BC agiu com cautela previsível diante da crise política, dizem analistas

Publicado em: 01/06/2017

O corte de 1 ponto percentual na taxa básica de juros da economia brasileira mostra que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu agir com previsível cautela diante das incertezas trazidas no cenário político após à forte crise que abala o Planalto desde a delação de executivos da J&F envolvendo o presidente Michel Temer, segundo analistas ouvidos pelo G1.
A decisão de reduzir a Selic de 11,25% para 10,25% ao ano veio dentro do esperado pela maioria do mercado, mas no entendimento do mercado, o BC deixou claro em seu comunicado que poderá desacelerar o ritmo de queda da Selic e adotar uma postura mais conservadora na próxima reunião.

“O Banco Central está condicionando o ritmo atual à normalidade política e deixou bem claro a necessidade de uma desaceleração”, avaliou o ex-ministro da Fazenda e sócio da Tendências Consultoria, Maílson da Nóbrega.

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Para o professor de economia da Faculdade Fipecafi ((Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), George Sales, o comunicado do Copom também chamou mais a atenção do que o corte anunciado. Ficou bem explícito que se o cenário político e de aprovação das reformas continuar confuso, o BC vai diminuir a velocidade do corte da taxa básica de juros para evitar um descontrole da inflação”, diz Sales.

Aumento da incerteza
O BC citou como fator de risco principal o “aumento de incerteza sobre a velocidade do processo de reformas e ajustes na economia”. “Isso se dá tanto pela maior probabilidade de cenários que dificultem esse processo, quanto pela dificuldade de avaliação dos efeitos desses cenários sobre os determinantes da inflação”, destacou o comunicado do Copom.
Em outro trecho, o BC reiterou que a extensão do ciclo de flexibilização monetária dependerá, entre outros fatores, das estimativas da taxa de juros estrutural da economia. Mas ressaltou que esse quadro passou a ficar mais turvo.

“O Comitê entende que o aumento recente da incerteza associada à evolução do processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira dificulta a queda mais célere das estimativas da taxa de juros estrutural e as torna mais incertas. Essas estimativas continuarão a ser reavaliadas pelo Comitê ao longo do tempo.”

A economista e professora do Coppead/UFRJ, Margarida Gutierrez, explica que as expectativas em relação às reformas e o ajuste fiscal mudaram após a crise aberta no dia 17 pelas delações dos controladores da JBS.

No começo do mês, as apostas eram de que a autoridade monetária poderia ousar e reduzir os juros em 1,25 ponto percentual. Porém, após o início da nova crise política, os analistas ajustaram suas apostas e passaram a prever, em peso, uma redução menor, de 1 ponto percentual, o que se confirmou nesta quarta.

“O ritmo de corte poderá ser menor daqui para frente em razão das variáveis câmbio e expectativas de inflação, que por sua vez estão associadas totalmente às incertezas sobre a crise política”, afirma.

Para Maílson, a cautela do BC é mais do que compreensível. “O Banco Central costuma ser aquele que recolhe a bebida na hora da festa”, brinca, destacando entretando que o BC brasileiro tem sido muito claro e transpararente em suas comunicações.

O economista continua projetando, entretanto, que a Selic deverá fechar 2017 entre 8,5% e 8,75% ao ano. “O BC permanecerá atento ao desenrolar da crise e seus efeitos da atividade econômica, numa cautela previsível”.

Entidades como a Fiesp, entretanto, criticaram o BC, afirmando que a manutenção do ritmo de corte retarda o processo de “retomada da economia e da geração de empregos”. Veja a repercussão
Esta foi sexta vez seguida que a autoridade monetária diminuiu a Selic, num ciclo iniciado em outubro passado que contou com dois cortes iniciais de 0,25 ponto percentual, seguidos por outros dois de 0,75 ponto e um de 1 ponto.

Fonte: G1

Bancos repetem estratégia e anunciam queda dos juros após redução da Selic

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Os bancos repetiram a estratégia adotada nas últimas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) e anunciaram a redução das taxas de juros minutos após o órgão comunicar uma nova redução da taxa básica de juros da economia, a Selic. Os comunicados foram divulgados por Bradesco, Banco do Brasil e Itaú.

Desde janeiro os bancos vêm divulgando comunicados logo após a decisão do Copom sobre o juro. A mensagem é que os bancos estão repassando ao consumidor a queda na taxa de juros do país.
“O Bradesco reduzirá as taxas de juros de suas principais linhas de crédito a partir de segunda-feira, 05 de junho, acompanhando a decisão do Copom de baixar a taxa Selic de 11,25% para 10,25% ao ano”, disse o banco, em comunicado à imprensa. “Em linha com a decisão do Copom, que reduziu agora há pouco a taxa básica de juros em 1 ponto percentual, o Banco do Brasil anuncia sua quarta redução consecutiva ao longo deste ano”, disse o banco.

Os três bancos anunciaram redução nas taxas do cheque especial e em algumas linhas de crédito para empresas. Veja a redução das taxas em cada banco:

Bradesco
A redução de taxas no Bradesco atingirá as linhas de cheque especial, crédito pessoal e algumas linhas de crédito para empresas, como capital de giro.

Cheque especial
taxa atual: 9,57% a 13,41% ao mês
nova: 9,49% a 13,33% ao mês

Crédito pessoal
taxa atual: 1,75% a 7,58% ao mês
nova: 1,67% a 7,5% ao mês

Crédito para empresas
O banco disse que haverá redução nas taxas em todas as carteiras de desconto, nas linhas de conta garantida, capital de giro e cheque especial. As novas taxas não foram divulgadas

Banco do Brasil
O banco informou que reduzirá as taxas do cartão de crédito e de outras linhas de crédito para empresas. As novas taxas entram em vigor no dia 5.

Cartão de crédito
taxa atual: 1,91% a 9,38% ao mês
nova: 1,83% a 9,3% ao mês

Conta garantida
taxa atual: 2,14% a 6,79% ao mês
nova: 2,06% a 6,71%

BB Giro recebíveis
taxa atual: 2,35% a 6,29% ao mês
nova: 2,27% a 6,21%

Cheque especial (empresas)
taxa atual: 8,38% a 13,55% ao mês
nova: 8,33% a 13,50%

BB Giro rápido empresas
taxa atual: 8,38% a 13,55% ao mês
nova: 8,33% a 13,50%

Itaú Unibanco
O banco disse que repassará “integralmente” o corte de um ponto na Selic a partir do dia 7 de junho.

Para pessoas físicas, as seguintes linhas de crédito terão redução: empréstimo pessoal, cheque especial, parcelamento de cheque especial e financiamento de veículos.

Para as micro e pequenas empresas, a queda será na linha de capital de giro. O Itaú não informou as novas taxas.

“A queda da taxa básica de juros, resultado da baixa consistente da inflação e da maior confiança gerada pelas reformas, permite que continuemos a reduzir a taxa de juros para nossos clientes”, diz Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco.

Fonte: G1

BB segue Copom e reduz juros, com destaque para o imobiliário

Publicado em: 20/04/2017

Novas taxas entraram em vigor na segunda-feira, 17

O Banco do Brasil anunciou nesta quarta-feira, 12, a terceira redução consecutiva no ano em taxas de juros para pessoas física e jurídica, como reflexo da redução da taxa básica de juros pelo Comitê de Política Monetária (Copom), de um ponto percentual, divulgada no início da noite desta quarta-feira (12).

A queda mais expressiva foi para as linhas de crédito imobiliário pessoa física nas contratações do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e da carteira hipotecária.

A nova taxa para as operações no âmbito do SFH passa a ser de 9,99% ao ano na faixa mínima, redução de 0,81 ponto percentual na comparação com os 10,80% praticados hoje. Para a faixa superior, a nova taxa passar a ser de 10,94% ao ano, ante os 11% ao ano que o Banco cobrava até aqui. Nos financiamentos da carteira hipotecária, a taxa cai de 11,80% ao ano para 10,90% ao mês no piso; e de 12,02% para 11,99% ao ano no patamar superior.

Ainda na pessoa física, os juros ficam mais em conta no crédito para aquisição de veículos por pessoas físicas, com redução de 1,28% ao mês para 1,23% ao mês, na faixa mínima, e de 3,86% ao mês para 3,81% ao mês no patamar máximo. O BB também reduziu os juros para o cheque especial da pessoa física: as taxas agora flutuam entre 4,31% ao mês no piso, e 12,84% ao mês no teto, ante 4,36% e 12,89% ao mês, cobrados até agora.

Reduções também para pessoas jurídicas

As taxas para pessoas jurídicas também estão mais atrativas, com redução mais significativa para as linhas do cheque ouro empresarial e giro rápido rotativo, agora em 8,38% ao mês, ante os 8,43% cobrados até então no menor patamar praticado. Na faixa superior, as taxas recuam de 13,60% ao mês para 13,55% ao mês.

O BB também passa a oferecer juros menores nas linhas para aquisição de veículos por pessoas jurídicas (redução de 1,47% para 1,42% ao mês no piso e de 3,24% para 3,19% ao mês na máxima). A antecipação de crédito lojista (ACL) também teve redução de 1,58% ao mês para 1,53% ao mês no piso; e de 3,94% para 3,89 ao mês no maior patamar.

 

Fonte: Assessoria de Imprensa

Empresários consideram positiva queda da Selic e defendem mais reduções

Publicado em: 13/04/2017

Empresários consideraram positiva a quinta redução consecutiva da taxa básica de juros (Selic) pelo Banco Central. Por unanimidade, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu nesta quarta-feira (12) a taxa em 1 ponto percentual, de 12,25% ao ano para 11,25% ao ano. As organizações, no entanto, defendem que os juros ainda são altos e há margem para maiores recuos.

Para a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a taxa de 11,25% ao ano ainda é alta diante da queda da inflação e da recessão persistente. A entidade avalia que o corte deveria ser mais ousado, tendo em vista que a estimativa é que a inflação fique abaixo do centro da meta (4,5%). A CNI avalia que o processo de queda dos juros depende dos avanços no ajuste fiscal e de uma “robusta” reforma da Previdência.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, avaliou positivamente o corte pelo Banco Central, mas avalia que há espaço para mais recuos da Selic. Ele apontou ainda que embora a taxa esteja caindo, os juros para o tomador final está aumentando. “O Brasil não pode mais esperar, precisamos retomar o crescimento econômico e gerar empregos. Para isso, a redução dos spreads bancários e o destravamento do crédito são fundamentais”, disse em nota.

A análise da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) é que a medida foi acertada e permite retomar o caminho para o crescimento econômico. A entidade acredita, no entanto, o movimento de corte de juros “poderia ter começado um pouco antes”, seguindo a lógica de inflação em queda e nível de atividade baixo, com alta de desemprego. “Essa estratégia, além de baratear mais rapidamente o custo da dívida do governo, auxilia o país a enfrentar os efeitos de uma situação recessiva sem precedentes”, apontou.

O superintendente institucional da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo, também avaliou a decisão como acertada. “Com a queda de preços já dentro da meta para o ano, é preciso reduzir rapidamente a diferença entre a Selic e a inflação. Mais do que isso, a decisão do BC é uma ação concreta para alavancar a retomada da economia e, principalmente, conter o desemprego”.

A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro considerou acertada a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central. De acordo com a Firjan, é correta a aceleração da queda da taxa de juros, “na medida em que a inflação está em trajetória cadente e a atividade econômica ainda não mostrou sinais claros de recuperação”.

Para a entidade, a redução dos juros, apesar de crucial à retomada do crescimento, precisa ser acompanhada pelo reequilíbrio das contas públicas, até para que seja sustentável. Nesse sentido, a Firjan reforçou a importância da resolução da crise financeira dos estados e da aprovação da reforma da Previdência, que necessariamente deve incluir as previdências estaduais. “A reforma em discussão no Congresso deve abranger as previdências estaduais, cujo déficit superou R$ 100 bilhões no ano passado”, alertou a federação.

Sindicato

A Força Sindical disse em nota que espera novas reduções. “É preciso ousar e acelerar o corte da Selic porque o Brasil ainda mantém uma das taxas de juros mais altas do mundo, o que freia o emprego, a produção e o desenvolvimento, e somente incentiva a entrada de capital especulativo”, disse em nota.

A entidade aponta ainda a necessidade de implementar políticas que priorizem “retomada do investimento, o crescimento da economia, a geração de emprego, a redução da desigualdade social, o combate à pobreza e a distribuição de renda”.

Mercado

O gestor de renda fixa da GGR Investimentos, Rafael Sabadell, aponta que a redução veio “em linha com que o mercado esperava”. Ele destaca que o item mais esperado nesta divulgação era o comentário do Copom que indica as condições para uma intensificação da redução da taxa básica de juros. “Basicamente vai depender do cenário econômico dando mais espaço para uma margem maior de um corte adicional. Talvez com uma queda mais acelerada na inflação ou atividade demorando um pouco mais para uma retomada maior”, destacou.

Entre os fatores que pesam para uma continuidade da redução da taxa, Sabadell indicou as questões externas, como a retomada do crescimento econômico dos Estados Unidos. “A teoria de uma aceleração maior do ciclo americano perdeu força no último mês e tem favorecido [a redução da taxa]. E caso essa tese volte a ganhar ou perder força, afetará o ritmo. Se demorarem mais para aumentar os juros [nos EUA], aqui tende a dar mais espaço para cair ainda mais os juros”, avaliou.

O gestor considerou interessante o fato de o comentário do Copom citar as projeções de mercado de 8,5% para o final do ano. “Então acho que é bem possível que siga essa trajetória que o mercado vem precificando”, estimou.

 

Fonte: Jornal do Brasil

BB vai reduzir taxas de juros para pessoas físicas e jurídicas

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Após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de reduzir a taxa Selic para 11,25% ao ano, o Banco do Brasil anunciou hoje (12) que vai reduzir as taxas de juros para pessoas físicas e jurídicas. Essa é a terceira redução consecutiva no ano feita pelo BB. As novas taxas entram em vigor na próxima segunda-feira (17).

A queda mais expressiva foi para as linhas de crédito imobiliário pessoa física nas contratações do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e da carteira hipotecária. A nova taxa para as operações no âmbito do SFH passa a ser de 9,99% ao ano na faixa mínima, redução de 0,81 ponto percentual na comparação com os 10,80% praticados hoje. Para a faixa superior, a nova taxa passar a ser de 10,94% ao ano, ante os 11% ao ano que o Banco cobrava até agora. Nos financiamentos da carteira hipotecária, a taxa cai de 11,80% ao ano para 10,90% ao mês no piso; e de 12,02% para 11,99% ao ano no patamar superior.

Os juros no crédito para aquisição de veículos por pessoas físicas vão reduzir de 1,28% ao mês para 1,23% ao mês, na faixa mínima, e de 3,86% ao mês para 3,81% ao mês no patamar máximo. Os juros para o cheque especial da pessoa física agora flutuam entre 4,31% ao mês no piso, e 12,84% ao mês no teto, ante 4,36% e 12,89% ao mês, cobrados até agora.

Para as pessoas jurídicas, as linhas do cheque ouro empresarial e giro rápido rotativo baixaram para 8,38% ao mês, ante os 8,43% cobrados até então. Na faixa superior, as taxas recuam de 13,60% ao mês para 13,55% ao mês.

Para a aquisição de veículos por pessoas jurídicas, houve redução de 1,47% para 1,42% ao mês no piso e de 3,24% para 3,19% ao mês na máxima. A antecipação de crédito lojista (ACL) teve redução de 1,58% ao mês para 1,53% ao mês no piso; e de 3,94% para 3,89 ao mês no maior patamar.

 

Fonte: Agência Brasil