ecossistema de inovação em blockchain, permitindo o desenvolvimento de soluções para troca de valor ou informação. A proposta de valor está na criação de soluções descentralizadas, transparentes e seguras, promovendo ampliação de acesso.

O BB Impacto ASG tem como objetivo investir e impulsionar startups de base tecnológica que endereçam problemas socioambientais com foco em fintechs, agritechs, govtechs, e startups com soluções que buscam melhorar a experiência digital dos clientes do Banco.

O fundo prioriza empresas nos estágios Seed e Série A, e a previsão é ter até 15 empresas no portfólio.

“O investimento na Bitfy em parceria entre o Banco do Brasil e a VOX é muito estratégico por diversos ângulos. Ao aproximar a instituição financeira mais experiente do Brasil rumo ao desenho de um arranjo financeiro mais eficiente e democrático, é possível incluir pessoas hoje à margem do sistema financeiro tradicional devido a inúmeros gargalos que a tecnologia blockchain permite solucionar”, diz Marcos Olmos, sócio e gestor da VOX Capital.

“Agora que selamos essa parceria estratégica, Bitfy e Banco do Brasil, iremos impulsionar a adoção da nova economia DeFi [finanças descentralizadas], desenvolvendo a infraestrutura necessária para ampliar a autonomia e democratizar a utilização e acesso ao ecossistema de ativos digitais em todo o Brasil”, comenta Lucas Schoch, fundador e CEO da Bitfy.

Sobre a Bitfy: A Bitfy oferece um produto de infraestrutura como serviço desenvolvido por meio de tecnologia proprietária ao longo de dez anos por especialistas em Blockchain, oferecendo um hub one-stop-shop que abstrai a complexidade da construção de soluções via blockchains, completamente seguro devido a criptografia de ponta a ponta e as etapas de autenticação de dois fatores.

Sobre a VOX Capital: Fundada em 2009, a VOX Capital é a primeira e principal gestora de investimentos de impacto do Brasil. A empresa desenvolve soluções financeiras atrativas, em que o fluxo de dinheiro gera abundância, equidade e transformações socioambientais positivas. Além disso, ela atua para democratizar o acesso a investimentos de impacto a todo tipo de investidor – do profissional ao varejo. Desde sua fundação, a VOX Capital já investiu mais de R$ 650 milhões.

Fonte: Banco do Brasil

BB cria programa de inovação Lentes e vai usar blockchain em experimentos

Publicado em: 18/03/2022

O Banco do Brasil acaba de criar o “Lentes BB”, novo programa de experimentação e inovação aberta para tecnologias digitais emergentes em novos modelos de negócios. O primeiro laboratório do banco nesse programa será voltado a blockchain. Essa tecnologia permite a duas ou mais pessoas, empresas ou computadores (que podem ou não se conhecer) trocar valores em ambientes digitais – em uma transação monetária, de informação ou outra troca de ativos – sem intermediários.

A estratégia vai permitir ao banco público aumentar o uso do blockchain e acelerar a digitalização, segundo Rodrigo Mulinari, diretor de tecnologia do BB. Outros temas estão na fila, como 5G, agronegócios, internet das coisas e inteligência artificial. A escolha do blockchain para iniciar o projeto do BB foi feita pela popularização da tecnologia. A ideia é identificar e validar oportunidades que possam se beneficiar dessa tecnologia.

O “Lentes BB” será executado por meio de laboratórios – físicos ou virtuais – com a intenção de juntar empreendedorismo, capacitação e tecnologia. A ideia do banco público é ter apoio de parceiros, que podem ser startups, universidades e outras corporações, desde que especialistas nos temas e tecnologias abordadas.

No caso do blockchain, a implementação será feita em parceria com a startup GoLedger, especializada em desenvolver sistemas desse tipo privados, sob demanda. A tecnologia usada pela empresa possibilita transações financeiras descentralizadas conhecidas como DeFi.

Esta nota foi publicada no Broadcast no dia 11/03/22, às 15h54.

Fonte: Estadão

BB é o melhor banco do país, segundo revista Época; instituição foca em blockchain

Publicado em: 30/10/2019

O Banco do Brasil, um dos principais bancos do país, foi eleito pela Revista Época, o melhor banco do Brasil, na premiação Época NEGÓCIOS 360º, ocorrida em 21 de outubro na Sala São Paulo, no centro da capital paulista.

O guia da Revista é fruto de uma parceria com a Fundação Dom Cabral da Boa Vista SCPC e conta com a colaboração da Economatica, para dados e rankings de companhias de capital aberto. Além do banco brasileiro, outras empresa foram premiadas em seus segmentos como Ambev, MRV, Natura entre outras. Os troféus entregues as vencedoras foram criados pelo designer Ronald Sasson.

Superando outras instituições financeiras o Banco do Brasil vem investindo em inovação com destaque para a tecnologia blockchain. Recentemente a instituição anunciou a criação de uma plataforma usando a tecnologia, para a Petrobras, visando permitir, entre outros, transferências e pagamentos 24×7, automatizando e reduzindo o tempo de atendimento além de proporcionar ganho em eficiência operacional.

Neste ano, o Banco do Brasil em parceria com a Caixa Econômica Federal, Sicoob, Banrisul e Santander desenvolveram uma solução conjunta, baseada em blockchain, o SFD, Sistema Financeiro Digital, para que clientes destas instituições possam fazer transferências de recursos entre si, 24 horas por dia, incluindo fins de semana, com dinheiro caindo na conta em questão de minutos, agilizando os processos de TED.

Com a tecnologia blockchain, a instituição também integrou o DeviceID, projeto da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) que é a primeira plataforma baseada em blockhain para conectar diferentes instituições financeiras e permite o compartilhamento de um conjunto de informação dos usuários de bancos e instituições financeiras, para com isso criar uma camada nova de segurança para sistemas antifraude e de identificação.

O projeto já está integrado ao Sistema de Pagamentos Brasileiro e foi desenvolvida pela CIP junto com bancos brasileiros e a IBM. Atualmente a plataforma é usa o Hyperledger Fabric, no entanto segundo Joaquim Kiyoshi Kavakama, superintendente Geral da CIP, o Corda, do consórcio R3, também será integrado ao sistema.

Ainda sobre a premiação da Revista Época, um levantamento feito pelo Cointelegraph, revelou que das cerca de 27 empresas premiadas pelo grupo de mídia, 70% delas já vem desenvolvendo provas de conceito ou pretendem estudar aplicações baseadas em blockchain.

Como noticiou o Cointelegraph, sobre a interação entre bancos e a indústria cripto/blockchain, um professor da Stanford Graduate School of Business diz que as criptomoedas acabarão com o dinheiro que os bancos desfrutam atualmente de depósitos com juros baixos.

Fonte: Cointelegraph

Petrobras utiliza blockchain privada do BB para fazer transações

Publicado em: 11/09/2019

O Banco do Brasil (BB) é uma das instituições financeiras brasileiras que vem adotando a blockchain e já tem produtos ativos baseados na tecnologia, já disponíveis para clientes da instituição. Conforme destacou recentemente o gerente de Soluções da Diretoria de Tecnologia do BB Bruno Barbosa Schmidt, o banco pesquisa as possibilidades da blockchain desde 2015.

O BB vem trabalhando em uma aplicação chamada SFD (Sistema Financeiro Digital), que permite a liquidação bruta em tempo real. A aplicação seria uma espécie de transferência instantânea, diferente do DOC, que pode ser feita via smartphone usando apenas a lista de contatos do cliente, sem a necessidade de número de agência ou conta.

Outra aplicação que o BB vem trabalhando é o SBP (Sistema Brasileiro de Poderes), destinada a clientes corporativos, permitindo a movimentação de dinheiro. Segundo Schmidt, este processo vem sendo desenvolvido com vários clientes do banco, entre eles a Petrobras, e já tem demonstrado resultados positivos. No caso da companhia de petróleo, transações que antes demoravam até oito dias uteis para serem confirmadas, são realizadas em apenas três horas.

“Na Petrobras, por exemplo, esse processo levava oito dias úteis. Criamos uma rede de blockchain para eles e esse prazo caiu para três horas”, disse Schimidt, lembrando que “o uso da tecnologia blockchain traz valor para os clientes da instituição, permitindo transferências e pagamentos 24×7, automatizando a reduzindo o tempo de atendimento e ganhando eficiência operacional”.

Fonte: Criptofácil

BB, Caixa Econômica, Sicoob, entre outros, lançam blockchain privada

Publicado em: 13/06/2019

Foi lançada na quarta-feira (12), no CIAB Febraban, a Rede Blockchain do Sistema Financeiro Nacional. Desenvolvido pela CIP (Câmara Interbancária de Pagamentos) e pela Febraban (Federação Brasileira de Bancos), o sistema é uma aprimoração do Device ID, projeto apresentado no evento do ano passado.

Segundo a Folha, nove bancos já aderiram ao sistema de compartilhamento de dados e a rede já se encontra em operação. O lançamento ocorreu durante o CIAB Febraban 2019, que acontece no Transamerica Expo Center, em São Paulo (SP), nos dias 11, 12 e 13 deste mês.

Os bancos que aderiram foram os seguintes: Bradesco, Banrisul, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Original, Itaú, JP Morgan, Santander e Sicoob. O serviço é pago, mas os bancos terão suas partes liquidadas pela CIP durante um ano — “qualquer instituição financeira pode aderir ao sistema”, diz o artigo.

A princípio, apenas a identificação de dispositivos móveis roubados será compartilhada, diz o site. No entanto, o novo instrumento dá início a um desenvolvimento no setor de pagamentos instantâneos, e também abre espaço para o open banking entre instituições.

Blockchain contra fraudes

Em um processo semelhante ao projeto da Anatel chamado ‘Celular Legal’, onde usuários, fabricantes e operadoras colaboram entre si no caso de roubo de aparelhos, o sistema da CIP informa os demais bancos quando apenas um é comunicado.

Do mesmo modo, caso o aparelho seja recuperado, todo sistema bancário em rede é informado em conjunto. Isso é possível devido à característica intrínseca da tecnologia blockchain em compartilhar, sem mudanças, todas as informações inseridas pelos nodes.

Será possível, também, introduzir informações através de uma API (Interface de Programação de Aplicativos), caso a instituição não tenha a tecnologia blockchain.

De acordo com a Folha, o superintendente-geral da CIP, Joaquim Kawakama, disse que a entidade já está em contato com operadoras para incluí-las na rede.

Leandro Vilain, da Febraban, também comentou:

“Essa é mais uma ferramenta para os algoritmos de segurança dos bancos. Com ela, o volume de fraudes via celular vai cair drasticamente”.

Fonte: Portal do Bitcoin

Blockchain: BB e outros três bancos aumentam investimento em tecnologia

Publicado em: 04/07/2018

A grande aposta dos bancos brasileiros tem sido a tecnologia, incluindo o blockchain. Depois do ano de 2017, os investimentos feitos pelas instituições financeiras no setor tecnológico só têm aumentado e chegou a marcar R$ 19,5 bilhões, segundo dados da 26ª pesquisa de Tecnologia Bancária da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).

Desenvolvida em parceria coma Deloitte, a pesquisa aponta que houve um aumento de 5% em investimentos em tecnologia em relação a 2016. Metade desses R$ 19,5 bilhões investidos nesse ano foram destinados ao desenvolvimento e aprimoramento de softwares e plataformas digitais.

O estudo contou com a participação de 24 bancos, os quais representam 91% dos ativos dessa indústria no País.

Esse interesse por parte dos bancos coincide com o significativo aumento de fintechs no país e com o fato do Banco Central procurar cada vez mais o caminho da regulamentação de operações de crédito que utiliza o sistema peer-to-peer (ponto a ponto).

No último mês, o Bacen havia regulamentado as fintechs de crédito permitindo que essas atuem como Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP), que conectam investidores a tomadores de recursos. A regulamentação, contudo, previu limite de R$ 15 mil para empréstimos.

Os ventos da mudança chegaram. Os bancos tradicionais, ao se depararem com o surgimento dos primeiros bancos 100% digitais, tiveram de repensar sua forma de atuar no mercado e declarar guerra as fintechs já não era mais uma saída interessante.

As fintechs que funcionam como Sociedades de Empréstimo entre Pessoas intermedeiam operações peer-to-peer pelas quais pessoas aplicam dinheiro de um lado, e empresas ou outras pessoas físicas pegam empréstimos de outro.

Entre Open Banking e o Blockchain

A imagem de um cliente indo até a uma agência física para conversar sobre investimento com o seu gerente nos remete a um filme antigo tendo em vista as inúmeras plataformas digitais pelas quais esse mesmo cliente opera a partir de alguns toques na tela do seu celular.

Isso, contudo, tem avançado e hoje as instituições financeiras passaram a trabalhar em parceria com fintechs através das Interfaces de Programação de Aplicação (APIs – sigla para o termo em inglês Application Programming Interface).

Essas interfaces possibilitam que empresas conectem seus sistemas aos dos bancos integrando dados e operando de modo automatizado e isso é o que possibilita o funcionamento da plataforma Open Banking.

A Stefanini, uma grande desenvolvedora de soluções para bancos, afirmou que essa nova funcionalidade deve ganhar fôlego com a nova regulamentação do Banco Central sobre a concessão de crédito por fintechs.

Breno Barros, diretor de inovação e de negócios da Stefanini, afirma que essa é uma evolução natural das eras do Internet Banking (década de 1990) e do Mobile Banking (2010): “Agora chegou a hora do que acreditamos ser o Seamless Banking – um banco em qualquer lugar, em qualquer dispositivo e em qualquer momento”.

O Banco do Brasil foi a instituição que primeiro adotou a plataforma Open Banking, na América Latina. Mas o maior avanço em bancos 100% digital parece que tem sido do Bradesco, que já fechou uma parceria com a fintech CAPTCO a fim de desenvolver sua plataforma Next.

Essa inovação de Open Banking não é, entretanto, o ápice buscado pelos bancos. As instituições financeiras tem investido em pesquisas a fim de possibilitar o uso do Blockchain e isso tem se evidenciado cada vez mais.

Depois de o Santander, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, SICOOB e Banrisul se juntarem num projeto que envolve um novo serviço digital baseado no Blockchain, eis que já se fala num projeto-piloto a ser desenvolvido pela Febraban.

Na 28ª edição do CIAB Febraban – Congresso e Exposição de Tecnologia da Informação das Instituições Financeiras, foi apresentado pelo Grupo de Trabalho Blockchain Febraban um protótipo para reforçar a segurança na adesão de clientes para receber, dos bancos, um determinado serviço ou produto por meio digital.

Gustavo Fosse, diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Febraban, afirmou que os bancos debateram nesse congresso “os avanços obtidos com tecnologias como internet das coisas, inteligência artificial e computação cognitiva, usadas para aprimorar a experiência digital dos correntistas”.

“Também tivemos a apresentação de um protótipo de Blockchain, feito de maneira colaborativa entre as instituições, e importantes discussões para outros segmentos, como a criação de um ecossistema de pagamentos instantâneos no Brasil”, disse.

O grupo de trabalho existe desde agosto de 2016 e conta com a colaboração com 18 bancos e instituições financeiras, incluindo o próprio Banco Central. Coincidência ou não, o aumento em investimentos das instituições financeiras em tecnologia sucedeu partir de 2017, depois de um jejum de dois anos.

Fonte: Portal do Bitcoin

BB, Caixa e Santander anunciam projeto conjunto de blockchain para correntistas

Publicado em: 30/05/2018

O grupo formado pelos bancos Banrisul, Banco do Brasil, Caixa Federal, SICOOB e Santander anunciou na última sexta-feira, durante o 11º Fórum Internacional de TI Banrisul, a criação de um novo serviço para os correntistas, com base em blockchain, nomeado de Sistema Financeiro Digital – SFD – que permitirá transferências de recursos entre clientes dos cinco bancos.

O anúncio foi realizado em conjunto no painel formado pelo gerente executivo da Unidade de Transformação Digital do Banrisul, Ranieri Fernandes; pelo gerente de Arquitetura Corporativa do SICOOB, Márcio Rodrigues; pelo gerente da Divisão de Engenharia de Software do Banco do Brasil, Bruno Schmidt; e pelo gerente executivo de Arquitetura de TI da Caixa Econômica Federal, Paulo da Costa.

O moderador do painel, Julio Brunet, diretor do Banrisul, disse que o projeto é resultado do trabalho colaborativo dentro do sistema empresarial mais competitivo do Brasil, que é o sistema financeiro, para a criação de um ecossistema digital onde todos poderão desenvolver suas aplicações. “Eu tenho muito orgulho que o Banrisul, junto com os demais bancos parceiros, esteja a escrever as linhas de código do que pode vir a ser um padrão para as transações financeiras ou não no País. Hoje, estamos fazendo história aqui”, frisou.

Márcio Rodrigues, do Sicoob, mostrou como funciona, atualmente, o Sistema de Pagamento Brasileiro. “É muito improvável que essa estrutura pare, mas se parasse teríamos um caos no sistema financeiro brasileiro. Por isso, é necessário pensar em novos modelos”, afirmou. Ele declarou que, com essa tecnologia se firmando, acredita-se que todos os produtos bancários podem ser revisitados e remodelados. “A adesão das instituições financeiras, assim como dos clientes, é espontânea. Essa é a primeira rede permissionada de blockchain em instituições financeiras do Brasil, e a única de que se tem conhecimento”.

Paulo da Costa destacou que essa tecnologia é realmente disruptiva. “Mudamos a nossa forma de trabalhar, criando um ambiente para desenvolver e estruturar essa aplicação”. Ele salientou que “temos um grande desafio que é cultural. As pessoas ainda não conseguem pensar em um modelo sem intermediários, mas essa tecnologia oferece novas possibilidades”.

Bruno Schmidt explicou a estruturação do projeto. “O Banco do Brasil criou um laboratório para estruturar este projeto e os bancos disponibilizaram funcionários para trabalhar em conjunto”.

Fonte: IP News

Racha entre bancos trava implementação ampla do blockchain no Brasil

Publicado em: 20/04/2018

Uma disputa entre grandes bancos está travando a implementação mais ampla de inovações no setor financeiro no Brasil com uso do blockchain, arquitetura que registra informações de uma rede de forma criptografada, verificável e compartilhada.

Há pelo menos quatro anos em discussão na Febraban, entidade que representa o setor bancário, o blockchain (cadeia de blocos, no tradução literal do inglês) é visto como candidato a promover mudanças profundas no modelo de negócios de setores inteiros da economia.

Dadas as possibilidades inerentes ao blockchain, como de rastreabilidade e de que negócios entre duas partes ocorrerem sem necessidade de validação por terceiros, empresas tão distintas quanto fabricantes de bebidas e locadoras de veículos vêm fazendo investimentos crescentes no setor.

No setor bancário, isso pode trazer ao cotidiano inovações como transferências bancárias a qualquer dia e hora ao custo de uma fração do atualmente pago nas TEDs e DOCs, ou a digitalização do real, tudo dentro de um período de implementação relativamente curto.Nada comparável com o governo de Cingapura, que está na segunda fase de um projeto destinado a fazer todo seu sistema bancário rodar com base em blockchain, mas ainda assim profundas.

“Daqui a alguns anos, qualquer troca ou liquidação financeira será feita por meio de blockchain”, diz o vice-presidente responsável por tecnologia do Bradesco , Maurício Minas.

Já se visualiza, por exemplo, cenário de redesenho ou de substituição da Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP), central responsável pela comunicação das transações entre os bancos, parte do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), diz Thiago Charnet, diretor de arquitetura da informação no Itaú Unibanco .

Mas isso depende de consenso entre as instituições sobre qual plataforma usar. Há dois grupos fazendo um cabo de guerra, cada qual tentando fazer prevalecer seu modelo, com Itaú Unibanco e Bradesco de um lado, e Santander , Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal do outro.

Hoje, os bancos testam várias plataformas de blockchain simultaneamente, dependendo da aplicação desejada. “O mais provável é que daqui a alguns anos os bancos estejam usando várias plataformas, cada qual para uma aplicação diferente”, disse Guilherme Horn, chefe no Brasil da área de inovação da Accenture no Brasil.

Para uso mais abrangente, as preferências têm se dividido. Santander, BB e Caixa têm desenvolvido testes conjuntos no Multichain e no Hyperledger Fabric, plataforma totalmente aberta tida como mais eficaz na interface dos bancos com empresas clientes, por exemplo.

Já Itaú e Bradesco preferiram aderir ao Corda, sistema desenhado para o setor financeiro pelo R3, consórcio global de 94 instituições financeiras do mundo, incluindo eles mesmos, além da B3 , no Brasil.

Na semana passada, o Santander Brasil lançou um serviço de remessa internacional por meio do Repo, considerado o melhor para esta atividade. Itaú e Bradesco, com mais dois bancos, começaram mais cedo neste ano no país a usar blockchain nas transações entre eles com derivativos de balcão, com base no Corda.

Além das preferências tecnológicas, o embate envolve questões mais amplas, como o controle de como e quem pode ter acesso à informação, uma tema sensível no setor financeiro, dada as implicações sobre sigilo e a sustentabilidade do negócio.

Daí a preferência dessas instituições para fazerem parte de um consórcio fechado, o que lhes dá maior controle para impor determinados limites sobre a versão licenciada.

O Corda e o Hyper Ledger são conhecidos como Distributed Ledger Technologies (DLT), sistema parecido com o blockchain, mas que difere dele por ter controle mais centralizado. O Hyper Ledger, no entanto, é todo desenhado sobre plataforma aberta, enquanto o Corda tem duas versões. Na fechada, só os sócios têm acesso.

“Mas outros usuários podem usar uma versão aberta, compatível”, diz o diretor-geral do R3 no Brasil, Keiji Sakai.

Oficialmente, os bancos dizem que as diferentes plataformas podem conviver e que os resultados de testes ao longo do tempo vão indicar quais as melhores para cada aplicação.

“Não achamos que seja um programa rival do Corda, embora algumas aplicações sejam parecidas”, disse Igor Regis Simões, gerente-executivo de tecnologia do Banco do Brasil, sobre o Hyper Ledger.

As declarações amistosas dos executivos, no entanto, contrastam com embate de bastidores entre os bancos para tentar fazer prevalecer sua preferência, e que traz consigo interesses de gigantes de tecnologia incluindo IBM , Oracle e SAP , e possíveis contratos de centenas de milhões de dólares.

“Algumas discussões no âmbito do sistema financeiro sobre a escolha da melhor plataforma deixaram de ser técnicas”, disse uma fonte, que pediu para não ser identificada.

Com isso, algumas novidades previstas pela própria Febraban para 2018 com uso do blockchain foram adiadas. “Era para ser o ano da aplicação, mas isso atrasou”, disse a fonte. Procurada, a Febraban não comentou o assunto.

Uma das mais ambiciosas é a criação de uma versão digitalizada do real, que permitiria que pessoas fizessem, por exemplo, pagamentos por meio de uma carteira digital, um projeto que tem interesse direto do Banco Central.

Em vez disso, os bancos têm avançado mais rapidamente com o uso do blockchain para uso interno. O BB já tem uma moeda digital própria, o “flurbos”, usado para patrocinar projetos internos de inovação. O Bradesco está desenvolvendo algumas soluções que poderão ser vendidas para empresas ou para governos.

Alheio a essa disputa, o BC tem feito vários testes que o setor chama de provas de conceito e que podem chegar ao público nos próximos meses, incluindo um sistema de identificação digital para combater fraudes.

Fonte: Época Negócios

Bancos do Brasil testam tecnologia do bitcoin para baratear os custos

Publicado em: 29/09/2017

A tecnologia blockchain, a mesma usada para criar a moeda digital bitcoin, já está sendo testada por bancos brasileiros com o objetivo de diminuir custos de transações. O país, porém, ainda engatinhando em relação a outras economias mais avançadas, avaliam especialistas.

Por meio do blockchain é possível distribuir dados pela rede de várias máquinas conectadas em locais diferentes. Cada máquina tem uma cópia do conteúdo, que é gerenciado de forma compartilhada.

Esses dados são armazenados em blocos de informação criptografada, o que torna impossível excluir uma informação depois que ela foi inserida no sistema. Também dificulta o trabalho dos hackers, porque cada mudança precisa ser validada por várias dessas máquinas.

No Brasil, o primeiro teste formal da nova tecnologia ocorreu em abril, quando um grupo de trabalho na Febraban (federação dos bancos) formado por 16 entidades –entre elas os cinco maiores bancos do país, o Banco Central e a Bolsa B3– apresentou uma simulação de compartilhamento de cadastro com dados de clientes fictícios.

Essa é apenas uma das aplicações práticas da tecnologia. Em uma transação, por exemplo, toda a rede compartilhada checaria a operação, agilizando e barateando o processo.

“O blockchain permite ter mais eficiência operacional, que é o que todos os bancos procuram”, diz Adilson Fernandes da Conceição, coordenador do grupo de trabalho da Febraban.

O processo poderia ser replicado para transferências de dinheiro, ações, propriedade intelectual, pontos de fidelidade e mesmo votos, afirma Don Tapscott, um dos autores do livro “Blockchain Revolution” (“A Revolução Blockchain”, em uma tradução livre).

“Nós usamos intermediários, como bancos e emissoras de cartões, para garantir a segurança de transações. Mas eles são centralizadores, o que significa que podem ser hackeados, e custam muito, tornando as coisas mais lentas”, critica.

EXEMPLOS

Aqui, a tecnologia ainda está passando por validação, mas no exterior já houve passos mais concretos.

O banco espanhol BBVA fez um teste e enviou euros da sede na Espanha para serem convertidos em pesos mexicanos na filial do país latino-americano. O Santander fez um projeto-piloto parecido, remetendo dinheiro de Londres para Nova York.

Em termos regulatórios, o Reino Unido está na dianteira. O Banco da Inglaterra (BC britânico) testou se era possível sincronizar um pagamento de milhões de libras que passaria por seu sistema de compensação e chegaria ao de outro banco central.

A operação foi considerada bem-sucedida e pode abrir caminho para a consolidação da tecnologia.

Fonte: Folha de S.Paulo

Blockchain e IA são prioridades dos bancos em 2017, diz Febraban

Publicado em: 14/06/2017

Segundo o diretor Gustavo Fosse, as duas tecnologias devem ganhar cada vez mais peso no plano investimento das instituições financeiras a partir deste ano

A experiência do cliente e a transformação digital entraram de vez na agenda dos bancos e empresas de serviços financeiros e devem ganhar cada vez mais peso no plano investimento dessas instituições a partir deste ano. Nesse cenário, duas tecnologias em particular encabeçam a lista de prioridades: blockchain e inteligência artificial (IA).

De acordo com a pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2017, 65% dos executivos do setor no Brasil disseram que suas instituições estudam implementar blockchain e 29% já avaliam experiências analytics e computação cognitiva ou IA. O avanço dessas análises de utilização pelos bancos para a implementação, já neste ano, de analytics, big data e computação cognitiva.

O diretor setorial de tecnologia e automação bancária da Febraban, Gustavo Fosse, observa que a IA já vem sendo empregada por alguns bancos no atendimento e interação com os clientes, através de chatbots. O próximo passo, segundo ele, será levar a tecnologia para outras aplicações, tais como para análise de risco e concessão de crédito. “A IA ainda é usada em pequena escala pelos bancos, mas a partir de 2018 o emprego dessa tecnologia deve se acelerar”, avalia.

Outras tecnologias que terão destaque segundo a pesquisa da Febraban são big data, Near Field Communication (NFC) e IoT. Mas, entre todas, a deve ganhar terreno entre os bancos é o blockchain. Segundo Fosse, o potencial do blockchain e a rapidez com que testes estão sendo desenvolvidos mundo afora colocam essa tecnologia disruptiva entre as prioridades dos bancos, inclusive no Brasil.

Um indicativo disso é que, em agosto do ano passado, a Febraban criou o Grupo de Trabalho Blockchain, composto por membros da Comissão Executiva de Tecnologia e Automação Bancária (CNAB) — Banco do Brasil, Bancoob, Banrisul, Bradesco, BTG Pactual, Caixa, Citibank, Itaú Unibanco, JP Morgan, Safra e Santander, além do Banco Central, da CIP e da B3, nova empresa decorrente da fusão da BM&FBOVESPA e Cetip.

De acordo com Fosse, o grupo desenvolveu duas provas de conceito para testar diferentes plataformas com base em um produto fictício: um cadastro de cliente com capacidade de compartilhamento entre diferentes instituições e atualização em tempo real. Na opinião dele, tudo que pode ter interoperabilidade para melhorar os serviços financeiros comparta o uso de blockchain. Como exemplo, Fosse cita a possibilidade de criação de um cadastro único de biometria, projeto, no entanto, que ainda está em estudo. Segundo o executivo, o emprego da tecnologia só não é maior porque ela não é escalável em termos de volume operacional que os bancos têm.