Por que estrangeiros estão comprando Banco do Brasil enquanto brasileiros vendem

Publicado em: 19/12/2025

Enquanto muitos investidores brasileiros reduziram ou zeraram posição no Banco do Brasil (BBAS3) após a forte deterioração dos resultados recentes, o movimento dos investidores estrangeiros segue na direção oposta. Em encontros com grandes fundos internacionais, o banco estatal brasileiro voltou ao radar como uma oportunidade clássica de valor, impulsionada principalmente pela forte assimetria entre preço e fundamentos.

O BBAS3 negocia atualmente com desconto relevante em relação ao valor patrimonial, refletindo um cenário de pessimismo elevado no mercado doméstico. Esse descolamento chamou atenção de fundos globais, especialmente os especializados em ciclos econômicos e mercados emergentes.

Para esses investidores, o atual nível de preço não reflete apenas resultados fracos recentes, mas embute um prêmio excessivo de risco, principalmente político e setorial.

Agronegócio sustenta a tese: posição estratégica segue intacta

Um dos pilares centrais da tese dos investidores estrangeiros é o agronegócio brasileiro, que permanece como um dos setores mais competitivos e estratégicos da economia nacional. O Banco do Brasil é, historicamente, o principal financiador do agro, com presença dominante no crédito rural.

A leitura dos fundos internacionais é que o ciclo negativo recente no setor — marcado por inadimplência pontual e compressão de margens — tem caráter cíclico, não estrutural. Na visão desses investidores, a normalização da qualidade da carteira pode ocorrer nos próximos anos, devolvendo parte da rentabilidade histórica do banco.

Essa percepção sustenta a expectativa de recuperação gradual dos resultados, mesmo que o curto prazo ainda seja desafiador.

Eleições de 2026 entram no radar e ampliam a assimetria

Outro fator que impulsiona o interesse estrangeiro é o cenário político de 2026. Estatais brasileiras tendem a oscilar fortemente em períodos pré-eleitorais, justamente pela sensibilidade a mudanças de governo e diretrizes estratégicas.

A pergunta que ronda os grandes fundos é direta: quanto o Banco do Brasil poderia valer caso o risco político diminua?

Uma eventual vitória de um candidato de centro ou uma mudança na percepção institucional poderia provocar uma reprecificação rápida dos múltiplos, reduzindo o desconto histórico e destravando valor para os acionistas.

Esse mesmo movimento já foi observado em ciclos anteriores, tanto no Banco do Brasil quanto em outras estatais relevantes do mercado brasileiro.

Possível venda da BB Seguridade em 2026 levanta dúvidas estratégicas

Além do movimento dos estrangeiros, outra informação ganhou força no mercado: a possibilidade de o Banco do Brasil vender parte de sua participação na BB Seguridade em 2026. Atualmente, o banco detém cerca de 66% da seguradora, que é uma das principais fontes de receita recorrente via dividendos.

A eventual venda teria impactos relevantes:

Pontos positivos

  • Entrada expressiva de caixa
  • Reforço de capital
  • Possibilidade de redução de alavancagem
  • Maior flexibilidade para investimentos ou distribuição extraordinária

Pontos negativos

  • Redução direta do fluxo recorrente de dividendos
  • Enfraquecimento de uma das unidades mais rentáveis do conglomerado
  • Dúvidas sobre a estratégia de longo prazo
  • Risco de execução em ano eleitoral

Para investidores focados em renda passiva, a leitura tende a ser mais negativa, já que a BB Seguridade é responsável por uma parcela relevante da previsibilidade dos resultados do Banco do Brasil.
Resultados pressionados e rentabilidade em queda explicam o pessimismo local

O ceticismo do investidor brasileiro não é infundado. Os números recentes mostram uma queda acentuada na rentabilidade do banco:

  • Retorno sobre investimento (ROI) despencou nos últimos 12 meses
  • Lucro apresentou retração anualizada superior a 60%
  • Margens pressionadas pelo ciclo do crédito e pelo agro
  • Dividendos seguem sendo pagos, mas com menor conforto operacional

Esses fatores explicam por que muitos investidores enxergam o papel como uma ação “em carrego”, que pode levar tempo para voltar a entregar retornos mais robustos.

Visão de longo prazo: empresa centenária em ciclo adverso

Na visão de investidores estrangeiros, o Banco do Brasil atravessa mais um ciclo adverso, algo recorrente em sua história de mais de dois séculos. O banco já enfrentou crises econômicas, políticas e setoriais profundas e, ainda assim, conseguiu se manter relevante e lucrativo ao longo do tempo.

A aposta é que, passada a fase mais dura do ciclo atual, a combinação de:

  • desconto elevado
  • normalização do agro
  • redução do risco político
  • pode criar uma janela rara de valorização

Vale a pena investir agora no Banco do Brasil?

O cenário atual exige análise cuidadosa. Para quem já possui BBAS3 na carteira, o momento pede uma revisão da tese, considerando:

  • tolerância ao risco político
  • horizonte de investimento
  • dependência de dividendos no curto prazo

Para quem pensa em entrar, a decisão passa por entender o tempo de recuperação, o custo de oportunidade frente a outras ações e a capacidade de conviver com volatilidade até que os fundamentos voltem a melhorar.

O Banco do Brasil segue pagando dividendos e ocupa posição estratégica na economia brasileira, mas os próximos meses serão decisivos para confirmar se o pessimismo atual representa risco estrutural ou apenas mais um ciclo negativo em uma história longa e resiliente.

Fonte: A Revista

Fundo de pensão do BB supera R$ 10 bilhões em ativos sob gestão em dezembro

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A BB Previdência, o fundo de pensão do conglomerado Banco do Brasil, informou hoje ter superado a marca inédita de R$ 10 bilhões em ativos sob gestão em dezembro. O resultado representa um crescimento de 13% na comparação com o volume registrado no final de 2024.

Segundo a companhia, a base de clientes avançou 7,36% no período até outubro, a 282.112 participantes. Já a rentabilidade atingiu 10,15%, à frente da meta atuarial, de 7,18%. O retorno consolidado dos planos da entidade foi de 171,42% nos últimos 10 anos, também acima da meta atuarial, de 148,40%.

A BB Previdência é uma entidade fechada de previdência complementar que faz a gestão dos planos de clientes com relacionamento com o Banco do Brasil. É uma unidade distinta da BrasilPrev, que atua na previdência aberta.

Fonte: Broadcast

BB Seguridade aprova distribuição de R$ 8,72 bilhões em dividendos

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A BB Seguridade informou nesta quarta-feira (17) que seu conselho de administração aprovou a distribuição de R$ 8,72 bilhões em dividendos referentes ao lucro líquido do exercício de 2025, segundo fato relevante.

De acordo com a companhia, do montante total, R$ 4,9 bilhões correspondem ao segundo semestre do ano e se somam aos dividendos intercalares de R$ 3,8 bilhões, pagos em 26 de agosto, relativos ao lucro acumulado no 1º semestre.

De acordo com a companhia, do montante total, R$ 4,9 bilhões correspondem ao segundo semestre do ano e se somam aos dividendos intercalares de R$ 3,8 bilhões, pagos em 26 de agosto, relativos ao lucro acumulado no 1º semestre.

Fonte: CNN Brasil

Banco do Brasil lança Pix de presente neste final de ano; sem custo em 2025

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O Pix nasceu em 2020, conquistou o Brasil e hoje é o meio de pagamento mais utilizado no país, segundo o Banco Central. Rápido, simples e sem custo, virou parte da rotina dos brasileiros e, com o tempo, também passou a ser usado como forma de presentear. Por isso, o Banco do Brasil inova e cria o Pix de presente. A solução já está disponível para todos os clientes Pessoas Físicas e permite transferências via Pix de forma personalizada, com um cartão digital temático e uma mensagem especial no momento do envio.

O envio do presente é simples. Após a escolha do tema, da arte e de escrever a mensagem, é possível compartilhar por diferentes aplicativos de mensagens. O projeto, que teve a participação da agência Lew’Lara\TBWA na criação das artes, traz ilustrações de quatro artistas brasileiros e está disponível diretamente no App do BB. As artes trazem cores, ilustrações e temas que representam a cultura nacional. Cada artista desenvolveu ilustrações para os principais temas comemorativos do calendário. E inicialmente, estão disponíveis artes natalinas e de aniversários.

Bacaro Borges: Direto de Bezerros, Pernambuco, Bacaro começou na xilogravura aos 4 anos, inspirado pelo pai, o mestre J. Borges. Sua arte mistura tradição e modernidade, levando a cultura nordestina para murais e superfícies diversas.

Filipe Grimaldi: Designer gráfico e artista visual, Filipe é referência na pintura de letra popular no Brasil. Seu estilo tem traços únicos e inspiração na cultura de rua, além de compartilhar conhecimento como professor e ministrar oficinas.

Agatha de Faveri: Natural de Santo André/SP, Agatha combina pintura acrílica, óleo e spray com lettering artístico. Suas obras trazem rostos e figuras cheias de expressão, sempre com um toque contemporâneo.

Luiza de Souza: Ilustradora e quadrinista de Currais Novos/RN, Luiza é criadora de HQs que conquistaram a internet, como Arlindo. Suas ilustrações contam histórias sobre pessoas, afetos e os pequenos universos ao nosso redor.

O serviço é opcional e neste Natal, o BB está disponibilizando a novidade sem custo. Em 2026, o custo será a partir de R$ 0,99. A funcionalidade agrega valor emocional à transação, sem alterar a dinâmica do Pix, que permanece gratuito e disponível para todos os usuários.

“Com o Pix de presente, o BB reforça sua vocação para conectar pessoas e tornar a experiência financeira mais próxima, além do seu compromisso com a inovação e a valorização dos laços afetivos A novidade transforma um simples envio em um gesto cheio de carinho, e ainda reforça o nosso papel na valorização da identidade e cultura brasileira”, comenta a executiva de Meios de Pagamento do Banco do Brasil, Dione Cordioli.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil oferece crédito orientado para famílias no CadÚnico

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O Banco do Brasil começou a oferecer crédito orientado para famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) nesta semana. A iniciativa faz parte do programa Acredita no Primeiro Passo, e é voltado para ações de empreendedorismo para pessoas em vulnerabilidade.

O acordo do banco com o governo federal havia sido assinado na última quarta-feira (10), em reunião com o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Com a modalidade, a instituição pretende expandir a oferta do microcrédito orientado para todo o território nacional.

Segundo o vice-presidente de negócios, governo e sustentabilidade do Banco do Brasil, José Ricardo Sasseron, alguns créditos já começaram a ser liberados em novembro, em caráter experimental. “Nós iniciamos trabalhando o programa em novembro e já estamos em processo de mil contratações. O objetivo é que a partir dessa experiência do Distrito Federal a gente passe a expandir para o Brasil todo”, disse.

De acordo com o ministro Wellington Dias, as três modalidades do programa, que incluem o Agroamigo e o Procred, já disponibilizaram cerca de R$ 13 bilhões em crédito para os microempreendedores. Somente no eixo de promoção ao empreendedorismo, a iniciativa registrou mais de 190 mil operações de crédito orientado, totalizando R$ 1,7 bilhão em um ano.

Fonte: Itatiaia

Justiça do MA concede liminar e suspende cobrança de crédito rural do BB

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Em caso patrocinado pela banca LCB Advogados, a Justiça do Maranhão concedeu tutela de urgência em favor de produtores rurais da pecuária de corte, reconhecendo o direito ao alongamento da dívida rural e suspendendo imediatamente a exigibilidade de financiamentos bancários contratados junto ao Banco do Brasil.

A decisão também impediu a negativação dos produtores, afastou a cobrança de encargos moratórios e preservou as garantias, assegurando a continuidade da atividade rural enquanto o mérito da ação é analisado.

Os produtores rurais exercem atividade de recria e engorda de gado de corte. Para fomento da atividade, contrataram três operações de crédito rural formalizadas por meio de Cédulas de Crédito Bancário.

Entretanto, a atividade foi severamente impactada por fatores adversos e imprevisíveis. Houve queda abrupta no preço da arroba do boi gordo, elevação extraordinária dos custos de produção e, ainda, um fato de força maior que agravou significativamente a situação financeira: o colapso de uma ponte interestadual, peça essencial da infraestrutura logística regional.

O evento comprometeu a logística regional, dificultando o escoamento da produção pecuária, circunstância que levou à decretação de Estado de Calamidade Pública tanto pelo município afetado, quanto pelo Estado do Maranhão.

Diante desse cenário, os produtores buscaram administrativamente a prorrogação das dívidas, apresentando laudos técnicos e documentação comprobatória. O banco, contudo, exigiu o pagamento de entrada e impôs significativa majoração dos juros.

Ao analisar o pedido de tutela de urgência, o juízo reconheceu a presença dos requisitos do art. 300 do CPC.

Quanto à probabilidade do direito, destacou que a legislação especial do crédito rural (Lei nº 4.829/65 e Manual de Crédito Rural) assegura ao produtor o direito ao alongamento quando comprovadas dificuldades temporárias decorrentes de fatores adversos. O magistrado citou expressamente a Súmula 298 do STJ, ressaltando que o alongamento da dívida rural não constitui faculdade da instituição financeira, mas direito do devedor.

A decisão ressaltou que os documentos apresentados — decretos de calamidade pública e laudo técnico — demonstraram que o inadimplemento não decorreu de má-fé, mas de risco sistêmico, justificando a readequação do cronograma de pagamento à capacidade real de geração de caixa dos produtores.

Quanto ao perigo de dano, o juízo reconheceu que a negativação e o vencimento antecipado das dívidas inviabilizariam a continuidade da atividade pecuária, comprometendo a própria fonte pagadora e conduzindo à insolvência da empresa rural.

Diante disso, a Justiça:

  • determinou a suspensão da cobrança das três cédulas de crédito bancário;
  • impediu a negativação dos nomes dos produtores em cadastros restritivos de crédito.

A liminar concedida no Maranhão reafirma que o crédito rural é instrumento de política agrícola e não mera relação bancária comum. Quando preenchidos os requisitos legais, o produtor tem direito à readequação de suas dívidas e à preservação de sua atividade.

A decisão também demonstra sensibilidade do Judiciário à realidade do campo, reconhecendo que a restrição de crédito, em tais circunstâncias, pode levar ao colapso da atividade produtiva.

Decisões como essa oferecem segurança jurídica aos produtores rurais e sinalizam que o Judiciário está atento aos efeitos reais das crises que atingem o setor agropecuário.

Fonte: Direito Rural

Funcionários do Banco do Brasil serão transferidos do Cenesp

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Após anos de muita luta e reivindicações junto ao Banco do Brasil, o Sindicato dos Bancários de São Paulo conquistou a transferência de 2,3 mil funcionários lotados no Centro Empresarial de São Paulo (Cenesp) para um prédio situado na rua da Consolação, no centro de São Paulo.

A transferência envolve a Central de Negócios e Operações (Cenop), a Super Operações e a Plataforma de Soluções em Valores (CSV).

O Cenesp fica no Jardim São Luís, na zona sul da capital paulista. O local é considerado isolado e de difícil acesso. A mudança para uma área mais acessível era uma reivindicação dos funcionários desde que foram transferidos para o Cenesp, em 2019.

“É uma conquista da luta do movimento sindical iniciada a partir de uma reivindicação feita há anos. É também uma demonstração clara de que mesmo diante de problemas, há uma diferença de olhar da atual gestão do BB para com os trabalhadores. Houve de fato uma preocupação com as reivindicações daqueles funcionários, que avaliam muito positivamente a mudança”, destaca Antonio Netto, dirigente do Sindicato e representante da Fetec-CUT/SP na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB).

O Banco do Brasil havia iniciado ainda em 2023 a transferência do pessoal lotado no Cenesp para outros locais mais próximos das suas residências.

Os escritórios exclusivos já tinham sido transferidos e agora foi a vez de todos os prefixos do Cenop em São Paulo, que ficarão reunidos no prédio situado na Consolação, onde há muitas opções de transporte público, restaurantes e comércio.

A transferência está sendo realizada em etapas, e a previsão é que seja concluída até o fim de janeiro.

O evento oficial de lançamento do novo centro administrativo do Banco do Brasil foi realizado nesta terça-feira 16, com a presença da vice-presidente corporativa da empresa, Ana Cristina Rosa Garcia, de membros da Gestão de Pessoas (Gepes) e do Sindicato dos Bancários de São Paulo.

“Nós avaliamos positivamente a mudança e seguiremos acompanhando os trabalhadores no novo local. Mas, para isto, é fundamental que o Sindicato continue tendo acesso aos funcionários que foram transferidos”, enfatiza Leonardo Imbiriba, dirigente sindical e bancários do Banco do Brasil.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

CONTEC debate sobrecarga de trabalho, metas e estrutura em reunião com o BB

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Nesta terça-feira, 16 de dezembro, a CONTEC realizou reunião com representantes do Banco do Brasil, para tratar de temas centrais que impactam diretamente as condições de trabalho dos bancários, como sobrecarga de trabalho, estrutura de funções, metas abusivas, assédio moral, incorporação de gratificação, além de questões relacionadas à estrutura da rede e aos empregados cedidos.

Confira abaixo os principais pontos discutidos na reunião e os encaminhamentos assumidos pelo Banco do Brasil diante das reivindicações apresentadas pela CONTEC:

1) Sobrecarga de trabalho / estrutura de funções

PSB x demandas do CENOP

A CONTEC relatou sobrecarga na Rede PSB pelo acúmulo de tarefas do CENOP (cadastros, Plano Safra, sinistros), com risco de erros na atividade-fim, especialmente pelo manuseio de altos valores. O problema foi relatado como nacional, com maior incidência em São Paulo.

O BB informou que a DIOP considera a rede integrada e realiza realocação de tarefas para administrar picos de demanda, não caracterizando desvio de função.

Encaminhamento: o Dr. Eduardo se comprometeu a levar a preocupação à DIOP para reavaliação.

Gerentes de Caixa (Gerentes de Módulo)

A CONTEC registrou que gerentes vêm operando caixa por falta de pessoal, acumulando essa atividade com protocolos, tesouraria e metas, sobretudo em agências “estilo”, inclusive com denúncias ao MPT.

O BB considerou a situação incomum, afirmando que a abertura de caixa por gerentes deve ocorrer apenas em situações pontuais.

Encaminhamento: o BB solicitou o detalhamento dos casos para apuração.

Medidas citadas pelo BB

Contratação de 5.480 novos empregados e adoção de programas de remoção incentivada.

2) Metas abusivas e assédio moral

A CONTEC apontou a sobrecarga como o tema mais urgente nas agências, com relatos de adoecimento, esgotamento e sofrimento dos trabalhadores. Foram registradas críticas às metas crescentes e consideradas abusivas, alterações de regras no final do semestre e impactos à saúde mental (depressão e burnout), além de questionamentos sobre a efetividade das pesquisas de clima.

O BB ponderou quanto a generalizações, reconheceu que excessos devem ser coibidos, reforçou a existência de canais de denúncia, punições e o anonimato das pesquisas.
Encaminhamento: ficou acordado o agendamento de reunião específica para aprofundar o debate sobre metas.

3) Súmula 372 do TST – incorporação de gratificação

A CONTEC criticou a interpretação do BB que limita a contagem do período de 10 anos (2007 a 2017), excluindo tempo anterior, e registrou a existência de decisões judiciais favoráveis em ações individuais e coletivas. Esclareceu-se que a reivindicação trata do mérito da interpretação adotada pelo banco.

Encaminhamento: a CONTEC apresentará pedido formal por escrito, devidamente fundamentado, buscando solução negociada e evitando judicialização em massa.

4) Estrutura da rede, expansão e cedidos

O BB informou que não há movimento de fechamento de agências, com rede estável desde 2021 e presença em 93% dos municípios. Houve expansão da GEPS e criação de centenas de vagas nas áreas de Investimentos (GINVs), Agronegócio e Varejo PJ (RAI). Quanto aos cedidos, foram implementadas melhorias no GSV para registro de férias diretamente pela plataforma e descentralização do processo de cessão sindical.

A CONTEC registrou, contudo, a persistência de demora em demandas que dependem do SEAD, especialmente relacionadas à folha de pagamento.

Fonte: Contec

Ainda dá tempo de fechar o ano com uma contribuição adicional no PrevMais

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Se você ainda não realizou sua contribuição adicional ao PrevMais, este é um bom momento para considerar essa decisão. A contribuição extra é uma forma simples e eficiente de ampliar sua reserva individual e investir com mais tranquilidade no seu planejamento financeiro de longo prazo.

Além de aumentar diretamente o seu Montante Financeiro Individual (MFI), a contribuição adicional pode trazer benefícios fiscais importantes: você pode deduzir as contribuições da base de cálculo do IR, até o limite de 12% da renda bruta anual tributável, para reduzir o imposto a pagar ou elevar o valor da restituição, utilizando a Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda pelo modelo completo, desde que o boleto seja gerado até o dia 26/12/2025 e o pagamento realizado até o dia 29/12/2025.

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Dezembro é o período ideal para aproveitar essa oportunidade e fechar o ano cuidando do seu futuro financeiro. Planejar hoje é garantir mais segurança amanhã.

Fonte: Economus

Publicado edital e regulamento do Processo Eleitoral da CASSI 2026

Publicado em: 18/12/2025

O Regulamento Eleitoral e o Edital de Convocação das Eleições CASSI 2026 do processo para a escolha de representantes dos associados nos cargos da Diretoria Executiva e dos Conselhos Deliberativo e Fiscal já foram publicados e encontram-se disponíveis para consulta.

O processo eleitoral será realizado em conformidade com o Estatuto Social da CASSI e com o Regulamento de Consulta ao Corpo Social da CASSI, contemplando o preenchimento dos seguintes cargos, com mandato no período de 1º de junho de 2026 a 31 de maio de 2030:

  • Conselho Deliberativo: 2 (dois) membros titulares e 2 (dois) membros suplentes.
  • Conselho Fiscal: 1 (um) membro titular e 1 (um) membro suplente.
  • Diretoria Executiva: Diretor de Risco Populacional, Saúde e Rede de Atendimento.

As inscrições das chapas deverão ser realizadas no período de 6 de janeiro de 2026 a 26 de janeiro de 2026, até às 18h (dezoito horas), observado o horário de Brasília (DF).

Para a coordenação e execução do processo eleitoral, foi constituída uma Comissão Eleitoral, composta por 3 (três) associados titulares e 3 (três) associados suplentes, todos em efetivo exercício na CASSI, designados pela Diretoria Executiva, observadas as disposições previstas no Regulamento de Consulta ao Corpo Social da CASSI.

O edital reúne as orientações gerais, os prazos, os requisitos para candidatura, as etapas do processo eleitoral e demais informações necessárias para os interessados em participar ou acompanhar o processo. Já o Regulamento estabelece os procedimentos a serem observados na realização de consultas aos associados da CASSI para eleição de seus representantes no Conselho Deliberativo, no Conselho Fiscal e na Diretoria Executiva.

Dúvidas sobre o processo eleitoral devem ser encaminhadas exclusivamente para o e-mail: comissaoeleitoral2026@cassi.com.br. A partir de 22 de dezembro de 2025, todas as comunicações serão concentradas no hotsite exclusivo do processo eleitoral: https://hotsites.cassi.com.br/eleicoes2026/index.html

Os documentos estão disponíveis para consulta aqui:

Regulamento

Edital de Convocação

Fonte: Cassi

Previ se destaca mais uma vez no ranking de previsões do Bacen

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A Previ encerrou 2025 com mais um reconhecimento importante: em dezembro ficou entre as cinco instituições que mais acertaram previsões econômicas em dois indicadores acompanhados pelo Banco Central (Bacen): IPCA, que mede a inflação, e Selic, a taxa básica de juros da economia.

Esse resultado reforça a consistência e a qualidade técnica do trabalho realizado pela sua equipe de Inteligência de Mercado, que há anos acompanha de perto o comportamento da economia para apoiar decisões estratégicas da Entidade.

Todos os meses, o Banco Central reúne previsões feitas por cerca de 160 instituições financeiras e de pesquisa econômica. Com base na precisão dessas projeções, o Bacen elabora o ranking Top 5, que destaca quem mais se aproxima dos resultados reais da economia.

Entrar nesse grupo é um desafio constante. Além da forte concorrência, o grande obstáculo é manter a consistência. No indicador IPCA, o ranking é calculado a partir da média das projeções dos últimos três meses, considerando duas datas distintas por mês. Ou seja, são seis informações que devem ser registradas no sistema do Banco Central e que compõem essa classificação. Qualquer décimo faz diferença: na divulgação anterior, por exemplo, a Previ ficou na sexta posição. Agora, conseguiu voltar ao pódio.

As projeções econômicas usadas pelo Banco Central ajudam a orientar decisões que impactam diretamente o país, como a definição da taxa de juros. Por isso, o desempenho das instituições no ranking é um indicativo de credibilidade, qualidade técnica e capacidade de análise.

As estimativas das instituições que ficam no Top 5 são divulgadas no Relatório Focus, publicação oficial do Banco Central que reúne as principais expectativas do mercado.

A Previ participa da pesquisa Focus há cerca de dez anos e mantém presença frequente entre as cinco melhores instituições nesse período. Esse histórico demonstra o compromisso contínuo da Entidade com análises responsáveis, rigor técnico e decisões bem fundamentadas, sempre com foco na segurança e no futuro dos associados.

Fonte: Previ

Tecnologia consome mais de 10% da receita dos bancos, mas inovação é limitada

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Um novo levantamento do Boston Consulting Group (BCG), intitulado “Tech in Banking 2025: Transformation Starts with Smarter Tech Investment“, revela que a tecnologia representa um item de custo significativo para os bancos, absorvendo, em média, mais de 10% das suas receitas. Entretanto, 60% desses gastos são direcionados para atividades de “manutenção do banco” (do inglês, “run the bank”, ou RTB) – concentrados na correção e operacão das aplicações e infraestrutura existentes.

O BCG projeta que os gastos globais em tecnologia da informação (TI) dos bancos continuarão a crescer a uma taxa composta anual de 9% nos próximos anos, superando a taxa de inflação média global. Há uma oportunidade significativa de redirecionar os esforços para iniciativas de alto impacto focadas na “mudança do banco”(do inglês, “change the bank”, ou CTB).

“Gastos com tecnologia são frequentemente vistos como uma ‘caixa preta’ pelas áreas de negócio, com pouca transparência sobre o seu verdadeiro retorno do investimento (ROI). Para mudar essa visão, as iniciativas tecnológicas precisam estar fortemente integradas às prioridades corporativas por meio de uma colaboração estreita entre as equipes de tecnologia e negócios”, afirma Ana Vieira, diretora executiva do BCG.

Essa é uma grande oportunidade de mudança para os bancos e que depende de três ações críticas que podem levar a crescimento sustentável e aumento de competitividade:

  • Simplificação das operações de negócio e otimização dos gastos com tecnologia.
  • Criação de resiliência para o negócio através das demandas regulatórios.
  • Fortalecimento das capacidades de tecnologia, em especial gestão de dados, desenvolvimento de talentos e transformação da arquitetura tecnológica.

Destacando o tema de gestão de dados, o estudo indica que atualmente, apenas 20% dos bancos lidam de forma robusta com dados estruturados e não estruturados e somente cerca de 10% possuem dados que são facilmente aproveitados pelos profissionais de negócio. A consultoria recomenda que os dados sejam tratados como ativos essenciais para o negócio e a IA generativa (GenAI) pode ser uma poderosa aliada para aprimorar a qualidade dos dados e melhorar a rastreabilidade dos dados, garantindo precisão nos fluxos de informações dentro dos bancos.

Sob a perspectiva da arquitetura tecnológica, o BCG aconselha a adoção de um novo paradigma onde a tecnologia é disponibilizada em forma de serviços padronizados, modulares e sob demanda. Essa abordagem traz como benefício a simplificação da gestão de infraestrutura, eficiência e transparência de custos além de permitir a aceleração do lançamento de produtos digitais que encantam os clientes.

“Essa é uma jornada de transformação que requer a união de líderes de negócio e tecnologia ao redor dos mesmos objetivos estratégicos. Foco, transparência e resiliência são imprescindíveis para replicar o sucesso de outros bancos que tiveram como benefícios o crescimento em mercados competitivos, otimização do fluxo de caixa e aumento da resiliência operacional dos bancos”, finaliza Ana.

Fonte: Consecti

Funcis incorporados do BB podem aderir à Cassi até 16 de fevereiro de 2026

Publicado em: 12/12/2025

Os funcionários do Banco do Brasil, egressos da Nossa Caixa, que têm o interesse em aderir ao Plano de Associados da Cassi podem fazer a solicitação até 16 de fevereiro de 2026 — aqueles que fizerem nesse período estarão dispensados do cumprimento de carências normalmente exigidas para acesso às coberturas assistenciais do plano.

A informação foi divulgada pela própria Cassi, meio do Portal da Transparência. A medida segue o Estatuto da Cassi e o Regulamento do Plano, oferecendo condições especiais de inscrição por tempo limitado.

O prazo de inscrição, que começou em 18 de novembro, tem validade de 90 dias. Após esse prazo, os novos inscritos passarão a cumprir as carências previstas em regulamento, que variam conforme o tipo de serviço ou procedimento de saúde.

A Cassi esclarece ainda que o benefício da isenção de carência se aplica ao ex-funcionário egresso do Banco Nossa Caixa (BNC) contemplado pela decisão judicial. Caso esse profissional venha a se aposentar, ele terá direito à adesão ao Plano Cassi Associados sem necessidade de cumprir carências, desde que a solicitação seja feita em até 90 dias após o desligamento do Banco do Brasil.

A decisão judicial que ampara essa condição permanece válida enquanto vigente, garantindo ao ex-funcionário aposentado o mesmo tratamento concedido aos demais interessados durante o período excepcional.

A orientação é para que as solicitações sejam realizadas pelos canais oficiais de atendimento, evitando o risco de perda do benefício.

Para outras informações, os associados e potenciais novos inscritos podem consultar o regulamento disponível nos canais da Cassi ou entrar em contato com a central de atendimento.

Fonte: AGEBB com Sindicato dos Bancários de Piracicaba

Banco do Brasil fechou 1.557 agências e deixando cidades sem atendimento bancário

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Ao longo da última década, o fechamento de agências bancárias no Brasil alterou de forma significativa a forma como a população se relaciona com o sistema financeiro. Entre 2015 e 2025, milhares de pontos físicos deixaram de funcionar, afetando o cotidiano de clientes em todas as regiões do país. No centro desse movimento está o Banco do Brasil, que reduziu parte importante de sua rede, acompanhando uma tendência já observada em outros grandes bancos.

O dado mais citado nessa discussão é o de que o Banco do Brasil encerrou 1.557 agências físicas no período. Em vez de uma ação repentina, trata-se de um processo gradual, distribuído ao longo de dez anos. Nesse mesmo intervalo, o total de agências bancárias no Brasil caiu de forma expressiva, indicando que a mudança não se limita a uma instituição específica, mas a todo o setor financeiro nacional.

Fechamento de agências bancárias no Brasil

Entre março de 2015 e 2025, o número de agências bancárias no país recuou de 23.154 para 15.529 unidades, o que representa a perda de quase um terço da rede física de atendimento. Dentro desse contexto, o fechamento de agências do Banco do Brasil corresponde a 1.557 unidades desativadas, enquanto outros bancos privados também promoveram cortes relevantes em suas estruturas presenciais.

Esse redesenho do mapa bancário ajuda a entender por que tantas cidades passaram a contar com menos opções de atendimento presencial. Em grandes centros urbanos, a redução costuma ser compensada por outras unidades próximas. Em municípios menores, porém, a saída de uma agência pode representar o fim do atendimento bancário tradicional dentro do próprio território, alterando rotinas de comércio, serviços públicos e da população em geral.

Fonte: Estado de Minas

Tarciana Medeiros é eleita pela Forbes uma das mulheres mais poderosas do mundo

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Pelo terceiro ano consecutivo, Tarciana Medeiros, presidenta do Banco do Brasil, é a única brasileira na lista Forbes das 100 Mulheres Mais Poderosas do Mundo. Ela mantém a mesma posição de 2024, a 18ª colocação, à frente de nomes como Taylor Swift, Oprah e Beyoncé.

O ranking reúne líderes de destaque em setores como política, finanças, tecnologia e artes, selecionadas a partir de fatores como visibilidade, impacto e influência. No top 3, estão: Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia; Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu; e Sanae Takaichi, eleita primeira-ministra do Japão.

“Esse reconhecimento vai pra todos os meus colegas e parceiros que transformam em realidade as estratégias e ações do BB. É uma homenagem que carrega muita dedicação, esforço, representatividade e gratidão. Me emociona ainda pensar no impacto que essa indicação pode ter. Saber que eu posso ajudar a abrir caminhos e mostrar que sonhos são possíveis é o que realmente dá sentido a tudo isso”, ressalta Tarciana Medeiros.

Fonte: Banco do Brasil

Banco do Brasil amarga 2025 dramático, mas pode ser a ação para 2026

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O motivo da euforia faz sentido. Durante quatro anos, entre 2021 e 2024, o BB foi um fenômeno da bolsa, atraindo uma gama de mais de 1 milhão de investidores — a estatal tem uma das maiores bases acionárias do mercado.

Impulsionado pelos seus gordos proventos e pela resiliência operacional, o Banco do Brasil surfou o excelente momento do agronegócio brasileiro, beneficiado pela disparada dos grãos, como soja e milho.

A invasão da Rússia à Ucrânia — importante produtor agrícola — bagunçou os preços globais, impulsionando o setor e, consequentemente, o maior financiador do agro: o BB.

Para se ter uma ideia do salto, o lucro anual pulou de R$ 12,6 bilhões, em 2020, para o recorde histórico de R$ 38 bilhões, em 2024 — alta de 200%, suficiente para deixar qualquer investidor mal-acostumado.

Mas, ao que parece, o banco gastou toda a “sorte” nesse período. Se os anos anteriores foram de bonança, 2025 foi um ano para esquecer — ou “desastroso”, nas palavras de um gestor ouvido pelo Money Times.

O ROE (retorno sobre patrimônio líquido) despencou dos desejados 20% para 8%. O lucro caiu 60%, para R$ 3,8 bilhões. Nos tempos áureos, o banco chegou a registrar quase R$ 10 bilhões em um único trimestre.

Na bolsa, enquanto outros bancos — como Itaú, Bradesco e BTG — dispararam mais de 50%, o Banco do Brasil deve encerrar o ano com queda de 10%. Em relação à máxima de 2025, o tombo chega a 29%.

Tempestade perfeita

Como na queda de um avião, um desastre raramente tem um único motivo — e, no caso do BB, não é diferente.

A primeira peça desse dominó foi a mudança nas regras do CMN (Conselho Monetário Nacional). A resolução nº 4.966/21, que passou a valer neste ano, alterou a forma de provisionamento das carteiras.

Se antes os bancos registravam provisões quando as perdas aconteciam, agora são obrigados a antecipar riscos. Em outras palavras: trocaram as perdas realizadas pelas perdas esperadas.

A regra mais dura veio justamente quando o agronegócio — antes o bastião do banco — enfrentou uma explosão de inadimplência.

Em 2025, o índice atingiu 8%, nível recorde, segundo a Serasa. E, para piorar, a maior parte dos calotes veio do setor financeiro.

O resultado foi um salto no colchão contra a inadimplência, o PDD, que subiu de “elevador”, como os executivos do banco descrevem.

Só no terceiro trimestre, o BB foi obrigado a elevar a provisão em 52%, para R$ 100 bilhões, afetando diretamente o lucro.

Nos cálculos de um gestor que conversou com o Money Times, considerando a inflação, isso representou uma perda real de 11% no desempenho das ações. E, comparado à bolsa — que renovou recordes —, o BB deixou quase 40% de performance na mesa.

Para completar, sem os lucros robustos do passado, o banco reduziu o payout (parcela do lucro distribuída como dividendos) para 30%. Nos tempos de bonança, esse número já foi de 45%.

Erro de quem?

Na visão de um gestor ouvido pelo Money Times, a administração errou no acompanhamento, monitoramento e construção da gestão de risco.

A mudança do CMN foi anunciada em 2021 — ou seja, os bancos tiveram quatro anos para se adequar às novas regras.

“Subestimou problemas conhecidos e deveria ter feito trabalhos adicionais de ativos e passivos, com o objetivo de alongar e adequar o risco gerado pelo agronegócio, que já era sabido.”

O gestor lembra que todos os bancos estavam expostos ao mesmo risco e vinham ampliando a carteira no agro.

“Por esses fatores, é possível, sim, classificar 2025 como um ano desastroso.”

Resposta à crise

O governo reagiu com uma Medida Provisória (MP 1314) para permitir renegociação de dívidas rurais em condições especiais. Ao todo, são R$ 12 bilhões para apoiar até 100 mil produtores, principalmente pequenos e médios.

O Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) dará acesso a até R$ 250 mil em crédito, com taxa de 6% ao ano.

Outra ajuda veio do Banco Central, que alterou a Resolução nº 4.966/21, suavizando os critérios de cura para empréstimos com parcelas vencidas há mais de três meses.

A instituição já renegociou R$ 13 bilhões em contratos sob a MP 1314 e projeta chegar a R$ 20 bilhões a 25 bilhões.

“A administração enfatizou que não prevê reversão de provisões neste momento, e a data-chave a acompanhar é abril, quando os empréstimos do Plano Safra começam a ser pagos”, diz o JPMorgan.

Além do agro, houve deterioração nas carteiras de cartões de crédito vinculadas a produtores rurais. Os desafios em pequenas e médias empresas também persistem.

“Para 2026, o banco espera crescimento de empréstimos na faixa de um dígito médio, impulsionado principalmente por pessoas físicas.”

Oportunidade de ouro para 2026

Crises costumam revelar oportunidades — e muitos investidores se perguntam se este seria o caso do Banco do Brasil. O consenso é de que o agronegócio ainda enfrentará dificuldades.

Para o analista Flavio Conte, da Levante, porém, trata-se de uma boa janela para investir no banco. Em sua visão, a queda neste ano, junto com um cenário eleitoral favorável, pode criar uma oportunidade de ouro.

“Quem tem deve manter, e quem não tem deve comprar”.

De todas as formas, Conte recomenda não ter mais que 10% da carteira em ações do BB, para evitar exposição excessiva.

O preço-alvo é de R$ 29 — potencial de alta de 35% —, mas pode ser maior caso o cenário eleitoral contribua.

“Se vencer um candidato de centro-direita, provavelmente haverá euforia pós-eleição. E, conforme as pesquisas, caso surja um candidato competitivo numa simulação de segundo turno, o mercado tende a reagir.”

Ele lembra que as estatais são extremamente sensíveis ao “risco político” — e hoje só restam duas relevantes: Petrobras (PETR4) e Banco do Brasil.

Conte recorda, ainda, que várias ações já subiram 40%, 50%, 70% e até 80% em 2026.

“Por isso, vejo o Banco do Brasil como uma excelente ação — tanto pela avaliação atual quanto por essa opção gratuita: se houver avanço de um candidato de centro-direita nas pesquisas ou se ele empatar numericamente com o presidente Lula, o BB tende a ser a ação que mais reage.”

Vai depender do agro

Para o gestor ouvido pelo Money Times, a recuperação do banco dependerá diretamente da melhora do agronegócio.

A equação é simples: se o agro reagir, alivia a pressão de risco e reconstrói parte da carteira.

“O banco precisa resolver a questão do risco. Sem isso, 2026 seguirá desafiador. Se o ajuste vier de forma definitiva — passando uma régua —, é possível recuperar a rentabilidade para dois dígitos. Mas ainda muito longe dos 20%.”

Sobre o agro, ele acredita em melhora. Já houve avanço nos preços, no risco financeiro dos produtores e na saúde operacional.

“Isso pode dar fôlego e melhorar a perspectiva. Se for um ano de condições perfeitas — safra, safrinha, exportações, câmbio —, a recuperação pode ser mais rápida.”

Mas ressalva: “No caso do Banco do Brasil, porém, ele ainda não ajustou o risco principal. Portanto, não espero um ano melhor para a instituição. Resolver o risco agora daria maior visibilidade à ineficiência de gestão — algo que nem diretoria nem conselho parecem querer neste momento.”

Fonte: Federação dos Bancários do Paraná

B3 estende prazo para BB adequar composição de Conselho ao regulamento do Novo Mercado

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A diretoria de Emissores e Relacionamento da B3 deferiu, em caráter excepcional, um pedido do Banco do Brasil (BBAS3) relacionado ao regulamento do Novo Mercado, que estabelece a participação de membro independente do Conselho de Administração no comitê de auditoria.

Segundo o banco, o colegiado possui dois conselheiros independentes, eleitos pelos acionistas minoritários, impedidos de integrar o comitê por restrições regulatórias relacionadas ao critério de independência. A B3 estabeleceu que a composição do comitê seja adequada pelo BB até 30 de abril de 2026.

“Cabe destacar que uma dessas restrições tem caráter temporário e se encerra em 29 de abril de 2026, ocasião em que o referido conselheiro estará apto a compor o comitê”, informou o BB.

Atualmente o órgão conta com cinco membros e, segundo o Estatuto Social do Banco do Brasil (BBAS3), todos os integrantes do comitê de auditoria devem ser independentes.

Fonte: Estadão

Avanço de recuperações judiciais no campo põe BB em estado de alerta

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O sinal de alerta continua ligado no Banco do Brasil para o avanço das recuperações judiciais no campo e o impacto desse movimento nos resultados da instituição financeira. Em setembro deste ano, eram R$ 6,6 bilhões de operações de 928 clientes com pedidos de recuperação judicial.

Mesmo que sejam parte minoritária do índice de inadimplência do BB, que bateu recorde de 5,34% no fim do terceiro trimestre e ainda não deu sinais de alívio até novembro, as recuperações judiciais têm impacto “significativo” e imediato nas provisões de caixa e no balanço, disse o vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do Banco do Brasil, Gilson Bittencourt, em conversa com jornalistas.

O avanço das recuperações judiciais demanda um arranjo legislativo ou judicial para definir e esclarecer o alcance dos processos, afirmou. O executivo vê a questão em fase de aprendizado e maturação, já que a lei que permitiu a recuperação judicial de produtores rurais é de 2020, mas a definição de um entendimento harmônico sobre o tema pode limitar o impacto não só nas instituições financeiras, mas na cadeia agroindustrial, avaliou.

“Só a Justiça vai nos dar [uma orientação] à medida em que a própria Justiça conseguir entender o que está acontecendo e definir melhor os limites. Todos colocam que precisa haver mudanças. Se vai ser por meio de uma interpretação jurídica ou mudança no Congresso, aí é a definição mais política que vai nos dizer nos próximos meses”, indicou Bittencourt.

Algumas operações de clientes em recuperação judicial ainda nem estão em atraso superior a 90 dias para serem consideradas inadimplentes, mas a instituição financeira já é obrigada a fazer um provisionamento de recursos para amparar uma possível perda. No caso das recuperações, 75% do valor total está provisionado. “O aumento da inadimplência não é exclusividade de RJ, mas elas têm impacto mais significativo”, disse Bittencourt. Sobre a carteira de crédito rural do BB, de R$ 361 bilhões no fim do terceiro trimestre, havia R$ 19,3 bilhões em atrasos superiores a 90 dias e R$ 32,8 bilhões de provisionamento de perdas.

Fonte: Globo Rural

BB renegociou R$ 1,8 bilhão de dívidas de produtores rurais do RS

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O Banco do Brasil (BB) renegociou R$ 1,8 bilhão em dívidas de produtores rurais no Rio Grande do Sul, informou a instituição financeira em nota. As renegociações ocorrem pelas condições da Medida Provisória 1.314/25, com regras especiais para produtores rurais liquidarem e amortizarem operações de custeio, investimento e Cédulas de Produto Rural (CPRs).

Do montante, R$ 672 milhões são referentes a operações com recursos livres e R$ 1,2 bilhão em operações com fontes controladas.

Produtores com perdas mínimas de 30% em duas ou mais safras a partir de 2020, com fluxo de caixa comprometido e que estejam localizados nos municípios elegíveis podem acessar os financiamentos com recursos operados pelo BNDES, prazo de pagamento de até nove anos.

De acordo com o banco, mais de 30 mil produtores rurais do Rio Grande do Sul estão aptos a regularizar suas dívidas com base nas condições da MP.

“Há produtores que se enquadram na MP e ainda não nos procuraram”, disse o vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB, Gilson Bittencourt, em nota. “Sabemos que cada um deles vive uma combinação diferente de fatores, como preço, clima, juros e prorrogações anteriores. Por isso é importante nos procurar para ajustar parcelas e dar fôlego imediato ao fluxo de caixa”, acrescenta.

Fonte: Infomoney

BB e Mapa vão ao Paraná destravar as renegociações de dívidas rurais

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O Banco do Brasil e o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) iniciaram, nesta quarta-feira, 10, e segue durante essa quinta-feira, 11, mais uma rodada de reuniões para destravar a renegociação de dívidas rurais prevista na MP 1.314/2025.

Depois do Rio Grande do Sul, agora, os gestores vão ouvir o setor produtivo no Paraná. A largada aconteceu no fim da tarde desta quarta, na sede da Federação da Agricultura do Estado (Faep). Nesta quinta-feira, os encontros agendados na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), na Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores Familiares (Fetaep) e no Sindicato e Organização das Cooperativas (Ocepar) são também para discutir alternativas que ampliem o acesso aos recursos subsidiados.

Conforme a última atualização do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), apenas R$ 4,1 bilhões dos R$ 12 bilhões disponíveis foram utilizados após mais de 50 dias de operação. Desse montante, cerca de R$ 670 milhões foram negociados no Banco do Brasil, pouco mais de 10% do total reservado pelo governo à instituição — que é o maior operador rural de crédito do País.

Até esta quarta-feira, o BNDES aprovou R$ 60,6 milhões no Paraná em operações realizadas no âmbito da MP. Já o Banco do Brasil liberou R$ 41 milhões em operações com equalização e outros R$ 1,1 bilhão em linhas de crédito livre.

Regras muito restritivas, aponta FAEP

Assim como no Rio Grande do Sul, as entidades do Paraná apontam que os critérios definidos após a publicação da MP dificultam o acesso às renegociações. Segundo Jefrey Albers, gerente do Departamento Técnico e Econômico do Sistema Faep, a exigência de decretos de emergência pelos municípios e a metodologia de cálculo das perdas reduziram drasticamente o número de produtores enquadrados.

“Essas regras acabaram sendo muito restritivas. Muitos municípios não decretaram emergência no período da perda, e o índice de produtividade utilizado prejudicou ainda mais o enquadramento. O resultado é que muito poucos produtores estão conseguindo acessar esses 12 bilhões”, afirmou.

Albers também ressalta que, quando o produtor não consegue enquadramento na linha subsidiada, acaba migrando para o crédito mais caro. “Se o banco usa recurso próprio com juros livres, o custo maior pode potencializar ainda mais o endividamento. Ao invés de resolver o problema, piora”, destacou.

Flexibilização

A Faep solicitou às entidades ligadas ao Conselho Monetário Nacional a flexibilização imediata dos critérios. A proposta é que um laudo técnico individual, emitido por engenheiro agrônomo ou assistência técnica especializada, substitua a necessidade de decreto municipal de emergência. “Se o produtor comprovar a perda, não faz sentido exigir que todo o município tenha sido afetado”, afirmou.

Outro entrave é o ponto de corte de adimplência até junho de 2024, que excluiu agricultores já pressionados por dívidas acumuladas.” Infelizmente, os produtores do Paraná vêm acumulando perdas de vários anos e esse ano já não está boa a condição de safra também. Então, a colheita da primeira safra de soja e milho provavelmente já vai indicar alguma perda”, explicou.

Para ele, o setor deve discutir soluções mais amplas, como um programa de renegociação de longo prazo, semelhante às securitizações dos anos 1998 e 2000. “Há passivos no sistema financeiro, nas trades e nas revendas. A gente tem que considerar o mercado como um todo e a gente está numa rota de colisão, de inadimplência geral”, disse.

O dirigente afasta a expectativa de anistia. “O produtor financia com o compromisso de pagar. O que se busca são condições melhores, com taxas compatíveis e prazos longos para que as próximas safras gerem caixa”, afirmou.

Além da repactuação, a Faep planeja colocar na mesa também questões ligadas ao Seguro Rural, considerado peça-chave para mitigar novas perdas e evitar o agravamento da crise. “É outro braço importante. Precisamos de soluções combinadas para evitar que a situação piore”, afirmou Albers.

Fonte: Agro Estadão

BB defende criação de mecanismos para garantir ‘colchão de liquidez’ no agro

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Escalado para acelerar medidas de contenção e evitar uma crise com o salto da inadimplência na carteira de crédito rural do Banco do Brasil, o vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar, Gilson Bittencourt, vê espaço para o setor agropecuário assimilar aprendizados no contexto de maior dificuldade financeira vivida por parcela dos produtores nos últimos anos e promover uma reorganização mais concreta para enfrentar percalços futuros sem tanta vulnerabilidade.

Ele defende que o setor agropecuário, em conjunto com o governo federal, o parlamento e o sistema financeiro, tente criar mecanismos que garantam um “colchão de liquidez” fomentado pelos rendimentos dos “anos de bonança” para suportar as crises cíclicas enfrentadas no campo, com clima mais extremo e sobressaltos nos preços das commodities, quando a gangorra se inverter.

“De tempos em tempos, uma parte dos produtores sofre, seja por problema climático, seja por problema de preços. Temos o desafio de criar algum colchão de liquidez para que os anos bons possam ajudar em anos ruins”, afirmou em conversa com jornalistas.

A medida – uma espécie de educação financeira setorial – pode ajudar a “equilibrar” o fluxo de caixa dos produtores, completou Bittencourt. “O setor empresarial urbano tem isso um pouco mais estruturado do que o rural”, citou. Ele não indicou qual seria o mecanismo para criar essa liquidez.

Bittencourt é crítico das escolhas feitas por parte dos produtores brasileiros nesses anos de bonança. Ele aponta que parcela majoritária das dívidas que afetam carteiras e balanços de várias instituições financeiras, não só do BB, é fruto de alavancagem acelerada, abertura de áreas, arrendamentos caros e compras de máquinas e equipamentos a preços inflacionados – decisões tomadas no afã do boom das commodities, dos preços recordes dos produtos agrícolas na pandemia e da Selic baixa – e não de adversidades climáticas.

O cálculo, nesse caso, foi feito considerando que os preços iriam se manter em patamares elevados “para sempre” e que os juros não subiriam na velocidade apurada desde então.

“O setor rural tem uma característica muito forte de que quando há um ano bom, todo o ganho vai para uma outra caixa, que pode ser mais terra, pode ser bens imóveis, etc. No outro ano, você tem um ano ruim, parece que aquele ano bom morreu e o ano ruim tem que ser tratado como uma especificidade. É um desafio que temos como um um país agrícola”, disse.

O problema é ainda maior para quem é arrendatário. “O custo do crédito do arrendamento está pesando no fluxo de caixa dos produtores. A inadimplência verificada em produtor arrendatário é quase o dobro da inadimplência verificada no produtor que é proprietário da área”, citou.

Recentemente, o Banco Central afirmou que produtores arrendatários que financiam 100% do seu custo operacional ficarão no vermelho nesta safra.

Impacto da inadimplência

A inadimplência do setor não é generalizada, destacou Bittencourt, mas afeta grandes produtores de regiões importantes, como o Centro-Oeste e o Matopiba (confluência dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), o que é significativo em termos de valores para as instituições financeiras.

“É uma situação muito localizada, em determinados setores, em determinados perfis de produtores e não é uma situação generalizada do agro. Logicamente, como pega produtores de maior porte, o impacto econômico passa a ser maior”, afirmou.

Nem a massificação do atual Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) seria capaz de evitar essa situação, apostou ele. “São situações que têm a ver com o fluxo de caixa. No geral, os preços não caíram tanto abaixo do que o seguro cobriria”, apontou.

“Quanto mais seguro, seja de preço ou climático, melhor para o produtor e para as instituições que financiam, mas ele não é a solução de todos os problemas”, completou.

Do lado das instituições financeiras, ele vê espaço para mudanças no tratamento dados nas prorrogações de dívidas, com apuração mais acurada do real impacto de uma frustração de safra ou de preço no fluxo de caixa do produtor. A ideia é dosar o tamanho dessa prorrogação para que uma medida de ajuda não piore o endividamento.

Segundo ele, perdas parciais têm sido tratadas com alongamento total das prestações. Assim, há injeção de liquidez em momento de renda menor no campo. No entanto, se houver nova quebra na safra seguinte, a situação fica mais apertada, com o custeio atual e a parcela do anterior a serem pagas pelo produtor descapitalizado. “Se dividir 100% de um custeio em três parcelas, no ano seguinte o produtor terá que pagar um custeio mais um terço, vai virar uma bola de neve”, disse.

A conjuntura da safra 2025/26 mostra um cenário de estabilidade de produção e de preços, disse Bittencourt, com recuos no desembolso de crédito a juros livres e pé no freio dos investimentos.

Fonte: Globo Rural

BB: sindicato protesta contra assédio e ameaças na Área de Consórcio do Cenop

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Diante das inúmeras denúncias de bancários do BB recebidas por meio do Canal de Denúncias do Sindicato, dirigentes sindicais estiveram no Cenop (3901 – Negócios PF – Área de Consórcio), na última segunda 8, para cobrar esclarecimentos e dialogar com os bancários sobre os relatos de assédio moral e ameaças na área.

De acordo com as denúncias, dias de home office dos trabalhadores estariam sendo cortados caso não atinjam as metas. Além disso, os trabalhadores relatam também práticas de assédio moral por parte de gestores, com ameaças de “pedidos de informação”.

“Esta é uma situação absurda. O teletrabalho não pode ser utilizado como moeda de troca para o alcance das metas. Não pode ser mais um fator de pressão para os trabalhadores, que já está em patamar extremamente abusivo no Banco do Brasil. Tampouco é admissível o assédio moral, com ameaças de ´pedidos de informação´ condicionadas as métricas de produtividade”, enfatiza o dirigente do Sindicato e bancário do BB Leonardo Imbiriba.

“Cobramos da área que cesse de imediato qualquer prática que atrele o modelo híbrido de trabalho ao cumprimento de metas e o fim do assédio moral, das ameaças, para o mesmo fim”, acrescenta.

Durante o ato desta quarta 8, os dirigentes do Sindicato foram informados pela gerência geral da área que foram realizadas conversas com os gestores para que readequassem suas práticas. Ficou acertado que será agendada nova reunião entre dirigentes do Sindicato e a gerência geral.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Cassi: BB apresenta proposta de antecipação de valores aquém das necessidades

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O Sindicato dos Bancários de São Paulo juntamente com representantes das entidades que compõe a comissão de negociação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi), realizaram, nesta quarta-feira 10 de dezembro, uma reunião com a direção do BB para discutirem soluções ao fortalecimento financeiro da Cassi.

Para reforçar o caixa e o capital regulatório da entidade de assistência, os trabalhadores solicitaram ao banco o adiantamento de dez valores referentes ao 13º salário e a antecipação das despesas administrativas, referentes aos 12 meses de 2026, já em janeiro.

A direção do BB, entretanto, negou o pedido dos trabalhadores e apresentou, como contraproposta, apenas a antecipação de três valores do 13º salário, sem nenhum adiantamento das taxas administrativas, com a alegação de que já seria o suficiente para a construção conjunta de uma proposta futura a ser apresentada e aprovada pelo corpo de associados.

A direção da Cassi, por sua vez, apontou que esses valores cobririam o caixa até julho de 2026, prazo que os representantes das entidades têm receio de não ser suficiente para uma proposta de equalização das contas, que demanda medidas complexas.

A dirigente sindical e coordenadora da mesa de negociação, Fernanda Lopes, lembrou que o objetivo da negociação entre os representantes dos trabalhadores e do banco é encontrar soluções definitivas para o custeio. “O atendimento do pedido, feito pelas entidades sindicais que representamos, daria tranquilidade durante a continuidade da negociação para construir uma solução perene à Cassi”, pontuou.

“Nossa reivindicação permanece, para que, o mais breve possível, a gente alcance uma solução de valoração e fortalecimento de uma das maiores conquistas do funcionalismo do BB para eles mesmos e seus familiares, que é um plano de saúde acessível e que tem como pilar a solidariedade, com o custeio compartilhado entre os participantes e o patrocinador, que é o Banco do Brasil”, completou.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Cassi sedia encontro regional de autogestões na Paraíba

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A CASSI sediou o encontro regional promovido pela Unidas em João Pessoa (PB), com representantes de 18 filiadas à associação nacional das autogestões. Conduzido pelo presidente da Unidas, Mário Jorge, o evento serviu para a contextualização as associadas em relação ao cenário atual da saúde suplementar, caracterizado por custos assistenciais elevados, envelhecimento acelerado da carteira e pelo aumento das doenças crônicas. Para fazer frente aos desafios, ele reforçou a necessidade de fortalecer a gestão baseada em dados, ampliar a eficiência operacional e aprimorar a jornada assistencial dos beneficiários.

Mário Jorge destacou ainda as possibilidades introduzidas pela revisão da Resolução Normativa 137, aprovada em outubro, que criou oportunidades de ampliação da cooperação entre operadoras. Dentre essas possibilidades estão:

  • Uso do plano de saúde fora da área de abrangência, permitida para até 10% dos beneficiários, não apenas por motivo de trabalho, mas também em casos de aposentadoria, estudo ou saúde.
  • Compartilhamento de rede assistencial com outras operadoras, incluindo as comerciais, desde que haja controle da regulação assistencial e auditoria independente.
  • Ampliação do grupo familiar: permitida a inclusão também de parentes por afinidade até o 4º grau, como bisnetos e cunhados. Antes só permitia adesão de parentes até o 2º grau por afinidade e até o 4º grau por consanguinidade.

“Nenhuma autogestão evolui sozinha. Quando compartilhamos experiências, integramos estratégias e atuamos de forma coordenada, ampliamos nossa capacidade de proteger vidas e de garantir um sistema mais eficiente para todos”. A programação combinou visitas técnicas também a outras filiadas com diferentes perfis no segmento de autogestão na Paraíba.

Fonte: Cassi

Bancos voam na bolsa em 2025 — mas 2026 não será igual para todos, aponta JPMorgan

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Os bancos terminam 2025 com fôlego capaz de fazer inveja a qualquer setor. Com exceção do Banco do Brasil (BBAS3), todos subiram pelo menos 30%. O Bradesco (BBDC4) disparou 60%, enquanto o Itaú (ITUB4) acumula alta de 50%.

É verdade que a base de comparação ajuda: os papéis começaram o ano nas mínimas. Mas os bons resultados, somados ao forte fluxo de estrangeiros que impulsionou a bolsa, criaram um ambiente favorável para o disparo das ações.

Contar apenas com o macro, porém, pode ser um problema. As instituições também precisam fazer sua parte para conquistar a confiança dos investidores.

Em relatório, o JPMorgan detalhou o que cada banco está preparando para encarar 2026. Confira:

Itaú: corte de gastos no radar

No Itaú, um dos favoritos dos investidores e com gestão constantemente elogiada, o corte de custos segue como prioridade.

A instituição pretende fechar entre 350 e 400 agências até o fim do ano e reduzir o ritmo de crescimento das despesas em 2026.

Até aqui, o varejo tem sido o principal motor, com avanços nos empréstimos consignados do INSS, que se recuperam após um período desafiador nos primeiros nove meses de 2025.

Os consignados para pessoas físicas e os financiamentos imobiliários também registraram bons números.

‘A qualidade dos ativos permanece estável, apesar do cenário macroeconômico desafiador’, destaca o JPMorgan.

Bradesco: três frentes para 2026

Em fase distinta do Itaú, a gestão do Bradesco compartilhou três pilares para 2026:

  • a instituição segue observando melhorias operacionais, com perspectiva positiva para receitas;
    a administração acelera o plano de transformação, o que pode gerar custos mais elevados no curto prazo;
  • a mensagem segue focada em evolução gradual, em vez de ganhos rápidos de rentabilidade, embora exista potencial de crescimento com o avanço dos índices de eficiência.

Segundo o JPMorgan, o crescimento do crédito pode desacelerar em 2026. Ainda assim, o banco permanece otimista.

A expectativa é que as receitas e a margem financeira (NIM) se mantenham estáveis — ou até cresçam — à medida que o Bradesco busca captar mais passivos e melhorar o custo de financiamento.

‘No lado das despesas operacionais, o foco será em investimentos estratégicos e de longo prazo, reconhecendo que as eficiências estão amadurecendo a partir da otimização atual dos canais.’

Banco do Brasil: agro continua pesando

No Banco do Brasil, após um ano de ajuste, o clima segue pessimista. O vilão continua sendo o agronegócio, que deve pressionar novamente em 2026.

A instituição já negociou R$ 13 bilhões em empréstimos sob a MP 1314, e espera que o valor chegue a R$ 20–25 bilhões.

‘A administração enfatizou que não prevê reversão de provisões neste momento, e a data-chave a acompanhar é abril, quando os empréstimos do plano de safra começam a ser pagos’, diz o relatório.

Além do agro, houve deterioração nas carteiras de cartões de crédito vinculadas a produtores rurais. Os desafios no segmento de pequenas e médias empresas também persistem.

‘Para 2026, o banco espera crescimento de empréstimos na faixa de um dígito médio, impulsionado principalmente por pessoas físicas.’

Santander: imposto vira o grande vilão

Para o Santander Brasil, o principal desafio para 2026 é a possível alíquota de imposto mais alta, normalizando-se após níveis artificiais de 2025.

A subsidiária do banco espanhol também vê espaço para melhora nas despesas no próximo ano, ‘refletindo a otimização das agências realizada nos anos anteriores’.

Embora a mensagem sobre a qualidade dos ativos seja majoritariamente positiva, ainda pode haver agravamento em alguns casos corporativos, considerando a Selic ainda elevada.

Fonte: Money Times

Em 10 anos, uso de aplicativo de bancos passa de 15% para 90% entre os pequenos negócios

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Cada vez mais o empreendedor brasileiro usa o celular para gerir a própria empresa. Segundo a pesquisa “Hábitos Financeiros dos Pequenos Negócios”, do Sebrae, 90% dos pequenos negócios acessam o aplicativo do banco no celular pessoal. Há 10 anos, esse número era de apenas 15%.

O uso do internet banking entre os pequenos empreendedores passou de 33%, em 2015, para 61%, em 2025. Já os canais presenciais, como caixas de banco e correspondentes bancários (como lotéricas), apresentam baixa utilização, evidenciando o progressivo desuso desse tipo de atendimento.

No levantamento de 2025, apenas 21% vão ao caixa do banco e 28% aos correspondentes bancários. Dez anos atrás, esse percentual era de 58% e 55%, respectivamente, consolidando uma tendência de digitalização do relacionamento bancário.

O Nordeste tem mais empreendedores que usam correspondentes bancários, cerca de 37%, acima da média nacional de 28%. Já o internet banking tem adesão maior no Sudeste (67%) e no Sul (59%), mas menor no Nordeste (53%).

Segundo a pesquisa, homens ainda recorrem mais ao atendimento físico, enquanto as mulheres estão mais digitalizadas. Quanto maior a idade do empreendedor, maior é a dependência de canais físicos.

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, a digitalização dos pequenos negócios ajuda na adoção de novas tecnologias. “A maioria deles tem acesso a notebooks e praticamente 100% possuem celular com internet, com banda larga, inclusive. O acesso a esses equipamentos permite buscar serviços na internet, na rede, inclusive serviços bancários pelo celular”, analisa.

“O empreendedor brasileiro tem se digitalizado por meio de equipamentos, internet e inteligência artificial, embora ainda haja um espaço bom para avançarmos por meio de ferramentas e serviços mais sofisticados”, completa Décio.

Fonte: Agência Sebrae

Thiago Eloi Onofre é eleito representante pós-98 nos GATs da ANABB com apoio da AGEBB

Publicado em: 04/12/2025

A AGEBB comemora a eleição de Thiago Eloi Onofre como representante dos funcionários admitidos após 1998 nos Grupos de Assessoramento Temáticos (GATs) da Anabb.

A vitória confirma o reconhecimento da trajetória e do perfil conciliador do candidato, que recebeu apoio oficial da AGEBB durante o processo eleitoral.

Segundo o presidente da AGEBB, Adriano Domingos, o resultado reforça a importância de ter representantes comprometidos com as demandas dos associados: “Thiago possui um perfil conciliador e propositivo, exatamente o que entendemos como essencial para um representante nos GATs da Anabb. Sua eleição é motivo de orgulho para todos nós”.

Perfil e trajetória de Thiago Eloi Onofre

Thiago Eloi Onofre é funcionário do Banco do Brasil com sólida carreira e reconhecido pelo engajamento em pautas relevantes para os admitidos pós-98.

Formado em Administração e com MBA em Recursos Humanos, atua como coordenador voluntário do Conselho de Usuários da Cassi em São Paulo e é diretor Financeiro do Satélite.

Sua trajetória demonstra liderança, versatilidade e dedicação às causas coletivas.

Importância da eleição

A eleição dos representantes pós-98 para os GATs da Anabb fortalece a representatividade desse grupo dentro da associação, ampliando o espaço para construção de políticas e propostas que atendam às suas demandas.

A posse dos eleitos, em 1º de dezembro, marca um avanço significativo na consolidação da participação dos funcionários admitidos após 1998.

Compromisso da AGEBB

A AGEBB reafirma seu compromisso em apoiar iniciativas que valorizem os gestores e demais funcionários do Banco do Brasil.

A eleição de Thiago Eloi Onofre é vista como uma conquista coletiva, que amplia o diálogo e fortalece a defesa dos interesses dos associados.

Fonte: AGEBB

Sindicato cobra avanços e pede medidas emergenciais para garantir fôlego financeiro à Cassi

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No dia 27 de novembro, os representantes do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e das entidades que compõem a comissão de negociação da Cassi reuniram-se na sede da ANABB, em Brasília, assessorados por profissionais da Caixa de Assistência, para preparar a reunião agendada com o Banco do Brasil para o período da tarde.

Diante do longo tempo decorrido desde o início das negociações e da necessidade de garantir segurança financeira para que a Cassi honre seus compromissos com os prestadores, as entidades definiram solicitar ao banco o adiantamento de 10 anos do 13º salário, medida que reforçaria o caixa da instituição. Para fortalecer o capital regulatório, também será solicitado que o banco antecipe o valor das despesas administrativas referentes a 12 meses.

No período da tarde, foi instalada a mesa de negociação. No entanto, os negociadores do BB não apresentaram qualquer proposta ou novidade relacionada ao custeio da Cassi, alegando que os resultados apresentados e a conjuntura enfrentada no momento dificultam a formulação de alternativas.

A coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB), Fernanda Lopes, reforçou o compromisso da representação dos funcionários em construir uma solução perene e sustentável para o custeio da Cassi. “Diante das justificativas apresentadas pelo banco, reiteramos a reivindicação do adiantamento de 10 valores do 13º salário e da antecipação da taxa administrativa referente ao ano de 2026 já para janeiro, como forma de ampliar a margem financeira da entidade”, informou.

Fernanda lembrou ainda que o objetivo central é viabilizar uma proposta responsável para o funcionalismo, e que, portanto, as conversações precisam ser mantidas, com foco na busca de uma solução efetiva.

Segundo Antônio Netto, dirigente do Sindicato e representante da Fetec-SP na Comissão de Empresa dos Funcionários do BB, o banco ainda não apresentou uma proposta que caminhe no sentido de fortalecer a sustentabilidade e o modelo de custeio solidário para a Cassi.

“Para o movimento sindical, o banco é responsável pelo custeio da nossa caixa de assistência e deve honrar também com o compromisso firmado com os trabalhadores oriundos dos bancos incorporados. À medida que o tempo passa, o déficit só piora e temos que discutir medidas urgentes que preservem nossa caixa de assistência. Seguimos na luta por um modelo de custeio que garanta qualidade de vida com um custo acessível para os funcionários”, conclui Netto.

Os negociadores do banco concordaram com a continuidade das discussões e se comprometeram a encaminhar as solicitações às instâncias decisórias, retornando com a maior brevidade possível com uma resposta.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Câmara debate precarização das condições de trabalho no BB

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A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados realizou, no dia 1º de dezembro, audiência pública para tratar da precarização das condições de trabalho no Banco do Brasil. A reunião, presidida pela deputada Érika Kokay (PT-DF), destacou a importância da discussão sobre o tema, em face das condições enfrentadas pelo corpo funcional do BB, que vem sofrendo permanente assédio promovido pela política de gestão do banco, que vai na contramão do que o governo federal tem desenvolvido em relação às relações de trabalho e ao desenvolvimento do Brasil.

A primeira expositora foi a professora da Universidade de Brasília Ana Magnólia Mendes, que apresentou resultados de pesquisas realizadas pelo Departamento de Psicologia Social e do Trabalho da UnB. Ela analisou os dados qualitativos e quantitativos da pesquisa, os quais mostram que há uma gestão que se impõe pelo medo. “O medo é o que vai aparecer em todas as pesquisas a nível nacional, regional e local”, destacou.

Magnolia denunciou que está em curso o desmonte da gestão de pessoal dentro do BB, como resultado do uso de tecnologia a partir da Inteligência Artificial, que tem por objetivo eliminar as pessoas em seus postos de trabalho.

“O medo da exclusão e de perder comissionamentos tem provocado grandes riscos psicossociais, levando a uma degradação do ambiente de trabalho”, disse a pesquisadora da UnB. Para a professora, há a imposição de uma política de gestão pela direção do BB que incentiva conflitos e desconfianças no local de trabalho, denominada por ela de modelo “tecno-feudal”.

PESQUISA – O presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, Eduardo Araújo, lembrou que a postura da direção do BB não é de ataque apenas aos funcionários, mas também ao Brasil. A legislação obriga a direção do BB a prestar contas semestrais à Câmara dos Deputados, mas isso não tem sido feito, desrespeitando o Parlamento. A estratégia do banco tem sido favorecer os acionistas, não os interesses da instituição.

“Será que os acionistas, aqueles que têm compromisso com a empresa pública, sabem que a busca do lucro está semeando pavor, sangue e sofrimento entre a categoria?”, questionou. “Os funcionários têm sido tratados com ódio”, denunciou Araújo.

Ele lembrou que os bancários que deveriam ter contato com a clientela estão sendo substituídos por “robôs” ou terceirizados (via correspondentes bancários), com a direção causando enormes transtornos para a categoria. Com a imposição do aumento de jornada para 8 horas a partir de 5 de janeiro, esperam-se novos descomissionamentos e momentos difíceis, como aconteceu em 1995.

Araújo apresentou o resultado de pesquisa realizada pelo Sindicato com os 1.660 funcionários do BB, mostrando que a imensa maioria dos bancários não vê compromisso com a instituição ou com a categoria por parte da direção do banco. A maioria dos entrevistados com mais de 11 anos na instituição entende que a atual gestão está na direção errada e não está comprometida com o banco.

Os dados mostram que a imensa maioria da categoria enfrenta ataques, refletidos na pesquisa. O Sindicato fez inúmeras denúncias no MPT contra o assédio moral imposto aos trabalhadores pela direção do banco. “Os causadores de assédio moral, mesmo depois da condenação e de darem prejuízo ao banco, são promovidos”, denunciou o presidente do Sindicato.

PAPEL ESTRATÉGICO – Rodrigo Lopes Britto, presidente da Federação das Trabalhadoras e dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Centro-Norte (Fetec-CUT/CN), alertou que o BB, por ser uma instituição pública, deve prezar pelo serviço público.

“O Banco do Brasil tem tido, historicamente, papel fundamental no desenvolvimento da economia brasileira, especialmente em momentos críticos, como o ocorrido durante a crise em 2008, atuando fortemente para que a crise mundial não atingisse o País, exercendo um papel estratégico para manter um equilíbrio no sistema financeiro”.

O presidente da Fetec-CUT/CN disse que, em menos de 45 dias após o golpe em 2016, com o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff, o BB deu uma guinada em sua estratégia corporativa, abandonou sua função social, deixou de apoiar a parcela da população excluída do sistema financeiro, abandonou seu papel público e se tornou um banco de mercado com espírito público.

“Logo após essa mudança, vieram profundos ataques à categoria, com a Lei 13.429/2017 (Liberalização das Terceirizações e Contratos Temporários) e a reforma trabalhista (Lei 13.467/2017), que trouxeram os grandes problemas que enfrentamos”, afirmou Britto.

E completou: “A partir daquele momento, iniciou-se uma gestão no banco que privilegiou a competição (mascarada de meritocracia), atacando o trabalho colaborativo e impondo uma aberração chamada de “Performa”, com quatro faixas de remuneração para a mesma função”. Essa política de gestão levou a uma redução de pessoal, com grande precarização do trabalho. “O adoecimento tem levado a mortes de funcionários, com enfartos, AVCs e tentativas de suicídio”, denunciou.

Jeferson Meira, dirigente da Contraf-CUT, reafirmou a denúncia sobre os ataques que os trabalhadores do BB têm enfrentado da atual gestão, que se deterioraram completamente de 2016 a 2022. “Havia a expectativa de que haveria diálogo a partir de 2023, mas isso não ocorreu. Os problemas têm se acentuado desde o início da atual gestão”.

UMA ÚNICA VOZ – Vários dirigentes sindicais dos bancários de Brasília e de Mato Grosso do Sul relataram as dificuldades enfrentadas no dia a dia do banco. Os deputados Reimont (PT-RJ) e Bohn Gass (PT-RS) ressaltaram a importância da defesa da categoria bancária e do Banco do Brasil.

A audiência encaminhou a realização de uma reunião da Frente Parlamentar em Defesa dos Bancos Públicos para tratar da questão específica que a categoria enfrenta no BB. A deputada Erika Kokay propôs formar uma comissão de parlamentares e ir à presidência do BB para debater as questões apresentadas na audiência, que mostraram a grave situação enfrentada pela categoria.

Também foi sugerida a realização de uma reunião com a Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados do Trabalho) e a Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho para debater o adoecimento e o sofrimento impostos à categoria bancária no Banco do Brasil.

Fonte: Associação Nacional das Magistradas e Magistrados da Justiça do Trabalho

Banco do Brasil repactuou R$ 13,5 bilhões com recurso livre

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O Banco do Brasil já aprovou R$ 13,5 bilhões em renegociações de dívidas rurais com recursos livres no âmbito da Medida Provisória 1.314/2025. Outros R$ 4,8 bilhões estão em análise, totalizando R$ 18,3 bilhões. O apetite continua baixo na linha com recursos públicos. Até agora, foram aprovados R$ 1,2 bilhão dos R$ 4,3 bilhões de saldo que o BB tem para operar. Outros R$ 522 milhões estão em análise.

Com a flexibilização que o Conselho Monetário Nacional (CMN) deu aos bancos para que eles cumpram a exigibilidade de aplicação de recursos direcionados das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) por meio das renegociações, o vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB, Gilson Bittencourt, espera alcançar os R$ 24 bilhões em operações a juros livres para repactuar as dívidas nas próximas semanas.

A demora para o início das operações, no fim de outubro, atrasou também uma melhora mais rápida no quadro de inadimplência do BB. “Em outubro, ainda vai ter uma inadimplência elevada. Ainda não fechamos os dados de novembro, mas a expectativa é que haja estabilidade no crescimento, talvez tenha alta, mas em um patamar menor. Já em dezembro, a expectativa é que consigamos ter um arrefecimento desses números”, afirmou o executivo.

Nesta semana, Bittencourt e representantes dos ministérios da Agricultura e Desenvolvimento Agrário vão ao Rio Grande do Sul para se reunir com associações de produtores para tentar entender os entraves no acesso aos recursos e os motivos de a demanda não estar dentro das expectativas iniciais. Representantes do banco também irão ao Paraná posteriormente. O executivo acredita que os recursos começarão a fluir em breve. O prazo para adesão é fevereiro de 2026.

Segundo Bittencourt, 40% das operações a juros livres têm sido contratadas a taxas pós-fixadas, medida que aposta na queda da taxa Selic a partir do ano que vem, entendimento incentivado pelo banco. “Tudo indica que haverá uma redução da Selic a partir do primeiro semestre do ano que vem, o que tende a seguir ocorrendo nos próximos anos. Quem optar pela taxa pós-fixada tem uma vantagem que o ganho efetivo da redução da Selic vai ser repassada para o produtor”, afirmou.

Ele admitiu que a taxa livre fixa para a renegociação, atualmente, é alta, em torno de 18% a 20% ao ano. “Mesmo que a Selic tenha alguns soluços nos próximos nove anos, eu diria que a probabilidade de a média da Selic ficar abaixo dos 15% é muito maior do que igual ou acima dos 15%”, afirmou. “Para nós é super positivo, porque levamos ao produtor esse ganho e, ao mesmo tempo, ele tem uma melhor capacidade de pagamento futura”, completou. O prazo máximo da linha de renegociação é de nove anos, com um de carência para pagamento dos juros.

Fonte: Globo Rural