Uma questão de preço: o desafio de Bradesco e BB para fechar o capital da Cielo

Publicado em: 09/02/2024

Em um movimento que era esperado pelo mercado, a proposta de fechar o capital da Cielo por Bradesco e Banco do Brasil, que controlam a empresa, pode enfrentar resistência por conta de um fator: o preço.

Bradesco e Banco do Brasil estão oferecendo pagar R$ 5,35 por ação, um prêmio de 6% em relação ao preço de tela. Se avançar, o BB ficaria com 49,99% do capital da Cielo. E o Bradesco com o restante.

Diversos relatórios que analisaram a Oferta Pública de Aquisição (OPA) de ações da Cielo, que foi anunciada na noite de segunda-feira, 5 de fevereiro, consideraram o prêmio que Bradesco e Banco do Brasil querem pagar baixo. Em seis meses, a ação subiu 20%, mas em uma análise de tempo maior, cai 50% em cinco anos.

De acordo com o J.P. Morgan, os investidores minoritários provavelmente exigirão um preço mais alto, ainda que reconheçam o valor de aquisição de serviços bancários integrados. De acordo com o banco de investimento, o preço apresenta “modesto prêmio de 6%”, em relação ao fechamento do papel na sessão de ontem, em R$ 5,03.

O Goldman Sachs fez também ressalvas sobre o prêmio em seu relatório. “Para referência, quando o Itaú fechou o capital da Redecard, pagou um prêmio de 10% por suas ações”, escreveram os analistas.O preço oferecido de R$ 5,35 por ação implicaria um múltiplo de 7,6 vezes o lucro por ação estimado para 2024, enquanto a média histórica da Cielo é de 15,3 vezes, de acordo com o Goldman Sachs.

Em um sinal do que pode vir pela frente, o sócio da Encore, que tem posição na Cielo, publicou um tuíte em que questiona o preço oferecido por Bradesco e Banco do Brasil.

“Esse preço oferecido pelos controladores na OPA de Cielo não faz o menor sentido sob qualquer ótica”, escreveu João Luiz Braga. “Comparando os múltiplos com outras de pagamentos, fica claro o desconto sendo que ainda tem a Cateno, um business que merece prêmio, dentro.”

De acordo com J.P. Morgan, não está claro se já há um acordo entre os bancos controladores sobre uma eventual reorganização da estrutura Cateno/Cielo Brasil.

“Acreditamos que a participação da Cielo na Cateno sozinha valeria cerca de R$ 3,50 por ação a um múltiplo de cerca de 8 vezes o P/L (preço sobre lucro)”, escreveram os analistas do J.P. Morgan.

A Cateno é considerada uma das joias da coroa da Cielo, que detém 70% da empresa – o BB tem os outros 30%. A empresa é responsável pelas atividades de gestão tecnológica das contas de pagamento pós-pagas, funcionalidade de compra via débito e processamento das milhares de transações dos cartões de crédito do arranjo Ourocard.

Questionado sobre a possibilidade de separação das duas empresas, o presidente de Cielo, Estanislau Bassols, disse, em conferência com analistas, que há pouca integração entre as duas empresa, o que poderia facilitar a separação. Ele não comentou a OPA, alegando que as informações estão disponíveis em fatos relevantes.

Em 2023, a Cateno apresentou um lucro líquido de R$ 1,1 bilhão, o maior de sua história, com um lucro recorrente de R$ 816 milhões (70%), um crescimento de 15% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Se pode sofrer resistência dos acionistas minoritários (2/3 deles precisam aprovar a OPA para que o fechamento de capital ocorra), os relatórios deixam claros que veem vantagens no modelo, o que deve dificultar a vida dos competidores.

O BTG Pactual, por exemplo, escreveu que a operação “faz muito sentido” para os bancos controladores, especialmente para o Bradesco, que passa por mudanças mais significativas. E lembrou que Marcelo Noronha, o novo CEO do Bradesco, já foi do conselho de administração da Cielo.

“Acreditamos que o Bradesco deve focar fortemente no segmento de pequenas e médias empresas para sua recuperação, à medida que continuamos a ver alto potencial de crescimento e margens”, escreveram os analistas.

Em outro relatório, o BTG Pactual fez uma análise do mercado de pagamento e trouxe dados de participação de mercado. A Rede, do Itaú, lidera em volume de transações, com uma fatia de 22,9% no quarto trimestre de 2023.

Em seguida vem a Cielo, com 21,5%, uma queda de mais de três pontos percentuais. GetNet, do Santander, com 14,5%; Stone, com 11,1%; e PagBank, com 10,9%, completam a lista.

“Devemos acompanhar de perto o desenvolvimento deste evento para avaliar se há alguma implicação de (potencial) aumento da concorrência, visto que a Cielo pode fazer a transição para um ‘produto’ e deixar de focar no ROE (semelhante ao cenário da Rede, quando o Itaú a fechou do capital em 2012). Isso pode ser potencialmente negativo Stone e PagBank”, escreveram os analistas do BTG.

As ações da Cielo, por volta das 12h45, subiam 3,7%, negociadas a R$ 5,22. No ano, avançam quase 15%. O valor de mercado da empresa é de R$ 14 bilhões.

Fonte: Neofeed

Sociedade do BB e da Cielo já fatura mais de R$ 4 bi por ano

Publicado em: 02/02/2024

A Cateno, joint venture do Banco do Brasil e da Cielo, rompeu a marca de R$ 4 bilhões em faturamento anual. A empresa foi criada em 2015 com o objetivo de levar inovações tecnológicas ao BB.

A sociedade é responsável por administrar os cartões Ourocard, emitidos pelo banco estatal. Além disso, a companhia atua na área de segurança cibernética, com tecnologias antifraude e de gestão de dados dos clientes.

Em entrevista à CNN, o CEO da Cateno, Henrique Fernando Lucas, destacou as perspectivas da empresa para 2024. “Para este ano, é muito claro para toda a companhia e para os acionistas que nós precisamos trabalhar na experiência do nosso cliente”, afirmou Lucas.

“Então, precisamos fazer com que os nossos usuários tenham uma boa experiência quando estão utilizando o nosso meio de pagamento. Nosso foco é trabalhar 100% focado na melhoria da experiência do cliente”, disse o CEO.

Lucas afirmou ainda que a empresa tem se destacado pelo fator inovação.

“A Cateno é inovadora porque ela consegue aportar no banco uma tecnologia que traz velocidade na tomada de decisão e inovação dos pagamentos instantâneos. Temos uma rede bancária muito forte e com um atendimento presencial físico humanizado”, concluiu.

Resultados em 2023

Até o momento, a empresa divulgou apenas os resultados financeiros equivalentes ao terceiro trimestre de 2023.

O faturamento foi de R$ 3 bilhões e o lucro líquido de R$ 956 milhões, representando um aumento de 33,7% em comparação com o mesmo período de 2022. Segundo a empresa, o desempenho foi impulsionado pela melhoria na gestão e pelo crescimento da base de clientes.

O faturamento total de de 2023 será divulgado no dia 5 de fevereiro. Porém, o CEO da Cateno prevê algo entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões.

Fonte: CNN Brasil

Banco do Brasil nega qualquer interesse em vender sua fatia da Cielo

Publicado em: 11/11/2021


O vice-presidente financeiro do Banco do Brasil, José Forni, disse que a instituição não está interessada em vender sua fatia na Cielo. Questionado sobre possíveis desinvestimentos, ele afirmou que o banco segue procurando um parceiro estratégico para a BB DTVM, mas que ainda não tem novidades nessa área e que também continua com os planos de vender sua fatia no argentino Banco Patagonia, embora no momento os mercados por lá não estejam muito favoráveis. Ele ressaltou que o BB não tem pressa. “É um ativo bom, lucrativo”.

Sobre BV (antigo Votorantim), ele lembrou que BB e a família Ermírio de Moraes chegaram a iniciar um processo de estreia na bolsa para o banco este ano, mas não houve acordo sobre preço e a operação acabou sendo adiada. “Continuamos olhando para ver se no futuro haverá uma oportunidade de saída, com um bom preço… Mas o BV é um banco muito bom, que está entregando resultados.”

Sobre a parceria com o UBS em banco de investimento, que está completando um ano, Forni afirmou que o desempenho está melhor do que o esperado – dado o ambiente de pandemia. Ele disse que os mercados de dívida estão bem aquecidos, enquanto em ações a situação atual é menos favorável. Já em M&A a joint venture segue crescendo, mas leva um pouco mais de tempo para construir um pipeline.

Questionado sobre a venda da fatia do BB no Digio para o Bradesco, o executivo afirmou que ele não tinha sinergia com a estratégia digital do BB. “A estratégia digital exige muitos investimentos e resolvermos vender a participação no Digio. Somos um banco incumbente, mas estamos trabalhando fortemente no digital, acelerando inciativas. Estamos muito ativos no open banking”, afirmou.

Fonte: Valor Investe

Troca no comando da Cielo reflete tensão entre Banco do Brasil e Bradesco

Publicado em: 21/05/2021


A renúncia do presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, após quase três anos no cargo, ocorreu em meio a um desgaste crescente entre os sócios Banco do Brasil e Bradesco, apurou o Estadão/Broadcast. O anúncio, feito na noite de quarta-feira, foi mal recebido no mercado, em meio à sensação de que a reestruturação, até então em curso, vai atrasar, prejudicando ainda mais a líder das maquininhas.

Pesou na decisão do executivo a difícil relação entre o Bradesco e o Banco do Brasil, disseram três fontes, na condição de anonimato. A permanência de Caffarelli na presidência da Cielo era exatamente um dos vetores de estresse entre os sócios.

Isso porque o governo, que controla o BB, não queria o executivo no cargo por enxergá-lo como um nome alinhado ao PT, por conta de seu histórico profissional, a despeito de ter presidido o banco público somente na presidência de Michel Temer, após o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

A insatisfação do Planalto não vem de hoje. Desde o começo do novo governo, há uma força-tarefa para limar aqueles considerados petistas nas empresas públicas e coligadas.

A Cielo não ficou de fora. Nos bastidores, comenta-se que foram feitas três tentativas para tirar Caffarelli da presidência da companhia. Na primeira, o até então presidente do BB, Rubem Novaes, impediu. Na segunda, foi a vez do Bradesco, que trouxe o executivo para o cargo, entrar em ação.

Já a terceira tentativa estava em curso, dizem as fontes. O nome de um possível substituto para presidir a empresa seria o do presidente do banco Desenvolve-SP, Nelson de Souza, que teria o apoio do Centrão.

O Bradesco, porém, teria rejeitado, em um esforço de blindar seu negócio de maquininhas de pressões políticas.
Diante do desgaste entre os sócios, Caffarelli teria comunicado sua intenção de deixar o cargo, relataram as fontes. A medida evitaria, assim, explicam, uma fritura pública, que se tornou uma espécie de praxe no governo Bolsonaro.

Uma fonte próxima a Caffarelli afirmou que permanecer na Cielo era “insustentável” para o executivo, visto que ele não desfrutava mais de apoio político. “Era uma situação difícil. O desgaste foi muito grande”, afirmou, na condição de anonimato.

Caffarelli chegou à Cielo a convite do Bradesco, após deixar o comando do BB, no fim da gestão Temer, em novembro de 2018. O executivo capitaneou uma reestruturação na companhia, com o corte de custos e mudança de foco, voltando-se ao varejo, que é mais rentável.

Em paralelo, tentava reposicionar a líder das maquininhas em um cenário de elevada competição e inovação tecnológica. No meio do caminho, teve de lidar com a pandemia, que afetou diretamente o varejo.

“A saída de Caffarelli no meio da reestruturação é ruim. A sinalização que tenho é a de que a reestruturação vai demorar muito mais do que o esperado”, disse o diretor de renda variável da Eleven Financial, Carlos Daltozo.

Para outro especialista, a saída do executivo pode sinalizar uma “mudança dos rumos da companhia”, fechando um eventual ciclo de uma empresa listada em Bolsa, com dois controladores. Ele lembra que a estrutura societária da Cielo “precisa e está sendo repensada”.

Procurada, a Cielo não comentou. O Bradesco afirmou que se trata de uma decisão pessoal do executivo e que o banco respeita. O BB não se manifestou.

Fonte: Estadão

BB diz que não há decisão sobre Cielo e Bradesco nega estudo para fechar capital

Publicado em: 25/02/2021


O Banco do Brasil (BBAS3) comunicou nesta segunda-feira, 22 de fevereiro, que não há qualquer decisão no âmbito de sua governança sobre a Cielo (CIEL3) neste momento, afirmando, contudo, que “avalia constantemente oportunidades e alternativas que contribuam com sua estratégia corporativa”.

O comunicado do BB vem após o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, publicar no fim de semana que, depois de meses estudando diversas alternativas, o Bradesco e o Banco do Brasil –que dividem o controle da empresa de meios de pagamentos–estão concluindo estudos para o fechamento do capital da Cielo.

Em nota separada, a Cielo divulgou a resposta do BB e também a do Bradesco. “Em relação à nota publicada pelo colunista Lauro Jardim, citando planos para fechar o capital da Cielo, informamos que não estamos estudando nada neste sentido no momento”, afirmou o Bradesco (BBDC4), segundo a Cielo.

Fonte: Money Times

 

Banco do Brasil volta a estudar venda da Cielo, diz jornal O Globo

Publicado em: 07/01/2021


O Banco do Brasil (BBAS3) está avaliando se desfazer da sua participação na Cielo (CIEL3), de acordo com coluna do jornal O Globo, sem dar mais detalhes.

A discussão sobre uma possível saída do banco estatal da Cielo ganhou destaque no começo deste ano, quando foi noticiado que o BB colocou toda a área de cartões em revisão, com a possibilidade de vendas de ativos.

O tema voltou a ganhar destaque em agosto de 2020, quando se comentou a possível venda da fatia do BB na Cielo para o Bradesco (BBDC4).

No entanto, a saída do BB da Cielo é vista como uma operação complexa. Um dos caminhos seria o fechamento de capital da empresa; outra possibilidade seria o Bradesco comprar a participação do BB.

O problema da saída de um dos bancos é que eles são um canal importante para a venda de produtos da Cielo. Com a saída do BB, a atratividade do negócio poderia ser comprometida.

Além disso, BB e Cielo são sócios na joint venture Cateno, que processa transações com cartões de débito do BB.

Banco do Brasil detém 28,65% da Cielo

Atualmente, o Bradesco detém uma participação de 30,06% na Cielo. O BB possui uma fatia de 28,65%. Os dois bancos detêm o controle da empresa, com 58,71% das ações.

Outros 40,94% estão em circulação e 0,35% em tesouraria, segundo o site de relações com investidores da Cielo.

Fonte: Suno Research

BB discute com Bradesco divisão de ativos em cartões, diz presidente

Publicado em: 07/08/2020


O Banco do Brasil (BBAS3) está conversando com o Bradesco (BBDC4) sobre uma potencial divisão dos ativos do setor de cartões que ambos mantêm em conjunto, disse o presidente-executivo Rubem Novaes a jornalistas nesta quinta-feira. As ações da Cielo (CIEL3), um dos ativos controlados pelos bancos conjuntamente, aceleraram os ganhos após a declaração e subiam cerca de 10% no início desta tarde.

Além da Cielo, os BB e Bradesco são sócios na bandeira de cartões Elo, na empresa de benefícios a funcionários Alelo, no programa de fidelidade Livelo, na empresa de pagamento automático de pedágios Veloe e na emissora de cartões Digio.

Novaes, em teleconferência sobre os resultados do segundo trimestre, disse que o BB contratou uma empresa de consultoria para ajudar nas negociações, mas acrescentou que os sócios enfrentaram desafios na avaliação das empresas de pagamentos.

O executivo, que já anunciou que planeja deixar o cargo, se recusou a divulgar como os ativos poderiam ser divididos. André Brandão, chefe de bancos e mercados globais das Américas no HSBC, foi escolhido pelo governo para substituí-lo, disse uma fonte à Reuters na semana passada.

Fonte: Money Times

Cielo: Bradesco e Banco do Brasil lançam “operação resgate”

Publicado em: 29/01/2020


A Cielo (CIEL3) passará a dar maior ênfase para defender a última linha do resultado a partir de 2020, após ter tido forte compressão das margens no ano passado para manter a liderança nos segmentos mais disputados do mercado de adquirência, disse o presidente-executivo da companhia nesta terça-feira.

“Neste ano, com nossa estratégia mais consolidada, vamos buscar mais o resultado”, disse Paulo Caffarelli a jornalistas durante apresentação dos resultados do quarto trimestre.

A declaração pode representar uma mudança significativa de rota da maior companhia de meios de pagamentos do país, que em 2019 teve outra rodada de forte queda do lucro, enquanto tenta defender participação de mercado em um segmento com cada vez mais concorrentes.

Segundo Caffarelli, ainda não é possível afirmar que não haverá redução de preços, mas os números do mercado mostram que esse movimento foi suavizado mais recentemente, após ter atingido um pico no primeiro semestre de 2019.

A empresa anunciou na noite de segunda-feira que seu lucro do ano passado caiu pela metade em relação a 2018, estendendo uma tendência que já dura cerca de uma década.

Para o executivo, porém, a Cielo já vem crescendo mais rápido nos segmentos do pequeno varejo, mais rentáveis, nos últimos dois trimestres. A continuidade dessa tendência ajudará a melhorar o resultado, pontuou.

Um elemento que pode ajudar a reduzir a pressão sobre as margens, segundo Caffarelli, foi um acordo assinado com os bancos sócios da Cielo, Bradesco (BBDC4) e Banco do Brasil (BBAS3).

O acordo muda a política de remuneração paga pela Cielo a partir das receitas obtidas na operação de adquirência de compras pagas com cartões. Na prática, o ajuste implica mudança do gatilho para repasse de prêmios aos bancos, que agora dependerá mais da qualidade das receitas obtidas.

“Tivemos a compreensão dos bancos, que entenderam que a realidade na política de margens no setor mudou.”

Por volta das 14:33, as ações da Cielo avançavam 2%, a 7,14 reais, enquanto o Ibovespa subia 1,3%.

Analistas do Credit Suisse destacaram em nota a clientes que os novos termos do acordo entre Cielo, Bradesco e BB para a remuneração de seus serviços de distribuição foram melhores do que o esperado e devem reduzir significativamente os custos com descontos em 2020.

Ainda assim, esperam revisão para baixo nas estimativas de lucros e reiteraram recomendação ‘underperform’ para as ações, com preço-alvo de 6 reais.

Fonte: Money Times

Cade pode obrigar BB, Bradesco e Itaú a se desfazerem de Cielo e Rede, diz jornal

Publicado em: 06/11/2019


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) pode tirar bancos do ramo de maquininhas de cartões. Segundo a coluna de Lauro Jardim, no Globo, o motivo seria infrações à ordem econômica cometidas por instituições financeiras que operam no setor.

De acordo com a coluna, se o veto sair será uma revolução na área, já que as duas maiores credenciadoras de cartões no Brasil pertencem a instituições bancárias, a Cielo (Banco do Brasil e Bradesco) e a Rede (Itaú).

Conforme explicou o jornalista, o intuito da ação seria acabar com “uma verticalização que existe desde sempre no setor”, o que teria provocado a possibilidade excluir os bancos do nicho das maquininhas.

Ele indica, também, que tal veto seria uma balde de água fria em instituições que estão apostando alto no setor, como o banco Safra, com a solução de pagamentos SafraPay.

Na mira do Cade

No mês passado, o Cade resolveu instaurar um processo administrativo contra a Rede e banco Itaú por suspeita de conduta lesiva “a livre concorrência no mercado de serviços bancários e credenciamento”.

De acordo com uma nota técnica da Superintendência-Geral do órgão emitida na ocasião, a Redecard havia se juntado ao Itaú Unibanco para promover uma campanha.

Segundo o órgão, a peça dizia que a rede anteciparia o prazo de 30 dias para dois dias os créditos recebíveis de pagamentos de cartões sem cobrança de taxas. No entanto, para ter o benefício o interessado teria de ser cliente das duas empresas.

Diante daquele cenário, o Cade buscou ouvir as outras empresas do setor de credenciamento e viu que outras empresas do setor de credenciamento não tinham como fazer essa antecipação sem a cobrança de taxas — esse tipo de transação traz consigo custos, conforme explicou a nota:

“A campanha promovida por Itaú e Rede impacta 2 (dois) mercados: o de credenciamento e captura de transações, em que a Rede atua, em virtude da redução do prazo de liquidação oferecido a lojistas; e o de serviços bancários, em que o Itaú atua, em virtude de a condição diferenciada oferecida ser condicionada à manutenção de domicílio bancário no Itaú”.

Isso fez com que o órgão instaurasse processo administrativo em face do Itaú Unibanco S.A. e da Redecard S.A. e ordenasse por medida cautelar que as empresas suspendam a campanha promovida sob pena de pagar multa diária de R$ 500 mil.

Fonte: Portal do Bitcoin

Cielo, Visa, BB e Bradesco farão parceria no pagamento de transporte público

Publicado em: 24/04/2019


A bandeira de cartões Visa, a empresa de adquirência Cielo e seus sócios controladores Banco do Brasil e Bradesco anunciaram nesta terça-feira que vão lançar na próxima semana uma solução conjunta de pagamento para transporte público.

Segundo comunicado da Visa à imprensa, a solução “pode ser expandida para diversas cidades e meios de transporte”.

Fonte: Jornal DCI

BB aglutina suas participações da Cielo na BB Elo

Publicado em: 23/01/2019


O Banco do Brasil cindiu a participação que detinha na empresa de meios de pagamentos Cielo por meio do Banco de Investimento e a transferiu para a BB Elo Cartões.

A operação, aprovada ontem (18) pelo conselho de administração do BB, visa a centralizar as participações em empresas de meios de pagamento sob uma única holding, para alinhar a estratégia e simplificar a organização societária, afirmou o BB em comunicado.

Fonte: Forbes

Nada muda na Cielo, apontam executivos do Banco do Brasil

Publicado em: 29/11/2018


A equipe de análise do Itaú BBA esteve na reunião anual com analistas e investidores do Banco do Brasil (BBAS3), realizada na quarta-feira (21), e ouviu dos executivos do banco as ideias sobre as iniciativas de transformação digitais e discutiram os principais pontos, como perspectiva de lucro para 2019, transformação de agências e a estratégia deles para a Cielo (CIEL3).

“A expectativa dos executivos é de um aumento de taxas para 2019 acima de inflação, enquanto esperam que o custo de risco deve continuar melhorando. Do lado da transformação digital, o aplicativo do banco foi responsável por 59% das transações totais em setembro de 2018. Por enquanto, os executivos deverão manter as estratégias vigentes para Cielo”, aponta o relatório.

A ação da empresa é a pior do Ibovespa no ano, com queda de 60%. Os analistas continuaram com a recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado), com preço-alvo de R$48 para o fim de 2019.

Fonte: Money Times

Conselho de Defesa Econômica multa BB, Bradesco e Cielo em R$ 33,8 milhões

Publicado em: 30/10/2018


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, nesta quarta-feira, três Termos de Compromisso de Cessação (TCCs) com a Cielo e seus controladores, Banco do Brasil e Bradesco. As empresas foram multadas em R$ 33,8 milhões, valor que terá de ser pago em até 30 dias. Os bancos são investigados por discriminarem lojistas que não usam as maquininhas da Cielo.

A medida mostra que o Cade tem feito intervenções no mercado de cartões para assegurar a concorrência, que se acirrou com a entrada cada vez maior no mercado de empresas menores que fornecem esse tipo de equipamento.

— O acordo permitirá um ambiente de maior liberdade de negociações entre clientes, credenciadoras e bancos — disse o presidente do Cade, Alexandre Barreto, acrescentando que, com os TCCs, a investigação será suspensa.

Este é o segundo acordo que o Cade firma com instituições financeiras para coibir abusos nesse segmento. Há cerca de dois meses, o colegiado homologou um TCC com o Itaú e a Redecard. A multa para as duas empresas foi de R$ 21 milhões.

Fonte: Jornal O Globo

BB, Cielo e Bradesco fecham acordo no Cade e pagarão multa de R$ 33,8 mi

Publicado em: 27/09/2018


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) homologou nesta quarta-feira (19) três Termos de Compromisso de Cessação (TCCs) com a Cielo, Bradesco e Banco do Brasil. O acordo prevê o pagamento de R$ 33,8 milhões de multa.

Procurados pelo G1, o Bradesco e a Cielo informaram que não vão comentar o assunto. Por meio de nota, o Banco do Brasil disse que prestou todos os esclarecimentos ao Cade e reafirmou “compromisso com a promoção da livre concorrência” e as “melhores práticas de mercado”.

Com o TCC, as empresas se comprometem a encerrar as ações que estavam sendo investigadas pelo Cade. O conselho apurava práticas anticompetitivas praticadas pela Cielo e por seus controladores – Bradesco e Banco do Brasil – no mercado de cartão de crédito.

A multa de maior valor será paga pela credenciadora de cartão de crédito Cielo, mais de R$ 29,7 milhões. O Bradesco pagará R$ 2,236 milhões e o Banco do Brasil R$ 1,945 milhão.

Entre as condutas que estavam sendo investigadas estavam práticas de discriminação e recusa na contratação de operações de crédito que tinham como garantia operações feitas em máquinas dos concorrentes da Cielo. Segundo o Cade, essas práticas tinham potencial de prejudicar a concorrência no mercado de credenciamento de máquinas de cartão de crédito.

O inquérito administrativo que analisa os possíveis crimes contra a concorrência foi instaurado em março de 2016. As condutas se referem a questões como antecipação de recebíveis; mecanismo de trava de domicílio bancário; práticas de retaliação e venda casada; discriminação da cobrança de tarifas de trava bancária; e contratos de incentivo.

Em julho, o Itaú e RedeCard assinaram um TCC e pagaram multa de R$ 21 milhões.

Fonte: Portal G1

Cade pede explicação sobre estratégia do BB, Bradesco e Cielo em maquininhas

Publicado em: 17/05/2018


O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) solicitou, no final do mês passado, explicações para Bradesco e Cielo sobre a estratégia conjunta em serviços de adquirência, popularmente chamado de setor de “maquininhas”. O órgão antitruste quer saber, conforme documento obtido pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), mais detalhes da operacionalização dessa estratégia, condições de comercialização, dentre outros pontos.

O questionamento por parte do Cade ocorre após a Coluna do Broadcast ter antecipado, no dia 23 de abril, que a Cielo se aliou aos seus sócios, Bradesco e Banco do Brasil, para ofertar máquinas de cartões (POS, na sigla em inglês) em parceria, ou seja, co-branded.

A estratégia, porém, inclui mais parceiros tanto bancos como empresas e foi inspirada numa atuação similar que a adquirente tem com a BR Distribuidora em postos de combustíveis, conforme executivos da credenciadora.

O próximo player a iniciar a parceria é a Caixa Econômica Federal. Na prática, a máquina segue sendo da Cielo e recebe apenas uma nova roupagem com a marca do parceiro uma vez que a oferta de terminais em conjunto com os seus sócios já existia.

Na quinta-feira, 11, o presidente do BB, Paulo Caffarelli, afirmou que a meta do banco é ofertar ao menos 120 mil máquinas da Cielo este ano. Já o Bradesco comercializou cerca de 14 mil terminais até o momento e mira ultrapassar a marca de 100 mil neste ano.

O contra-ataque da Cielo com sócios e parceiros é uma resposta à concorrência que tem aumentado no setor de adquirência com a chegada de novos players. Além disso, os bancos, miram, principalmente, as pequenas e médias empresas clientes que têm recorrido a outros players do mercado para ter o serviço de credenciamento. Foi esse mesmo racional que motivou o Safra a investir em sua própria rede de maquininhas, aproveitando o potencial da sua clientela e que estava à disposição do mercado.

Detalhes

Além da atuação em parceria de Bradesco e Cielo no credenciamento de lojistas para captura de transações com cartões, o Cade, que no documento pede para que ambos “detalhem” a iniciativa diversas vezes, questiona ainda quem será o responsável pela a oferta de máquinas, público alvo e também as condições de comercialização.

O órgão também quer entender se as maquininhas serão ofertadas conjuntamente com outros produtos e serviços bancários e se as condições de acesso aos mesmos também serão diferenciadas.

Em relação à manutenção do domicílio bancário, conhecida como “trava” e que nada mais é do que a conta indicada pelo estabelecimento para receber os créditos das vendas feitas com cartões, o Cade questiona se há vinculação com a oferta de POS por parte de Bradesco e Cielo. Pede ainda explicações sobre as condições e ainda um exemplo de um contrato de como isso será feito.

Procurada, a Cielo informa que a iniciativa de máquinas co-branded com Bradesco é reflexo de uma prática já existente na companhia, que busca associar a força de marcas parceiras à marca da Cielo. “Não há nenhuma alteração no modelo operacional da Cielo com os lojistas – a Cielo segue sendo responsável pela prestação de serviço junto ao lojista”, acrescento a adquirente, em nota ao Broadcast.

O Bradesco não comentou.

Fonte: Exame.com

BB fecha com Cielo e inicia oferta de maquininha própria; Caixa é a próxima

Publicado em: 04/05/2018


O Banco do Brasil assinou hoje contrato com a Cielo e já começou a ofertar em sua rede de agências máquinas personalizadas da empresa. Trata-se do modelo co-branded. Ou seja, os terminais são aqueles já disponibilizados pela adquirente, mas agora são revestidos com a marca do banco, em um projeto piloto. É o mesmo movimento que o Bradesco fez recentemente, batizando a máquina de ‘Bradesquinha’. Os dois bancos controlam a Cielo. Na fila está também a Caixa Econômica Federal, que deve começar a ofertar maquininhas com a sua ‘vestimenta’ no próximo mês. Embora não seja sócio da Cielo, o banco público é parceiro de longa data. Procurados, Cielo, BB e Caixa não comentaram.

Fonte: O Estado de S.Paulo

Quais são as apostas dos grandes bancos para o Brasil durante o “difícil” ano de 2017?

Publicado em: 06/01/2017


O ano de 2017 mal começou, mas o otimismo comum no início do ano parece não ter lugar no Brasil: a euforia pós-impeachment de Dilma Rousseff, que trouxe perspectivas de políticas mais pró-mercado e menos intervencionistas, vem dando lugar para projeções cada vez piores para o crescimento do PIB brasileiro em 2017, conforme apontam o Boletim Focus do Banco Central semana após semana. Como a Bolsa “antecipou” boa parte dessa retomada, deixou de ser um consenso entre os analistas a crença de continuidade do rali do Ibovespa, que subiu 38,94% no ano passado – seu melhor desempenho desde 2009. Cabe destacar que ele fechou dezembro em 60.227 mil pontos, patamar 5.064 pontos abaixo da sua máxima do ano (65.291 pontos), alcançada em 1º de novembro.

Coloque na conta também a imprevisível política a ser adotada por Donald Trump e a imponderável Lava Jato e temos em 2017 um combo de grandes incertezas dentro de um cenário econômico recessivo (não, não estamos falando de 2016). Um alento diante disso tudo: o Copom deve acelerar o ciclo de cortes da taxa de juro brasileira e as privatizações devem finalmente sair do papel. Por outro lado, é mais do que provável que o Federal Reserve suba ainda mais os juros nos EUA por conta da política fiscalmente expansionista de Trump – e quanto maior os juros lá fora, menos interessante fica correr o risco de ficar no Brasil.

GBM: o que melhorou, já está precificado
O grupo mexicano GBM (que espera uma leve variação positiva de 0,1% do PIB no ano que vem), acredita que a forma mais segura de se expor ao Brasil e se beneficiar da devagar melhora econômica é focar em exportadoras e nomes defensivos, que foram muito menos impactados pela onda de otimismo que agora parece ter cessado. Apesar de ver avanços para o Brasil, o GBM tem perspectivas mornas para a Bolsa: “as coisas estão melhorando, mas não tanto quanto já está precificado”.

O GBM destaca cinco ações como as melhores opções de investimento em 2017: as ações favoritas da instituição são Braskem (BOV:BRKM5), Copel (BOV:CPLE6), Gerdau (BOV:GGBR4), JBS (BOV:JBSS3) e Vivo (BOV:VIVT4). Com relação à companhia elétrica, os analistas apontam o portfólio bem diversificado e uma das poucas que não tem todo o seu portfólio de geração contratado. Isso permitirá que a companhia tire vantagem de possíveis mudanças regulatórias.

Já sobre a Gerdau, os ganhos de lucratividade são apontados como mais positivos com volumes mais altos e custos diluídos, especialmente no Brasil e nos EUA. De acordo com os analistas do GBM, uma potencial mudança na economia brasileira pode guiar uma recuperação nos volumes, além das melhores expectativas principalmente por conta das promessas do presidente eleito dos EUA Donald Trump para investimento em infraestrutura, o que deve impulsionar a demanda. Além disso, uma série de desinvestimentos deve ser anunciada, removendo operações ineficientes. Enquanto isso, a Vivo é apontada como uma das mais valorosas empresas do setor de telecomunicações, sendo negociada com múltiplos abaixo de seus pares latino-americanos. A companhia apresenta um balanço sólido e está em um setor resiliente; além disso, o novo regime regulatório pode ser a “cereja do bolo” para a empresa.

Credit Suisse: Brasil abaixo da média
O Credit Suisse cortou em dezembro a recomendação para as ações do país de neutra para underweight (exposição abaixo da média) na América Latina, o que na prática significa: exponha-se no Brasil abaixo da média que você tem na região. O banco vê cautela com o cenário de curto prazo.

Apesar da recomendação, o banco projeta o Ibovespa em 68.000 pontos em 2017, o que representa um potencial de alta de 15% frente ao fechamento de 2016, mas faz um alerta: boa parte desse ganho virá no segundo semestre. Para os analistas Andrew Campbell e Otávio Tanganelli, do banco suíço, essa alta só virá com mais força no segundo semestre do ano que vem, por conta de uma ampla revisão de lucros e crescimento, maior certeza em relação à uma recuperação da macroeconômica, mais segurança com os avanços das reformas fiscais e uma confirmação de um cenário mais construtivo para os preços das commodities.

Desta forma, os analistas reforçam que as ações mais atreladas ao PIB devem sofrer mais, enquanto papéis com lucros resilientes devem performar melhor. As melhores posicionadas são AmBev (BOV:ABEV3), São Martinho (BOV:SMTO3), Raia Drogasil (BOV:RADL3), Fleury (BOV:FLRY3), Cielo (BOV:CIEL3), Telefônica, Smiles (BOV:SMLE3), BR Malls (BOV:BRML3), Iguatemi (BOV:IGTA3), Sabesp (BOV:SBSP3) e Engie (BOV:EGIE3), de acordo com o banco suíço.

Corroborando com a visão underweight para o Brasil, os estrategistas apontam 4 papéis do país dentre 6 do portfólio de 6 da América Latina para montar posição short (ou vendida, apostando na queda do papel). As ações são: Marcopolo (BOV:POMO4), Natura (BOV:NATU3), Odontoprev (BOV:ODPV3) e CSN (BOV:CSNA3).

Santander: otimista com bancos e Petrobras
Já para os grandes bancos brasileiros, o cenário para a Bolsa traz mais ânimo do que apreensão, com as equipes de investimento do Santander, Itaú BBA e BB Investimentos tendo perspectivas mais positivas para diversos segmentos. O cenário para 2017 mostra-se desafiador e de baixo crescimento, mas o Santander apontou em seu relatório de perspectivas que há motivos para ficar otimista com alguns setores, caso do financeiro.

“Temos sido otimistas a respeito dos bancos brasileiros desde o início de 2016”, ressalta o Santander. Ao analisar 2017, a expectativa positiva é mantida com possíveis revisões para cima nas projeções de resultados do mercado, devido a: (i) despesas de provisões abaixo do esperado, especialmente em 2018; (ii) margens de intermediação financeira líquida estáveis, graças a um ciclo persistente de reprecificação e queda nos custos de captação; e (iii) melhorias em despesas gerais e administrativas. O Banco do Brasil (BOV:BBAS3) é a principal recomendação de compra no setor para o Santander, com preço-alvo de R$ 37,00, destacando a melhoria no índice de qualidade de ativos, o aumento notável em spreads e os custos controlados.

Mas a grande aposta do Santander para 2017 é a ação da Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4). De acordo com a equipe de análise, a política de preços de combustíveis anunciada recentemente tem diversas implicações positivas para a companhia no médio e longo prazo, como a maior visibilidade e previsibilidade da geração de fluxo de caixa da empresa; parceiros potenciais para suas refinarias, implicando em possíveis entradas de caixa e redução dos investimentos futuros; e entrada potencial de novas empresas no segmento de refino do Brasil, o que pode, segundo a Santander Corretora, ajudar a minimizar o risco de interferência futura pelo governo na implementação da nova política de preços da PBR. “O alinhamento cada vez maior de fatores macro e microeconômicos positivos impulsiona nossa classificação da Petrobras como nossa principal recomendação no Brasil”, afirmam os analistas. O preço-alvo para os ativos ON é de R$ 23,60.

Vale destacar que o banco também fez sua aposta para outros setores: em alimentos e bebidas, o destaque fica para a Minerva (BOV:BEEF3), com base na melhor visibilidade relativa de seus resultados e também considerando o valuation atrativo e a melhor visibilidade para a empresa. Já no setor de mineração e siderurgia, a Usiminas (BOV:USIM5) é apontada como a principal recomendação após a conclusão com sucesso da renegociação da dívida com seus principais credores ter resolvido questões de liquidez. Já a Vale (BOV:VALE3) (BOV:VALE5) segue com recomendação neutra uma vez que os analistas permanecem pessimistas em termos de fundamentos tendo em vista a sustentabilidade dos preços do minério de ferro.

BB Investimentos vê Ibovespa a 70 mil pontos
Também de olho nas medidas a serem perseguidas pelo governo Temer e apostando em uma recuperação gradual da economia no primeiro semestre, o BB Investimentos tem uma projeção do Ibovespa a 70 mil pontos no final de 2017, ou uma valorização de 16% em relação ao fechamento do ano passado. Essa projeção de alta ocorre porque, de acordo com os analistas do banco, a redução esperada no custo de capital médio não está totalmente refletido nas avaliações das empresas.

As top picks do banco são: São Martinho, Kroton (BOV:KROT3), Ser Educacional (BOV:SEER3), Itaú Unibanco (BOV:ITUB4), Smiles (BOV:SMLE3), BRF (BOV:BRFS3), CCR (BOV:CCRO3), Petrobras (BOV:PETR3) (BOV:PETR4), Suzano (BOV:SUZB5), Klabin (BOV:KLBN11), MRV (BOV:MRVE3), Multiplan (BOV:MULT3), Pão de Açúcar (BOV:PCAR4), Usiminas (BOV:USIM5), Gerdau (BOV:GGBR4), Vale (BOV:VALE3) (BOV:VALE5) e Alupar (BOV:ALUP11).

Bolsa a 71 mil pontos?
O Bank of America Merrill Lynch também está positivo e mantém recomendação overweight para o Brasil dentro da América Latina, dado a liquidez, o valuation relativo e o potencial de crescimento de lucros. Os estrategistas do banco ressaltam que a economia está andando num ritmo mais lento do que o esperado, mas mostram confiança nas reformas fiscais. O BofA também aposta na desvalorização do real, prevendo a moeda a R$ 3,90 no final de 2017, o que tende a ser positivo para as empresas exportadoras; a expectativa é de que o Ibovespa encerre o ano a 71 mil pontos.

Sem citar ações específicas, o BofA destaca sua preferência pelo setor de consumo em meio à retomada [lenta] da confiança, para o setor de matéria-prima por conta da queda do real, além do setor de energia, que pode se beneficiar positivamente de um ambiente regulatório mais favorável no Brasil. O setor educacional também é visto positivamente, uma vez que as ações já refletiram o ambiente macroeconômico e regulatório mais desafiador. Para 2017, a consolidação do setor deve ser o catalisador para os papéis. O setor de petróleo e gás é visto com mais ressalvas pelo banco, que aponta um possível cenário de dificuldades em meio à perspectiva de desvalorização do real. Contudo, o ambiente a médio prazo é positivo.

Itaú BBA: cenário positivo
Para o Itaú BBA, o cenário para ações do Brasil segue positivo, mesmo após o MSCI Brazil ter gerado um retorno em dólar de 61% em 2016, ante 28% para o MSCI LatAm. Também de olho nas reformas a serem implementadas pelo governo, o banco destaca que as ações brasileiras continuam sendo uma das recomendações com alocação overweight (exposição acima da média), a despeito dos estrategistas considerarem que a próxima pernada de alta poderá levar algum tempo. Contudo, ausência de boas notícias no front das reformas e novas fases da Lava Jato podem limitar ganhos do mercado no início do ano.

As principais ideias compradas do Itaú BBA são diversas, de vários setores, como agrícola, bancário, farmacêutico, mineração, concessionárias e elétricas: Brasil Agro (BOV:AGRO3), SLC Agrícola (BOV:SLCE3), Bradesco (BOV:BBDC4), BB Seguridade (BOV:BBSE3), Randon (BOV:RAPT4), CVC (BOV:CVCB3), Hypermarcas (BOV:HYPE3), Smiles (BOV:SMLE3), Ambev (BOV:ABEV3), Minerva (BOV:BEEF3), Fleury (BOV:FLRY3), Raia Drogasil (BOV:RADL3), Petrobras (BOV:PETR4), Braskem (BOV:BRKM5), MRV (BOV:MRVE3), Multiplan (BOV:MULT3), Vale (BOV:VALE5), Vivo (BOV:VIVT4), Totvs (BOV:TOTS3), Ecorodovias (BOV:ECOR3), Embraer (BOV:EMBR3), Alupar (BOV:ALUP11), Copasa (BOV:CSMG3), Energias do Brasil (BOV:ENBR3) e Sabesp (BOV:SBSP3).

Já as principais ideias vendidas são: Ouro Fino (BOV:OFSA3), Santander Brasil (BOV:SANB11), Marcopolo (BOV:POMO4), Mills (BOV:MILS3), Natura (BOV:NATU3), M. Dias Branco (BOV:MDIA3), OdontoPrev (BOV:ODPV3), BR Properties (BOV:BRPR3), Even (BOV:EVEN3), CSN (BOV:CSNA3), Usiminas (BOV:USIM5), Gol (BOV:GOLL4), Engie (BOV:EGIE3) e AES Tietê (BOV:TIET11).

Desta forma, os bancos se alternam entre menor e maior otimismo sobre o que deve vir para a economia no ano que vem. Mas eles convergem em um ponto: nenhum deles está eufórico sobre a economia brasileira no ano que se inicia. Porém, os analistas destacam: independente do cenário, há sempre boas oportunidades para ganhar na Bolsa.

Fonte: Portal InfoMoney

Raul Moreira pode deixar BB para assumir presidência da Alelo

Publicado em: 02/12/2016


O vice-presidente de negócios de varejo do Banco do Brasil, Raul Moreira, é cotado para assumir a presidência da Alelo, empresa de cartões-benefício de BB e Bradesco. O martelo, no entanto, ainda não teria sido batido. A presidência da Alelo ficará vaga a partir de janeiro, quando o atual presidente, Eduardo Gouveia, começa seu mandato à frente da Cielo.

Alta cúpula

A saída de Moreira, se confirmada, ocorrerá no âmbito das mudanças que o presidente do BB, Paulo Caffarelli, prepara para a alta cúpula do banco, esperada para este ano. Há ainda a expectativa de que os vice-presidentes Antônio Maurano e José Maurício Coelho sejam mantidos.

Mais uma

Outra mudança de peso anunciada após Caffarelli assumir a presidência do BB foi a troca de comando da Cielo. Gouveia assumirá no lugar de Rômulo de Mello Dias, convidado para integrar a diretoria executiva do Bradesco a partir de 2017.

Fonte: http://economia.estadao.com.br/blogs/coluna-do-broad/raul-moreira-pode-deixar-o-bb-para-assumir-presidencia-da-alelo/