Funcionários reivindicam fortalecimento do BB público na equipe do governo eleito

Publicado em: 02/12/2022

Representantes do funcionalismo do Banco do Brasil entregaram à equipe de transição do governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva um documento, em que solicitam o fortalecimento de dois tipos de BB. “Um para competir com o mercado, inclusive regulamentar esse mercado. E, um segundo BB, com atuação nas comunidades distantes, com um orçamento voltado para a área social, para a agricultura familiar, para as micro e pequenas empresas, pro micro empreendedor individual, para as cooperativas de produção”, destacou o coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga, em entrevista ao Podcast Associados Previ, uma iniciativa dos diretores e conselheiros eleitos pelos associados da entidade.

“Além de fortalecer o papel do BB como banco público, estamos apresentando no governo de transição um debate sobre o banco que o funcionalismo quer, e como esse banco deve tratar os trabalhadores, com respeito e dignidade, a partir de contratações via concursos, com abertura de mais agências, sempre prezando a sustentabilidade do banco”, pontuou Fukunaga, reforçando que, dentro do grupo de transição, os funcionários do BB contam com auxílio de Marcel Barros, que foi diretor da Previ e hoje é presidente da Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão e dos Beneficiários de Saúde Suplementar de Autogestão (Anapar).

Ao longo da corrida eleitoral, que o reconduz ao Planalto depois de 12 anos, Lula declarou diversas vezes que seu governo irá priorizar o fortalecimento dos bancos públicos. “Esse papel [de indutor do desenvolvimento social e econômico] foi deixado de lado pelo governo Bolsonaro, com olhar privatista sobre o BB, seja com a posse de Rubens Novaes [ex-presidente do banco], até pelas manifestações do ministro da Economia, Paulo Guedes”, destacou Fukunaga, apontado, em seguida, que nos últimos anos a direção do Banco do Brasil passou a priorizar o pagamento de dividendos para acionistas, aumentando taxas de juros e reduzindo da carteira de crédito, para tornar o BB semelhante aos bancos privados.

“Temos que, de fato, mudar o Banco do Brasil como o presidente eleito tem colocado: um banco com um olhar para a agricultura familiar, não só para o agronegócio, um banco que defende as cooperativas de produção, que estão buscando recursos em outras formas de financiamento fora do sistema público”, observou ainda o coordenador da CEBB.

Ampliação

Outros debates sobre o BB levados para a equipe de transição são a realização de concursos para aumentar o número de funcionários do banco público e a ampliação de agências nas periferias e localidades menos desenvolvidas.

“Nós queremos um banco que trate com respeito e dignidade os funcionários, para que não sejam mais submetidos às metas abusivas. Queremos um banco presente nas periferias e cidades pequenas. Nos últimos anos foram 1.500 agências fechadas e mais de 10 mil postos de trabalho fechados. Na Avenida Paulista, em São Paulo, temos oito agências do BB, todas vazias. Enquanto que em São Miguel Paulista, também na cidade de São Paulo, existe uma única agência do BB, que vive com filas quilométricas. Eu não posso, ainda usando o exemplo de São Miguel, ofertar BrasilPrev ou Ourocap, correndo o risco de descapitalizar as pessoas que mais precisam, mas posso orientar sobre crédito, ofertar crédito mais barato para a linha branca, melhorando a situação deles”, explicou.

Previ

O coordenador da CEBB também comentou as reivindicações que foram apresentadas à Previ durante a campanha salarial deste ano e as propostas que os funcionários estão levando ao governo de transição de Lula. “O CNPC [Conselho Nacional de Previdência Complementar] vem produzindo resoluções que agridem diretamente os associados, verdadeiros donos dos fundos de pensão fechados. Nesse atual governo, inclusive, Paulo Guedes atacou a Previ tentando colocar na gestão da entidade um cara do mercado, mas graças à nossa rápida atuação, não conseguiu”, disse.

Fukunaga destacou ainda que os associados de fundos de pensão fechados não podem perder de vista que defender o sistema público de previdência é também um papel deles. “O governo Bolsonaro, que se encerra agora, tem recusado muitos recursos do INSS”, lembrou completando que “fazer um debate separado”, de um lado o sistema de previdência complementar e de outro do sistema público “não vai resolver” um problema que atinge a todos. “A Previ faz parte do sistema de previdência ‘complementar’, como o próprio nome diz, complementar ao INSS. Então, funcionários do BB têm que entender que todos nós precisamos também de um INSS saudável”, concluiu.

Fonte: Contraf-CUT

 

Banco do Brasil está ‘blindado’ contra interferência de Lula?

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Com resultados de fazer inveja aos bancos privados neste ano, o Banco do Brasil (BBAS3) desperta apenas uma grande preocupação nos analistas: a troca de governo.

Isto porque o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, disse durante a sua campanha eleitoral que iria “enquadrar” o Banco do Brasil. O petista defende que os bancos públicos reduzam a margem de lucro.

A equipe de relações com investidores do banco, no entanto, tenta tranquilizar os acionistas. Os analistas do Goldman Sachs fizeram um roadshow com o time do BB na Europa e ouviram dos gerentes Ronal Mascarello e Marcelo Alexandre que o banco conta com mecanismos para mitigar possíveis interferências na gestão.

“A companhia destacou que seus estatutos e plano estratégico são desenhados para suportar quaisquer potenciais mudanças nas posições da diretoria, que ainda são incertas para 2023”, disse o Goldman Sachs em relatório.

Ao que parece, a mensagem que a equipe de RI do BB tentou passar ao Goldman Sachs estava alinhada com o discurso da diretoria executiva durante a entrevista coletiva que aconteceu após a divulgação dos resultados do terceiro trimestre no começo do mês.

Naquela ocasião, o presidente do Banco do Brasil, Fausto Ribeiro, enfatizou os pilares de governança corporativa e o sistema de pesos e contrapesos desenhado ao longo dos últimos anos.

“As decisões são todas colegiadas, temos processos internos bem construídos, com arcabouço normativo muito bem feito”, afirmou na data.

O governo federal tem a prerrogativa de indicar o CEO do Banco do Brasil, mas é obrigado a seguir alguns critérios, como tempo de experiência e ausência de laços com partidos políticos ou sindicatos.

Inadimplência sob controle

No terceiro trimestre, o Banco do Brasil observou uma deterioração da inadimplência que já era esperada e veio em níveis bem mais comportados que alguns de seus pares privados. O índice de atrasos acima de 90 dias na carteira do banco subiu de 2% para 2,34% no trimestre.

O aumento da inadimplência em todos os bancos está concentrado nas pessoas físicas, com destaque para cartões de crédito e empréstimos pessoais. De olho nisso, o Banco do Brasil reduziu as taxas de aprovação de cartões de crédito de cerca de 30% para uma faixa entre 7-10%, o que ajudou a melhorar os índices.

O Goldman Sachs informou que o BB acredita já ter atingido o pico na inadimplência dos cartões de crédito, enquanto o índice geral de inadimplência deve se estabilizar no primeiro semestre do ano que vem.

Banco do Brasil é compra

Com essas indicações de governança, o Goldman Sachs está confortável em manter a recomendação de compra das ações do Banco do Brasil.

“Nós vemos o Banco do Brasil entrando em 2023 em muito melhor forma”, escreveram os analistas.

O preço-alvo para os papéis em 12 meses é de R$ 48, o que significa um potencial de alta de 40% em relação ao preço de fechamento de sexta-feira (25). Hoje (28), a ação opera em alta no Ibovespa.

Fonte: Seu Dinheiro

 

Julgamento sobre Cassi e Previ para incorporados deve ser retomado no dia 14

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O Tribunal Superior do Trabalho (TST) marcou para o dia 14 de dezembro o julgamento de mais um recurso do Banco do Brasil no processo sobre a extensão da Caixa de Assistência (Cassi) e da Caixa de Previdência dos Funcionários do BB (Previ) para os egressos dos bancos incorporados. Nessa sessão, serão julgados os embargos de declaração interpostos pelo banco.

A ação é de autoria do Ministério Público do Trabalho (MPT) e tem participação da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) como amicus curie (amigo da corte, em latim), termo que designa um agente que auxilia com subsídios técnicos.

Em julgamento anterior, o TST deu provimento ao recurso do Ministério Público para determinar o retorno dos autos ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de origem (no caso o do Distrito Federal), uma vez que reconheceu a competência da Justiça do Trabalho para julgar o tema. O BB, então, apresentou embargos de declaração, pedindo que a decisão fosse modificada para que a ação fosse julgada na Justiça Cível/Comum. São esses embargos que serão analisados na sessão do próximo dia 14.

Cassi e Previ para todos

A extensão da Cassi e da Previ para todos os funcionários do Banco do Brasil, o que inclui os trabalhadores egressos de bancos incorporados, é uma reivindicação antiga do movimento sindical bancário, que debate o assunto nas mesas de negociação específicas com o banco em todas as campanhas nacionais da categoria. Mas a direção do banco público se recusa a atender.

“Essa é uma luta antiga nossa, que procuramos debater nas mesas da campanha e também em outras mesas com o banco, mas enfrenta a resistência da atual diretoria do BB. Nós do movimento sindical sempre procuramos priorizar os canais de negociação e diálogo, antes de judicializar qualquer tema. Mas diante da intransigência do banco, não nos resta alternativa senão apelar para a Justiça. Por isso estamos atentos acompanhando a ação”, destaca a dirigente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região Adriana Ferreira, funcionária do BB.

Decisões anteriores

No final de outubro, o juiz Francisco Luciano de Azevedo Frota, do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (DF), determinou que o Banco do Brasil oferecesse, em um prazo de 20 dias, o ingresso na Cassi, nas mesmas condições dos funcionários originários do BB, aos bancários oriundos do Banco Nossa Caixa. Na ocasião, houve pedido para que a sentença se estendesse aos oriundos do Banco do Estado do Piauí e Banco do Estado de Santa Catarina.

Mas o BB recorreu e, no início de novembro, a 3ª Vara do Trabalho de Brasília, atendendo a pedido do banco, suspendeu em caráter temporário a decisão. O argumento apresentado foi que ainda não havia transitado em julgado o recurso feito pelo banco; e a empresa também ingressou com os embargos de declaração que estão em análise no TST.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

 

Banco do Brasil: o que esperar para ação com o novo governo em 2023?

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Nos últimos trimestres, o Banco do Brasil (BBAS3) chegou a apresentar lucros recordes. Além disso, as ações do BB ainda estão em nível acima do registrado no começo deste ano. No entanto, os investidores seguem atentos às possíveis consequências da entrada do novo governo, juntamente com as perspectivas para o Banco do Brasil em 2023.

Fundado em 1808, o Banco do Brasil tem o propósito de “ser próximo e relevante na vida das pessoas em todos os momentos”. Há mais de 200 anos, existiam somente três bancos emissores no mundo quando o então príncipe-regente D. João VI, recém-chegado à colônia – obrigado a deixar Portugal, invadido pelas tropas de Napoleão -, decidiu criar o Banco do Brasil.

O Banco do Brasil foi a primeira empresa listada em bolsa de valores do Brasil. O governo federal é o principal acionista do banco, detendo 50,00000011% do total de ações.

BB registrou lucro recorde neste ano

Nos nove primeiro meses deste ano, o Banco do Brasil reportou um lucro líquido de R$ 22,8 bilhões, o que representa um valor recorde. Somente no terceiro trimestre, o BB registrou lucro líquido ajustado de R$ 8,4 bilhões. Isso equivale a um aumento de 62,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Em nota, o Banco do Brasil alegou que o resultado obtido “é reflexo de alavancas que alicerçam a sustentabilidade do seu retorno no longo prazo:

  • o crescimento da carteira de crédito com mix que apresenta um melhor retorno ajustado ao risco;
  • a continuidade da diversificação na linha de serviços, que começa a refletir a monetização de novos modelos de negócios;
  • a disciplina constante na gestão de custos; e a sólida posição de capital”.

Os resultados do Banco do Brasil no 3T22 ficaram acima do previsto pelo mercado. Os analistas do BTG Pactual, por exemplo, afirmaram que a instituição reportou “um lucro surpreendente”.

Após a divulgação do balanço trimestral, o BTG Pactual apresentou recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 50, no relatório que argumentava por que vale a pena investir no Banco do Brasil,.

A XP Investimentos também apresentou recomendação de compra para as ações do Banco do Brasil, com preço justo de R$ 57,00.

A mudança de governo e o BB

Com a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República, os investidores vêm observando as possíveis consequências do novo governo sobre o Banco do Brasil. Em alguns discursos, o petista indicou que planeja retomar a função social da instituição, com foco em realizar políticas públicas.

Em declaração feita no início de novembro, Lula chegou a desconsiderar a privatização do Banco do Brasil. Segundo ele, “as empresas públicas brasileiras voltarão a ser respeitadas”.

O presidente eleito ainda declarou que “muitas coisas que são consideras como gastos nesse país temos que passar a considerar como investimento”.

Ao Suno Notícias, os analistas da Terra Investimentos, Régis Chinchila e Luis Novaes, afirmam que os dois principais pontos de atenção que preocupam os investidores são o modelo de gestão a ser adotado e a decisão de remunerar os acionistas do Banco do Brasil.

“O governo eleito possui um posicionamento diferente em relação aos dois últimos presidentes sobre as estatais: mais importante do que os resultados, está a função social desempenhada pela companhia, e isso significa que a rentabilidade do banco não está à frente da capacidade de fornecer crédito para setores em desenvolvimento da economia”, comentam.

A equipe de análise observa que o segundo ponto “seria a distribuição dos resultados”. E completam: “O governo eleito deve dar preferência ao reinvestimento dos lucros e limitar os dividendos aos acionistas, pois a distribuição é vista como subaproveitamento do capital”.

Crédito subsidiado por bancos públicos

Durante o governo de Dilma Rousseff, foi observado um alto volume de crédito subsidiado por bancos públicos.

No caso do futuro governo de Lula, a equipe de análise da Terra Investimentos lembra que, durante a campanha eleitoral, o petista afirmou que o vê o Banco do Brasil como um impulsionador de crescimento: “Portanto, o mercado deve imaginar que o banco seguirá essa linha”.

Ele acrescenta: “Talvez o método utilizado não acarrete os mesmos problemas das gestões anteriores, ou sejam parcialmente compensados pelos frutos da gestão atual. De fato, esse é um dos pontos de atenção dos investidores que avaliam o banco.”

O especialista em renda variável da SVN Investimentos, Pedro Queiroz, afirma ao Suno Notícias que “hoje, quando olhamos para o Banco do Brasil, não é uma racionalidade no processo [subsidiar taxas]”.

Ele entende que isso acaba não sendo um risco somente para o Banco do Brasil, apesar de ganhar um market share em um primeiro momento: “Mas é um tipo de crédito que não traz retorno para o banco, e pode trazer certo risco.”

Queiroz afirma ainda que essa possibilidade pode complicar todo o setor, e que outros bancos não conseguiriam competir com o BB subsidiando taxas.

Possíveis impactos nas ações e dividendos do Banco do Brasil

Ao serem questionados sobre possíveis impactos nas ações e dividendos do BB — em função de dúvidas sobre o novo governo e o banco —, a equipe de análise da Terra Investimentos acredita que os próximos trimestres devem ser favoráveis para o BB, “em decorrência ainda dos frutos da atual estratégia”.

Apesar disso, os analistas ressaltam que “os dividendos derivam dos resultados recentes do banco, e esses refletem o modelo de gestão adotado no governo Temer e mantido pelo governo Bolsonaro”.

“Caso haja uma mudança de foco do banco, a rentabilidade deve cair, afetando as ações e dividendos”, ponderam.

Queiroz, da SVN Investimentos, considera que pode existir algum risco. Diz que o carrego de dividendos está impactado para o Banco do Brasil — e principalmente para a Petrobras (PETR4), em virtude da política de capex que se deseja implementar.

Apesar disso, o especialista comenta que, sobre o BB, “é importante avaliar como vai ser essa gestão, e como vai impactar a empresa”.

Logo após a eleição de Lula no segundo turno, o Goldman Sachs atualizou suas estimativas para o BB. Os analistas argumentam que pode existir maior incerteza para a empresa até que haja definição sobre o futuro das políticas públicas.

De qualquer modo, eles não esperam impacto do resultado eleitoral no curto prazo. O Goldman Sachs manteve recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 46.

Em vídeo recente sobre as perspectivas de dividendos para o Banco do Brasil em 2023, o fundador do grupo Suno, Tiago Reis, traçou alguns cenários. Inicialmente, entre o governo Bolsonaro e o governo Lula, ele acredita que os dividendos do Banco do Brasil podem estar na casa de 11-13%.

Como investir em ações do Banco do Brasil?

Quem deseja investir no Banco do Brasil, por meio da compra de ações do banco, ou de outras empresas listadas na bolsa de valores brasileira, precisa abrir conta em uma corretora de valores.

Após essa abertura, será necessário transferir dinheiro para a conta. Por meio destas quantias, a pessoa terá como adquirir os ativos.

O passo seguinte será enviar a ordem de compra das ações do BB. As ações ordinárias do Banco do Brasil são negociadas pelo código BBAS3.

As ações são separadas em dois tipos de lotes: o lote padrão e o lote fracionado. O lote padrão representa um número mínimo de ativos que pode ser comprado. Um lote padrão tem 100 ações.

Já o lote fracionado permite a compra de números menores de ações, entre 1 e 99. Com isso, para adquirir um total menor de ativos, basta inserir a letra F no final do código (BBAS3F, por exemplo, para o Banco do Brasil), com o número de papéis desejado.

Fonte: Suno Research

 

Banco do Brasil impressiona investidor, mas não tira favoritismo do Itaú

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De um lado, o maior banco privado da América Latina, com uma carteira de crédito que terminou o terceiro trimestre de 2022 (3T22) em R$ 1,1 trilhão. Do outro, um banco de sociedade mista, controlado pela União Federal, que conseguiu bater a rentabilidade de seus pares privados no mesmo período.

Dentre os “bancões” listados na B3, Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil ([ativo=BBSA3]) são os mais bem avaliados do momento pelos analistas e receberam elogios parecidos ao longo da temporada de balanços. Mas ainda que o banco estatal tenha sido considerado a maior surpresa positiva do período, ainda não é a primeira escolha da maioria das casas de análise. Por muito pouco.

O BB foi o penúltimo dos grandes bancos a divulgar números do terceiro trimestre. E o mercado ficou admirado com o retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) de 21,8% que a instituição financeira entregou, o maior da temporada.

A euforia com os números foi ainda maior porque os resultados divulgados até aquele momento, de Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4), foram considerados decepcionantes e impactaram negativamente as ações dos dois bancos.

“O Banco do Brasil vem sendo o maior beneficiado pelos juros altos no seu resultado de tesouraria, além de ter uma carteira de crédito que está conseguindo surfar o ótimo momento de desenvolvimento e expansão do crédito agrícola no sistema financeiro nacional”, diz análise da Levante Ideia de Investimentos.

Segurança de banco privado beneficia Itaú

O Itaú pode não ter tido um ROE tão bom quanto o do BB (um pouco abaixo, de 21%), mas foi outro resultado tão celebrado pelo mercado quanto o do banco estatal – ainda que não tenha surpreendido da mesma forma.

“Como os resultados dos últimos trimestres comprovaram, o Itaú é o banco privado mais rentável da Bolsa, sempre apresentando números robustos em suas principais linhas e adotando uma postura mais conservadora em períodos de incerteza”, escreveu a mesma equipe da Levante, que rasgou elogios ao Banco do Brasil.

Os analistas, por fim, concluíram que ITUB4 é o melhor banco para se ter na carteira, levando em conta o cenário econômico projetado para o próximo ano, os riscos e as oportunidades que podem afetar o desempenho do setor.

“Em 2022, o Banco do Brasil tem conseguido reportar resultados ainda mais impressionantes do que os do Itaú, mas vale lembrar que a atual conjuntura favorece o banco estatal. Além disso, diante da mudança de governo no próximo ano, o ideal é esperar para ver quais serão os planos do novo presidente para o BB antes de investir em suas ações”, conclui o relatório da Levante.

Para a XP, os dois nomes têm tendências positivas de resultados e estão descontados em termos de valuation. Porém, ITUB4 é a principal escolha da casa. O Credit Suisse, por sua vez, aparenta tratar ambos os papéis em pé de igualdade, classificando ambos como top pick.

De acordo com a Refinitiv, das 17 casas que analisam o papel BBAS3, duas tem forte recomendação de compra, doze de compra e três com recomendação neutra. A média de preço-alvo é de R$ 55,88.

ITUB4, por sua vez, tem cobertura de 16 casas, com duas recomendações fortes de compra, 10 de compra e quatro neutras. A média de preço-alvo é R$ 33,23.

Uma das casas com avaliação neutra sobre Banco do Brasil é a Eleven Financial, mesmo vendo o papel como o mais descontado do setor. Carlos Daltozo, head de research, elogia os fundamentos do BB, mas explica que não há indicação de como deve ser a gestão do banco no próximo governo.

“O Banco do Brasil apresentou resultados fortes, superior ao que se esperava, mas o direcionamento estratégico do banco não está claro”, afirma.

Daltozo explica que o BB conseguiu recuperar a perda de rentabilidade da época em que financiava empresas como Sete Brasil e Odebrecht, fechando o gap em relação a seus pares privados. Mas o uso dos bancos públicos na próxima gestão de Lula é uma incógnita.

“Se tivéssemos certeza de que a estratégias de boas práticas do banco será mantida e, principalmente, o mix da carteira, que vem apresentando uma melhora, provavelmente a nossa visão seria diferente”, conclui Daltozo.

Fonte: Infomoney

 

Valor de mercado dos bancos ainda é menor do que em 2019

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Os quatro maiores bancos listados na B3 (Bolsa de Valores de São Paulo) valem 62% do valor de mercado registrado em 2019. No fechamento de 4ª feira (24.nov.2022), a quantia era de R$ 590,6 bilhões contra R$ 951,9 bilhões no pré-pandemia.

O levantamento foi feito pelo analista Einar Rivero, da TradeMap, e enviado exclusivamente ao Poder360. Considera os números do BB (Banco do Brasil), Bradesco, Itaú Unibanco e Santander Brasil. Os valores são trimestrais, do 1º trimestre de 2010 até o fechamento de 4ª feira (24.nov.2022).

O valor de mercado nominal do 4º trimestre de 2019 foi o pico registrado na série histórica. De lá para cá, o mais próximo que os 4 maiores bancos fecharam foi no 4º trimestre de 2020, quando somaram R$ 796,1 bilhões em valor de mercado.

Desde o 4º trimestre de 2019, os bancos desvalorizaram R$ 361,3 bilhões, o que corresponde a uma queda de 38%. O valor de mercado das instituições caiu R$ 77,7 bilhões do 3º trimestre de 2022 até o fechamento de 22 de novembro.

RETORNO SOBRE PATRIMÔNIO

O BB registrou o maior retorno sobre o patrimônio líquido entre os bancos do Brasil, Estados Unidos e das empresas do setor listadas em Nova York, segundo o levantamento. Foi de 19,68% em 12 meses até o 3º trimestre de 2022.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) é calculado pela divisão do lucro líquido pelo patrimônio líquido. Serve para medir o retorno total em ganho financeiro em relação ao patrimônio.

Ao considerar os 4 maiores bancos do Brasil, a mediana do retorno sobre o patrimônio líquido foi de 19,09%, o maior desde o 4º trimestre de 2019. Os dividendos e pagamento de juros de capital próprio dos bancos brasileiros caíram de R$ 12,8 bilhões no 3º trimestre de 2021 para R$ 8,8 bilhões no mesmo trimestre de 2022.

LUCRO DOS BANCOS

O lucro líquido nominal das instituições financeiras subiu 13,7% no 3º trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2021. Mais de 33,4% do total foi do Banco do Brasil.

O Banco do Brasil registrou o maior lucro nominal da história entre os bancos de capital aberto do Brasil. Somou R$ 8,1 bilhões no 3º trimestre, alta de 75,7% em relação ao mesmo período do ano passado.

Mas o valor não entra no top 10 de maiores lucros líquidos reais –quando considerada a correção pela inflação. O recorde foi em 2013, também do Banco do Brasil. No 2º trimestre de 2013, teve lucro de R$ 12,8 bilhões, em valores corrigidos até setembro.

Fonte: Poder 360

Broto disponibiliza informações de clima e balanço hídrico

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Em parceria com o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o Banco do Brasil disponibiliza informações de clima e balanço hídrico na Plataforma Broto (broto.com.br).

A partir da seleção do município, é possível localizar dados como temperatura, precipitação, radiação, velocidade do vento, ponto de orvalho, nascer e pôr do sol, previsão climática para os próximos dias, além do balanço hídrico para o tipo de solo selecionado.

Esse serviço é fundamental, pois o clima é um fator de incerteza para o produtor rural e o seu acompanhamento é decisivo para o sucesso dos empreendimentos agropecuários.

Além disso, a informação de balanço hídrico auxiliará o produtor rural a monitorar a quantidade de água disponível no solo, ajudando-o a controlar a irrigação ou planejar manejos para a evolução vegetativa da lavoura.

O Banco do Brasil e o INMET celebraram, em outubro de 2019, um Acordo e Cooperação Técnica para desenvolvimento de soluções envolvendo dados climáticos. A partir desse acordo trabalharam em conjunto para desenvolver novas soluções junto ao Sistema de Suporte à Decisão na Agropecuária (Sisdagro), que tem como objetivo apoiar usuários do setor agrícola em suas tomadas de decisão, auxiliando no planejamento e manejo agropecuário.

“Essa parceria é mais um passo do INMET para encontrar valor na financeirização dos dados meteorológicos. A união com o Banco do Brasil é uma construção importante. As ações dessa parceria são só um primeiro passo de um projeto que pode gerar valor para o produtor rural brasileiro a partir dos dados meteorológicos”, disse o diretor do INMET, Miguel Lacerda.

Para Antonio Chiarello, Diretor de Agronegócios do BB “a parceria com o INMET/Mapa. A amplia o desenvolvimento de soluções voltadas para disseminação de informações e dados aos produtores rurais, contribuindo positivamente para os processos de acompanhamento e gestão de todas as etapas do ciclo de produção”.

Rogério Pio, executivo do Broto, diz ser “um privilégio para a plataforma disponibilizar essa importante solução aos produtores rurais brasileiros”. O propósito do Broto é reunir, em um só lugar, tudo que o produtor precisa para gerir o seu negócio e tomar boas decisões no dia a dia.

“Dessa forma, é essencial disponibilizar dados confiáveis sobre clima, evapotranspiração, balanço hídrico e o armazenamento de água do solo. Esse recurso, somado às nossas soluções de loja virtual (produtos e serviços), crédito, seguros, cursos e notícias, torna nosso ecossistema cada vez mais completo e robusto, gerando efetivamente valor à atividade agropecuária”, avalia Pio.

Fonte: Banco do Brasil

 

Revisão da Tabela de Contribuições do Economus Futuro

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Conforme definido em seu regulamento, o plano Economus Futuro adota a dinâmica de revisão trimestral do valor da cota, que forma a tabela de contribuições por faixa etária. Essa revisão tem como objetivo o acompanhamento dos resultados do plano, considerando o volume de despesas, o ingresso de beneficiários e o montante do capital sob risco.

Após dois trimestres consecutivos em que os resultados foram positivos e as revisões não indicaram a necessidade de aumento, os estudos atualizados apontaram que, devido ao não atingimento da quantidade esperada de beneficiários e à evolução no volume de utilização do plano, o valor da cota precisa ser ajustado em 8,65% a partir do mês de dezembro/2022.

Dessa forma, o valor da cota do Economus Futuro passará de R$ 238,52 para R$259,15, com vigência para o trimestre de dezembro/2022 a fevereiro/2023.

Veja abaixo a nova tabela por faixa etária, com os valores ajustados:

 

O Economus reforça o compromisso com a eficiência na gestão, buscando adotar as melhores práticas para contenção da evolução das despesas e para a sustentabilidade financeira dos planos de saúde.

A ampliação da base de beneficiários é fator importante para a consolidação do Economus Futuro e para a manutenção do equilíbrio financeiro do plano, por isso faça já sua adesão!

Fonte: Economus

Veja as vantagens da contribuição adicional no PrevMais

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Realizar contribuição adicional para o saldo acumulado do PrevMais é fundamental para o seu planejamento financeiro, pois quanto maior for o seu saldo acumulado, mais tranquilidade financeira você terá no futuro.

Neste período de fim de ano, essa iniciativa é ainda mais importante, pois possibilita um aumento no valor da restituição do Imposto de Renda já em 2023, desde que a contribuição seja realizada até o dia 28/12/2022.

Vale lembrar que o valor da contribuição não poderá ser inferior a 2% do seu salário bruto.

Veja abaixo mais informações:

Como contribuir: basta realizar uma transferência ou depósito identificado para a conta bancária do plano PrevMais:

  • Informe o seu CPF e escreva “Adicional” nos campos de identificação;
  • Atenção para o preenchimento correto dos dados bancários: Banco do Brasil, Agência 1911-9 e C/C: 55.199-6;
  • O envio de formulário físico é necessário apenas para as contribuições com valor superior a R$ 10.000,00 e está disponível em nosso site, clicando aqui. O participante pode encaminhar o documento em até 12 horas após o depósito, pelo Fale Conosco em nosso site: Previdência > Solicitação > Contribuição adicional (selecionar opção no campo “Assunto”). Depois, basta preencher as suas informações pessoais, anexar o arquivo e enviar.

Imposto de Renda: o participante pode abater da base de cálculo do IR até 12% da renda bruta anual tributável, utilizando a Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda pelo modelo completo.

Aposentadoria maior: o valor da contribuição é destinado ao fundo do participante, ou seja, no momento de requerer a aposentadoria, o valor adicional contribuirá para que o benefício seja maior.

Não perca essa oportunidade, realize a sua contribuição anual até o dia 28/12/2022!

Fonte: Economus

Empréstimo Simples da Previ tem aumento de teto desde o dia 1º

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O Empréstimo Simples (ES) terá novos limites de concessão vigentes desde as 10h da quinta-feira, 1/12. Os tetos passaram a ser de R$ 160 mil para o Previ Futuro e de R$ 250 mil para o Plano 1. A elevação dos valores foi aprovada pela Diretoria Executiva da Previ.

As mudanças dos parâmetros do ES se baseiam em estudos técnicos que são realizados periodicamente para adequar os valores à realidade de cada plano de benefícios.

“Desde o ano passado procuramos fazer as revisões semestralmente, atendendo as necessidades dos nossos associados e associadas, mantendo as análises técnicas e segurança dos nossos planos de benefícios. Cuidar do Futuro é também olhar para o presente”, explica Wagner Nascimento, diretor de Seguridade da Previ.

Os encargos do ES são os menores previstos na legislação. Isto significa cobrar a taxa atuarial de cada plano, acrescida da inflação medida pelo INPC. Estamos falando de 4,62% ao ano mais INPC, no Previ Futuro; e de 4,75% anuais mais INPC, no Plano 1.

Você pode conhecer mais sobre o Empréstimo Simples da Previ na seção Empréstimos e Financiamentos >> Empréstimo Simples. Para solicitar, basta acessar o Autoatendimento do site ou do App.

Fonte: Previ

Novos fundos de previdência se multiplicam e prometem retornos melhores

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Na medida em que o mercado de capitais evolui, cresce também a quantidade de produtos disponíveis, sempre tentando se adaptar ao gosto e perfil dos investidores. Embora a indústria de fundos como um todo esteja aquecida, os de previdência vêm se destacando. O número de fundos da categoria saltou 79% de 2019 para 2022, contra 40% dos fundos multimercados, 68% nos fundos de ações e apenas 17% na renda fixa.

A indústria de previdência privada alcançou em setembro a marca de R$ 1,14 trilhão de patrimônio líquido, o dobro da cifra de cinco anos atrás, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). A categoria representa hoje 20% de toda a alocação na indústria de fundos do Brasil.

Nos últimos anos, os fundos de previdência vêm se renovando. Eles caminham para tentar reverter a má fama de produtos ruins, engessados e que frequentemente perdem para a inflação. As adaptações para atender aos investidores cada vez mais exigentes ainda estão em curso, mas já apontam para uma evolução percetível da previdência privada.

O que mudou?

Mudanças regulatórias permitiram o lançamento de fundos novos mais arrojados, com a possibilidade de gestão sofisticada em ativos diversos. A classe conseguiu se expandir para além da monotonia da renda fixa. Com o aumento da concorrência, as taxas de carregamento, entrada e saída que tornavam os fundos de previdência privada pouco atrativos e minavam a rentabilidade foram sendo reduzidas e, em muitos casos, eliminadas.

“A competitividade não é somente nas taxas, o fato de poder escolher mais opções melhora a composição da carteira previdenciária, possibilitando diversificação e adequação ao perfil de cada um”, afirma Tiago Roque, diretor de investimentos da PREVES, fundo de pensão dos servidores públicos do Espírito Santo.

A partir das atualizações das regras, os gestores passaram a ter mais flexibilidade para montar as carteiras. Por exemplo, antes havia muitas travas para alavancagem dos fundos, além de um limite rígido na parcela investida no exterior e em ações. Ainda há uma camada de proteção para esses fundos, mas ela está mais maleável.

Após os avanços, tornou-se possível alavancar um pouco mais e investir até 100% dos recursos em ações e 40% em ativos do exterior em fundos destinados a investidores qualificados (aqueles com mais de R$1 milhão investido ou profundo conhecimento de mercado). Para os demais investidores, de varejo, os limites são mais conservadores, de até 20% para ativos no exterior e 70% em ações no caso dos fundos de previdência.

O vice-presidente de produtos da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Sandro Bonfim, explica que as mudanças contribuíram para que casas e gestores independentes tivessem mais interesse em lançar produtos previdenciários.

“O marco inicial de mudança foi a resolução Nº 4.444 do Conselho Monetário Nacional (CMN), em 2015. De lá para cá, o mercado se modernizou bastante, o que levou a esse ‘boom’ que vemos agora. Na medida em que o mercado ganha escala, mais gente vem comprando plano e mais seguradoras entraram no mercado. Hoje existem fundos muito competitivos em qualquer seguradora e a preços bastantes interessanres”, diz Bonfim.

Diversificação de gestores e estratégias

A assessora de investimento Luciana Ikedo destaca um outro mecanismo importante no desenvolvimento dessa “previdência privada 2.0”: a possibilidade de replicar estratégias de fundos comuns, já famosos e consolidados.

“Você tem uma espécie de réplica daquele fundo na previdência. Dessa forma, os gestores podem utilizar a mesma estratégia e o investidor pode se beneficiar bastante com as benesses fiscais dos fundos de previdência. Eles não têm come-cotas. A incidência de imposto de renda é somente no resgate. Isso tem muito impacto a longo prazo”, diz.

O come-cotas é o desconto de imposto de renda dos fundos, realizado automaticamente a cada seis meses. Sem essa tributação antecipada, o montante investido se torna maior e favorece o investidor na matemática dos juros sobre juros.

De acordo com a analista de fundos e previdência Luciana Seabra, os investidores de longo prazo podem se beneficiar ainda mais da política de incentivo fiscal para produtos de previdência. Isso porque o imposto pode chegar a 10% no resgate na tabela regressiva, quando a aplicação dura mais de 10 anos. Nos fundos tradicionais, a alíquota mínima só vai até 15%.

“De uns cinco anos pra cá, começaram a nascer fundos muito bons, com gestores independentes que já tinham o produto fora da previdência, mas perceberam que na previdência a tendência é ter menos resgate nos momentos de estresse. Então gestoras como SPX, Ibiúna e Verde aperfeiçoaram os produtos”, explica.

Para o gestor da Ace Capital, Maiko Carvalho, o fato de agora a regulamentação permitir a cobrança de taxa de performance também contribui para tornar o produto mais interessante. “Antes, só podia ser cobrada taxa de administração, mas não de performance. Havia um incentivo para ser pouco ou zero agressivo. Agora, tenho um incentivo de correr mais risco nessa classe de fundos e ser premiado quando conseguir bons resultados”, afirma.

A taxa de performance só é cobrada sobre o valor que exceder a referência do fundo, o chamado ‘benchmark’, na linguagem do mercado. Por isso, se um fundo tem como referência o CDI – certificado de depósito interbancário que acompanha a taxa básica de juros (Selic) – o gestor ganha um percentual sobre tudo que render mais que o CDI no período. Se a performance for apenas dentro do esperado ou abaixo disso, o gestor não recebe o dinheiro extra.

Carvalho explica que a Ace só se interessou em lançar produto de previdência depois das mudanças regulatórias da Resolução n° 4.769 de 2019 do Banco Central. A partir de então, passou a ser permitida uma alocação mais significativa em ativos sujeitos à variação cambial.

“A gente começou com essa linha em 2020, já com o regulamento novo. Antes disso, as gestoras independentes não tinham muito interesse [em previdência], porque havia muitas travas que impossibilitavam uma gestão ativa com boas opções. Por isso, só os bancos ofereciam produtos, que eram indexados e com taxas altas. Era um produto caro por falta de competição”, completa.

Os grandes bancos tentam acompanhar a tendência e também lançam novos produtos. Eles não querem perder uma fatia da indústria que só tem a crescer na medida em que a população envelhece e se torna mais consciente sobre as finanças. Para o especialista de portfólio da Santander Asset, Clayton Calixto, a reforma da Previdência Social em 2019 também serviu para evidenciar a importância da previdência privada.

“Adaptamos o portfólio a essa demanda nova do investidor em que ele busca mais risco e mais diversificação. É um mercado que tende a crescer muito, ele vai entender que vai cada vez mais precisar de uma poupança de aposentadoria”, diz. Segundo o executivo, a nova leva de fundos da gestora supera o CDI, mesmo os mais conservadores.

Atenção para os produtos ruins

E não é que os fundos ruins, que há anos perdem até para inflação, foram extintos. Eles continuam nas prateleiras e são ofertados por bancos ainda hoje. A diferença é que agora há mais diversidade na mesa para escolher. Mas muitos investidores não sabem disso e ainda deixam de ganhar mais com dinheiro investido nesses produtos. Há bilhões de reais alocados em fundos de baixíssima rentabilidade.

“O ruim continua existindo e, paralelamente a ele, nasceu um novo bom. Os maiores produtos de previdência brasileiros ainda são muito ruins. Rendem apenas uma fatia do CDI há mais de 10 anos. São caros perto do que fazem, sem qualquer sofisticado de gestão. Lamento que ainda existam e sejam tão grandes”, afirma a analista Luciana Seabra.

Da mesma forma, entre os fundos novos, nem todos são bons. Para Carvalho, gestor da ACE, é preciso ficar atento na hora de escolher. “Assim como na indústria convencional, você tem fundos que vão bem e fundos que vão mal. É a realidade. Há uma oferta maior de produtos e dentro dessa oferta você passa a ter melhores opções, mas o trabalho de selecionar bons fundos faz diferença no longo prazo”, diz.

Fonte: Valor Investe

Pix: veja o que muda com as novas regras do Banco Central

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O Banco Central anunciou mudanças nas regras do sistema de pagamento Pix. As alterações estão relacionadas aos limites de valor para transferências, além de ampliação de valores para Pix Saque e Pix Troco.

Segundo o Banco Central, as mudanças visam simplificar o uso do Pix e aprimorar a experiência dos usuários.

A sugestão para abolir o limite por operação foi feita no Fórum Pix de setembro, grupo de trabalho coordenado pelo órgão e secretariado pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O grupo entendeu que o valor máximo por transação era pouco efetivo.

As novas regras passam a valer a partir do dia 2 de janeiro.

Veja quais são as novas regras do Pix

Limites

Os bancos não são mais obrigados a impor um limite de valor por transação do Pix. A única obrigatoriedade é de um limite por tempo.

Ou seja, se um usuário tinha o limite de R$ 600 por transação e até R$ 1.200 por dia. Ele não precisa fazer duas transações caso queira enviar um valor maior que o limite. Será possível transferir os R$ 1.200 de uma vez só.

Serão mantidos os limites de valor por período, sendo diurno das 6h às 20h e noturno das 20h às 6h ou das 22h às 6h.

Alterações

As regras para mudanças de limites seguem as mesmas: pedidos para aumentar o limite devem ser autorizados entre 24h e 48h. Já para redução do limite, a aprovação é instantânea.
Horário

O período noturno também foi alterado. Os bancos agora podem oferecer a customização do horário noturno. Até então, o período era das 20h às 6h. Agora, o cliente poderá alterar para 22h às 6h.

Pix Saque e Pix Troco

O Banco Central aumentou o limite para retirada de dinheiro pelo Pix Saque e pelo Pix Troco.

Com isso, o limite durante o período diurno passa de R$ 500 para R$ 3 mil. Já durante a noite, o valor subiu de R$ 100 para R$ 1 mil

Aposentados e pensionistas

Também foi alterada a regulamentação para o pagamento de salários e benefícios previdenciários pelo governo. Agora, o Tesouro Nacional poderá pagar salários ao funcionalismo, aposentadorias e pensões por meio do Pix.

Fonte: Money Times

 

Liberação de R$ 4,1 bilhões esquecidos em bancos deve ficar para 2023

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A segunda fase do programa do BC (Banco Central) para sacar dinheiro esquecido em instituições financeiras ainda não tem previsão para começar. A consulta ao SVR (Sistema de Valores a Receber) estava prevista para ser retomada em 2 de maio, mas foi suspensa inicialmente por causa da greve dos servidores da instituição, que terminou em julho.

O BC afirma que as equipes técnicas da instituição estão promovendo melhorias no sistema. “O cronograma, a estimativa de valores e as demais informações sobre a nova etapa do SVR serão divulgados oportunamente, com a devida antecedência”, afirmou a autoridade monetária em nota.

A segunda etapa do programa tinha previsão de liberar R$ 4,1 bilhões a pessoas físicas e jurídicas de todo o país. Ao todo, a estimava era disponibilizar R$ 8 bilhões na economia por meio do SVR.

Na primeira fase, encerrada em abril, foram disponibilizados R$ 3,9 bilhões, mas apenas 8% (R$ 321 milhões) foram solicitados pela plataforma do BC, sendo R$ 306 milhões por pessoas físicas e R$ 15 milhões por empresas. No total, foram 3,6 milhões de pessoas físicas e 19 mil pessoas jurídicas.

Devolução

O dinheiro a ser devolvido vem de contas-correntes ou de poupança encerradas e não sacadas; cobranças indevidas de tarifas ou de obrigações de crédito previstas em termo de compromisso assinado com o BC; cotas de capital e rateio de sobras líquidas de associados de cooperativas de crédito e grupos de consórcio extintos.

Na segunda fase, deverão ser incluídas novas fontes de valores a receber: cobranças indevidas de tarifas ou obrigações de crédito não previstas em termo de compromisso; contas de pagamento pré-pagas e pós-pagas encerradas e com saldo disponível e contas encerradas em corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários.

Na nova etapa, para acessar o SVR, saber qual o valor disponível e solicitar sua transferência, o usuário vai precisar da conta gov.br nível prata ou ouro. Para criar uma conta gov.br ou redefinir a senha, é preciso acessar a página gov.br.

Na nova fase também serão tratadas as situações que envolvem questões legais, operacionais e tecnológicas mais específicas, como falecidos ou pessoas com dificuldade de obter conta gov.br nível prata ou ouro.

Segundo o BC, nessa nova fase do SVR não será necessário fazer agendamento para consulta e solicitação do resgate de recursos referentes a contas bancárias encerradas com saldo disponível ou em razão de tarifas cobradas indevidamente, por exemplo.

O que são os valores esquecidos?

O SVR (Sistema de Valores a Receber) mostra se você tem algum dinheiro a receber em bancos e em outras instituições. Na primeira fase do SVR, foi possível consultar valores de:

• Contas-correntes ou de poupança encerradas, com saldo disponível.

• Tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em termo de compromisso assinado pelo banco com o BC.

• Cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito.

• Recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
O que o sistema não mostra

• Ajustes de planos econômicos;

• Acordos ou valores sob disputa judicial;

• Instituições financeiras ou administradoras de consórcios liquidadas ou encerradas;
valores de abono salarial (PIS ou Pasep);

• Saldo em conta de FGTS;

• Contas abertas que estão sem movimentação;

• Contas sem identificação completa e que não foram recadastradas até dezembro de 1994.

Saiba mais em https://valoresareceber.bcb.gov.br.

Fonte: Portal R7