BB diz que agências fechadas foram convertidas em postos

Publicado em: 04/02/2022

O BB (Banco do Brasil) chegou ao fim de 2021 com 3.980 agências –388 a menos do que o registrado em 2021, segundo dados do BC (Banco Central). O banco diz, no entanto, que a redução não se deve exclusivamente ao fechamento de unidades, mas também à transformação de agências em postos de atendimento.

O plano de reestruturação lançado pelo Banco do Brasil em janeiro de 2021 estipulava o encerramento de 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento. Além disso, estabelecia a transformação de mais 243 agências em postos de atendimento.

Segundo nota enviada pela instituição ao Poder360, “as duas situações (encerramento e transformação em postos) resultam na diminuição do número de agências atribuídas ao BB no site do Banco Central”. Isso se dá porque os postos de atendimento não contam com toda a estrutura de uma agência e, por isso, não constam na lista de agências bancárias do Banco Central.

O Banco do Brasil disse também que, por causa dessa diferença entre agências e postos de atendimento, o plano de reestruturação lançado no início de 2021 resultou na “extinção de 355 agências, sendo 112 definitivamente encerradas e outras 243 que seriam convertidas em postos de atendimento”.

Entretanto, dados do Banco Central indicam que a redução da rede de agências do Banco do Brasil foi um pouco maior, de 388. Segundo o BC, “o levantamento inclui todas as agências em funcionamento, mesmo sem atendimento ao público, registradas no Unicad pelas instituições financeiras na data do levantamento”.

Este foi o dado utilizado pelo Poder360 na série de reportagens que mostrou que os bancos brasileiros fecharam 2.351 agências bancárias na pandemia de covid-19. Apesar disso, o Banco do Brasil tem hoje a maior rede de atendimento bancário do país, como mostrou o Poder360.

AGÊNCIAS X POSTOS

Postos de atendimento são menores e contam com menos funcionários que uma agência bancária. Os postos não têm a figura do gerente geral e, algumas vezes, nem com caixas humanos. Sem caixa, os postos também passam a não precisar de tesoureiro, cofre e porta giratória.

Nesta situação, os postos normalmente oferecem terminais eletrônicos de autoatendimento e uma mesa de atendimento com funcionários que ajudam na resolução de alguns problemas e fazem a contratação de alguns produtos. O cliente, no entanto, pode ter que ir a uma agência se quiser fazer um saque de valor maior do que o disponível nos terminais de autoatendimento ou se precisar falar com o gerente, por exemplo.

Por conta disso, os postos de atendimento não constam na lista de agências do Banco Central. A estrutura, no entanto, tem sido cada vez mais usada pelos bancos, já que é menos custosa do que uma agência. Segundo os bancos, o aumento dos pagamentos digitais permite esta transformação.

ÍNTEGRA DA NOTA DO BB

“Em relação à notícia publicada pelo Poder 360 nesta data, com o título ‘Banco do Brasil fecha mais agências do que o anunciadoi, o Banco do Brasil esclarece que está incorreta a comparação feita pela reportagem sobre o número de encerramento de agências anunciado pelo BB em janeiro de 2021.

Conforme Fato Relevante divulgado ao mercado, o Banco do Brasil anunciou em janeiro do ano passado a extinção de 355 agências, sendo 112 definitivamente encerradas e outras 243 que seriam convertidas em postos de atendimento.

As duas situações (encerramento e transformação em postos) resultam na diminuição do número de agências atribuídas ao BB no site do Banco Central.

A reportagem utilizou em sua comparação apenas o número de agências definitivamente encerradas, o que resultou em comparação incorreta que se refletiu em erro no subtítulo e no corpo do texto.

Diante da necessidade de melhor esclarecer ao público do Poder 360 e tendo em vista ser o Banco do Brasil uma empresa com ações negociada em Bolsa, pedimos a retificação da informação incorretamente divulgada”.

Fonte: Poder 360

 

Banco do Brasil fecha mais agências do que o anunciado em plano de reestruturação

Publicado em: 28/01/2022

O BB (Banco do Brasil) foi alvo de uma série de críticas do presidente Jair Bolsonaro (PL) quando anunciou um plano de reestruturação que previa o fechamento de agências e o enxugamento do quadro de pessoal. Passado 1 ano, no entanto, não figura mais nas queixas do chefe do Executivo e fechou mais agências do que o previsto inicialmente.

O plano de reestruturação do BB lançado em janeiro de 2021 previa o fechamento de 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento, além do desligamento voluntário de até 5 mil funcionários. Deflagrou um atrito entre o Palácio do Planalto e o Banco do Brasil, que levou à renúncia do recém-empossado presidente do banco, André Brandão.

Passado 1 ano da crise, no entanto, o fechamento de agências superou as expectativas do Banco do Brasil. Segundo dados do Banco Central, o BB terminou o ano de 2021 com 3.980 agências. Isto é, 388 agências a menos do que o registrado em 2020.

Com isso, o BB registrou o 2º maior número de fechamentos de agências da pandemia de covid-19. Perdeu apenas para o Bradesco, que fechou 1.527 agências de março de 2020 a dezembro de 2021.

Ao todo, os 5 maiores bancos do país fecharam 2.351 agências na pandemia. A exceção foi a Caixa, que manteve e agora pretende ampliar a rede de atendimento.

Em nota, o Banco do Brasil disse que o plano de reestruturação tinha como objetivo dar “ganhos de eficiência” à rede de atendimento. Por isso, passou pelo encerramento de agências, mas também abertura, mudanças de tipologia e relocalização das unidades de atendimento.

Segundo o banco, algumas agências foram transformadas em tipologias consideradas mais “adequadas à demanda nas regiões onde estão localizadas”. Isso passa pelo rebaixamento de agências a postos de atendimento, que não oferecem todos os serviços bancários e, por isso, não constam na lista de agências bancárias do Banco Central.

Além disso, o banco disse ter trabalhado na criação de “unidades especializadas para atendimento a públicos diversos, tais como Empresa, Escritórios Digitais, Agro, Investidores, dentre outros”.

“A distribuição da rede do banco é avaliada de forma permanente, de modo a acompanhar as mudanças de hábitos dos seus clientes, considerando o avanço da tecnologia para a realização de transações através de meios digitais”, afirmou.

O Banco do Brasil ainda disse que, apesar das mudanças, continua seguindo a premissa de manter presença física nos municípios em que atua, seja por meio de unidade própria de atendimento, seja por meio de seus correspondentes. Segundo o BB, a marca está presente em mais de 96% dos municípios brasileiros. O banco tem a maior rede de atendimento do país, mesmo depois do fechamento de 388 agências.

Novo presidente

Apesar dos fechamentos, o Banco do Brasil saiu do alvo das críticas de Bolsonaro. Recentemente, o chefe do Executivo até posou ao lado do novo presidente do BB, Fausto Ribeiro, em evento do agronegócio. A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também já compareceu a eventos sociais da Fundação Banco do Brasil, ao lado de Ribeiro.

Escolhido por Bolsonaro para o lugar deixado por André Brandão, Fausto Ribeiro é funcionário de carreira do Banco do Brasil. Discreto, reforçou as relações do banco com o agronegócio e tem bom trânsito com os bancários. No último dia 18 de janeiro, filiou-se à Anabb (Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil).

Em carta enviada aos funcionários pouco depois de tomar posse como presidente do BB, Fausto Ribeiro Neto disse que o Banco do Brasil é de mercado, mas também é do Brasil. Por isso, precisa ser lucrativo, competitivo e eficiente, mas também compromissado com o desenvolvimento econômico e social do País.

Fonte: Portal Poder 360

 

BB “reestrutura a reestruturação” para manter salários rebaixados e responsabilidades altas

Publicado em: 22/10/2021

Imaginem a seguinte situação: Agenor, responsável por administrar a tradicional Tratoria e Risttorante, decide submeter a empresa a uma reformulação, reduz o número de funcionários em algumas unidades, que passam a se chamar Lancherias. As Lancherias não possuem cozinheiros, por isso, os funcionários responsáveis pelo preparo da comida serão chapistas, com salários reduzidos. Seis meses depois, Agenor resolve re-reestruturar a empresa e torna as Lancherias em Cantinas, elevando os chapeiros a cozinheiros, mas mantém o mesmo salário do cargo anterior. Detalhe: durante todo esse processo o menu sempre foi o mesmo.

Essa história, em tom cômico, foi descrita por um funcionário do BB sobre a nova reestruturação anunciada pelo banco, nesta semana. A administração da empresa informou que irá transformar os postos de autoatendimento (PAAs) em “Lojas”, que voltarão a ter o status de agência.

Voltando um pouco no tempo, em janeiro deste ano, o BB anunciou um plano de reestruturação que vem resultando no fechamento de unidades e enxugamento do número de funcionárias e funcionários e sobrecarregando os que ficam. Nesse processo, algumas agências foram transformadas em PAAs, com gerentes de relacionamento subordinados a gerentes-gerais de agências maiores.

Agora, nesta semana, o banco anunciou que os PAAs serão elevados ao status de “Lojas”, os gerentes de relacionamento serão “promovidos” a gerentes gerais, com mais responsabilidades e riscos inerentes ao cargo, entretanto, sem aumento salarial efetivo.

“Com toda essa manobra, que vem ocorrendo desde janeiro, o banco conseguiu fazer uma ampla redução salarial, aumentando a responsabilidade do funcionário, com a possibilidade de ele ser descomissionado por ato de gestão”, alertou o representante da Federação dos Bancários da CUT do Estado de São Paulo (Fetec-CUT/SP) na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB), Getúlio Maciel.

“O gerente de relacionamento que hoje fica nesses postos [de autoatendimento], vai ser promovido, entre aspas, para ter muito mais responsabilidade, assinar pelo banco, ter procuração pelo banco e não ter ponto eletrônico e ganhar 170 reais a mais. Sendo que, em alguns casos, os gerentes vão ganhar menos. Com a criação do Performa, de outra reestruturação que o banco rebaixou os salários, todas as comissões tiveram o valor reduzido, mas, em muitos casos, os gerentes mantiveram o mesmo valor através de uma complementação da verba. Agora, no momento em que eles forem, entre aspas, promovidos, vão perder a complementação dessa verba”, explicou a representante da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro de Minas Gerais (Fetrafi/MG) na CEBB, Luciana Bagno.

Em resumo, em alguns casos, gerentes de relacionamento que forem promovidos para gerente geral acabarão com os salários mais baixos. “Vale destacar ainda que, durante todo esse processo de reestruturação, os gerentes de relacionamento das PAAs sempre tiveram as mesmas responsabilidades, mas só poderiam ser descomissionados se tivessem três avaliações negativas, uma a cada semestre, por desempenho. Agora, eles poderão ser descomissionados por ato de gestão”, observou Getúlio Maciel.

“A cada nova reestruturação os funcionários do BB se sentem mais desvalorizados. Sempre com aumento da carga de trabalho e das responsabilidades e redução do salário. As reestruturações vão se sobrepondo, somando anomalias e, inevitavelmente, aumentando o passivo trabalhista do banco”, ponderou Luciana Bagno.

Banco de mercado

“No lançamento do balanço do último semestre, o vice-presidente de Gestão Financeira e de Relações com Investidores, José Ricardo Fagonde Forni, disse que uma das finalidades futuras da reestruturação seria a redução de despesas, principalmente no que tange às despesas administrativas e de pessoal. Então, essas reestruturações visam diminuir salários para apresentar um balanço melhor à custa dos funcionários, numa ótica que privilegia os acionistas em detrimento da qualidade de atendimento e responsabilidade social”, destacou o coordenador da CEBB, João Fukunaga.

A CEBB procurou o banco para mais esclarecimentos sobre a nova reestruturação. “Estamos preocupados com o impacto dessas alterações, em tão pouco tempo e da forma como estão acontecendo, na vida dos funcionários. Se o banco quer fazer mudanças que correspondam às necessidades do mercado, precisa considerar que tanto o mercado como a empresa são formados por pessoas reais que não podem ser simplesmente movimentadas, como se fossem peças de um tabuleiro”, concluiu Fukunaga.

Fonte: Contraf-CUT

 

BB transforma postos de atendimento em loja, afirma sindicato

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Como parte do processo de sua reestruturação, a direção do Banco do Brasil está transformando os PAAs (Posto de Atendimento Avançado) em lojas autônomas, sem vínculo com as agências madrinhas, como aponta o Sindicato dos Bancários da Bahia. Com a mudança, o gerente de relacionamento, que era o responsável pelas unidades, será nomeado como gerente geral, mas sem receber o valor correto pela função.

O BB tem no total 992 PAAs que atendem, na grande maioria, cidades pequenas, no interior do país. São municípios sem agência do banco. Os postos eram vinculados às unidades maiores, que davam suporte necessário para o atendimento. Mas, a partir da mudança, toda decisão será tomada no próprio PAA, sem vínculo com a agência mãe.

A alteração imposta pela direção da empresa, sem nenhum diálogo ou negociação com os trabalhadores, obriga os atuais gerentes de relacionamento a assumirem o novo cargo com apenas o acréscimo de R$ 132,00 no salário. Ou seja, por apenas R$ 6,00 ao dia, os trabalhadores vão assumir a função de gerente geral. Um valor desproporcional do que realmente ganha a função.

Para piorar, o trabalhador que não quiser assumir o cargo imposto pelo BB, perde a função e também a comissão, porque nos postos de atendimento não terão nenhum outro gerente. Consequentemente, o funcionário entrará no VCP (Vantagem de Caráter Pessoal) e se tornará escriturário.

Assim que informada da reestruturação, o Sindicato dos Bancários da Bahia debateu, no dia 20 de outubro, o assunto na Comissão de Empresas do BB, para cobrar explicações, mas o banco somente afirma que irá implantar o sistema, ignorando a desproporcionalidade da função com o aumento proposto. O Sindicato disse que não aceitará  que os funcionários trabalhem mais sem a devida remuneração e continuará denunciando a atitude abusiva do Banco do Brasil.

Fonte: Sindicato dos Bancários da Bahia

Prefeitos brigam para evitar que o BB feche 26 agências na Bahia

Publicado em: 22/04/2021

Prefeitos do Brasil, na Bahia pilotados por Zé Cocá (PP), prefeito de Jequié e presidente da UPB, tomaram uma decisão: vão conclamar deputados e senadores dos seus estados para evitar que o Banco do Brasil execute o seu projeto de fechar 361 agências no país, 26 delas em território baiano.

O consenso: é um retrocesso, em alguns casos, letal para a economia dos municípios e para a segurança dos usuários. Ontem, representantes da Confederação Nacional dos Municípios se reuniram com João Rabelo, vice-presidente de agronegócio do BB, para discutir o assunto.

O BB alega que o volume de negócios é cada vez mais on line. O advogado Isaac Newton, consultor jurídico da UPB, que representou Zé Cocá no encontro, afirma que o leque de desserviço inclui pagamento de aposentados, servidores municipais e benefícios sociais, além de acesso a crédito agrícola, todos obrigados a se deslocar.

A promessa do BB é colocar um posto de serviço a pelo menos três quilômetros da cidade onde havia agência, segundo Isaac, uma falácia:

– No mix de municípios que perderão agências, o que fica mais próximo de outro com agência é no mínimo 20 km. Sem falar que, quando você se desloca, a tendência é fazer compras na cidade do banco, esvaziando a de origem, já que ninguém vai ficar carregando dinheiro por aí.

Fonte: Jornal A Tarde

Vereadores de Umuarama assinam moção contra o plano de reestruturação do BB

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Nesta segunda-feira (19) os vereadores de Umuarama aprovaram e assinaram uma moção de apelo aos deputados federais do Paraná, Ministério da Economia e presidência do Banco do Brasil contra a reestruturação anunciada pela instituição em janeiro deste ano.

Representantes do Sindicato dos Bancários de Umuarama, Assis Chateaubriand e Região estiveram presentes na sessão da segunda passada (12) explicando os porquês da contrariedade ao plano, que, entre outros, prevê o desligamento de mais de 5 mil funcionários e funcionárias, o fechamento de mais de 100 agências, a transformação de mais de 200 agências em postos de atendimento e a extinção da função de Caixa.

Edilson José Gabriel, diretor de Imprensa e Comunicação do Sindicato, durante sua fala destacou o papel do Banco do Brasil na economia brasileira, principalmente no financiamento da agricultura e, particularmente, da agricultura familiar.

Os vereadores entenderam, a exemplo do sindicato, que mesmo que a reestruturação não tenha afetado diretamente Umuarama, com exceção da extinção da função caixa, tais medidas resultarão em inúmeras consequências negativas.

Desta forma, a moção a ser remetida com algumas reivindicações.

Leia a íntegra do documento que foi assinada por todos os vereadores:

MOÇÃO DE APELO

Os vereadores e vereadoras do município de Umuarama-PR dirigem a presente Moção, de maneira muito respeitosa, aos deputados federais do estado do Paraná, à Presidência do Banco do Brasil e ao Ministério da Economia.

A Câmara de Vereadores de Umuarama tomou conhecimento de que o Banco do Brasil lançou, em 11/01 deste ano, um Plano de Reestruturação que, entre outras medidas, determinou:

– o desligamento, sem reposição, de mais de 5 mil funcionários e funcionárias

– o fechamento de mais de 100 agências

– a transformação de mais de 200 agências em postos de atendimento

– a extinção da função de Caixa, com o consequente rebaixamento salarial de centenas de funcionários e funcionárias

Embora as medidas não tenham afetado diretamente o município de Umuarama (com exceção, é claro, da extinção da função de Caixa), manifestamos, através desta Moção, nossa preocupação em relação aos motivos e às consequências do Plano implementando pelo Banco do Brasil.

O Banco do Brasil é a maior instituição financeira do país e responde por mais de 60% do crédito para a agricultura e mais de 70% do crédito para a agricultura familiar. Não temos dúvidas de que o Banco do Brasil, em conjunto com a Caixa Econômica Federal e BNDES, foi essencial para retardar e amenizar os efeitos da crise econômica mundial desencadeada em 2008, a partir da quebra do Banco Leman Brothers, nos Estados Unidos. Ao manter e ampliar a oferta de crédito, o BB demonstrou o quanto é importante que o governo disponha do controle de um banco para enfrentar as recorrentes crises do sistema financeiro mundial.

Diante do exposto, manifestamos nossa discordância com as medidas do Plano de Reestruturação do Banco do Brasil. Ao nosso ver, ao invés de fortalecer a bicentenária instituição, ela fragiliza o banco e abre caminho para a mais indesejável de todas as medidas: a sua privatização.

Por isso, através desta Moção de Apelo, pedimos:

– a realização urgente de concurso público, a fim de repor os funcionários desligados

– o cancelamento do fechamento de agências e a revisão dos critérios que determinaram a transformação de agências em postos de atendimento

– a revogação da medida que determinou o injusto e ilegal rebaixamento salarial de centenas de funcionários e funcionárias do banco

– a abertura de negociações com os representantes dos sindicatos, pelo menos em relação às medidas que afetam o cotidiano dos bancários e bancários do Banco do Brasil

– o debate transparente, no Congresso e com toda sociedade, sobre o projeto do governo e da direção do banco para o futuro do Banco do Brasil

Fonte: Divulgação

Câmara realiza audiência pública sobre reestruturação do BB

Publicado em: 08/04/2021

A Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (30/03), em reunião deliberativa realizada de forma on-line, o Requerimento nº 9 de 2021, para realização de audiência pública sobre a proposta de reestruturação do Banco do Brasil.

A ANABB está entre as entidades convidadas pelos autores do requerimento para participar da audiência, cuja data de realização ainda será definida. Além da Associação, deverão estar presentes no debate outras entidades que representam os funcionários da ativa e aposentados, nominalmente AAFBB, Contraf/CUT, FAABB e o Sindicato dos Bancários de Brasília.

O tema do debate é a proposta apresentada em janeiro deste ano pela Diretoria do Banco do Brasil, para a reestruturação da instituição com base no fechamento de agências, em Plano de Demissões Voluntários (PDV) e na extinção de funções.

Na justificativa de realização da audiência, os autores enfatizam que o BB é um banco público, de atuação “vinculada às demandas da população, garantindo atendimento em municípios onde bancos privados não possuem interesse em atuar. Além disso, o Banco do Brasil hoje possui a missão institucional de oferecer linhas de créditos à agricultura”.

Os autores também lembram que o PDV proposto alcança mais de 5 mil funcionários do BB, o que equivale a 5,4% do quadro de pessoal do banco. “O PDV não afeta apenas os funcionários que realizam a adesão, significa sobrecarga de trabalho para os que permanecem e extinção de vagas, uma vez que são postos que deixaram de existir permanentemente”, destaca a justificativa.

São autores do Requerimento nº 9 de 2021, por ordem de assinatura, os deputados federais: Marcon (PT/RS), Patrus Ananias (PT/MG), Rogério Correia (PT/MG), Leonardo Monteiro (PT/MG), Pompeo de Mattos (PDT/RS), Zé Carlos (PT/MA) e Erika Kokay (PT/DF).

Foto: Agência ANABB

 

Governo nega pedido de informação sobre reestruturação do BB a portal

Publicado em: 31/03/2021

A Controladoria-Geral da União (CGU) negou um pedido de Lei de Acesso à Informação, feito pela reportagem do Congresso em Foco, para obrigar o Banco do Brasil a divulgar dados que expliquem como deveriam ocorrer os planos de reestruturação da empresa. O recurso negado foi o 3º apresentado pela reportagem para que o banco explicasse o fechamento de 5 mil postos de trabalho e 361 de suas unidades.

Para a CGU, o banco está livre de prestar tais informações – mesmo sendo estatal. A Controladoria, assim como em decisões internas do próprio banco, entende que a companhia tem uma natureza híbrida e, portanto, não se enquadra nas regras de acesso à informação administração pública. Apesar disso, o banco tem 50% sob controle do governo brasileiro, que inclusive tem ingerência sobre a política adotada pela instituição e na escolha de presidentes e diretores.

“Vale destacar que o recorrido [Banco do Brasil] subordina-se à Lei de Acesso à Informação – LAI e está obrigado ao fornecimento de informações públicas”, assina a analista Andréa Souza Goes, responsável pelo caso.

“Entretanto, devido à sua natureza híbrida, a qual o permite atuar no meio concorrencial do mercado privado, excepciona-se da regra o fornecimento de informações nas hipóteses de sigilo previstas na legislação, como fiscal, bancário, de operações e serviços no mercado de capitais, comercial, profissional, industrial e segredo de justiça.”

A resposta tem o mesmo tom das apresentadas pelo Banco do Brasil para não apresentar os dados da reestruturação – publicadas pela primeira vez em fato relevante ao mercado em 11 de janeiro. No mesmo dia em que o fato relevante foi apresentado pelo Banco do Brasil, este repórter questionou o Banco pela Lei de Acesso à Informação – ferramenta gratuita e aberta a qualquer cidadão brasileiro – que “publicizasse todo e qualquer relatório que justifique ou embase os planos de redimensionamento organizacional e demissão voluntária da empresa, tornados públicos no comunicado.”

Até fevereiro, dois recursos analisados internamente dentro do Banco do Brasil foram respondidos de maneira negativa, com o mesmo argumento.

“Uma vez que o Banco está sujeito ao regime próprio das empresas privadas, a informação solicitada está restrita ao âmbito interno da empresa, não havendo, assim, interesse público na obtenção das informações pleiteadas”, respondeu Thiago Borsari, que se apresentava como membro da Diretoria de Gestão da Cultura e de Pessoas do BB. Hoje, Borsari é diretor de Negócios Digitais.

Após os dois recursos internos ao Banco do Brasil, era possível discutir a questão na CGU, que opera fora do escopo da instituição financeira. A resposta, no entanto, foi negativa.

Quase imediatamente ao início do processo, o governo federal anunciou que desistiu da proposta de fechamento das agências – o que aumentou o desgaste entre o então presidente André Brandão e Jair Bolsonaro. Brandão se demitiu no dia 18 de março, e assumiu em seu lugar Fausto de Andrade Ribeiro.

O recurso apresentado pela reportagem defendeu que o Banco do Brasil é, como um banco público, também executor de políticas públicas. Desta forma, não cabe alegar sigilo comercial, sob risco de tornar esta própria política pública sigilosa e desvirtuar o sentido de existência de uma instituição como o Banco do Brasil.

A publicidade ao que se pede, discutiu-se no recurso, é interessante inclusive a investidores privados do BB S.A., que passarão a contar com maior transparência sobre as decisões tomadas pelo banco. Em um aspecto geral, lembra-se que o Banco Central do Brasil, também vinculado ao Ministério da Economia e gestor do sistema bancário nacional, tem uma política de “bancarização” crescente, incentivando o uso de instituições financeiras pela população.

Uma decisão de fechar agências e postos de atendimento, como publicado no comunicado ao mercado, vai contra esta filosofia do Banco Central, e pode inclusive por em risco a segurança do sistema. Isto pode ocorrer, uma vez que o Banco do Brasil não explicou se, entre as agências que pretende fechar estão postos que são as únicas agências de pequenos municípios do país.

O advogado e conselheiro da agência Fiquem Sabendo, Bruno Morassutti, apontou problemas na fundamentação da decisão. “Há uma diferença de quando o banco estatal está concorrendo efetivamente com outros players de mercado e quando ele está na função de executor de políticas públicas”, pondera o advogado. “O Banco do Brasil tem como função executar parte importante da política pública federal de bancarização e acesso a crédito.”

Para Bruno, quando o banco decide que fechará agências, “ainda que em um primeiro momento se pareça uma decisão comercial, ela ultrapassa isso ao afetar diretamente a disponibilidade de acesso bancário à população”. Considerar a informação sem interesse público, como alegou o BB em sua resposta, não faria sentido.

“Não cabe ao banco decidir o que tem ou não interesse público. Se o cidadão pediu, é porque há o interesse público”, disse Bruno Morassutti.

Fonte: Congresso em Foco

Banco do Brasil deve fechar 11 agências no Ceará; veja lista

Publicado em: 25/02/2021

Subiu para 11 o número de agências do Banco do Brasil (BB) que devem ser fechadas no Ceará desde o início da reestruturação da instituição, em janeiro deste ano. O quantitativo foi confirmado pelo Sindicato dos Bancários do Estado (Seeb). Na Capital, serão três unidades: da Parquelândia, Aerolândia e avenida Barão de Studart.

No último dia 10, a informação da entidade é de que seriam oito as unidades encerradas.

Além das agências que terão as atividades encerradas, outras nove serão reduzidas a postos de atendimento. De acordo com o presidente do sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, o número pode ser ainda maior.

“O Banco não está tendo transparência com os dados, mas o movimento deve seguir sendo esse. Acreditamos que eles querem reduzir para facilitar a privatização”, avalia.

Na sexta-feira (19) o Sindicato realizou uma manifestação na agência Empresa Parquelândia, em frente ao North Shopping, que já foi anunciada como uma das que terão as atividades encerradas em breve.

Nesta segunda-feira (22), a partir das 14h, o Seeb participa de uma reunião por videoconferência com o Comando Nacional dos Bancários.

O Diário do Nordeste questionou o Banco do Brasil sobre novos fechamentos e aguarda resposta.

Veja quais as agências serão fechadas:

  1. Empresa Parquelândia (Fortaleza)
  2. Aerolândia (Fortaleza)
  3. Barão de Studart (Fortaleza)
  4. Santana do Cariri
  5. Juaci Sampaio (Caucaia)
  6. Alto Santo
  7. São João do Jaguaribe
  8. Itaiçaba
  9. Posto de Atendimento de Ibiapina
  10. Dois Postos de Atendimento vinculados a Tabuleiro do Norte

Agências que virarão postos de atendimento (9 unidades)

  1. Orós
  2. Cambeba (Fortaleza)
  3. Aiuaba
  4. Catarina
  5. Irauçuba
  6. Morrinhos
  7. Ipueiras
  8. Frecheirinha
  9. Iracema (posto sem atendimento de caixas)

Brasil

Em todo o País, o plano de reorganização do banco prevê a desativação de 361 unidades (112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento), a conversão de 243 agências em postos de atendimento e oito postos de atendimento em agências.

Fonte: Diário do Nordeste

 

Justiça do Trabalho suspende programa de reestruturação que barrou gratificação de caixas executivos no BB

Publicado em: 19/02/2021

A 6ª Vara do Trabalho de Brasília, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, concedeu liminar que suspende, até que o processo seja concluído, a reversão dos cargos de ‘caixa executivo’ para ‘escriturários’, promovida pelo Banco do Brasil no âmbito de seu plano de reestruturação. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), autora da ação, argumentou que a mudança provocou a perda de rendimento por parte dos servidores, devido à supressão de gratificações. A decisão vale para todo o País.

O Banco do Brasil colocou em curso um plano de reestruturação com o objetivo de enxugar custos e melhorar a eficiência de seu serviço. Dessa forma, diversas agências bancárias devem ser vendidas e um programa de demissão voluntária foi implantado — consta no processo que 5.533 foram desligadas da instituição. A Contraf argumenta que não houve negociação prévia com os servidores, conforme é firmado em acordo coletivo celebrado entre o banco e seus funcionários. Nesse contexto, também foi anunciada a extinção do cargo de ‘caixa executivo’ e a consequente anulação das gratificações concedidas às pessoas que desempenhavam essa função.

A confederação questionou a medida, uma vez que os benefícios deveriam ser mantidos até 31 de agosto de 2022, como foi estabelecido no acordo coletivo que está em vigência. Além disso, a entidade de representação pondera que a Súmula 372 do Tribunal Superior do Trabalho prevê a incorporação das gratificações aos salários, quando o trabalhador permanece por dez anos ou mais desempenhando a mesma função. Segundo a advogada Renata Cabral, que representou a Contraf na ação, a reestruturação do banco ‘previa a extinção de algumas agências e unidades sem garantir a estabilidade da remuneração dos empregados que vierem a perder seus cargos’.

O juiz relator do caso, Antonio Umberto de Souza Júnior, afirmou que a discussão ainda encontra-se em estágio inicial e que, portanto, faltam insumos para uma decisão definitiva. Porém, ponderou que ‘a forte automação bancária e os interesses do capital não devem ser as únicas variáveis a serem consideradas quando se cogita de uma reorganização empresarial’. “Afinal, convivem, no mesmo nível da planície constitucional, o valor social da iniciativa privada e empresarial pública e o valor social do trabalho”, escreveu o magistrado.

Dessa forma, ele acolheu a argumentação apresentada pela Contraf e determinou a suspensão da medida que extinguiu os cargos e gratificações até que o processo seja concluído. Além disso, ele firmou que seja aplicada multa no valor de 100% do valor da gratificação de caixa executivo ‘por e para cada empregado prejudicado’, caso o banco descumpra a liminar.

Com a palavra, o Contraf e o CEBB

A reestruturação do BB previa a extinção de algumas agências e unidades sem garantir a estabilidade da remuneração dos empregados que vierem a perder seus cargos. A decisão impede que a remuneração seja rebaixada, com a perda da gratificação da função, nesse caso, os caixas executivos.

“É uma vitória importante! A retirada da gratificação reduziria significativamente os rendimentos dos funcionários, que são escriturários e recebem o valor adicional para exercerem a função de caixa. Não é justo que o banco deixe de pagar esses valores”, destacou a presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira.

“O banco promoveu a mudança sem sequer comunicar aos funcionários, nem sua representação sindical. Quando soubemos, tentamos negociar, inclusive com a mediação do Ministério Público (do Trabalho), e somente buscamos a Justiça após o banco se negar a atender qualquer das reivindicações dos trabalhadores”, explicou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

Com a palavra, o Banco do Brasil

A reportagem entrou em contato com o Banco do Brasil e aguarda resposta. O espaço está aberto para manifestação.

Fonte: Estadão e Contraf

 

 

Bancários ajuízam mais duas ações contra “desmonte” do Banco do Brasil

Publicado em: 18/02/2021

Diante da recusa do Banco do Brasil, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Crédito (Contec), ajuizou mais duas ações: uma pela reintegração da gratificação de caixa à folha de pagamento dos caixas executivos e outra para que o banco seja impedido de transferir compulsoriamente os funcionários.

A ação da Contec vem se somar a vários outros instrumentos jurídicos que estão sendo adotados por entidades sindicais de todo o país. Já há inclusive decisão contrária ao fechamento de agências do BB.

“O movimento sindical nacional está unido, agindo em diversas frentes contra este plano de desmonte do Banco do Brasil. Aqui em Maringá – bem como vem acontecendo em todo o país – realizamos denúncias, protestos, buscando apoios de lideranças políticas e da sociedade, além de também buscarmos os meios jurídicos. Não podemos aceitar que este banco adote medidas unilaterais que venham prejudicar os bancários e a própria comunidade à qual está inserido, ao fechar agências, e promover desligamentos, trocas de funções etc”, destaca o presidente do Sindicato, Claudecir de Souza.

Fonte: O Fato Maringá

5.533 funcionários do Banco do Brasil aderiram ao PDV e receberão até R$ 450 mil

Publicado em: 11/02/2021

O Banco do Brasil divulgou nesta segunda-feira, dia 8 de fevereiro, o resultado de seu programa de demissão voluntária. Segundo a instituição, 5.533 funcionários optaram por se desligarem de suas funções, conforme antecipou o Blog. A indenização chegará a até R$ 450 mil.

Do total das adesões, 74% se desligaram para se aposentar. Outros 5% podem se aposentar em até três anos. Nesses casos, o Banco do Brasil incluiu nas verbas rescisórias o valor referente ao pagamento das contribuições patronais para a Cassi, que administra os planos de saúde do BB, e para a Previ, o fundo de pensão dos empregados da instituição.

Esse programa de desligamento provocou uma cizânia entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente do Banco do Brasil, André Brandão. Bolsonaro ameaçou demiti-lo. O chefe do Executivo falou em suspensão do PDV, mas tudo continuou como o programado pelo banco.

De acordo com a instituição, as adesões ficaram próximas do que havia sido estimado pelo banco. Os programas fazem parte do conjunto de medidas anunciadas pelo BB no dia 11 de janeiro para “aumentar a eficiência nas atividades da empresa, garantindo a sustentabilidade dos negócios”.

Com o encerramento do PDV, o Banco do Brasil se dedicará ao processo de fechamento de postos de atendimento. Estão na lista 361 unidades, das quais, 112 são agências. Esse processo, porém, exige mais tempo, pois deve seguir uma série de burocracias, como afixar placas nos locais 30 dias antes do encerramento das operações e realocar a clientela.

O fechamento dos postos de atendimento se estenderá de fevereiro a junho. Nada foi mudado, mesmo com os ruídos políticos. A meta do Banco do Brasil, com o PDV e o fechamento de pontos de atendimento, é economizar R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.

Fonte: Blog do Correio Braziliense com Jornal Extra

 

 

Presidente do Banco do Brasil manda acelerar fechamento de agências

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Depois do sucesso nos planos de demissão voluntária — 5.533 funcionários aderiram aos programas, que pagarão até R$ 450 mil de indenização —, o presidente do Banco do Brasil, André Brandão, vai acelerar o processo de fechamento de 361 pontos de atendimento, sendo 112 agências.

A meta é encerrar todo o processo de reestruturação até junho, para que os resultados já apareçam no balanço do Banco do Brasil no segundo semestre. Por sinal, o BB apresenta, nesta quinta-feira (11/02), as demonstrações financeiras de 2020. Bradesco, Itaú Unibanco e Santander registraram lucros menores do que em 2019.

Pelos planejamentos do Banco do Brasil, a economia com as demissões voluntárias — o custo do programa será apresentado com o balanço de 2020 — e com o fechamento de postos de atendimento será superior a R$ 300 milhões neste ano e de R$ 2,7 bilhões até 2025.

Brandão não quer fazer muito barulho em cima do programa de reestruturação, pois quase perdeu o cargo porque políticos foram pedir ao presidente Jair Bolsonaro que o BB suspendesse o fechamento de agências. O presidente da República ameaçou o subordinado de demissão.

Poder ficou na língua

O chefe do Executivo, no entanto, jogou para a plateia. Todo o processo de ajuste do Banco do Brasil foi acertado com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e passou pelo crivo do Palácio do Planalto. O poder de Bolsonaro ficou só na língua.

O Banco do Brasil justifica que a reestruturação é urgente, para se tornar mais competitivo e enfrentar novos concorrentes, como as fintechs e os bancos digitais, que vêm apresentando crescimento espetacular.

A estrutura atual do BB é considerada inchada e incompatível com as de seus principais concorrentes, que, por terem controle privado, têm mais agilidade na tomada de decisões. O Banco do Brasil enfrenta uma série de burocracia da máquina estatal.

Fonte: Blog do Correio Braziliense

 

Funcionários do BB fazem greve contra demissão de 5 mil em todo o país

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Funcionários do Banco do Brasil realizaram na quarta-feira, dia 10 de fevereiro, uma paralisação nacional em protesto contra o programa de reestruturação da empresa que propõe o fechamento de 112 agências e o desligamento de 5 mil pessoas. O estado de greve foi aprovado por 87% dos trabalhadores em uma assembleia virtual realizada na sexta-feira (5). A decisão de paralisar as atividades foi reforçada depois de uma nova rodada de negociações intermediada pelo MPT (Ministério Público do Trabalho) terminar sem acordo.

Apesar da paralisação, os bancários afirmam que querem retomar o diálogo. “Mostramos que estamos dispostos a negociar. Acreditamos na via negocial e queremos continuar as tratativas”, disse o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga. Esse não é o primeiro ato contra reestruturação proposta pelo banco. Nos dias 15 e 21 de janeiro foram realizados atos nacionais contra as mudanças. Em 29 de janeiro foi realizada uma paralisação de 24 horas.

A reestruturação anunciada pelo banco pretende desligar 5 mil bancários por meio do PDV (programa de demissão voluntária), fechar 361 unidades – sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento -, descomissionamento de funções e a extinção do cargo de caixa.

Em um comunicado divulgado em janeiro, o Banco do Brasil afirmou que as medidas “buscam adequar a rede de agências ao aumento do comportamento digital de seus clientes e à necessidade de ampliar o atendimento especializado, especialmente o voltado ao agronegócios, que contará com mais 14 agências exclusivas e novos 276 gerentes de atendimento dedicados. As ações também buscam aumentar a eficiência nas atividades da empresa, garantindo a sustentabilidade dos negócios”.

A reorganização compreende ainda “medidas de otimização de estrutura descritas acima, outros movimentos de revisão e redimensionamento nas diretorias, áreas de apoio e rede, privilegiando a especialização do atendimento e a ampliação da oferta de soluções digitais”, fala o comunicado do BB. A economia líquida anual estimada por estes movimentos é de R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.

Dentro do plano, o BB também aprovou um Programa de Adequação de Quadros (PAQ) para otimizar a distribuição da força de trabalho, equacionando as situações de vagas e excessos em suas unidades, e um Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), disponível a todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos. Até o dia 8, finalizadas as etapas de manifestação voluntária, mais de 5.000 desligamentos foram validados, segundo o banco.

Reorganização melhora experiência do cliente, diz BB

Em nota, o Banco do Brasil diz que a reorganização foi informada ao sindicato e que pode trazer melhoria para a experiência do cliente. Confira a nota completa abaixo.

“O Banco do Brasil reafirma seu entendimento de que as medidas de reorganização preparam a empresa para um ambiente de maior competitividade no setor financeiro. Também estão alinhadas com o aprimoramento da experiência do cliente e com o maior investimento em soluções digitais.

Os sindicatos foram prontamente informados sobre as mudanças e o Banco do Brasil colocou-se à disposição das entidades sindicais para prestar os esclarecimentos que forem necessários. O Banco do Brasil anunciou, no último dia 11, conjunto de ações que buscam adequar a rede de agências ao aumento do comportamento digital de seus clientes e à necessidade de ampliar o atendimento especializado, especialmente o voltado ao agronegócios, que contará com mais 14 agências exclusivas e novos 276 gerentes de atendimento dedicados. As ações também buscam aumentar a eficiência nas atividades da empresa, garantindo a sustentabilidade dos negócios.

O BB possui uma das maiores redes de atendimento no País, com 5,4 mil agências e postos de atendimento, e ampliará sua rede de correspondentes bancários, hoje com mais de 11,1 mil pontos, mantendo sua presença nos 4.883 municípios de atuação.

Os 16,5 mil pontos de atendimento físico do BB se somam ao conjunto de soluções de atendimento digital por mobile e internet banking. Desde 2016, o BB observa significativa redução nas transações em guichês de caixa (-42%), enquanto o uso do mobile praticamente dobrou no mesmo período e já responde por 86% das transações, junto com o internet banking.

Conforme Comunicado enviado ao mercado em 08 de fevereiro, finalizadas as etapas de manifestação voluntária de interesse por desligamento incentivado no âmbito do Programa de Adequação de Quadros (MO e do Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), foram validados os desligamentos de 5.533 funcionários.”

Fonte: Portal UOL

Banco do Brasil deve fechar oito agências no Ceará, diz sindicato

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O Banco do Brasil (BB) deve fechar oito agências no Ceará e transformar outras cinco em postos de atendimento, segundo informações do Sindicato dos Bancários do Ceará (SEEB). As medidas fazem parte do plano de reestruturação do banco anunciado em janeiro, mas o BB não confirma quantas e quais agências devem ser afetadas no Estado.

De acordo com o presidente do sindicato, Carlos Eduardo Bezerra, serão fechadas as seguintes agências:
Fortaleza (Aerolândia, Parquelândia e Av. Barão de Studart) e Região Metropolitana de Fortaleza e interior (Juaci Sampaio, Santana do Cariri, Alto Santo, São João do Jaguaribe e Itaiçaba).

As agências do Cambeba (Fortaleza), Orós, Aiuaba, Catarina e Irauçuba devem virar postos de atendimento, conforme o Sindicato. “Está faltando muita transparência do Banco do Brasil. Eles não deram nenhum detalhe. Mas um levantamento feito pelo próprio sindicato está denunciando o fechamento dessas agências. Funcionários já relataram que foram retirados de suas funções originais e constam agora no quadro como excesso”, explica Bezerra.

Ele detalha que as pessoas enquadradas como excesso não têm um destino certo, podendo ser transferidas para qualquer outra cidade e estado.

O projeto de reestruturação prevê fechamento de 112 agências no Brasil. Na segunda-feira (8), o BB comunicou que mais de 5,5 mil funcionários já aderiram aos programas de desligamento voluntário da empresa no País, lançados em janeiro.

De acordo com o Sindicato, ao todo, as medidas devem afetar 150 mil pessoas, entre clientes e população em geral nessas localidades.

Procurado, o Banco do Brasil informou, por meio de nota, que comunicou prontamente os sindicatos da reestruturação e “colocou-se à disposição das entidades sindicais para prestar os esclarecimentos necessários”. No entanto, o banco não se pronunciou sobre quantas e quais agências no Ceará serão afetadas. A instituição também ressalta que os clientes serão comunicados com antecedência sobre qualquer mudança.

O BB justifica as modificações com base no “aumento do comportamento digital de seus clientes”. Segundo o banco, desde 2016, vem havendo “significativa redução nas transações em guichês de caixa (-42%), enquanto o uso do mobile praticamente dobrou no mesmo período e já responde por 86% das transações, junto com o internet banking”.

Fonte: Diário do Nordeste

 

Plano de Demissão Voluntária do BB tem adesão de quase 5 mil funcionários

Publicado em: 05/02/2021

Apesar das ameaças do presidente Jair Bolsonaro de suspender o programa de demissão voluntária (PDV) aberto pelo Banco do Brasil, quase 5 mil funcionários da instituição já aderiram à medida, praticamente atingindo a meta prevista. O prazo de adesão ao PDV acabaria na sexta-feira (05/02).

Diante das vantagens oferecidas pelo banco, muitos funcionários, que estão próximos da aposentadoria, preferiram aderir ao PDV. Eles acreditam que há boas perspectivas no mercado e não veem vantagens de continuarem no BB por falta de perspectivas.

Nem mesmo no período mais tenso vivido pelo Banco do Brasil, quando Bolsonaro ameaçou demitir o presidente da instituição, André Brandão, por causa do plano de enxugamento de despesas, os interessados no PDV se intimidaram. Para o comando do BB, foi a senha de que a medida era acertada.

Com o encerramento do PDV, o Banco do Brasil se dedicará ao processo de fechamento de postos de atendimento. Estão na lista 361 unidades, das quais, 112 são agências. Esse processo, porém, exige mais tempo, pois deve seguir uma série de burocracias, como afixar placas nos locais 30 dias antes do encerramento das operações e realocar a clientela.

Foi nesse ponto, sobretudo, que Bolsonaro se pegou para ameaçar Brandão de demissão. Prefeitos e parlamentares reclamaram com o presidente do fechamento de agências, alegando que a medida prejudicaria as economias locais. O presidente, porém, ficou somente na ameaça.

O fechamento dos postos de atendimento se estenderá de fevereiro a junho. Nada foi mudado, mesmo com os ruídos políticos. A meta do Banco do Brasil, com o PDV e o fechamento de pontos de atendimento, é economizar R$ 353 milhões em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025.

“A reestruturação do Banco do Brasil é muito importante para manter a sua competitividade no mercado. O banco ficará mais digital para enfrentar a concorrência, que está cada vez mais forte”, diz um funcionário da instituição.

Fonte: Blog do Correio Braziliense

 

 

Justiça proíbe BB de fechar agências e demitir funcionários até fim da pandemia

Publicado em: 04/02/2021

A Justiça do Maranhão determinou por meio de liminar a suspensão do fechamento das agências do Banco do Brasil em todo o país. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (3) pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís depois de uma ação movida pelo Sindicato dos Bancários do Maranhão (SEEB-MA).

A organização trabalhista acionou a justiça depois do anúncio do banco, no último dia 11, sobre a decisão de implementar o PDV (Plano de Demissão Voluntária), que tinha como objetivo promover a demissão de 5 mil funcionários e o fechamento de 361 unidades, entre elas, 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento.

Na ação civil pública que ajuizou, o sindicato maranhense alegou prática abusiva do banco baseado na alteração unilateral do contrato firmado entre a instituição e os consumidores. Segundo a entidade, “o fechamento de agências e a redução de postos de atendimento, na atual circunstância de pandemia da Covid-19, aumentará o fluxo de pessoas nas unidades dos bancos, gerando aglomeração”.

Na decisão, o juiz Douglas de Melo Martins, titular da Vara de Interesses Difusos e Coletivos da de São Luís, exigiu que o banco mantenha aberta todas as unidades do país “enquanto perdurarem as medidas para enfrentamento da emergência de saúde pública de importância nacional de que trata a Lei nº 13.979/2020”, que vigorará até que seja decretado o fim do estado de emergência internacional, declarado pela Organização Mundial da Saúde.

O Banco do Brasil tem 15 dias para recorrer da decisão.

Fonte: CNN Brasil

Banco do Brasil segura dez diretores seniores ante ofensiva de rivais

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O Banco do Brasil conseguiu segurar ao menos dez diretores que estavam com o pé na aposentadoria, apurou a Coluna do Estadão. Trata-se de uma ofensiva da atual gestão para reter profissionais que já atingiram a idade de deixar o banco. A ação ocorre em meio à debandada de funcionários do alto escalão do BB nos últimos anos – com destino à iniciativa privada -, em um ambiente de forte concorrência no setor financeiro e ainda às vésperas da adoção de um programa de demissão voluntária (PDV) no conglomerado.

Batizado de ‘plano de incentivo a diretores’, a iniciativa terá validade somente até 2027, com o objetivo de segurar nomes mais seniores e que estavam prestes a deixar o BB por conta da aposentadoria. Com o plano, esses diretores podem se aposentar, mas seguem trabalhando no banco. Antes, esse era um benefício restrito a vice-presidentes da casa e que foi estendido ao escalão abaixo, em meio ao forte assédio dos concorrentes privados ao quadro do banco público.

O plano tem como meta reter em torno de 15 executivos prestes a se aposentarem. É praticamente metade do total de diretores do banco. Boa parte da ação já foi concluída, com cerca de dez adesões. Dentre elas, estão nomes como o de Edson Rogério da Costa, de meios de pagamentos e que lida com o sócio Bradesco em negócios como Elo e Cielo. Além dele, estão o diretor de empréstimos e financiamentos, Marco Túlio de Oliveira Mendonça, e o diretor de Gestão de Pessoas, José Avelar Matias Lopes, dentre outros. Procurado, o BB não comentou.

Fonte: Estadão

 

Bolsonaro diz que BB precisa ter “lado social”, mas nega interferência no banco

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Mais de 10 dias depois de uma crise que quase levou à demissão do presidente do Banco do Brasil, André Brandão, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a instituição precisa ter também “um lado social”, numa crítica indireta ao programa de enxugamento capitaneado pelo executivo. Apesar da fala, Bolsonaro disse que não interfere em decisões do banco.

Em meados de janeiro, o presidente chegou a determinar a demissão de Brandão após a repercussão negativa entre parlamentares do plano de reestruturação do banco, que inclui um programa de demissão voluntária e o fechamento de agências. “No Banco do Brasil eu [governo federal] sou o maior acionista, não sabia que era tão rico assim. Agora, decisão, eu tenho que tomar conhecimento. Tem liberdade para trabalhar, mas tenho que tomar conhecimento. Não posso saber de certas decisões, de qualquer órgão, qualquer ministério, pela mídia. Não posso saber, isso já foi conversado com todos os ministros. Eu não posso ser o último a saber. Negativo”, declarou o presidente neste sábado (30) ao deixar uma concessionária de motos em Brasília.

“A Caixa Econômica tem seu lado social muito forte. O Banco do Brasil também tem o seu lado social. Você pega uma agência no interior do Brasil, [numa cidade que] tem 3.000 habitantes, só tem um Banco do Brasil lá. Então não é lucrativo, muitas vezes não é. Então você tem que ter o lado social no tocante a isso também. Agora o enxugamento que eles querem fazer é no mundo também”, acrescentou o presidente.

À época da crise, interlocutores de Bolsonaro disseram que o ministro Paulo Guedes (Economia) e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, conseguiram convencer Bolsonaro a preservar Brandão à frente da instituição.
Pessoas que acompanham o tema afirmaram ainda que reestruturação do banco será mantida, sem mudanças no plano de demissão voluntária.

Ajustes devem ser feitos apenas na parte do pacote que prevê o fechamento de agências, o que causou maior desagrado entre parlamentares. Segundo relatos, é possível que haja uma revisão de parte das unidades que seriam fechadas, com substituição por outras.

“Olha só, eu não interfiro. Deixar claro, estão loucos para meter um processo em cima de mim por interferência. Eu não interfiro. Agora, qualquer ministro, qualquer presidente de banco, qualquer presidente de estatal, eu que ponho e eu que demito. E não tenho que dar satisfação para ninguém, porque isso recebi do povo para trabalhar dessa maneira”, disse.

Segundo plano apresentado pelo Banco do Brasil, a estatal cortaria 5 mil funcionários em um plano de desligamento voluntário e fecharia 361 unidades de atendimento, sendo 112 agências. O objetivo é readequar a rede ao perfil mais online dos clientes.

Em 2020, o BB fechou mais de 200 agências em um caminho semelhante ao adotado pelos concorrentes privados. No ano passado, Santander (SANB11), Bradesco (BBDC4) e Itaú (ITUB4) fecharam cerca de mil agências, com demissão de 11 mil funcionários.

Bolsonaro, contudo, reclamou de não ter sido comunicado previamente sobre o plano e diz que ficou sabendo do enxugamento pela imprensa. Para ele, o Banco do Brasil precisa olhar o lado social.

“Você pega uma agência no interior do Brasil que tem 3 mil habitantes e só tem um Banco do Brasil lá. Muitas vezes não é lucrativo, então você tem que ter o lado social”, disse.

Fonte: Diário de Cuiabá com Suno Research

 

Banco do Brasil mantém reestruturação, com PDV e fechamento de agências

Publicado em: 29/01/2021

O Banco do Brasil (BB) decidiu manter o plano de reestruturação que prevê o fechamento de 361 unidades de atendimento e o desligamento voluntário de até 5 mil funcionários, apesar de a repercussão negativa do projeto quase ter custado a demissão do presidente do banco, André Brandão.

A manutenção do plano foi confirmada pelo Conselho de Admnistração do BB, em reunião extraordinária realizada realizada nesta semana, após os ruídos sobre a demissão de Brandão terem diminuído. Na ocasião, os conselheiros do BB confirmaram a permanência do executivo no comando do banco e negaram quaisquer revisões no plano de reestruturação, que será executado ao longo deste semestre.

O plano de reestruturação do BB foi anunciado no início do mês e irritou o presidente Jair Bolsonaro. Incomodado com a repercussão negativa do projeto de enxugamento da rede de agências do BB, Bolsonaro chegou a pedir a demissão de André Brandão. Porém, o executivo foi mantido no cargo depois que o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertaram o presidente da República de que a ameaça de demissão foi interpretada pelo mercado como uma interferência política no BB.

Com a manutenção de Brandão, chegou-se a cogitar uma revisão no plano de reestruturação do BB. Porém, a ata da última reunião do Conselho de Administração do BB descarta essa possibilidade, negando “qualquer espécie de interferência do acionista controlador na execução das medidas de eficiência anunciadas, que seguem sendo executadas exatamente como aprovada” e dizendo que as notícias sobre a demissão de Brandão não passaram de “graves especulações”.

O documento acrescenta que os conselheiros não aceitariam interferências políticas no banco. E explica que, em respeito à Lei das Sociedades por Ações e à Lei das Estatais, “não seria admitido a estes conselheiros anuir com qualquer prática que porventura viesse a ser adotada contrariamente aos melhores interesses da companhia e de seus acionistas”.

“Os conselheiros aqui signatários reiteram seu compromisso com as melhores práticas de governança corporativa, com a estrita observância de suas atribuições estatutárias e de seu dever de diligência, lealdade e defesa dos interesses da companhia”, ressalta a ata. “A reação dos agentes de mercado às referidas especulações noticiosas, que provocou significativa desvalorização dos preços das ações do BB, evidencia o que se espera da administração da companhia: adoção de contínuas medidas em busca de maior eficiência e permanente austeridade, com o condão de lhe conferir adequada competitividade e resultados sustentáveis ao longo do tempo, sobretudo no atual ambiente de negócios de crescente competição, complexidade, volatilidade e transformação tecnológica”, acrescenta.

O comunicado também lembra que o programa de reestruturação foi aprovado ainda em 2019 pelo conselho e está “alinhado às melhores práticas de mercado”. E destaca que, como mostrou o Correio, “a aprovação dos programas cumpriu toda governança da companhia, tendo transitado, inclusive, pela Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais (Sest) do Ministério da Economia, conforme normas vigentes”.

A manifestação sobre a manutenção de Brandão e do plano de reestruturação foi assinada por cinco dos oito conselheiros do BB. Assinaram o documentos os conselheiros indicados pelo Ministério da Economia – Hélio Lima Magalhães, que é presidente do Conselho de Administração; Fabio Augusto Cantizani Barbosa e José Guimarães Monforte – e também os membros do Conselho que foram eleitos pelos acionistas minoritários do BB – Luiz Serafim Spinola Santos e Paulo Roberto Evangelista de Lima.

Por outro lado, não assinam o comunidado o próprio André Brandão, presidente do BB; o secretário especial da Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues, que também já foi ameaçado de demissão pelo presidente Bolsonaro, durante as discussões sobre o Renda Brasil; e Débora Fonseca, que é a representante dos funcionários do BB no Conselho. Segundo a ata, “a abstenção dos demais conselheiros” foi registrada “com o fim de se elidir qualquer potencial conflito de interesses”.

Funcionários do BB seguem reticentes ao plano de reestruturação do banco, pois entendem que o fechamento de agências e a redução do quadro de pessoal do banco representa um “plano de desmonte” com vistas na privatização. Por isso, têm feito protestos em todo o país e buscado apoio de parlamentares e prefeitos para barrar o projeto.

Fonte: Correio Brazilliense

Bancários do Banco do Brasil fazem protesto nacional antes da paralisação

Publicado em: 22/01/2021

Bancárias e bancários do Banco do Brasil realizaram, nesta quinta-feira 21, um Dia Nacional de Lutas contra a reestruturação proposta pela direção do banco. Além de atos nas unidades do banco, os trabalhadores também fizeram tuitaço, com a hashtag #MeuBBValeMais. O calendário de mobilizações se estenderá até a paralisação de 24 horas no dia 29.

“Estamos percorrendo os locais de trabalho para ouvir as questões que os bancários têm nos colocado. Os próprios trabalhadores têm sugerido, desde o dia 15, tuitaços, dia nacional de luta, uso de roupa preta em luto, e paralisação. Tudo isso é o caldo para construir uma possível greve contra mais este ataque ao BB, mas para isso são necessárias unidade e mobilização da categoria”, explicou João Fukunaga, coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil.

No dia 29 será realizada uma paralisação nacional de 24 horas e atuação organizada nas mídias sociais.
Dia Nacional de Luta

O ato nacional desta quinta-feira 21 teve, abaixo-assinado, reuniões com os funcionários nos locais de trabalho, colagens e panfletagens.

Em São Paulo, as atividades se concentraram em agências da zona Leste, que foram palco de diálogo com bancários e com a população sobre os resultados de uma nova reestruturação que pretende fechar 361 unidades – sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 postos de atendimento –, demitir 5 mil bancários e descomissionar centenas de funções.

“Reforçamos à população que menos agências significa precarização do atendimento, especialmente para os mais idosos e mais vulneráveis, que muitas vezes não têm outro canal bancário”, relata a dirigente sindical e bancária do BB Adriana Ferreira.

“Fechamento de agências físicas também irá impedir o atendimento bancário a milhares de brasileiros de pequenos municípios pelo Brasil que só contam com o BB”, acrescenta.

“Os bancários sabem que o corte de 5 mil postos irá levar a sobrecarga de trabalho, que já é absurda, além de causar muitos descomissionamentos com redução salarial; e prejudicar o atendimento e o papel social de um banco público”, afirma a dirigente.

Mais lucro, menos funcionários e agências

Entre 2016 e 2019, o lucro líquido ajustado do BB apresentou crescimento de 122%, passando de R$ 8,033 bilhões em 2016 para R$ 17,848 bilhões em 2019. No mesmo período, o banco fechou 19% das agências e reduziu o quadro em 16%.

“Estes números refletem o movimento pelo qual o Banco do Brasil está passando: redução de funcionários e de agências e aumento dos lucros, o que só irá prejudicar trabalhadores e sociedade, em benefício de alguns acionistas. É imperativo lutar contra este desmantelamento da função pública e social que o Banco do Brasil tem o dever de executar”, finaliza Adriana Ferreira.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Brandão fica no BB, mas plano para fechar agências e desligar 5 mil pode ser ajustado

Publicado em: 21/01/2021

O presidente do Banco do Brasil, André Brandão, está garantido no posto, mas o pacote bilionário de redução de custos, anunciado na semana passada como uma das primeiras grandes ações de sua gestão, pode sofrer ajustes, apurou o Estadão/Broadcast. Eventuais mudanças estão sendo discutidas internamente, disseram três fontes, na condição de anonimato, e que descartam a reversão das medidas. O risco de revisão é monitorado com atenção pelo mercado, que vê em qualquer movimento nesta direção como uma nítida interferência política do governo Bolsonaro no banco, com ações listadas em Bolsa.

Internamente, executivos do BB estão em compasso de espera por eventuais ajustes. A orientação geral passada, contudo, é de que seja olhada a foto ampliada e que, na prática, “nada muda”. Dentre as possíveis mudanças, por exemplo, estaria a revisão da lista – já definida – de agências bancárias, que deve ser impactada pelo pacote. São 112 no total. Esse tipo de movimento, vale destacar, já estaria no radar – antes mesmo da repercussão do anúncio do pacote – e é visto como algo natural. Geralmente, revisões na rede de atendimento de bancos públicos podem desagradar prefeitos, com folhas de pagamentos nessas instituições e, portanto, negociações ocorrem a reboque.

Por ora, as medidas anunciadas pelo Banco do Brasil seguem o curso normal, dizem duas fontes. Hoje, por exemplo, o banco divulgou vagas para movimentação interna no âmbito da reorganização de sua rede de atendimento. A ideia da atual gestão do BB é recolocar parte do back-office, funcionários que atuam nos bastidores, para a linha de negócios da instituição.

O plano de reestruturação do banco prevê, por enquanto, o fechamento de 112 agências, sete escritórios e 242 postos de atendimento. Além disso, 243 agências seriam convertidas em postos de atendimento, 143 unidades de negócios seriam transformadas em Lojas BB (sem guichês de caixa) e ainda haveria relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios e criação de 28 unidades de negócios.

Todo o programa, com previsão de ser completamente implementado no primeiro semestre, deve resultar em uma economia anual líquida de R$ 353 milhões só em 2021 e R$ 2,7 bilhões até 2025, sem considerar os planos de desligamentos voluntários, que, na estimativa do BB, devem gerar o corte de 5 mil pessoas. Com as medidas, o banco pretende ter uma atuação mais focada no público digitalizado e espera atrair de 5,5 milhões de novos clientes digitais em 2021, repetindo o mesmo feito do ano passado. Hoje, são 22 milhões.

Quem não gostou nada do plano foi o presidente Jair Bolsonaro, que alegou não ter sido avisado sobre as medidas e teve de dar explicações a parlamentares que o procuraram para reclamar do fechamento de agências em pequenos municípios. A lista de cidades que terão agências fechadas, contudo, ainda não foi revelada. Essa é exatamente uma das medidas que pode ser ajustada.

Sob a justificativa de que não havia sido informado do plano de eficiência do BB, Bolsonaro pediu a cabeça de Brandão, no comando do banco público desde setembro último. Vindo do HSBC, o executivo foi trazido à instituição justamente para reforçar a bandeira de um perfil de mercado e blindagem das empresas estatais no atual governo – o que, novamente, caiu por terra com o imbróglio. Fontes garantem que tanto o Ministério da Economia quanto o Planalto haviam sido informados do pacote – e do risco de imagem atrelado.

Eficiência

As medidas anunciadas pelo BB estão em estudo desde o fim do ano passado e geraram boatos de um novo programa de demissão voluntária, na época, confirmados posteriormente. Na primeira reunião anual com investidores e analistas, no fim de 2020, o próprio Brandão já havia sinalizado que eficiência era um dos pontos fortes da sua gestão. “Estamos na construção de uma agenda de eficiência”, disse, sem dar detalhes.

Após os panos quentes colocados pelo Ministério da Economia junto ao Planalto, Brandão aceitou permanecer no banco, mas, conforme pessoas próximas a ele, disse que não abriria mão do plano já desenhado. Entretanto, teria concordado em submeter à autorização prévia do Planalto ações no BB com impacto político. Essa seria, dizem fontes, a fatura que teria restado a Brandão pagar fora do banco.

Apesar da repercussão negativa do pacote, não será a primeira vez que o banco fechará agências sob a gestão Bolsonaro. Desde que o presidente assumiu, no início de 2019, o BB fechou as portas de mais de 400 agências, mais que o triplo das 112 programadas para o primeiro semestre de 2021. Em 2018, último ano do governo Michel Temer, também houve enxugamento da rede, com 127 unidades a menos. O movimento segue alinhado ao capitaneado pelos bancos privados, que têm diminuído a rede física com a maior digitalização dos clientes e a pressão da concorrência do lado das margens financeiras e rentabilidade.

A diferença entre a redução feita ao longo de 2018 e 2019 e o plano anunciado para 2021 está na velocidade e no objetivo. Lá atrás, as agências foram sendo fechadas aos poucos, uma de cada vez, para fazer ajustes na rede, sem alarde. Agora, quando a intenção é diminuir a rede como uma parte de um plano de reestruturação que envolve enxugar o quadro de funcionários via programas de desligamento voluntário, os encerramentos terão de ser feitos de maneira simultânea – o que gera um barulho maior e mais desgaste político.

No mercado financeiro, o anúncio foi recebido de forma positiva, com analistas que acompanham o BB elogiando o esforço do banco para se tornar operacionalmente mais eficiente e se alinhar às tendências de digitalização dos serviços financeiros. Eventuais mudanças no pacote, porém, preocupam.

Para o diretor de renda variável da Eleven Financial, Carlos Daltozo, qualquer revisão das medidas confirma ingerência política no BB, um problema que assombra o banco e que cobra seu preço com um desconto histórico em suas ações frente aos rivais privados. “O presidente Bolsonaro deveria se preocupar com a vacina. Uma mudança no pacote já é sinal claro de interferência política. Acho bem ruim”, afirma o analista de um banco estrangeiro, na condição de anonimato.

Fonte: Terra

 

Funcionários do BB pedem apoio de parlamentares contra corte de custos

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Associações de funcionários e aposentados do Banco do Brasil (BB), além de sindicalistas, vão disparar cartas a deputados e senadores nesta sexta-feira pedindo apoio para reverter as medidas de corte de custos anunciadas nesta semana pela instituição financeira.

O objetivo é que o documento chegue às mãos de cada parlamentar para aumentar a pressão contra o fechamento de agências e os programas de desligamentos voluntários anunciados no começo desta semana pelo BB.

Em paralelo, há negociações para que sejam preservadas as agências de pequenas localidades caso o programa de corte de custos seja mantido.

Na carta que será enviada aos parlamentares, as entidades afirmam entender que “o Congresso Nacional, representante da vontade popular, poderá ter um papel decisivo no sentido de impedir que sigam em frente os planos de fechamento de unidades do Banco do Brasil e de extinção de 5 mil vagas no quadro de pessoal da empresa”.

O documento é assinado por representantes da Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB), da Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil (AAFBB), da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (FAABB) e da Contraf-CUT.

“A crise na saúde, com profundos reflexos no desenvolvimento econômico e social do País, desafia os bancos públicos a um outro tipo de atuação de forma que possam contribuir para a sociedade brasileira neste momento especial”, afirmam as associações. “A insensibilidade diante deste momento, a falta de empatia e a ausência de um plano voltado para as reais necessidades do País chocam quando partem de uma empresa pública de 212 anos de serviços prestados à sociedade brasileira.”

Conforme o Valor relatou na tarde desta sexta-feira, o presidente do BB, André Brandão, vai permanecer no cargo depois que parte da equipe econômica e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, agiram para reverter a demissão do executivo pelo presidente Jair Bolsonaro.

O BB anunciou na segunda-feira um plano de reorganização de sua rede física que envolve 870 pontos de atendimento, além de dois PDVs com os quais espera reduzir 5 mil vagas.

Fonte: Valor Investe

Resistência à reestruturação do BB pode se dar em três frentes

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A resistência ao processo de reestruturação do Banco do Brasil, envolto em uma polêmica palaciana que quase custou a permanência de seu presidente no cargo, deve envolver três frentes de atuação: no Congresso, no Judiciário e nas “ruas”. A estratégia começou a ser desenhada por entidades vinculadas ao funcionalismo e por parlamentares de oposição.

A reunião da chamada “Frente ampla em defesa do Banco do Brasil” ocorreu nesta terça-feira (19), articulada pelo Sindicato dos Bancários de Brasília e peça Contraf-CUT.

Kleytton Morais, presidente do sindicato, iniciou o encontro virtual lembrando que o BB, “desde 2016, vem sofrendo intensos ataques no sentido da privatização”.

“Fomos surpreendidos pelo processo de reestruturação, que chamamos de desestruturação. Ataca ferozmente os trabalhadores e trabalhadoras”, relatou aos congressistas, destacando que a ofensiva se dá não apenas pelo programa de demissão voluntária, mas também se “reduzindo valores referentes à sua remuneração” para os que ficarem.

João Fukunaga, da Contraf, destacou que, pela lógica da direção do banco, unidades de locais considerados pouco lucrativos devem ser fechadas e que o argumento de acessibilidade pela internet não se sustenta em relação aos mais pobres: “Prejudica diretamente a atuação do Branco do Brasil como Banco Público. Em alguns casos, se trata da única agência da localidade”

“Guedes é um legítimo representante do mercado. Para 30 milhões de brasileiros, internet não existe. É um raposão cuidando das galinhas”, emendou Pompeo de Mattos (PDT-RS).

Reinaldo Fujimoto, presidente da ANABB, reclamou da postura do banco e do governo em afirmar que só há uma alternativa para o futuro da instituição.

“Eles vão pelo lado mais fácil, fechar agências e demitir colegas. Esse momento exige revisar o valor que o Banco do Brasil gera para a sociedade. Isso requer um BB sólido e eficiente, mas sem pensar exclusivamente pela ótica do mercado”, apontou.

Representante dos funcionários no Conselho de Administração do BB, Débora Fonseca trouxe ao debate a falta de transparência e informações sobre o processo.

“Muitas dessas informações poderiam ter chegado, mas eu tive que fazer um pedido formal para obter. Não temos lista de agências para mensurar o impacto para o País”, relatou. “Os funcionários passam por um momento de muita insegurança”.

A ideia de articular diversas frentes de resistência foi do senador Jaques Wagner. Além da atuação parlamentar, requisitando informações ao BB, e a contestação judicial, o parlamentar entende ser necessário convencer as pessoas nas “localidades”.

“Temos que descer ao nível dos prefeitos e vereadores. [Nós da oposição] somos aguerridos no parlamento, mas, [por exemplo], garantimos o Fundeb por conta de uma rede pressionando os parlamentares”, defendeu.

Fonte: Portal Reconta Aí

Crise no BB esfria, mas bancários pedem que Congresso barre reestruturação

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Após uma semana de crise, os ânimos se acalmaram no Banco do Brasil (BB). A ideia é silenciar e deixar a poeira baixar para voltar a tratar do plano de reestruturação que irritou o presidente Jair Bolsonaro e quase custou a demissão do presidente do BB, André Brandão. Os bancários, no entanto, seguem tentando reverter o projeto. Por isso, já se reuniram com executivos do banco e agora pediram ajuda de parlamentares para evitar o fechamento de agências e uma nova rodada de demissões no BB.

O pedido foi apresentado nesta sexta-feira (15/1) por meio de uma “carta a parlamentares”, assinada pelas associações que representam os funcionários do Banco do Brasil — Associação dos Aposentados e Funcionários do Banco do Brasil (AAFBB), Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (Anabb), Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da Central Única de Trabalhadores (Contraf-CUT) e Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Banco do Brasil (Faabb).

O documento ressalta que “qualquer reestruturação precisa considerar a dimensão estratégica do Banco do
Brasil, sobretudo neste momento crucial da vida do país” e diz que “o Congresso Nacional, representante da vontade popular, poderá ter um papel decisivo no sentido de impedir que sigam em frente os planos de fechamento de unidades do Banco do Brasil e de extinção de 5 mil vagas no quadro de pessoal da empresa”. Por isso, pede “apoio e atenção de cada parlamentar para que as intenções da Direção do Banco do Brasil sejam revistas”.

Os funcionários do BB argumentam que “inovação digital é bem-vinda, desde que combinada com uma rede capaz de atendimento presencial”. E explicam: nem toda a população brasileira tem facilidade com os meios digitais e o BB é o único banco com atendimento presencial em muitas das pequenas cidades do interior do país, sobretudo naquelas em que há forte agricultura familiar, que é amparada pelos programas de crédito do Banco do Brasil.

“Ademais, ao diminuir o quadro de pessoal, a decisão amplia o deficit no atendimento à população e sobrecarrega ainda mais as agências, com ônus para a qualidade dos serviços prestados aos clientes e acarretando desgaste físico e emocional para os funcionários na linha de frente”, acrescenta o documento, lembrando que o BB pode contribuir com o processo de enfrentamento à crise da covid-19 por meio de ações como o crédito e destacando que o momento já é de elevação do desemprego.

Foi o momento inoportuno para o anúncio da reestruturação e a queixa de parlamentares, que não gostaram da notícia de que o BB iria fechar agências em suas bases eleitorais, por sinal, que fez o presidente Jair Bolsonaro perder a cabeça com o projeto que prevê o fechamento de 361 unidades de atendimento e o desligamento voluntário de até 5 mil funcionários do Banco do Brasil. O Palácio confirmou que, irritado, Bolsonaro pediu a demissão de Brandão. Porém, o executivo parece ter ganhado sobrevida.

Reestruturação

A permanência de Brandão foi defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que viram o mercado reagir negativamente à demissão. Contudo, fez a ala política do Palácio do Planalto pedir revisões do plano de reestruturação do BB. A equipe econômica ainda não confirma alterações no projeto. Porém, a tendência é a reestruturação caminhe mais devagar a partir de agora.

Funcionários do BB estão esperançosos na revisão do plano. É que, nessa quinta-feira (14), a Comissão Executiva Bancária Nacional de Negociação (CEBNN) da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec) foi recebida por representantes da administração do Banco do Brasil e pediu que a reestruturação fosse deixada de lado. Os executivos ficaram de apresentar as reivindicações ao Comitê Gestor do BB e voltar a conversar com os funcionários sobre o assunto.

“Diante do fato de o banco ter atendido nosso pedido de aceitar participar da reunião de quarta e da afirmativa de que nossas reivindicações seriam levadas ao Comitê Gestor do BB, além do fato de estarmos em mobilização nacional, acredito ser possível uma rodada de negociações extraordinária e, a depender da posição dos parlamentares contatados, que a diretoria do banco seja obrigada a recuar na implantação oportunística de desmonte do papel social do BB”, disse Arimarcel Padilha, membro do Contec.

Fonte: Correio Braziliense

 

Protestos contra demissões e fechamento de agências do Banco do Brasil no país

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Depois do anúncio do PDV do BB, manifestações e protestos contra a reestruturação ocorreram em várias partes do país. O Sindicato dos Bancários de Santos, no litoral de São Paulo, realizou um protesto em frente a agência do Banco do Brasil, localizada na Avenida Ana Costa, 486, no Gonzaga, das 10h às 12h, desta quinta-feira (21). Houve distribuição de carta aberta, colagem de cartazes, faixas e som para esclarecer aos funcionários, clientes e à população, o prejuízo que a restruturação causará, segundo o sindicato, com fechamento de agências e as demissões voluntárias. O movimento sindical, ainda propõe uma paralisação nacional no próximo dia 29.

A reestruturação prevê o fechamento de quase 400 agências e outras unidades do Banco do Brasil (BB), além da demissão de 5 mil funcionários.

O governo federal diz que vai fechar “361 unidades, sendo 112 agências, 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA)”, além da conversão de 243 agências em postos de atendimento e a ‘transformação’ de 145 unidades de negócios em Lojas BB, estes dois últimos, sem gerentes e guichês de caixa. Tudo no primeiro semestre de 2021.

“Nenhum outro banco facilita empréstimos com juros mais baixos aos micros, pequenos e médios agricultores; empresas e comércio em geral, instalados em pequenas cidades. Financia esporte, cultura e outras áreas sociais. A importância para a sociedade brasileira, fomento de empregos e riquezas à nação é extraordinária e essencial ao País! Os bancos privados só objetivam o lucro, sem se importar com os brasileiros!”, ressalta Eneida Koury, presidente do Sindicato e funcionária do Banco do Brasil.

Duas agências podem ser fechadas em Santos

Em Santos, duas agências serão desativadas nos planos do banco. A agência Santista, rua Dom Pedro II, 49, Centro e o Posto de Atendimento que fica na esquina do canal 5 com Epitácio Pessoa, Av. Almirante Cochrane, 47, Embaré.

“A população será prejudicada. Passará a contar com uma rede de agências menor, com menos funcionários. Algumas cidades ficarão sem agências. O atendimento vai ser ainda mais precarizado”, diz André Elias, dirigente do Sindicato dos Bancários de Santos e Região e bancário do BB.

Fonte: Diário do Litoral

 

 

 

AGEBB está de olho no PDV; até 5 mil funcionários deverão deixar BB

Publicado em: 15/01/2021

Até 5 mil empregados, do total de 92,1 mil trabalhadores do Banco do Brasil, deverão deixar a instituição por meio do novo Programa de Demissões Voluntárias (PDV) anunciado no princípio desta semana. O fato relevante, distribuído no dia 11 de janeiro, foi assinado por Carlos José da Costa André, vice-presidente de Gestão Financeira e Relação com Investidores do banco. Foram aprovados dois tipos de PDV: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), a fim de otimizar a distribuição da força de trabalho, equacionando as situações de vagas e excessos nas unidades do banco, e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), disponível a todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos.

No comunicado, o banco informa que, até o mês de junho, desativará 361 unidades, sendo 112 agências , 7 escritórios e 242 Postos de Atendimento (PA). A instituição também converterá de 243 agências em postos de atendimento e outros oito serão transformados em agências. Serão transformadas 145 unidades de negócios em Lojas BB, sem a oferta de guichês de caixa, com maior vocação para assessoria e relacionamento. Haverá no período mencionado a relocalização compartilhada de 85 unidades de negócios. Também serão criadas 28 unidades de negócios, sendo 14 Agências Especializadas Agro e 14 Escritórios Leve Digital (unidades especializadas no atendimento a clientes com maturidade digital), com aproveitamento de espaços existentes, não envolvendo contratação ou locação de novos imóveis.

A economia com essas medidas de enxugamento é de R$ 2,7 bilhões até 2025, conforme o fato relevante divulgado ao mercado. O montante, junto com os R$ 3 bilhões para o Programa de Demissão Extraordinário (PDE), resulta em o impacto fiscal de R$ 5,7 bilhões em cinco anos. O prazo para a adesão ao PDE expira em 5 de fevereiro de 2021.

A ideia do BB é estimular a demissão de trabalhadores que ganham mais do que a média e exercem funções que poderiam ser ocupadas por funcionários com remuneração inferior, como a de caixas. Como estímulo, deverá pagar de R$ 10 mil até, no máximo, R$ 450 mil de indenização para quem aderir ao programa, dependendo do perfil de cada trabalhador e do tempo de serviço.

Conforme o tipo de desligamento, inclusive, aposentadoria antecipada, a indenização pecuniária será de acordo com a pontuação pessoal obtida no cálculo de cada trabalhador, tendo o placar final como multiplicador do “salário-base” do funcionário interessado, segundo o BB. O “salário-base” corresponde à soma de verbas pessoais descritas em regulamento, não sendo consideradas aquelas relacionadas ao exercício de função.

AGEBB em defesa dos associados

A AGEBB, única entidade que representa a classe gerencial do BB no país, acompanha de perto toda a movimentação. O presidente Francisco Vianna de Oliveira Júnior diz que a associação está atenta para que os direitos dos gerentes, especialmente dos incorporados, sejam garantidos nas questões dos planos de saúde (Cassi) e da previdência (Previ). “Como sempre a direção do BB busca promover mudanças sem qualquer consulta à categoria e que atingirá sobremaneira, a curto prazo, seu bem mais valioso, que são os seus colaboradores. A reestruturação, muitas vezes, é necessária, mas desde que feita com organização, disciplina e coerência”, afirma o executivo.

Oliveira Júnior diz que a não divulgação de quais agências serão fechadas no processo de reestruturação cria um clima de insegurança entre os funcionários. “A falta de transparência em reestruturações anteriores criou muita insatisfação. E a história se repete agora. A transformação digital é necessária, mas o enxugamento de empregados não pode impactar na qualidade do atendimento. Menos pessoas vai gerar mais trabalho aos funcionários que ficarem, que também, certamente, serão cobrados por metas e resultados”, declara o dirigente. “Para aqueles que optarem pela adesão ao PDV, nada mais justo deixar a empresa com benefícios e uma ajuda financeira após anos de dedicação ao BB”, completa. O presidente da AGEBB colocou o departamento jurídico da entidade à disposição dos associados que queiram tirar dúvidas ou analisam a possibilidade de integrar o PDV.

Foco na digitalização

Com o novo plano de enxugamento, pretende reforçar as ações de incentivo ao uso de canais digitais. Desde 2016, o volume de transações em guichês de caixa no BB caiu 42%, enquanto o uso do mobile praticamente dobrou no mesmo período e já responde por 86% das transações, junto com o internet banking. Segundo a instituição, desde abril, o App do BB ganhou mais 4,7 milhões de usuários, totalizando 19,4 milhões, com uma média diária de crescimento 273% maior do que no período anterior à pandemia. O atendimento pelo WhatsApp também registrou crescimento expressivo chegando a 600 mil por dia.

O BB prevê a migração de 1,3 milhão de clientes que passarão a contar com gerente de relacionamento exclusivo e ferramentas digitais de interação, conforme informações da instituição. A ferramenta “Fale.Com” será o canal predominante do modelo dos Escritórios Leves, novo modelo de relacionamento digital do BB. A ideia do banco é abrir 14 Escritórios Leves Digitais, que se somam aos dois já existentes em Bauru (SP) e Recife (PE).

Outro foco de investimento acontece no atendimento especializado ao agronegócio. E, para isso, o banco abrirá mais 14 agências Agro, especializadas no segmento em que detém 63,8% da participação do mercado de crédito rural no Sistema Financeiro Nacional.

Reviravolta nos últimos dias

Na quinta-feira, dia 14 de janeiro, a Folha de S.Paulo trouxe uma matéria em que aponta que o BB pode voltar atrás em sua decisão de enxugamento após ser pressionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Segundo interlocutores, a ideia é tratada como uma hipótese, já que Bolsonaro ainda não havia apresentado exigências à instituição e buscava a via mais radical, da demissão do presidente do banco, André Brandão.

Uma pessoa que acompanha o embate afirma que é possível que seja negociada uma saída que faça o programa de enxugamento ficar mais palatável para o governo, desde que seja mantida a essência de ajuste do banco. A avaliação é que não faria sentido alterar o plano de demissão, embora não seja impossível mudar prazos e reduzir o escopo do programa. Isso porque os desligamentos seriam voluntários, voltados especialmente a pessoas que estão perto de se aposentar e com benefícios.

Uma parte da reestruturação que teria uma chance maior de flexibilização é o fechamento de agências, que gerou descontentamento entre parlamentares. O banco poderia rever postos incluídos no enxugamento e buscar outras medidas para cortar despesas.

Fonte: AGEBB com Correio Braziliense e Folha de S.Paulo

Com setor cada vez mais digitalizado, Banco do Brasil busca eficiência com menos

Publicado em: 14/01/2021

Com um setor bancário cada vez digitalizado, o Banco do Brasil (BBAS3) recalibrou sua presença física, com a desativação de centenas de unidades pelo Brasil, o que deve gerar uma economia, em termos líquidos, em torno de R$ 353 milhões ainda em 2021.

O Inter Research, braço de análise de investimentos do Banco Inter (BIDI11), considera que as medidas de redução trazem impactos positivos para o Banco do Brasil, que segue na constante busca pela “eficiência operacional” em um ambiente cada vez mais digitalizado e com menor demanda por locais físicos.

A equipe do Inter Reseach avalia que as mudanças estruturais não foram muito agressivas, já que se contrai pouco a estrutura atual de 12.453 Pontos de Atendimento para 12.092 e das 4.370 agências atuais, o número cai para 4.258.

“O banco espera economizar R$ 2,7 bilhões até 2025, o que representa uma economia anual de R$ 540 milhões nas despesas administrativas. Incluímos as estimativas em nossas projeções para 2021, resultando numa Despesa Administrativa de R$ 10,8 bilhões (-5% ao ano)”, considera o analista Matheus do Amaral, que assina o relatório a clientes.

Ainda assim, o Inter atualizou o preço-alvo das ações do Banco do Brasil para R$ 44 cada, até o final de 2021. Com a recomendação de compra, espera-se uma valorização em torno de 12% no ano.

Fonte: Money Times

 

Reestruturação: Qual o impacto do encolhimento do Banco do Brasil?

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De acordo com a diretoria do Banco do Brasil, as medidas de reestruturação apresentadas na segunda-feira (11) são uma adequação do BB para o novo contexto da indústria financeira. Contudo, essa não é a opinião de alguns economistas e dos funcionários do Banco Público.

Para justificar a mudança de tipo de atendimento e extinção de quase 800 agências e pontos de atendimento, a empresa utilizou os movimentos da concorrência – principalmente Santander e Bradesco, que fizeram grandes demissões durante a pandemia.

Entretanto, ao utilizar somente indicadores de mercado, o BB deixou de lado uma parte fundamental da sua ação e história: a sua função social, que deve ser cumprida por se tratar de um Banco Público, ainda que de economia mista.

O economista e diretor do Reconta Aí, Sérgio Mendonça, reforça que o Banco do Brasil é uma das empresas públicas mais importantes do País. “Sua história se confunde com a história do Brasil e da formação do Estado brasileiro”. No mesmo sentido, o economista acrescenta: “Talvez tenha sido o maior formador de quadros para a administração pública”.

Grave perda para o desenvolvimento nacional

Contudo, os funcionários do BB não prestam serviços apenas na administração pública. Ainda como servidores do banco, eles são responsáveis por uma série de ações que não só atendem aos consumidores, mas também ao País.

É o caso da expertise em crédito rural, que é disponibilizado para o agricultor familiar via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e para a agroindústria. Com um diferencial muito importante em relação à concorrência privada, o BB chega a todo o território nacional. No mesmo sentido, o Banco do Brasil também possui expertise em microcrédito, entre outros produtos que atendem à população de baixa renda. Além disso, é preciso lembrar também do seu papel como braço do governo para implementação de políticas públicas no âmbito da economia.

Levando toda essa carga de responsabilidade do BB, Sérgio Mendonça afirma: “Em um momento de enorme desafio, durante e após a pandemia da Covid-19, ao contrário do proposto pela direção do banco, é o caso de fortalecer a instituição e não enfraquecê-la”, disse. “Garantir a presença em todo o território nacional é algo que só os bancos públicos como o BB, a Caixa e os demais bancos públicos conseguem”, enfatiza o economista.

Como reerguer uma economia com o encolhimento das ferramentas do Estado?

Inteligência artificial, uso de robôs para atendimento digital entre outras medidas, são necessidades para um novo tempo. Entretanto, não substituem agências e funcionários. Infelizmente, 30% dos brasileiros ainda não têm acesso à internet e cerca de 11 milhões são analfabetos. Logo, a exclusão digital ainda é uma realidade que estatais e empresas públicas ainda precisam ser levadas em conta.

Nesse sentido, Mendonça relembra que Bancos Públicos devem “apoiar os setores que necessitarão fortemente da atuação estatal e dos bancos públicos para a retomada econômica pós-crise”. Dentre eles, de acordo com o economista, destacam-se agricultura familiar, o agronegócio, as micro, pequenas e médias empresas e a habitação popular, entre outros. Sob o mesmo ponto de vista, Mendonça projeta que somente o Banco do Brasil e os demais Bancos Públicos “farão isso nesse momento desafiador”.

Fonte: Portal Reconta Aí

 

Goldman Sachs vê como positivo plano de reorganização do BB

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Após o Banco do Brasil (BBAS3-0,45%) informar que aprovou um plano de reorganização para ganhos de eficiência operacional, o Goldman Sachs avaliou as medidas como positivas para a estatal. Segundo o banco americano, o BB pode ter redução de gastos de R$ 809 milhões em 2021 com o fechamento de 361 unidades de atendimento e programas de demissão voluntária que podem impactar até cinco mil funcionários.

Neste cenário, o Goldman Sachs reiterou sua recomendação de compra para BBAS3, com preço-alvo de R$ 43, o que representa um potencial de valorização de 9,86% da ação, ante ao fechamento do mercado desta segunda (11).

“O movimento mostra o comprometimento da diretoria com a busca pela eficiência para abater pressões nas receitas em meio às baixas taxas de juros e competição”, afirmam Tito Labarta, Gustavo Schroden, Jonathan Uriel Schajnovetz e Nicholas Walker, analistas do Goldman Sachs.

As ações do BB fecharam o pregão de terça-feira (12) cotadas a R$ 39,50. No acumulado de janeiro, a alta acumulada é superior a 1,03%.

Fonte: Estadão Investidor