ANS encerra regime de direção fiscal na Cassi do Banco do Brasil

Publicado em: 17/06/2020

Pouco mais de seis meses após mudanças estatutárias terem sido aprovadas pelos funcionários do Banco do Brasil em seu plano de saúde, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou nesta segunda-feira, 15, encerramento do regime especial de direção fiscal na Caixa de Assistência dos empregados do banco, a Cassi.

De acordo com a ANS, a Cassi conseguiu regularizar seus indicadores econômicos financeiros que levaram à intervenção do órgão em julho do ano passado. Em nota, a Cassi considerou que o fim da direção fiscal é reflexo direto da aprovação da reforma estatutária pelos associados e da adoção de medidas firmes em busca de eficiência operacional e da redução de despesas.

“Agora é o momento de direcionar nossos esforços para a melhoria da assistência à saúde, com ações focadas na prevenção de doenças, para promover uma vida melhor aos nossos participantes”, acrescentou o presidente da Cassi, Dênis Corrêa.

Como mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) no final do ano passado, a mudança estatutária aprovada em novembro foi a terceira tentativa de saneamento do plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil. Na época, a Cassi enfrentava um descasamento de capital superior a R$ 900 milhões e corria risco real de liquidação da carteira.

Além do aumento da contribuição mensal dos funcionários do BB, o próprio banco se comprometeu a aportar R$ 1 bilhão no caixa da Cassi ainda em dezembro do ano passado. Com isso, foi possível apresentar à ANS um plano de saneamento que comprovou a possibilidade a readequação financeira da Cassi em um período de 36 meses.

Fonte: O Estado de Minas

Cassi apresenta proposta de recuperação que será votada por associados

Publicado em: 01/11/2019


Em mensagem dirigida aos associados da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), o seu presidente Dênis Corrêa apresentou, no hotsite #futuroagora (www.cassi.com.br/futuroagora), um espaço exclusivo com todas as informações, a proposta de recuperação da entidade.

Veja a mensagem completa de Corrêa abaixo.

Cassi apresenta proposta de recuperação

Mensagem do presidente

31/10/2019

Colegas,

A partir de hoje a Caixa de Assistência passa a divulgar os itens que compõem a proposta de recuperação da Instituição que será votada pelos associados. Uma proposta discutida com as entidades representativas dos associados, validada pela governança da Cassi, com a anuência do Banco do Brasil, que representa a entrada imediata no caixa, em dezembro de 2019, de R$ 1,06 bilhões, sendo:

  • R$ 588,1 milhões de contribuição por dependentes e taxa de administração pagas pelo patrocinador retroativas a janeiro de 2019;
  • R$ 24,9 milhões de contribuição por dependentes paga pelos associados, referente a dezembro de 2019;
  • e R$ 450,9 milhões pagos pelo patrocinador referente à liquidação antecipada das obrigações do BB com o Grupo de Dependentes Indiretos.

A proposta que irá à consulta traz também avanços significativos em relação à proposta aprovada em maio de 2019 pela maioria dos votantes (55,4 mil pessoas), mas que não atingiu o quórum de dois terços para ser implementada. Entre eles:

  • exclusão do piso mínimo de R$ 50 reais por dependente, beneficiando mais de 40 mil associados;
  • retroatividade a janeiro de 2019 para as contribuições por dependentes apenas para o patrocinador, sem onerar associados que pagarão a partir de dezembro de 2019;
  • manutenção da redação vigente de artigos sensíveis aos participantes, como o Artigo 83;
  • restrição do voto de decisão do presidente a assuntos estritamente administrativos para o funcionamento do dia a dia da Cassi;
  • ampliação do prazo para os candidatos a diretor e conselheiro comprovarem a experiência exigida, passando a valer agora a data da posse e não mais da candidatura;
  • manutenção das atuais diretorias de eleitos, adicionando a responsabilidade e funções de risco populacional.

Além dos novos recursos que entram no caixa da Cassi em dezembro, a aprovação da proposta traz, de maneira permanente, ingresso de valores importantes para a Caixa de Assistência, uma vez que fica definida a contribuição por dependentes, tanto por parte do patrocinador quanto por parte dos associados. Lembrando que esses valores não têm destinação específica e serão utilizados para prestar assistência a quem precisa. A única contribuição que ficará limitada à 2021, será a taxa de administração cobrada do patrocinador, no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2021, uma conquista importante que contribui para a recomposição do caixa da Cassi.

Importante destacar que a votação, a ser realizada entre os dias 18 e 28 de novembro, acontece no momento mais delicado da história da Cassi. Isso porque, por determinação da ANS, a Caixa de Assistência tem até o dia 22 de novembro para elaborar um programa de saneamento que reverta todos indicadores em desconformidade que originaram a direção fiscal, e que representavam no balanço de agosto:

Cassi

Tal programa deverá conter medidas factíveis e que estejam devidamente explicadas e evidenciadas em projeções que demonstrem, mês a mês, como ocorrerá a recuperação. Além disso, é preciso lembrar que termina em dezembro o Memorando de Entendimentos, o que representa R$ 50 milhões em média a menos no caixa da Instituição a partir de janeiro de 2020.

Diante do cenário apresentado, a aprovação da proposta é a alternativa viável para a Cassi continuar cumprindo sua missão de assegurar assistência às 400 mil vidas que hoje dependem do Plano de Associados.

Assim, convido a todos que acessem este hotsite #futuroagora (www.cassi.com.br/futuroagora), um espaço exclusivo com todas as informações para o entendimento da proposta. No app ou site da Cassi será possível também verificar a simulação da sua contribuição atual e de quanto seria com a aprovação da proposta. Se ainda restar alguma dúvida, procurem esclarecimentos nos canais oficiais da Cassi ou via email para propostacassi@cassi.com.br.

Somente com o apoio de cada um de vocês, associados, será possível vencer esse desafio e dar sequência ao trabalho de recuperação das finanças e de melhoria do modelo de assistência à saúde.

Atenciosamente,

Dênis Corrêa

Presidente da Cassi

BB diz que não obrigará funcionários a reduzir jornada

Publicado em: 02/12/2016


O Banco do Brasil assegurou hoje (22) que não obrigará funcionários a reduzir a jornada de trabalho ganhando menos.

A garantia foi dada a representantes de sindicatos que passaram o dia reunidos com a direção da instituição financeira para discutir o plano de reestruturação do banco que prevê um plano incentivado de aposentadorias para 18 mil empregados e o fechamento de 402 agências em todo o país.

De acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), vinculada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), o Banco do Brasil garantiu que, no remanejamento decorrente da reestruturação, o funcionário poderá optar em permanecer na jornada de oito horas, sem ser obrigado a migrar para a jornada de seis horas.

Os funcionários das áreas afetadas pelo fechamento das agências terão prioridade no sistema interno de recrutamento, concorrência e seleção do banco para serem realocados.

Em relação ao plano de aposentadoria incentivada, a Contraf-CUT informou que o banco concordou em cumprir os regulamentos do plano de previdência complementar de cada funcionário.

O tempo que o funcionário trabalhou no banco depois de conquistar o direito à aposentadoria será incorporado às indenizações.

Na reunião, os representantes dos trabalhadores cobraram garantias de que os funcionários que tiverem cargos e funções cortadas sejam mantidos na mesma localidade sem cortes de salário.

A reivindicação também vale para os empregados que ficarem de excedentes em cada agência.

A Contraf-CUT pediu ao Banco do Brasil que a opção para a redução de jornada de seis horas esteja disponível para outros cargos de analista e de assessores, como engenheiros, arquitetos, funcionários da Previ (fundo de pensão do Banco do Brasil) e subsidiárias como BB Previdência, BB Seguridade, Fundação Banco do Brasil e Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi).

Os sindicalistas pediram ainda ao banco mais transparência e informações detalhadas da quantidade de cargos e pessoas envolvidas em cada unidade afetada pela reestruturação.

Segundo a Contraf-CUT, durante a reestruturação na área de logística do banco há menos de um ano, engenheiros foram obrigados a mudar de cidade e poderiam perder os cargos e terem de mudar de local novamente.

Fonte: http://exame.abril.com.br/negocios/bb-diz-que-nao-obrigara-funcionarios-a-reduzir-jornada/