Ações do Banco do Brasil reagem após tombo por receios no 2º tri

Publicado em: 06/08/2025

As ações do Banco do Brasil avançavam cerca de 3% nesta segunda-feira (4 de agosto), em pregão de ajustes, após tombo de quase 7% no fechamento da sexta-feira (1º de agosto), refletindo preocupações com o resultado do segundo trimestre do banco de controle estatal.

A piora dos papéis na sexta-feira à tarde acompanhou a divulgação pelo Banco Central de dados de maio sobre as instituições financeiras brasileiras que mostraram um lucro implícito para o BB bem menor do que o previsto no mercado.

Conforme os números do BC, que são vistos como um proxy contábil por analistas, sujeito a ajustes, o BB registrou em maio lucro líquido de R$ 516 milhões, de R$ 3,475 bilhões um ano antes. Em abril, havia registrado lucro de R$ 1,735 bilhão.

“Se as tendências atuais persistirem, o lucro do segundo trimestre deve ficar na faixa entre R$ 3,5 bilhões e R$ 4 bilhões, abaixo da nossa estimativa de R$ 4,6 bilhões”, afirmaram analistas do Safra em relatório ainda na sexta-feira.

Projeções de analistas compiladas pela LSEG apontam lucro líquido de R$ 5,279 bilhões para o período. O BB divulga seu balanço no próximo dia 14, após o fechamento do mercado.

Analistas do BTG Pactual, que haviam publicado relatório para o BB na véspera dos dados do BC, cortando previsões e reiterando cautela, citaram que, após os números de maio, suas novas projeções parecem otimistas.

“Levando em conta os resultados de abril e maio, seria necessário um forte salto em junho para fechar essa lacuna, o que parece improvável, especialmente diante da deterioração contínua da inadimplência no setor do agronegócio”, afirmaram.

“Ao multiplicar os números de abril e maio por 1,5 vez e ajustar pelas diferenças entre os dados do BC e os números reportados, estimamos um lucro de R$ 3,35 bilhões para o BB no segundo trimestre — 24% abaixo da nossa projeção.”

“Se anualizarmos essa estimativa de lucro do segundo trimestre junto com os números já divulgados no primeiro trimestre, o BB provavelmente apresentará um ROE (retorno sobre o patrimônio) abaixo de 10% em 2025”, estimou a equipe do BTG.

No relatório de 31 de julho, o BTG cortara o preço-alvo das ações de R$ 30 para R$ 24, com manutenção da recomendação neutra. A previsão do lucro de 2025 fora reduzida de R$29,407 bilhões para R$ 23,462 bilhões, com a de ROE passando de 15,6% a 12,5%.

Por volta de 12h15, as ações do BB subiam 2,62%, a R$ 18,83, entre os melhores desempenhos do Ibovespa, que avançava 0,64%. Na máxima até o momento, os papéis chegaram a R$ 19,02 (+3,65%). No ano, porém, ainda acumulam queda de cerca de 19%.

“Tendências desafiadoras para o Banco do Brasil”, reforçaram os analistas do Bradesco BBI sobre os números do BC em relatório a clientes no final da sexta-feira, ponderando que se trata de um proxy, que pode sofrer ajustes.

Fonte: CNN Brasil

Apertem os cintos, os gerentes de bancos viraram aplicativos de celular

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Os bancos precisam atender à demanda dos usuários por relacionamentos mais humanizados e personalizados, entregues por meio de experiências digitais intuitivas e centradas em aplicativos. É o que afirma um estudo a Galileo Financial Technologies, empresa de tecnologia financeira pertencente à SoFi Technologies, Inc., que desenvolve soluções financeiras para fintechs e demais instituições bancárias.

A companhia vem acompanhando de perto a necessidade de seus clientes de investir cada vez mais nessa mudança de paradigma com os usuários. “Não se trata apenas de digitalizar produtos e serviços; é sobre repensar a relação entre os bancos e seus clientes. Os dados mostram que os brasileiros querem mais do que eficiência nas transações. Eles buscam orientação financeira proativa e um parceiro bancário que compreenda suas necessidades individuais, e esperam que essa relação seja construída principalmente por meio de ferramentas digitais, sem perder o toque humano”, afirmou ao BRAZIL ECONOMY Abdul Assal, presidente da empresa no Brasil e na Colômbia.

Colocando mais controle nas mãos dos clientes, o banco digital possui um ecossistema mais competitivo, composto por instituições tradicionais e neobancos. A Galileo acredita que o futuro pertence às instituições que vão abraçar essa evolução que o mercado vem chamando de Gostanomics: ou seja, usar a tecnologia para fortalecer conexões humanas, com experiências personalizadas, agradáveis e eficazes, capazes de construir uma lealdade real ao longo da jornada financeira de cada cliente.

De acordo com os dados, 79% dos clientes brasileiros dizem não depender mais de gerentes bancários para obter educação financeira, e aproximadamente quatro em cada dez preferem usar sites e aplicativos das instituições financeiras como fonte principal de informações. O estudo também revelou que 66% dos brasileiros esperam receber recomendações de investimentos de seus bancos.

O Banking Consumer Study 2025, desenvolvido pela Accenture, revelou que, embora a transformação digital tenha trazido ganhos de eficiência, também criou um novo desafio para os bancos: a falta de conexão pessoal com os clientes. Por causa do avanço do digital, os usuários estão menos ligados ao seu banco principal, com 73% interagindo com múltiplos bancos e 58% adquirindo produtos ou serviços financeiros de novos fornecedores no último ano. Esses resultados vão ao encontro de uma pesquisa da Gupshup, especializada em comércio conversacional, que mostra que mais da metade dos brasileiros (50,8%) se sentem mais à vontade negociando preços por mensagens instantâneas do que presencialmente.

“Oferecer ferramentas digitais, por si só, não é suficiente para gerar lealdade duradoura. A digitalização tornou o relacionamento bancário mais transacional e menos pessoal — os bancos não conseguem se diferenciar apenas por produtos ou serviços”, afirma o head da Galileo, destacando que essa preferência por ferramentas digitais e por orientação financeira proativa indica uma mudança significativa no comportamento dos clientes, ainda mais em um país como o Brasil, onde 96,9% da população usa smartphones e a média de uso é de 9 horas e 32 minutos por dia. “Se o celular já está sempre por perto, os bancos devem se tornar o app favorito do brasileiro”, afirma Abdul.

A ideia é que os aplicativos de banco sejam cada vez mais personalizados e ofereçam recompensas gamificadas por metas de economia ou descontos exclusivos por pagamentos digitais, despertando o senso de status com ofertas e funcionalidades compartilháveis e, assim, tornando o gerenciamento das finanças uma experiência agradável e fluida. Dessa forma, o banco passa a ser um companheiro diário na vida do cliente. “Para se destacar e reter clientes, os bancos precisam ir além da digitalização e criar experiências envolventes e recompensadoras. É necessário usar a tecnologia não apenas para automatizar, mas para tornar cada interação mais significativa e conectada”, finaliza Abdul Assal.

Fonte: Brazil Economy

BB: decisão judicial sobre incorporação de gratificações

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O Banco do Brasil está descumprindo uma tutela antecipada confirmada em sentença de primeiro grau, em ação movida pelo movimento sindical em defesa dos trabalhadores afetados pela reestruturação promovida pela instituição em 2016, que suprimiu comissões e gratificações de funcionários que as recebiam há mais de 10 anos.

A decisão judicial determina que o banco mantenha ou restabeleça o pagamento das gratificações/comissões aos empregados que as receberam por 10 anos ou mais, considerando-as incorporadas aos salários. A medida inclui ainda os reflexos nas verbas trabalhistas como o Repouso Semanal Remunerado (RSR), férias acrescidas de 1/3, 13º salário, horas extras, anuênios, PLR, FGTS e contribuições para a PREVI. A multa em caso de descumprimento é de R$ 1.000,00 por dia, por empregado.

Apesar de a Justiça já ter concedido um prazo ampliado, que expirou no início de julho de 2025, o banco não efetuou o pagamento nem implementou os valores nos contracheques dos funcionários até a data limite de 20 de julho.

“Os funcionários e funcionárias do Banco do Brasil, atingidos pela reestruturação de 2016, seguem na expectativa do cumprimento da decisão judicial. Todos os dias atendemos bancárias e bancários que informam que até agora não há qualquer parcela nos seus contracheques relativa à tutela vigente, e seguem no prejuízo”, afirmou Fernanda Lopes, coordenadora da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB (CEBB).

A assessora jurídica da Contraf-CUT e sócia do escritório Crivelli Advogados, Renata Cabral, informa que a Contraf-CUT e as Federações — autoras da Ação Civil Pública — ingressaram com cumprimento provisório de sentença, no qual foi determinada a comprovação do cumprimento da tutela antecipada no prazo de 15 dias. “O banco teve ciência da decisão em 01/08/2025. Como a contagem do prazo é feita em dias úteis, o período se encerra em 25/08/2025”, explicou Renata.

Relembre o caso

A reestruturação implementada pelo Banco do Brasil em 2016 impactou profundamente os trabalhadores, ao retirar comissões e gratificações que muitos recebiam há mais de uma década. Diante da negativa do banco em negociar, a Contraf-CUT e Federações ajuizaram ação em 2017, visando o restabelecimento dos direitos retirados.

Em setembro de 2017, a Justiça concedeu tutela antecipada garantindo a manutenção dos pagamentos. No entanto, em agosto de 2018, o juiz de primeira instância extinguiu o processo, alegando ilegitimidade das entidades sindicais para atuar como substitutas processuais.

As entidades recorreram ao TRT da 10ª Região, que reconheceu a legitimidade do movimento sindical e determinou o retorno do processo à vara de origem. O Banco do Brasil recorreu ao TST, mas a decisão favorável às entidades foi mantida e transitou em julgado em dezembro de 2023.

Com o processo de volta à Vara do Trabalho, a Contraf-CUT e as Federações protocolaram, em 12 de dezembro de 2024, um novo pedido de restabelecimento imediato da tutela antecipada, que foi deferido. A pedido do banco, foi concedido um prazo de 90 dias úteis para implementação.

Em fevereiro de 2025, foi proferida a sentença de mérito, que julgou procedente a ação, determinando a incorporação das gratificações, o pagamento das parcelas vencidas e vincendas, e os respectivos reflexos salariais. A tutela antecipada foi mantida na decisão e é objeto da atual fase de cumprimento de sentença.

Atualmente, o processo principal está em fase de recurso no TRT da 2ª Região, aguardando julgamento.

Fonte: Contraf-CUT

BB lança programa para desenvolver competências digitais de lideranças

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O Banco do Brasil dá mais um passo na jornada de evolução digital e cultural com o lançamento do Líder Digital, programa que fortalece as lideranças para atuarem de forma cada vez mais estratégica com inteligência artificial e dados. Os mais de 2 mil líderes de unidades estratégicas, táticas e de apoio já estão com acesso ao programa de aprendizagem e experimentação. A expectativa do Banco é que os mais de 30 mil gestores da empresa, incluindo os da rede de atendimento, acessem os treinamentos por meio da Universidade Corporativa Banco do Brasil – UniBB.

O programa simboliza o compromisso com o futuro do trabalho, em um cenário onde novos modelos de negócios exigem novas formas de liderar. Representa o patrocínio institucional ao desenvolvimento de habilidades digitais e analíticas, formando líderes que saibam transformar dados em decisões, IA em valor e conhecimento em cultura. “A inteligência artificial não substitui lideranças, ela potencializa quem está preparado para liderar com. O Líder Digital é o que conecta conhecimento, tecnologia e estratégia no dia a dia das nossas decisões”, avalia Marisa Reghini, vice-presidente de negócios digitais e tecnologia do BB.

O Líder Digital se conecta ao posicionamento de adoção da IA e dados para tomada de decisão. Isso reforça a o papel do Banco do Brasil como protagonista na transformação dos negócios e da cultura com IA responsável, dados de qualidade e foco em resultados sustentáveis. “Capacitar líderes para o digital é investir no sucesso coletivo. É garantir que o BB esteja pronto não só para o presente, mas para tudo o que vem pela frente, com gente preparada, engajada e capaz de transformar”, afirma Ana Cristina Rosa Garcia, vice-presidente corporativa do BB.

O Banco do Brasil experimenta os benefícios do investimento em pessoas para a cultura orientada a dados e IA. Apenas em 2024, o AcademIA BB, programa de capacitação de funcionários, registrou mais de 24 mil inscrições, das quais 41% eram de mulheres. Dos funcionários inscritos, 92% se declararam iniciantes, reforçando o compromisso do programa com inclusão e acessibilidade.

Durante o programa, foram realizadas mais de 90 horas de lives e mentorias e mais de 240 mil cursos dos temas inteligência artificial e analítica foram finalizados na UniBB. Ao final, mais de 65 mil funcionários foram impactados e mais de 4,7 mil certificados foram emitidos.

Em 2025, o AcademIA se incorporou aos programas da UniBB e permanecerá sendo a base de conhecimento e capacitação para todo corpo funcional.

Fonte: Banco do Brasil

O pior está por vir para o Banco do Brasil? Veja a previsão de analistas

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As ações do Banco do Brasil (BBAS3) acumulam uma queda de quase 10% em uma semana. No ano, a performance é ainda mais fraca: os papéis amargam 21% de perda. E o pior ainda pode estar por vir para o banco estatal se o JP Morgan, o BTG Pactual e o Bradesco BBI estiverem certos.

Os três bancões informaram que o BB pode registrar um lucro ainda mais baixo do que o previsto com base em dados do Banco Central divulgados na sexta-feira (2).

Nos cálculos do JP Morgan, com base em números do Cosif (plano contábil das instituições do Sistema Financeiro Nacional), o resultado do Banco do Brasil despencou em maio, para R$ 500 milhões, ante R$ 1,7 bilhão em abril.

O documento ressalta que o novo dado implica lucro de R$ 3,4 bilhões no segundo trimestre, abaixo da previsão anterior do banco norte-americano, de R$ 4,8 bilhões.

Se os números de junho forem tão fracos quanto os de maio, como indica a inadimplência, o lucro do Banco do Brasil no segundo trimestre pode ficar entre R$ 2,8 bilhões e R$ 3 bilhões, segundo os analistas do JP Morgan.

O banco norte-americano observa que a queda das ações do BB na tarde de sexta-feira (1) já antecipa a piora do resultado: BBAS3 encerrou o pregão em queda de 6,85% — a maior do Ibovespa.

BTG e Bradesco também enxergam piora para o Banco do Brasil

Antes mesmo de ter conhecimento dos dados do Banco Central, o BTG reduziu a projeção de lucro para o Banco do Brasil: R$ 5 bilhões no segundo trimestre e R$ 23,4 bilhões em 2025. Antes, esperava R$ 6,4 bilhões entre abril e junho e R$ 29,4 bilhões no ano. A equipe também cortou as projeções para 2026.

As novas estimativas consideram os números de abril, conversas com executivos do BB e a contínua deterioração dos ativos de crédito do agronegócio. Você pode conferir aqui o relatório completo.

Para o Bradesco BBI, as informações divulgadas pelo BC apontam para uma deterioração ainda mais significativa da qualidade dos ativos rurais.

“Destacamos que a qualidade dos ativos rurais atingiu o nível mais baixo de todos os tempos, com 3,5% de inadimplência em 90 dias e 2,9% de inadimplência antecipada (15 a 90 dias)”, dizem os analistas Marcelo Mizrahi e Renato Chanes.

Com isso, o Bradesco BBI projeta margens financeiras levemente menores para este ano e o próximo, o que levou a novas estimativas de lucro líquido: R$ 23 bilhões em 2025 (16% abaixo do consenso) e R$ 27,4 bilhões em 2026 (13% abaixo do consenso).

A dupla de analistas do banco prevê ainda que o índice de inadimplência do Banco do Brasil pode continuar a se deteriorar.

Isso porque mais operações rurais do tipo bullet vencem nos próximos trimestres, e o período de reconhecimento contábil mais prolongado — decorrente da Resolução 4966 do BC — atrasa a normalização dos indicadores.

“Esperamos que o índice total atinja 5,35% até o final de 2025 e 5,0% até o final de 2026, com pico de 5,8% no segundo trimestre de 2026”, dizem os analistas do BBI.

Neste cenário, o Goldman Sachs calcula que as provisões para devedores duvidosos do BB somem R$ 14 bilhões no segundo trimestre, salto de 79% na comparação anual, impulsionado pela inadimplência maior na carteira de agro — mesmo frente ao primeiro trimestre de 2025, a alta deve ser expressiva, de 37%.

O calcanhar de Aquiles do BB: a Resolução 4966

As novas revisões em baixa para o Banco do Brasil ocorrem depois de um primeiro trimestre em que o banco público apresentou forte retração no lucro, em razão dos ajustes à Resolução 4.966 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que determina que as provisões considerem também a perda esperada.

Como o BB tem forte exposição ao agronegócio, responsável por 30% da carteira de crédito e atualmente em dificuldades, o impacto foi bem maior do que o observado nos bancos privados.

O BTG observa ainda uma crescente judicialização no setor, com várias empresas recorrendo à recuperação judicial.

Fonte: Seu Dinheiro

BB Seguridade: após desabar 20% desde máximas, 2T25 será da virada?

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A ação da BB Seguridade (BBSE3) tinha um ano bom, até a divulgação de resultados do primeiro trimestre. Os números vieram dentro das expectativas, mas os prêmios emitidos ficaram abaixo do esperado.

Deste então, a ação despencou 20%. Em relatório, o BTG Pactual afirma que as cifras podem até superar um pouco as estimativas.

No entanto, o crescimento da receita deve continuar sob pressão, principalmente devido à piora no seguro rural. Além disso, pode haver impacto do aumento do IOF (imposto cobrado nas transações financeiras) nas contribuições previdenciárias em maio e junho.

“Ainda assim, apesar da dinâmica moderada da receita, esperamos um resultado líquido decente, com crescimento tanto em relação ao trimestre anterior quanto ao ano anterior.”

O banco destaca alguns pontos positivos da seguradora, entre eles:

1 – índices de perdas muito saudáveis — ainda mais baixos que os níveis do 1º trimestre;
2 – fortes resultados financeiros em todas as subsidiárias, impulsionados por uma taxa média Selic mais alta.

BrasilSeg: prêmios em queda

Um dos pontos negativos do primeiro trimestre, o BTG projeta que os prêmios emitidos continuarão em queda, tanto em relação ao trimestre anterior quanto ao ano anterior, principalmente devido à persistente fraqueza nas linhas rurais.

“O segmento rural segue enfrentando desafios estruturais ligados ao aumento do custo do financiamento, maiores despesas e demanda mais fraca.”

O agronegócio vive um período de incertezas, com alta da inadimplência e aumento das recuperações judiciais — fatores que têm prejudicado o controlador da BB Seguridade, o Banco do Brasil (BBAS3).

Segundo dados do Banco Central, a qualidade dos ativos rurais atingiu o nível mais baixo da série histórica, com 3,5% de inadimplência em 90 dias e 2,9% de inadimplência antecipada (de 15 a 90 dias).

No seguro de vida prestamista, o desempenho tem sido misto: enquanto as vendas no varejo se mantêm estáveis, os volumes corporativos continuam em queda.

Como ponto positivo, o BTG destaca os prêmios fortes em abril do produto de folha de pagamento privada (crédito consignado privado) recém-lançado.

BB Seguridade: dá para comprar?

O BTG ressalta que as ações da BBSE passaram por uma correção significativa, tornando-se mais atraentes — com dividend yield de volta aos dois dígitos.

Porém, alguns desafios persistem. A deterioração dos resultados do Banco do Brasil limita a posição de capital da BB Seguridade, tornando improváveis novas recompras de ações no curto prazo.

“A visibilidade no segmento rural permanece baixa, aumentando a incerteza sobre as perspectivas de receita para o segundo semestre de 2025 e para 2026.”

Assim, o banco avalia que, embora o segundo trimestre deva apresentar um resultado decente — sustentado por números sólidos de subscrição e forte receita financeira —, o cenário de investimento perdeu força.

O BTG reiterou a recomendação neutra, com preço-alvo de R$ 46.

No setor de seguros, o banco mantém preferência por IRB Brasil (IRBR3) e Caixa Seguridade (CXSE3).

Fonte: Money Times

Banco do Brasil adota ações afirmativas no recrutamento interno

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O Sindicato dos Bancários de São Paulo, por meio da Comissão de Empresa das Funcionárias e dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu na quarta-feira 6 de agosto com a direção do banco para discutir as mudanças no sistema de recrutamento interno DigiTAO, que passa a adotar ações afirmativas de forma estruturada.

O objetivo é promover maior diversidade e representatividade no banco, corrigindo desigualdades históricas no acesso a cargos de liderança.

Com a nova formatação, o DigiTAO passa a ter três blocos de classificação:

Bloco 1 – Priorizados: Mantém os 20 primeiros classificados por pontuação, sem alteração em relação ao modelo anterior.
Bloco 2 – Qualificados/Certificados: Inclui funcionários que participaram de programas corporativos de ascensão, sem limite de vagas.
Bloco 3 – Classificados com ações afirmativas: Seleciona os 20 primeiros classificados com aplicação de ações afirmativas, distribuídos da seguinte forma:

7 vagas por ampla concorrência
1 vaga para pessoa com deficiência
6 vagas para mulheres
6 vagas para pessoas negras, pardas ou indígenas

Caso não haja inscritos suficientes para alguma das categorias, as vagas remanescentes serão redirecionadas para ampla concorrência.

As novas regras fazem parte do compromisso do Banco do Brasil com a equidade de gênero e racial. A instituição possui metas públicas assumidas, como alcançar até 2025 ao menos 30% de pessoas negras, indígenas e quilombolas em cargos de liderança — com meta de 50% até 2030 —, e 30% de mulheres em posições de gestão até 2025, chegando também a 50% até 2030.

Outras ações afirmativas também já foram implementadas em diversas frentes da instituição.

Processos seletivos internos, da Fundação BB e da BB Asset já utilizam cotas para grupos historicamente sub-representados.

A partir de 2025, todas as autodeclarações de raça serão validadas por comissões de heteroidentificação (procedimento complementar à autodeclaração, no qual avaliam-se características físicas de candidatos para verificar a veracidade da declaração), com base em critérios estabelecidos por políticas públicas e de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que garante o uso de dados sensíveis somente com consentimento prévio do candidato.

Para Fernanda Lopes, coordenadora da CEBB, a medida representa um marco no compromisso do banco com a justiça social.

“Essa mudança no DigiTAO é um avanço importante na luta por igualdade de oportunidades no Banco do Brasil. As ações afirmativas são um passo necessário para corrigir desigualdades históricas e garantir que talentos de grupos sub-representados tenham visibilidade e acesso a cargos de liderança”, afirmou.

“Ações afirmativas não são privilégio, são reparação. É preciso combater a sub-representação com políticas concretas, e o BB está dando um passo significativo nessa direção. A CEBB acompanhará a aplicação das novas regras e a adesão às metas de diversidade”, completou.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Urgente! Risco político chegou ao Banco do Brasil

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No dia 1º de agosto, as ações do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) despencaram mais de 6% em apenas meia hora. E quando um papel com esse nível de robustez sofre uma queda tão pontual e expressiva, vale acender o alerta.

Movimentos assim, especialmente em ativos resilientes, geralmente indicam duas coisas: ou alguém se antecipou a uma informação relevante – e a CVM até já pediu esclarecimentos – ou o mercado está sensível demais a qualquer sinal envolvendo o nome da companhia. E aqui, a meu ver, as duas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo.

Começando pelo lucro: o banco reportou R$ 500 milhões em maio. Parece muito? Em abril foram R$ 1,7 bilhão. Em maio do ano passado, R$ 3,4 bilhões. Ou seja, o lucro evaporou 70% de um mês para o outro, e mais de 85% em 12 meses. E esse dado, sozinho, já justificaria desconforto. Mas não foi só isso.

No mesmo dia 1º, veio a bomba: o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky dos EUA, e declarou que simplesmente vai ignorar. Isso levanta uma possibilidade muito mais delicada: e se o Banco do Brasil for usado, institucionalmente, para proteger interesses políticos? O risco é real. E o estrangeiro entendeu rápido. Quem vendeu forte não foram as corretoras locais, mas o JP Morgan.

O comunicado da empresa descartou uso de informação privilegiada e avisou que o banco entra agora em período de silêncio até o resultado do 2T25, que será divulgado dia 14/08, depois do fechamento de mercado. Ou seja: dez dias de total imprevisibilidade, com o mercado nervoso e a imprensa especulando. Para quem está dentro, é hora de respirar fundo. Para quem está de fora, é hora de observar – com lupa.

BBAS3 segue com fundamentos? Sim. PVPA abaixo de 0,6, dividendos ainda atrativos, empresa bicentenária. Mas o risco aumentou, e é por isso que o desconto atual não pode ser lido com olhos ingênuos.

Se você acredita que o Banco do Brasil segue sólido apesar da turbulência, talvez seja hora de montar posição. Aos poucos. Sem concentrar. Com método. Com preço médio. Não com pressa. Não com ganância.

Porque a verdade é uma só: quem compra agora, compra com risco. E risco (ainda mais nesse nível) não combina com amadorismo.

Quer saber qual ação comprar agora?

Com a disparada do mercado em 2024, muitas pessoas têm medo de colocar mais dinheiro em ações. Se você está em dúvida sobre onde investir, nossas estratégias comprovadas mostram as oportunidades mais promissoras.

Em 2024, o ProPicks IA identificou 2 ações que já subiram mais de 150%, outras 4 que saltaram mais de 30% e mais 3 que se valorizam mais de 25%. É um histórico impressionante.

Com portfólios personalizados com ações do Dow, S&P, setor de tecnologia e empresas em crescimento, você pode explorar diversas estratégias para construir seu patrimônio.

Fonte: Investing

Economus supera as metas de rentabilidade no 1º Semestre de 2025

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A gestão do Economus obteve resultados acima das metas atuariais em todos os planos no 1º Semestre de 2025. Com isso, o Instituto alcançou os objetivos estabelecidos pela Política de Investimentos, aprovada pelo Conselho Deliberativo da entidade.

Veja abaixo a rentabilidade de cada plano em comparação com a meta traçada para o período:

Os Perfis de Investimento do PrevMais também superaram a meta de rentabilidade do Plano (INPC + 4%). O Perfil Conservador, por exemplo, obteve resultado equivalente a 110% do CDI no período:

Cenário e estratégia

O Economus realizou movimentos estratégicos na Renda Fixa e manteve postura conservadora na gestão de Renda Variável. As decisões impactaram diretamente nos resultados positivos observados no primeiro semestre de 2025.

Para mais detalhes do desempenho dos planos e dos perfis de investimento do PrevMais, clique aqui. Os resultados são atualizados mensalmente e podem ser acessados no site do Economus clicando na aba “Investimentos” e, em seguida, “Desempenho dos Investimentos”. Depois, escolha a opção desejada.

Na área restrita aos participantes também é possível acessar o Relatório Mensal de Investimentos, contendo as carteiras e ativos de forma detalhada.

Fonte: Economus

Previ: relatório técnico do TCU considerou déficit dentro da normalidade

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Na palestra que fez aos participantes do Encontro Regional dos Funcionários do Banco do Brasil, o diretor eleito da Previ, Wagner Nascimento, mostrou o relatório técnico do Tribunal de Contas da União (TCU), que comprova estarem dentro da normalidade as aplicações feitas pelo Plano 1 da Previ, ao contrário do que disse o ministro do tribunal Walton Alencar Rodrigues, que entendeu haver indícios de falhas em procedimentos de investimentos e desinvestimentos.

“A mídia fez alarde, afirmando haver um ‘rombo’, quando, na realidade, o que havia era um déficit conjuntural, em 2024, de R$ 3,2 bilhões, em nada relevante. Em 2015 houve déficit de R$ 16, 1 bilhão e o TCU não falou nada, nem a imprensa. Os déficits e superávits podem acontecer, mas o plano está bem, está em equilíbrio”, afirmou.

Acrescentou que a mídia que vinha criticando a Previ deixou o caso de lado após ser conhecido o conteúdo do relatório técnico. O comportamento leva a crer que havia outro tipo de motivação. Avaliou que o TCU extrapolou das suas atribuições ao fiscalizar a Previ, já que a tarefa cabe à Previc (Superintendência Nacional de Previdência Complementa), que fiscaliza os planos de previdência fechados.

Wagner mostrou dados comprovando o equilíbrio atuarial e os diferentes tipos de aplicação. Adiantou que a diretoria do plano de previdência está migrando os investimentos de renda variável para o mais conservador de renda fixa, através da compra de papéis federais.

Fonte: Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários e Financiários do Rio de Janeiro

Previ: resultado do mês de junho reforça consistência da gestão

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Apesar das incertezas no cenário internacional, os planos da Previ apresentaram resultados positivos em junho, reforçando a solidez da gestão. O Plano 1 registrou rentabilidade de 0,69% no mês, superando a meta atuarial de 0,62%. O patrimônio atingiu R$ 230,6 bilhões.

O Previ Futuro também avançou, com retorno de 1,15%, acima do índice de referência de 0,61%. Todos os perfis de investimento superaram esse indicador, com destaque para os mais expostos a ativos de risco. O patrimônio do plano alcançou R$ 37,8 bilhões, com resultado de R$ 425 milhões nos investimentos do mês.

O período foi marcado por tensões geopolíticas, como os confrontos entre Irã e Israel, que aumentaram a volatilidade nos mercados, especialmente no setor de petróleo. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve segue enfrentando o desafio de conter a inflação sem comprometer o crescimento econômico. No Brasil, o aumento da Selic em 0,25 ponto percentual e as discussões sobre o IOF trouxeram cautela no cenário doméstico.

Plano 1

Além de superar a meta atuarial, o Plano 1 obteve R$ 1,6 bilhão de resultado nos investimentos em junho, com destaque para a carteira de títulos federais marcados a mercado, que rendeu 1,65% no mês.

Em 2025, o plano já soma R$ 14 bilhões em retorno, com rentabilidade de 6,82%, acima da meta atuarial de 5,50%. Esse desempenho gerou um superávit de 1,4 bilhão no primeiro semestre, que contribuiu para a redução do déficit acumulado — que considera o exercício de 2024 — para os atuais – R$ 1,7 bilhão. O plano permanece tecnicamente equilibrado, sustentado por sua robustez e estratégia de longo prazo.

Entre as estratégias de investimentos adotadas, destaca-se o bom desempenho da carteira de títulos públicos federais marcados a mercado, com rentabilidade acumulada em 9,95%. Além disso, com foco na imunização e segurança do plano, foi realizado um desinvestimento de R$ 5,5 bilhões em renda variável no primeiro semestre, com realocação em papéis do Tesouro Nacional marcados na curva.

Previ Futuro

No acumulado de 2025, o portfólio do Previ Futuro apresentou ganhos de R$ 2,9 bilhões, com rentabilidade de 8,84%, superando com ampla margem o índice de referência do plano, que registrou 5,44% no mesmo período.

À exceção do Ciclo de Vida Pré-Aposentadoria, todos os perfis de investimento superam seus respectivos benchmarks no ano. Na modalidade risco-alvo, os perfis Agressivo e Arrojado se destacaram, com rentabilidades de 10,53% e 9,94%, respectivamente. Entre os perfis do tipo data-alvo, o Ciclo de Vida 2060 liderou, com ganhos de 10,51% no semestre.

O recém-lançado perfil Ciclo de Vida Pré-aposentadoria, voltado à preservação de patrimônio, teve rentabilidade de 1,33% desde sua criação, em maio, alinhado ao seu objetivo. Por ter sido implementado recentemente, ainda não completou período suficiente para comparação com seu índice de referência.

Solidez e transparência

Os resultados de junho confirmam a resiliência das estratégias de investimento da Previ, baseadas em diversificação, visão de longo prazo e rigor técnico. Mesmo em um semestre marcado por instabilidades externas e ajustes no cenário doméstico, os planos superaram suas metas e mantêm uma trajetória de equilíbrio e solidez.

A Previ reforça seu compromisso com a transparência e a excelência na gestão dos recursos dos participantes, mantendo a divulgação mensal dos resultados como instrumento de acompanhamento e confiança. O desempenho detalhado dos planos está disponível no Painel Previ, na seção Prestação de Contas do nosso site, e no app Previ.

Convidamos os participantes do Previ Futuro a acessarem a Carta do Gestor, enviada mensalmente por e-mail e também disponível no site, na seção Prestação de Contas. Elaborado para cada perfil de investimento o informativo tem como principal objetivo oferecer uma nova perspectiva: a visão da área de gestão dos investimentos.

A Carta reúne análises detalhadas sobre estratégias, rentabilidade, riscos e composição das carteiras. Trata-se de uma ferramenta essencial para compreender os investimentos dos perfis e apoiar decisões mais conscientes na escolha do perfil mais aderente à jornada previdenciária de cada participante.

Para manter-se bem-informado sobre a Previ, acompanhe nossos canais oficiais. Afinal, informações de fontes seguras são essenciais para cuidar do seu futuro com tranquilidade e clareza.

Fonte: Previ

Lucro dos grandes bancos privados sobe 17,2% no 2º trimestre

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Itaú Unibanco, Bradesco e Santander Brasil tiveram um lucro combinado de R$ 21,234 bilhões no segundo trimestre, uma alta de 17,2% na comparação com o mesmo período do ano passado. De forma geral, os dados de crédito e inadimplência vieram um pouco melhores do que o esperado pelos analistas e os executivos não mostraram grande preocupação com o cenário macroeconômico, embora reconheçam que os juros elevados vão pesar sobre o crédito.

Os grandes bancos privados não esperam impactos significativos, em suas carteiras, em função do “tarifaço” de Donald Trump contra o Brasil, e a crise do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que afetou a linha de risco sacado em junho, pode ter alguma reversão nos próximos meses.

Em momentos distintos, cada um dos bancos mostrou tendências um pouco diferentes no crédito. Itaú segue com lucro recorde e rentabilidade bastante elevada, e seu portfólio de crédito cresceu 7,3% em um ano (o “guidance” vai de crescimento de 4,5% a 8,5%).

Bradesco, que vem em uma toada de recuperação, após momentos difíceis com a piora na inadimplência em anos anteriores, mostrou expansão de 11,7% na carteira, mas o guidance (de 4% a 8%) indica que deve haver desaceleração no restante do ano. E Santander foi o que se revelou mais cauteloso. O banco não tem guidance e a carteira teve expansão anual de apenas 1,5%.

Em termos de inadimplência, no Itaú ela foi de 2,3% em junho, de 2,3% em março e 2,7% em junho do ano passado. No Bradesco, ficou em 4,1%, de também 4,1% três meses antes e 4,3% há um ano. E no Santander, atingiu 3,1%, ante 3,3% e 3,2%, na mesma base de comparação.

O CEO do Itaú, Milton Maluhy, foi questionado se espera uma deterioração do cenário macroeconômico no segundo semestre, mas afirmou que não vê grandes mudanças e que está muito confortável com a qualidade dos ativos que o Itaú tem gerado. De qualquer forma, disse que a taxa de juros “bastante restritiva” deve impactar a atividade ao longo do segundo semestre.

“Olhando essa perspectiva e olhando todos os desafios que a gente tem, macro e micro, não só no Brasil, como em outras geografias, com o nível de juros que a gente está observando, é difícil imaginar que vai se abrir uma janela para equity no segundo semestre”, comentou Maluhy, quando se referia ao mercado de emissão de ações (ECM).

Já o CEO do Bradesco, Marcelo Noronha, disse que o banco deve começar a acelerar no consignado privado nos próximos meses, mas que a carteira geral vai desacelerar e convergir para o guidance. “Estamos muito animados com o que estamos fazendo no banco, mas em relação à economia temos cautela, mantemos o pé no chão”, comentou.

Mais conservador, o CEO do Santander, Mario Leão, acredita que a Selic vai continuar elevada por algum tempo, o que torna mais difícil o objetivo de alcançar um retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) de 20% em alguns anos. “A gente sabe que ela deve continuar em dois dígitos por alguns anos. Não é bom para a atividade econômica, para os portfólios de crédito e crescimento do país”, disse. “Não somos imunes ao cenário macro, então estamos mais conservadores, prudentes”, comentou em outro momento.

Fonte: Valor Econômico

Afastamentos por transtornos mentais nos bancos crescem 168% em 10 anos

Publicado em: 31/07/2025

Bancos como Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander registraram aumento de 168% no número de afastamentos por transtornos mentais em 10 anos, passando de 5.411 em 2014 para 14.525 em 2024.

O número é ainda mais impactante se for levando em conta que no mesmo período foram eliminados 88.165 empregos bancários – 512.186 em 2014 para 424.021 em 2024, segundo a Relação Anual de Informações Sociais (Rais).

Do total de afastamentos pelo INSS, 34,5% foram por outros transtornos ansiosos; 24,8% por reações ao estresse grave e transtornos de adaptação; 24,1% por episódios depressivos e 11,2% por transtorno depressivo recorrente.

Os dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab) ganham mais relevância em face do Dia Nacional de Prevenção aos Acidentes de Trabalho, que será celebrado neste domingo 27 de julho.

Um caso que dá vida a essas estatísticas é o do bancário Fernando (nome fictício). Ele desenvolveu transtorno de ansiedade depois de apenas quatro meses trabalhando em uma grande instituição financeira, e teve de se afastar do trabalho por causa da doença.

“Meu gestor me diz que nenhum cliente pode sair sem um produto. Eu tenho que vender um produto de qualquer maneira. Além disso, vem a ameaça de que se eu não consigo aguentar essa cobrança, é porque eu não quero trabalhar aqui”, relata.

Bancos negam a realidade

Valeska Pincovai, secretária de Saúde do Sindicato dos Bancários de São Paulo, destaca que mesmo diante de dados oficiais, os bancos seguem negando que os transtornos mentais são causados pela estrutura organizacional focada na cobrança de metas abusivas, muitas vezes feitas por meio de assédio moral, o que comprovadamente causa adoecimentos de ordem psíquica.

“Essa cultura não acontece apenas em um banco específico, mas em todos. Atendemos todos os dias bancários que relatam todos os tipos de pressão. Trabalhar sob estresse constante e ameaças não deveria ser a regra. Essa cultura desrespeita não só os trabalhadores adoecidos e suas famílias. Esse ‘empurrômetro’ de produtos desrespeita também os clientes, que são convencidos a adquirirem produtos que não precisam”, afirma a dirigente.

O aumento percentual de transtornos mentais nos bancos é maior do que o de benefícios concedidos a todas as categorias profissionais. No total, houve um aumento de 221.127 para 471.649 afastamentos entre 2014 e 2024, crescimento de 113%.

Seis milhões de acidentes de trabalho em 10 anos

Entre 2012 e 2022 foram notificados 6.774.543 acidentes de trabalho considerando todas as categorias profissionais. Deste total, 25.492 resultaram em morte, ainda de acordo com a SmartLab. Em virtude de afastamentos previdenciários acidentários registrou-se 461.424.375 dias de trabalho perdidos.

Ainda no mesmo período, os gastos estimados de pagamentos de benefícios de natureza acidentária pelo INSS chegaram a R$136,7 bilhões, o que equivale a um real a cada dois milésimos de segundo.

Epidemia de adoecimento mental e redução da jornada

Apenas em 2024, segundo dados do INSS, os transtornos mentais respondem por 56% de todos os afastamentos do trabalho nos bancos no município de São Paulo.

“É uma epidemia de adoecimento mental que deveria ser reconhecida pelos bancos. O movimento sindical tem uma longa história em defesa da saúde e das boas condições de trabalho, incluindo aí a reivindicação permanente pela implantação da jornada de trabalho de quatro dias de trabalho e três de descanso. Apesar da nossa luta intensa e constante e de leis que protegem os trabalhadores, os empregadores precisam compreender que seus empregados não são máquinas. A redução da jornada de trabalho diminui a sobrecarga de trabalho e, consequentemente, os adoecimentos”, diz Valeska.

A dirigente enfatiza que não adianta os bancos implantarem programas de prevenção se não assumem que as causas do adoecimento são o assédio moral e as metas abusivas.

“Prevenção de doenças mentais nos bancos passa por metas justas, alcançáveis e coletivas; ambientes saudáveis de trabalho com respeito às pausas e desconexão sem cobrança por WhatsApp; e redução da jornada, para citar alguns exemplos.”

“Seguiremos cobrando e protestando até que os bancos reconheçam a urgência de adotar uma postura corporativa que respeite seus empregados. Pessoas inseridas em um ambiente de trabalho saudável produzem mais e adoecem muito menos”, finaliza a dirigente.

Fonte: Federação dos Bancários do Paraná

Banco do Brasil acumula perdas no ano; não há sinal de reversão

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As ações do Banco do Brasil (BBAS3) enfrentam um momento delicado do ponto de vista técnico, refletindo a pressão vendedora que se intensificou desde o topo histórico registrado em maio deste ano.

O papel acumula fortes perdas nos últimos meses, tanto no curto quanto no médio prazo, com uma estrutura gráfica que ainda não apresenta sinais consistentes de reversão. O ativo caminha para o terceiro mês consecutivo de queda, enquanto no gráfico diário segue renovando mínimas em 2025. A proximidade de suportes estratégicos, como a média de 200 períodos, eleva a tensão técnica e pode definir os próximos movimentos: ou uma possível reação compradora, ou o aprofundamento do cenário de baixa.

Para entender até onde o preço das ações do Banco do Brasil (BBAS3) pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Análise técnica Banco do Brasil (BBAS3)

No gráfico diário, o papel segue em tendência de baixa e recentemente renovou a mínima do ano ao atingir R$ 19,86, reforçando o enfraquecimento da força compradora. No último pregão, houve uma leve alta de 0,05%, com o papel encerrando cotado a R$ 19,95, mas ainda longe de qualquer sinal de reversão mais consistente.

Atualmente, BBAS3 negocia abaixo das médias móveis de curto prazo, o que indica que o controle permanece com os vendedores. Para que o ativo ensaie uma recuperação no curto prazo, será necessário superar progressivamente as resistências nas regiões de R$ 20,22, R$ 21,02 e R$ 22,54. Caso esse movimento ganhe força, o próximo alvo passa a ser a média de 200 períodos, que se encontra nos R$ 24,88.

Se conseguir superar esse patamar, o papel poderá mirar alvos mais altos em R$ 25,60, R$ 26,95, com extensões para R$ 28,58 e, posteriormente, o topo histórico em R$ 29,57.

Por outro lado, caso a fraqueza persista e o papel perca a região de suporte entre R$ 19,86 e R$ 18,72, haverá espaço para quedas adicionais em direção às faixas de suporte em R$ 17,35, R$ 16,00, e mais abaixo em R$ 15,33 e R$ 14,47.

Análise de médio prazo

No gráfico semanal, o cenário permanece desafiador. Após atingir seu topo histórico em R$ 29,57 no mês de maio, BBAS3 iniciou um movimento descendente que já acumula uma retração significativa. Em julho, o papel recua 9,69%, caminhando para o terceiro mês consecutivo de queda. No acumulado de 2025, a desvalorização já atinge 14,42%.

Atualmente, o ativo opera abaixo das médias móveis de 9 e 21 períodos, o que reforça o viés de baixa. BBAS3 também se aproxima da média de 200 períodos, localizada em R$ 19,77 — ponto técnico crucial. Um rompimento dessa região tende a acelerar o movimento vendedor, com alvos projetados em R$ 17,77. Se essa faixa for rompida, os suportes seguintes ficam em R$ 15,33, R$ 13,20, com alvos mais extremos em R$ 12,30 e R$ 10,38.

A reversão dessa tendência negativa exigirá força compradora consistente. Para isso, o papel precisará, inicialmente, retomar níveis acima das médias móveis de curto prazo. O primeiro obstáculo está na região de R$ 21,00 a R$ 22,54. Caso consiga firmar-se acima desses patamares, a próxima meta será a região de R$ 24,45, seguida por R$ 27,08 e R$ 28,58, até eventualmente retestar o topo histórico em R$ 29,57.

Fonte: Infomoney

BB apresenta proposta de migração de planos de saúde e previdência para incorporados

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Em reunião realizada nesta terça-feira, 30 de julho de 2025, o Banco do Brasil apresentou à CONTEC e representantes sindicais proposta referente à migração dos planos de saúde e previdência dos funcionários oriundos de bancos incorporados (BNC, BESC e BEP). A proposta atende a compromissos assumidos na negociação coletiva de 2023 e visa à integração dos empregados no âmbito dos planos geridos pela Previ e pela CASSI.

Previdência: Planos serão incorporados à Previ

O Banco informou que pretende transferir a gestão dos planos atualmente administrados pela PREVIBEP, FUSESC e ECONOMOS para a PREVI, mantendo as regras vigentes de cada plano. A migração administrativa trará, segundo o Banco, ganhos de escala, redução de custos e maior segurança para os participantes. Após a transição, os funcionários ativos poderão optar pela adesão ao plano Previ Futuro, que adota a nova Tabela PIP recentemente aprovada.

A medida é considerada um avanço histórico, atendendo a pleito antigo das entidades representativas, embora ainda careça de prazos e esclarecimentos operacionais.

Saúde: CASSI será aberta para os funcionários egressos dos bancos incorporados.

Quanto ao plano de saúde, o Banco anunciou que, após a conclusão da revisão do modelo de custeio da CASSI, será aberta a possibilidade de migração para o plano de associados. A migração, entretanto, seguirá as regras vigentes no novo estatuto da CASSI, ainda em discussão, não havendo garantia de extensão do direito ao pós-laboral, atualmente restrito a quem ingressou na CASSI até 2018.

Segundo informado, a adesão será opcional para os empregados da ativa, porém os planos atuais poderão se tornar inviáveis no futuro, a depender do volume de migrações. O Banco não apresentou definição sobre reabertura futura ou possibilidade de retorno.

Reivindicações sindicais: inclusão, segurança e tempo de serviço

Durante a reunião, os dirigentes sindicais enfatizaram que a proposta do banco, embora avance em parte, não contempla todas as reivindicações históricas dos funcionários. Destacaram, entre outras, a ausência de previsão de pós-laboral nos novos moldes da CASSI, o risco de extinção dos planos atuais e a necessidade de considerar o tempo de serviço nos bancos incorporados para fins de pontuação e progressão na carreira, inclusive na tabela PIP.

Desde a incorporação dos bancos, em 2009, até os dias atuais, muitos empregados oriundos dessas instituições já se aposentaram como funcionários do Banco do Brasil. No entanto, para esses aposentados, o Banco não ofereceu qualquer possibilidade de migração para a CASSI. Trata-se de uma situação grave, pois esses trabalhadores atuaram no Banco do Brasil, aderiram ao seu regulamento interno, mas foram impedidos de exercer o direito de opção pela CASSI.

Agora, discute-se a possibilidade de que os empregados ainda na ativa possam se associar à CASSI. Contudo, permanece sem resposta a situação daqueles que se aposentaram nesse intervalo. É imprescindível que o Banco do Brasil também se manifeste sobre esse grupo e apresente uma solução justa e adequada.

O Coordenador da Comissão, Gilberto Vieira, reiterou a importância de garantir segurança para migração, transparência e clareza aos empregados que terão de optar por caminhos irreversíveis, especialmente no que se refere aos efeitos da migração sobre a cobertura de saúde na aposentadoria.

Compromisso de continuidade e diálogo

Ao final, foi firmado compromisso de que o Banco manterá reuniões mensais com a CONTEC e entidades sindicais para acompanhamento dos desdobramentos, detalhamento técnico das medidas anunciadas e construção conjunta de soluções.

A CONTEC continuará acompanhando de forma atenta e responsável todos os desdobramentos, reafirmando o compromisso com a defesa intransigente dos direitos dos bancários.

Representaram o Banco do Brasil na reunião: Fabrizio Bordalo (Gerente Executivo da Gepes), acompanhado de Fabrício (Gerente de Soluções – Dipes), Carlos Alberto (Assessor – Dipes), Andréia, Cesar, Julio César e Felipe (Gerentes Executivos e de Soluções – UPE) e Juliana (Assessora da Diretoria de Marketing e Comunicação).

Representaram a CONTEC na reunião: o Coordenador da Comissão de Negociação, Gilberto Antonio Vieira, o Secretário-Geral da CONTEC, Davi Zaia e os dirigentes Carlos Souza, Dejair Besson, Marco Antônio, Rogério Marques (FEEB-SP/MS), Luiz Francisco Cardoso, Mário Sérgio Visentainer, Michael da Silva (FEEB-SC), Ivanilson Batista Luz (FEEB GO/TO), Adelmo e Alberto Flávio (FEEB-AL/PE/RN).

Fonte: Federação dos Bancários do Paraná

Banco do Brasil adia divulgação do balanço do segundo trimestre

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O Banco do Brasil (BBAS3) remarcou para o dia 14 de agosto a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2025.

O balanço será publicado após o fechamento do mercado. Com isso, a teleconferência de apresentação dos resultados será realizada no dia seguinte (15 de agosto), às 9h.

As datas foram informadas nessa sexta-feira (25) e representam um adiamento de 24 horas dos dados. Isso porque a divulgação do balanço do BB estava prevista para ocorrer um dia antes. Ou seja, no dia 13 de agosto, com a teleconferência em 14 de agosto.

O BB não explicou o motivo da mudança. Vale lembrar, contudo, que a expectativa do mercado para este balanço não é positiva.

Devido ao cenário desafiador do agronegócio, o aumento da inadimplência e as provisões crescentes, analistas projetam um mais trimestre difícil para o Banco do Brasil. Diversos bancos e casas de análise, por sinal, cortaram as projeções de lucros e dividendos do BB.

O Safra, por exemplo, acredita que o Banco do Brasil vai reportar um lucro líquido de R$ 4,64 bilhões no segundo trimestre, o que representaria uma queda de 51,1% em relação ao mesmo período de 2024.

Já o Itaú BBA acredita que o BB pode descumprir o seu guidance, que prevê a distribuição de 40% a 45% do lucro líquido de 2025 para os acionistas, sob a forma de dividendos e/ou JCP (Juros sobre o Capital Próprio).

A expectativa é de que a instituição distribua 30% dos resultados deste ano aos acionistas, o que implicaria um DY (Dividend Yield) de 6%.

Os dividendos complementares referentes ao segundo trimestre, por sinal, devem ser anunciados no dia 13 de agosto pelo BB. Ou seja, um dia antes do balanço. O banco, contudo, já antecipou R$ 516,3 milhões em JCP (juros sobre o capital próprio) do trimestre.

Fonte: Investidor 10

BB ultrapassa R$ 2 bi em portabilidade de crédito via Open Finance

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O Banco do Brasil ultrapassou a marca de R$ 2 bilhões em portabilidade de crédito utilizando dados compartilhados por clientes via Open Finance. O resultado reforça o protagonismo do Banco na transformação do sistema financeiro nacional, com foco em transparência e personalização da experiência do cliente.

Os números demonstram o impacto direto da estratégia adotada pelo Banco do Brasil no Open Finance, com 57 mil clientes que realizaram a portabilidade de crédito para o BB. Além disso, 2,1 milhões de clientes pessoas físicas tiveram aumento no limite de crédito, totalizando um incremento de R$ 10 bilhões para empréstimos. Em cartões, 619 mil clientes tiveram ampliação de limite, somando R$ 8 bilhões a mais de limite para uso dos cartões Ourocard. Já na PJ, houve um incremento de R$ 1 bilhão no limite de crédito de 9 mil empresas.

“O Open Finance não é apenas uma inovação tecnológica, mas um movimento transformador para toda a sociedade. Ele amplia o acesso, fortalece a transparência e coloca o cliente no centro das decisões, impulsionando um sistema financeiro mais justo e inclusivo”, afirma Filipe Préve, head de Open Finance do BB.

Segundo o executivo, o Banco do Brasil acreditou e apoiou essa transformação impulsionada pelo Banco Central desde o início. “Os números apresentados pelo Banco materializam nossa colaboração para um ecossistema financeiro mais aberto, ético e que gera valor real para cada cliente”, conclui.

Fonte: Banco do Brasil

CEO do Banco do Brasil: “diversidade não é moda, é economia”

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Há 25 anos, no seu primeiro dia no Banco do Brasil, Tarciana Medeiros ouviu a pergunta: “O que você quer ser dentro do banco?”. “Diretora”, respondeu sem hesitar a paraibana de Campina Grande. Na época, era uma entre quase 100 mil funcionários, mas queria estar entre os 20 principais líderes. “Olhei a próxima função: gerente de relacionamento, uma entre 5 mil. E assim eu fui.” Um degrau de cada vez até se tornar, em 2023, a primeira mulher a presidir o Banco do Brasil em 214 anos. “Passou um filme na cabeça”, lembra a presidenta, como prefere se referir ao cargo, que integra a lista Forbes Mulheres Mais Poderosas do Brasil.

Tarciana foi feirante e professora antes de ser aprovada no concurso do BB, onde construiu sua trajetória até o topo. “Foi natural me destacar pela experiência e pelas habilidades que desenvolvo desde os oito anos. Na feira, se você não conversa com as pessoas, não vende. No banco é a mesma coisa.” Começou em uma agência na Bahia e passou por diferentes estados, do Pará a São Paulo. “Rodar o país me trouxe a bagagem necessária para gerir a empresa hoje.”

À frente de uma organização com mais de 86 mil funcionários, Tarciana, 46 anos, mulher negra, nordestina e lésbica, representa a diversidade que quer ver dentro do banco. “Não é moda, é economia.” O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado recorde de R$ 37,9 bilhões em 2024, crescimento de 6,6% frente a 2023. “Nosso resultado é consequência da forma como trabalhamos nossos valores.”

Quando assumiu a presidência, 22% dos cargos de gestão eram ocupados por mulheres e 24% por pessoas negras. Com programas de aceleração de carreiras, esses números subiram para 27,4% e 29,1%, respectivamente, até o fim de 2024. Tarciana foi reconhecida pela ONU em Nova York como CEO de destaque nas iniciativas Elas Lideram e Raça é Prioridade, que buscam a paridade de gênero e raça na liderança até 2030.

Além da diversidade, o foco é entregar resultados sustentáveis, apoiar empreendedores e ampliar a educação e inclusão financeira. “Minha missão é que o Banco do Brasil seja reconhecido mundialmente pelo papel transformador na economia e na sociedade.”

A agenda da CEO inclui viagens pelo Brasil e pelo mundo, mas, nos finais de semana, ela busca estar com a família em Brasília. “Se tiver evento, eu levo todo mundo.” Tarciana encontra tempo para ler e estudar temas fora da economia. Acaba de reler “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector, e está estudando neuropsiquiatria e TDAH. “Minha curiosidade me traz uma ampla bagagem, para o trabalho e para a vida”, diz, e lembra que, quando criança, desmontava rádios e televisões da família para entender como funcionavam.

Ser presidente do Banco do Brasil, segundo ela, é diferente de liderar qualquer outro banco brasileiro. “Algumas situações testam nossa capacidade de resistir, mas as minhas características me ajudam. Não é só resiliência, é teimosia mesmo e a necessidade de mudar o status quo.”

Fonte: Contec

BB supera R$ 6 bilhões em contratações no Crédito do Trabalhador

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O Banco do Brasil superou a marca de R$ 6 bilhões de contratações no programa Crédito do Trabalhador. Desde o lançamento, em março, já foram realizadas cerca de 600 mil operações em mais de 5,2 mil (93,5%) municípios brasileiros, com valor médio de R$ 10,1 mil por empréstimo.

Voltado a empregados com carteira assinada, o Crédito do Trabalhador oferece empréstimo com condições mais vantajosas, permitindo a troca de dívidas com juros elevados por parcelas menores e mais acessíveis, o que contribui diretamente para o alívio do orçamento familiar.

“Essa marca demonstra como é possível crescer de forma sustentável na modalidade, como prevíamos no lançamento do Programa, e representa o nosso compromisso para impulsionar a economia brasileira, reduzindo o endividamento das famílias. Seguimos fortes com a estratégia de oferecer empréstimos com condições mais adequadas a milhares de trabalhadores e reafirmamos o nosso protagonismo e liderança no setor”, afirma Tarciana Medeiros, presidenta do BB

O Banco do Brasil é a primeira instituição financeira do país a superar a marca de R$ 6 bilhões no programa, resultado da combinação entre a experiência do BB em crédito consignado, capacidade tecnológica e excelência na assessoria financeira prestada pelos funcionários da rede de atendimento.

Em julho, o volume de concessões apresenta cerca de 60% de crescimento em relação a junho, demonstrando a evolução do Programa e o compromisso do BB na oferta de condições atrativas aos trabalhadores. Destaca-se, também, a participação e zelo de milhares de empregadores com a execução do Programa, fortalecendo a segurança e sustentabilidade dos negócios.

Com uma plataforma de análise que integra um amplo conjunto de dados e informações de relacionamento com empresas e trabalhadores, o Banco oferece propostas personalizadas, seguras e eficientes, reforçando seu compromisso com uma atuação cada vez mais inclusiva e centrada no cliente.

Fonte: Banco do Brasil

Trabalhadores de bancos incorporados poderão migrar para a Cassi e Previ

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A Comissão de Empresa das Funcionárias e dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) se reuniu, no final da tarde desta quarta-feira (30 de julho), com a direção do banco para discutir a integração dos trabalhadores egressos dos bancos incorporados — Banco Nossa Caixa (BNC), Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) e Banco do Estado do Piauí (BEP) — aos planos de previdência da Previ e ao plano de saúde da Cassi, ambos utilizados pelos funcionários do BB.

A apresentação de uma proposta até o dia 31 de julho foi um compromisso assumido pelo banco em reunião realizada no dia 5 de fevereiro, quando foi anunciada a criação de um Grupo de Trabalho (GT) voltado exclusivamente à busca de soluções para os impasses enfrentados por esses trabalhadores. A medida atendeu a uma reivindicação histórica do movimento sindical.

Migração para a Previ

Durante o encontro, o BB apresentou a possibilidade de migração dos planos de previdência Previ BEP, Economus e Fusesc para a Previ, mantendo os direitos e características atuais. A proposta prevê a migração de todos os planos para a Previ, com a possibilidade de que em seguida, os funcionários da ativa possam optar pela migração para o Previ Futuro.

A Comissão de Empresa avaliou que a proposta representa um avanço, por permitir ganhos aos trabalhadores, redução de custos para o banco, como copatrocinador, e para as associações, além de contribuir para a otimização da gestão dos recursos previdenciários.

A coordenadora da CEBB, Fernanda Lopes, destacou a importância do momento e fez um alerta sobre a necessidade de atenção às mudanças. “É fundamental que os colegas que optem pela migração compreendam bem as regras e as diferenças que entrarão em vigor para que tomem decisões conscientes e seguras.”

Uma das reivindicações centrais do movimento sindical era a inclusão dos funcionários oriundos de bancos incorporados na parcela 2B da tabela PIP. Até o momento, a única alternativa prevista é que aqueles que migrarem para o Previ Futuro possam pontuar na nova tabela, tornando-se aptos a contribuir para a 2B — a parcela em que o banco contribui na mesma proporção do participante.

No entanto, a efetivação da migração para a Previ dependerá ainda de ajustes técnicos e atuariais, que serão conduzidos com acompanhamento da Comissão de Empresa.

Pós-laboral: luta segue na mesa de custeio da Cassi

No campo da saúde, o banco informou que permitirá a adesão dos funcionários da ativa, oriundos dos bancos incorporados, ao plano da Cassi, após a apresentação da proposta da mesa de custeio da Cassi — espaço onde estão sendo discutidas, entre outras questões, as regras do pós-laboral para novos ingressantes na caixa de assistência.

O estatuto vigente estabelece que os novos participantes do plano de associados só poderão permanecer na Cassi após a aposentadoria como autopatrocinados, ou seja, sem a contribuição do banco.

Antônio Netto, representante da Fetec-CUT/SP na CEBB, foi enfático ao defender a responsabilidade do banco. “Nossa luta continuará para que todos os funcionários oriundos de bancos incorporados tenham a possibilidade do pós-laboral com a permanência da contribuição do patrocinador. Além disso, essa também é a luta dos funcionários que ingressaram no banco após 2018.”

Ele reforçou que a inclusão do banco no custeio do pós-laboral é uma demanda legítima, justa e alinhada aos princípios constitucionais da igualdade e da isonomia. “É essencial que o Banco do Brasil trate de forma equitativa todos os seus funcionários, sem discriminação baseada na origem bancária.”

A coordenadora Fernanda Lopes também criticou a exclusão. “Uma proposta que exclui o direito ao pós-laboral não resolve o problema — ao contrário, perpetua a desigualdade e o sentimento de injustiça entre trabalhadores que ajudaram e ajudam diariamente na construção do banco. Seguiremos firmes na luta para que esses colegas tenham o direito de permanecer no plano de saúde da Cassi após a aposentadoria, com a devida participação do banco no custeio, assim como os demais funcionários do BB.”

Luta por isonomia plena continua

A CEBB reafirma que a luta por isonomia plena permanece como uma bandeira central para o conjunto das trabalhadoras e trabalhadores do Banco do Brasil. “Chamamos todos e todas — sejam oriundos do BB, da Nossa Caixa, do Besc ou do BEP — a se manterem mobilizados e unidos nessa luta. O diálogo e a solidariedade são fundamentais para construirmos um futuro mais justo e equilibrado para toda a categoria”, concluiu Fernanda.

Os representantes dos trabalhadores exigiram e garantiram a instalação de uma mesa de acompanhamento mensal, com participação da Previ e da Cassi, para monitorar a implementação das mudanças e garantir transparência e participação durante todo o processo. O banco concordou com a proposta.

Fonte: Contraf-CUT

Bancários do BB elegem delegados e definem propostas para o congresso estadual

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Funcionários do Banco do Brasil lotados na base de atuação do Sindicato dos Bancários de São Paulo elegeram os delegados para o Congresso Estadual da Fetec-CUT/SP e definiram as propostas para um plano de lutas que será discutido também na etapa estadual, no dia 8 de agosto.

“As pautas aprovadas dialogam com as demandas dos trabalhadores da nossa base e com as pautas gerais do funcionalismo dentro dos eixos defesa do banco público; previdência; e saúde. Agora elas serão encaminhadas e discutidas no congresso da Fetec-CUT/SP, onde serão definidas as propostas dos bancários do estado de São Paulo” explica Leonardo Imbiriba, dirigente do Sindicato e bancário do BB.

A etapa seguinte ao congresso estadual será o Congresso Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (CNFBB), que será realizado mesmo sem que haja Campanha Nacional dos Bancários este ano, já que o acordo coletivo dos funcionários do BB e a Convenção Coletiva de Trabalho são válidos até 31 de agosto de 2026.

“Mesmo assim é muito importante a realização dos encontros em âmbito local, estadual e nacional, a fim de manter a organização dos trabalhadores do BB, bem como para discutir nossas demandas e cobra-las da direção do banco nas mesas específicas de negociação”, destaca Leonardo.

Propostas aprovadas do plano de lutas

Eixo1 Conjuntura e Papel do banco público

1 – Defesa do BB público contra terceirizações e por mais contratações por concurso público;
2 – Ampliação do atendimento à população nas agencias com maior movimento e em regiões carentes e periféricas com ampliação de postos de trabalho e preenchimento dos claros;
3 – Campanha Menos Metas Mais Saúde;
4 – Campanha Queremos Home Office BB.

Eixo 2 Saúde

1 – Cassi para todos;
2 – Inclusão da contribuição patronal para o pós laboral dos ingressantes na Cassi pós 2018;
3 – Aumento da contribuição do patrocinador BB no custeio da Cassi na proporção 70/30 conforme CGPAR 52;
4 – Incluir a cirurgia de afirmação de gênero/redesignação sexual em seu rol de procedimentos da Cassi;
5 – Fortalecimento e ampliação das CliniCassi.

Eixo 3 Previdência

1- Inclusão da nova tabela PIP para os bancos incorporados.

Moções

No mesmo encontro, realizado no sábado 26 de julho, na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, foram aprovadas três moções: a primeira em defesa da soberania nacional em face dos ataques de Donald Trump e da família Bolsonaro contra o país; a segunda em solidariedade a presos políticos no Paquistão; e a terceira em defesa da liberdade sindical na Companhia Águas de Joinville.

Fonte: Sindicato dos Bancários e Financiários de São Paulo, Osasco e Região

Grandes bancos devem lucrar R$ 26,2 bilhões no segundo trimestre

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Os resultados dos grandes bancos no segundo trimestre devem trazer sinais mais claros de desaceleração no crédito – movimento esperado há meses, mas ainda não tão acentuado nos números mensais do Banco Central (BC). Embora os dados até junho ainda mostrem alguma resiliência, analistas e investidores estarão atentos a possíveis revisões nas projeções (“guidance”) e ao tom das falas dos executivos nas teleconferências.

O cenário segue pressionado pela Selic elevada, a crise recente envolvendo o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e a tensão gerada por medidas tarifárias dos Estados Unidos. Por outro lado, há fatores que podem compensar parcialmente essas pressões, como o avanço do novo crédito consignado privado e possíveis mudanças no modelo de funding (captação de recursos) de financiamento do crédito habitacional.

Segundo a soma da média de estimativas de 11 casas consultadas pelo Valor, Itaú Unibanco, Bradesco, Santander e Banco do Brasil (BB) devem registrar lucro de R$ 26,248 bilhões no segundo trimestre. Se confirmado, o resultado representa queda de 7% em relação ao primeiro trimestre e recuo de 4,9% na comparação anual.

A expectativa é que o Bradesco contribua positivamente para o desempenho, enquanto o BB pode ter uma queda mais acentuada no lucro, pressionado pela inadimplência no crédito rural. O Bradesco, inclusive, pode voltar a lucrar mais que o BB pela primeira vez desde o início de 2022.

A combinação entre atividade econômica mais fraca e juros altos tem reduzido a disposição dos bancos para conceder crédito, especialmente em linhas de financiamento de veículos, empréstimo pessoal, crédito para pequenas e médias empresas (PMEs) e cartões. Essa tendência foi apontada pela maioria das casas. Para o Itaú BBA, por outro lado, o mercado de trabalho mais aquecido contribui para um ciclo de crédito menos turbulento, ajudando inclusive a conter o avanço da inadimplência.

Bradesco se recupera e pode voltar a lucrar mais que o Banco do Brasil, o que não ocorre desde o início de 2022

Os analistas também observam uma deterioração na qualidade de ativos em algumas carteiras, o que eleva o custo de crédito. O BB é citado com maior preocupação por sua exposição ao agronegócio, que representa cerca de um terço da sua carteira total e exige provisões mais elevadas.

Para Eduardo Nishio, líder da área de research da Genial, a piora no ritmo de crescimento do crédito deve se acentuar no segundo semestre, com a inadimplência alcançando um pico na virada do ano. “O segundo semestre tende a ser pior. Vai ser até piorado porque os bancos já começaram a diminuir o ritmo de crescimento do crédito. Então, o denominador, que é o volume total, deve dar uma secada. A gente deve terminar o ano abaixo de 10% de crescimento de crédito.”

Outro fator de atenção nos resultados é a adoção da resolução 4.966 do Conselho Monetário Nacional (CMN), em vigor desde o início do ano, que alterou a forma como os bancos provisionam perdas esperadas. O novo modelo substitui o critério de perda incorrida – em que o banco provisiona à medida que o crédito entra em atraso – pela perda esperada, que exige provisão já no momento da concessão, com base na probabilidade de inadimplência.

O segundo trimestre ainda foi marcado pela crise do IOF. Em 22 de maio, o governo publicou um decreto que aumentava o imposto sobre operações de crédito e passava a incluir produtos antes isentos, como o risco sacado. O Congresso derrubou a medida em 27 de junho, mas o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu a decisão legislativa em 16 de julho, mantendo o imposto geral e excluindo a cobrança sobre o risco sacado.

Apesar da medida, Nishio vê o crédito às empresas sendo mais afetado pelos juros altos do que pelo IOF. “Pequenas empresas vão ser impactadas, mas os bancos já estão puxando o freio bastante. Talvez você tenha um impacto mais nas médias das empresas [do IOF]. Eu acho que o impacto nas pessoas jurídicas vai ser muito mais por conta dos juros altos e do risco estar aumentando.”

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) chegou a revisar para cima a projeção de crescimento do crédito em 2025, de 8,5% para 8,7%, antes do anúncio do presidente americano Donald Trump de aplicar tarifas de 50% sobre importações brasileiras. Embora a medida não afete diretamente o setor, pode ter impacto na economia e forçar os bancos a recalibrar o risco de crédito, especialmente a exportadores.

Segundo semestre tende a ser pior. Os bancos já começaram a diminuir o ritmo do crédito”, diz Eduardo Nishio.

Outro destaque do trimestre deve ser o crédito consignado. Em junho, as concessões da modalidade caíram 4,9% ante maio, após o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) bloquear novos descontos devido a fraudes envolvendo aposentados. No mês anterior, a queda havia sido de 55,1%, na margem.

Já o novo consignado privado, lançado em março, ganhou fôlego a partir do fim de abril, quando os bancos puderam ofertá-lo em seus canais próprios. Em junho, o governo passou a permitir a portabilidade de dívidas antigas para o novo modelo. Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), já foram contratados mais de R$ 21 bilhões nessa nova linha.

O crédito habitacional também é um ponto de atenção. Este mês, presidentes dos grandes bancos se reuniram com o presidente do BC, Gabriel Galípolo, e com o presidente Lula, para discutir alternativas de funding ao setor, diante da redução estrutural da poupança. Entre as propostas estão a redução dos depósitos compulsórios e a criação de mecanismos de securitização e venda de carteiras.

O Itaú deve reportar mais um trimestre de lucro forte, com estimativas apontando resultado de R$ 11,328 bilhões no trimestre, alta de 1,79% ante o trimestre anterior e 12,47% em relação ao mesmo trimestre de 2024. O desempenho deve ser sustentado por uma boa contenção de custos, inadimplência sob controle e expansão de margens, segundo os analistas.

“Os resultados do Itaú têm sido consistentes e relativamente previsíveis ao longo dos trimestres. Esperamos margens estáveis, dado o declínio na margem com o mercado e nenhuma deterioração material na qualidade dos ativos neste trimestre. A combinação de rentabilidade sólida e expansão moderada da carteira de empréstimos deve levar a uma geração adicional de capital”, diz o relatório do UBS BB.

Na outra ponta, BB deve reportar lucro de R$ 5,159 bilhões, uma queda de 30,04% em relação ao trimestre anterior e de 45,71% na comparação anual. Após disputar com o Itaú a liderança em lucratividade nos últimos anos, o BB enfrenta agora um cenário mais delicado, marcado pelo aumento da inadimplência, especialmente no agronegócio, e pela necessidade de provisões adicionais.

Os analistas também apontam a piora do crédito a pequenas e médias empresas como fonte adicional de pressão. Apesar do cenário negativo, o banco pode apresentar alguma recuperação na margem financeira com clientes e nas receitas de tesouraria, além de alívio no custo de captação. O Safra também espera que o BB volte a divulgar seu guidance para o ano, após tê-lo suspendido no último trimestre.

Ainda assim, o tom do mercado permanece cauteloso, com analistas destacando os riscos ligados à qualidade dos ativos, à condução da política de crédito e à possível interferência do governo em temas sensíveis à rentabilidade. “Acreditamos que as preocupações com a qualidade dos ativos e a potencial interferência governamental continuam sendo os principais debates entre os investidores. Nesse contexto, acreditamos que o BB pode ter um desempenho inferior ao de seus pares privados se a qualidade dos ativos enfraquecer e/ou a interferência aumentar”, diz o relatório do Goldman Sachs.

O Bradesco deve reportar lucro de R$ 6,034 bilhões no segundo trimestre. A projeção representa alta de 2,90% sobre o trimestre anterior e de 27,95% na comparação anual. A recuperação, segundo os analistas, é sustentada pelo crescimento do crédito, melhora da margem com clientes e bons resultados em seguros, apesar da pressão negativa na margem de mercado, afetada pela Selic elevada. A margem com o mercado, por outro lado, deve praticamente zerar no trimestre, afetando o resultado financeiro.

A inadimplência deve seguir controlada, com leve aumento esperado, e o custo de risco (provisões para perdas) deve subir apenas marginalmente. A carteira renegociada tende a continuar em queda, refletindo o encerramento de linhas antigas de maior risco, enquanto o banco amplia a concessão de empréstimos com garantias, o que contribui para a qualidade dos ativos.

O Santander deve registrar um lucro de R$ 3,728 bilhões no segundo trimestre de 2025, resultado 3,46% inferior ao do trimestre anterior, refletindo margens financeiras pressionadas e aumento nas provisões para perdas (PDD). Na comparação com o segundo trimestre de 2024, o resultado deve ter alta de 11,87%.

Apesar de sinais de recuperação gradual e melhora na rentabilidade nos últimos trimestres, o banco ainda enfrenta desafios, segundo os analistas. A margem com o mercado deve voltar ao campo negativo, impactada pelos juros elevados. Já a margem com clientes tende a crescer, favorecida por spreads maiores e redução no custo de captação.

As projeções para o Nubank são de um trimestre de crescimento robusto, impulsionado pela expansão da carteira de crédito, especialmente em cartões e no financiamento via Pix. As projeções das casas consultadas pelo Valor apontam para um lucro de US$ 611 milhões. “O crescimento dos lucros deve ser impulsionado pelo crescimento robusto dos empréstimos e da margem financeira, além de despesas operacionais controladas”, diz o relatório do BofA.

Fonte: Valor Econômico

Número de pessoas que acessam banco online cresce 22 milhões em dois anos

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Mais de 119,6 milhões de pessoas usaram a internet para acessar bancos ou outras instituições financeiras em 2024. Esse número supera em 22,5 milhões o total de brasileiros que utilizaram internet banking em 2022.

O dado de 2024 representa também 71,2% dos 168 milhões de brasileiros que tinham acesso à internet. Em 2022, o percentual era 60,1%; em 2023, 66,7%.

Os dados fazem parte de um suplemento sobre tecnologia da informação e comunicação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), divulgada nesta quinta-feira (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O analista do IBGE Gustavo Geaquinto Fontes destacou o crescimento identificado pela pesquisa. “Foi um aumento muito rápido, 11,1 pontos percentuais em um período de dois anos”, constata.

Bancarização e Pix

Ele explica que a pesquisa não pergunta qual o serviço que a pessoa realizou pela internet, mas aponta algumas hipóteses.

“Pode ser pelo aumento da bancarização, mas também, cada vez mais pessoas fazem uso de bancos por meio de aplicativos de celular, por exemplo”, diz Fontes. “O uso do Pix se expandiu muito de forma rápida”, acrescenta o analista.

O também analista Leonardo Quesada lembra que o dado específico sobre acesso a bancos ou outras instituições financeiras pela internet é coletado a partir de 2022 apenas, mas reforça a hipótese do Pix.

“O Pix acaba também favorecendo muito isso porque a pessoa acaba usando ali dentro no celular, no celular usando a internet, tem aplicativo do banco, então eu acho que facilitou, só que a gente acaba tendo uma série meio curta para comparar antes do Pix. Então a gente não pode dizer somente em relação ao Pix, mas eu acho que faz sentido, sim, ele ter fortalecido esse movimento”, contextualiza.

Dados do Banco Central (BC) mostram a evolução da bancarização no país. Em 30 de junho, havia 202,5 milhões de pessoas físicas com contas bancárias. No período de comparação do IBGE – final de 2022 para o final de 2024 –, o BC identifica crescimento de 6% (188,3 milhões para 199,8 milhões).

Criado pelo BC em novembro de 2020, o Pix somou no fim de junho deste ano 159,9 milhões de pessoas físicas cadastradas. O uso dessa forma instantânea de pagamento chegou a ser apontado pelo governo do presidente Donald Trump, nos Estados Unidos, como prejudicial a companhias americanas.
Serviços públicos

Outro uso de internet que apresentou crescimento na pesquisa do IBGE são os serviços públicos. Em 2022, quando o dado começou a ser coletado, 54 milhões de pessoas realizaram algum tipo de serviço público pela internet. O número saltou para 65,2 milhões em 2024. Em termos proporcionais, passou de 33,4% dos usuários de internet para 38,8% no intervalo de dois anos.

“Têm sido disponibilizados cada vez mais serviços públicos por meio da internet”, constata Gustavo Fontes.

A pesquisa do IBGE visitou domicílios no último trimestre de 2024 e fez perguntas sobre os hábitos dos brasileiros 90 dias antes da realização da pesquisa. Alguns usos têm histórico desde 2016.

A compra ou encomenda de bens e serviços de forma online também foi destacada pelo IBGE. Em 2022, 42% das pessoas que usavam a internet fizeram alguma compra ou encomenda. Em 2024, eram 48,1%.

Principal uso

O IBGE constatou que, de 2019 a 2024, houve uma inversão entre os dois primeiros usos de internet por parte dos brasileiros. Em 2019, a principal atividade era enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail, que era prática de 95,8% das pessoas. Em 2024, essa prática, que inclui o popular WhatsApp, passou para 90,2%.

Por outro lado, conversar por chamadas de voz ou vídeo passou no mesmo período de 91,4% para 95%, sendo atualmente a principal atividade realizada pelo brasileiro na internet.

Sem dado de bets

Um uso de internet que tem crescido no país não foi pesquisado de forma específica pelo IBGE: o acesso a plataformas digitais de apostas, as chamadas bets.

O estudo Raio X do Investidor Brasileiro, elaborado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), estima que 23 milhões de pessoas fizeram pelo menos uma aposta em plataformas online em 2024. Esse número representa 15% da população com 16 anos ou mais de idade.

O IBGE reconhece que o uso de bets “explodiu no país”, o que pode ser repensado pela Pnad.

“Essa parte tecnologia tem evoluído muito rápido, sejam serviços, sejam hábitos de uso de internet, então é claro que, em uma próxima revisão, a gente pode avaliar a possibilidade de incluir itens que a gente considera que são relevantes, que aumentaram a importância daquele uso na sociedade”, frisa Fontes, lembrando que a pesquisa foi iniciada em 2016 e novos itens de investigação já foram incluídos em 2022.

Fonte: Agência Brasil

Trabalhadores cobram e bancos aceitam criar mesa permanente sobre IA

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O Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) se reuniram nesta segunda-feira (28), na capital paulista, para a “Negociação Nacional Bancária sobre Novas Tecnologias, como a IA, e a Atividade Bancária”.

Com base em dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), a coordenadora do Comando Nacional e também presidenta da Contraf-CUT, Juvandia Moreira, destacou que 1 a cada 4 empregos serão impactados, em algum grau, pela Inteligência Artificial (IA) Generativa, sendo que a maioria dos postos de trabalho expostos à IA serão transformados, exigindo ações para a qualificação e requalificação de trabalhadores.

A pesquisa apontou ainda que as mulheres têm duas vezes mais chances de serem expostas à IA generativa e em postos de trabalho que tendem a desaparecer pelos avanços tecnológicos.

“Dados do próprio setor mostram que o uso de IA é intenso, por parte dos bancos, e está reduzindo os custos dessas empresas. Na Consulta Nacional dos Bancários 2025, que acabamos de realizar, maioria significativa dos trabalhadores apontaram que esses ganhos de produtividade, obtidos com os avanços tecnológicos, devem ser traduzidos em aumento salarial. Além desse pedido, nós, do Comando Nacional, cobramos que esses ganhos obtidos com a tecnologia também se traduzam com a redução da jornada para quatro dias de trabalho semanais, sem redução salarial”, ressaltou Juvandia Moreira.

A dirigente completou que a cateogira também quer verificar em que medida a IA está sendo utilizada para controle dos trabalhadores, e como essas novas tecnologias podem estar vinculadas às questões de direitos por igualdade de oportunidades dentro das empresas, desumanizando os processos de contratação, ascensão e até demissão dos empregados.

Em seguida, o presidente da Fetrafi-NE, Carlos Eduardo, apresentou à Fenaban, a proposta dos trabalhadores de instalação de uma mesa permanente para negociações sobre IA, a partir da qual, seriam debatidos os seguintes pontos:

1 – Informar e consultar os sindicatos sobre o desenvolvimento e a implementação de sistemas de IA que possam ter um impacto significativo nos funcionários dentro do sistema financeiro. Incluindo ainda estabelecimento de mesa de negociação por banco envolvendo as COEs.
2 – Pontos que devem ser negociados de forma imediata: fechamento de agências, cargos eliminados, por exemplo, de caixas, tesoureiro, gerente administrativo.
3 – Reconhecimento dos bancos que a IA tem o potencial de impactar os funcionários de várias maneiras, incluindo: mudanças nas funções e responsabilidades do trabalho; a necessidade de novas habilidades e treinamento; o potencial para deslocamento de empregos e mudanças nas condições de trabalho.
4 – Garantir em ACT que esses novos profissionais não sejam PJ ou terceirizados, ou seja, que o trabalho não seja precarizado.
5 – Negociação de um programa de requalificação e realocação, em se fazendo necessário, para que os bancários possam migrar para outras áreas. Estabelecer um apoio financeiro (indenização adicional) aos trabalhadores demitidos.
6 – Garantir que os sistemas de IA sejam desenvolvidos e usados de forma ética e responsável, em conformidade com as leis e regulamentos relevantes. Problemas nos “scores” que são definidos pela IA que discriminam socialmente os clientes e impactam no trabalho bancário.
7 – Proteger e privacidade e a segurança dos dados de funcionários e clientes.
8 – Garantir que os funcionários tenham o direito de contestar decisões tomadas por sistemas de IA.
9 – Os bancos e sindicatos concordam em estabelecer o “Observatório de Transformação Digital dos Bancários” num trabalho conjunto para monitorar a implementação deste acordo e para desenvolver orientação adicional sobre o uso da IA no trabalho bancário.
10 – Redução da jornada de trabalho para 4×3, sem redução salarial, para que os ganhos de produtividade dos bancos advindos da tecnologia sejam divididos com os trabalhadores.

“A tecnologia não tem que trazer apenas benefício para os bancos, mas também, e principalmente, para os trabalhadores e para a sociedade. Por isso, nós queremos participar ativamente do debate, sobre essas transformações, que estão relacionadas à criação de novas formas de trabalho que os bancários necessitam aprender”, reforçou o presidente do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte e Região, Ramon Peres. “As IAs não precisam apenas estar ligadas aos lucros e aumento de produtividade no setor. Podem e devem nos trazer mais segurança e mais ferramentas que estejam ligadas à ética e à responsabilidade social das organizações”, completou.

A também coordenadora do Comando Nacional dos Bancários, Neiva Ribeiro, defendeu que “as revoluções tecnológicas devem ser usadas para o bem da sociedade em geral, e não para acabar com empregos e com o atendimento presencial à população”. Para isso, recorreu a um levantamento do Dieese, realizado a partir de pesquisa de tecnologia da própria Febraban: “Em 2024, só 2% das atividades bancários foram feitas nas agências, mas esses 2% representam R$ 3,6 bilhões do total de transações (de R$ 208,2 bilhões no ano), volume semelhante ao de anos anteriores. Ou seja, as agências continuam rendendo para os bancos, o que reforça a necessidade de se manter as unidades físicas e os postos de trabalho”, observou.

Resposta da Fenaban

Os porta-vozes da Fenaban concordaram em incluir os trabalhadores no debate sobre mudanças tecnológicas no setor e aceitaram a proposta de mesa permanente para discussões sobre IA. Além disso, solicitaram ao Comando uma proposta de calendário para os próximos encontros sobre o tema.

Programa Mais Mulheres na TI

Por fim, a Fenaban trouxe os dados do Programa Mais Mulheres na TI, conquistado pela categoria bancária na última renovação da CCT, onde ficou estabelecida 3.000 bolsas de estudos pela escola PrograMaria e 100 bolsas de estudos pela escola Laboratória, de cursos voltados à tecnologia da informação.

Os resultados do PrograMaria foram:

1ª Turma – Análise de dados/Meus primeiros passos em python, teve 9.729 inscrições para 1000 bolsas. Desse total, formaram-se 475 estudantes, sendo:

  • 67% de pessoas pretas e pardas;
  • 33% de pessoas da comunidade LGBTQIA+;
  • 9,4% de pessoas trans;
  • 29% mães e responsáveis;
  • 40% de pessoas de zonas periféricas;
  • 14,5% de pessoas com deficiência.

Em termos geográficos:

  • 25% do Nordeste;
  • 5% do Norte;
  • 5% do Centro Oeste;
  • 7,5% do Sul;
  • 57,5% do Sudeste.

2ª Turma – Front-end/Minha primeira página web, que teve 4.600 inscritas para 1.000 bolsas.

Desta turma, com formatura prevista para esta semana:

  • 56,56% são pessoas negras;
  • 25,67% LGBTQIA+;
  • 3,09% pessoas trans;
  • 36,32% são mães ou responsáveis;
  • 25,55% são pessoas de fora das regiões Sul e Sudeste.

3ª Turma – 500 bolsas (curso Front-end/Minha primeira página web):

  • Início das inscrições previsto para 18 de outubro.

4ª Turma – 500 bolsas (curso Análise de dados/Meus primeiros passos em python):

  • Início das inscrições previsto para 3 de dezembro.

Os resultados do Laboratória:

Curso mais intensivo, com duração de 20 semanas (5 meses):

  • Turma 1: ativa e com término previsto para 1º de agosto, hoje com 40 alunas ativas.
  • Turma 2: ativa e com término previsto para 17 de outubro, hoje com 50 alunas ativas.

Fonte: Contraf_CUT

Com foco em geração de valor, Banco do Brasil indica cinco novos líderes em empresas do conglomerado

Publicado em: 23/07/2025

No dia 18 de julho, o Banco do Brasil comunicou a indicação de cinco profissionais de carreira para comandar empresas de seu conglomerado. As mudanças foram promovidas pela gestão do BB, buscando eficiência, inovação e geração de valor, na BB Asset, BB Seguridade, Brasilseg (que faz parte do grupo BB Seguridade), BB Américas e BBTS. Cabe destacar que o processo de elegibilidade se encontra em trâmite nas instâncias competentes de governança para posterior eleição e nomeação em cada empresa ligada ao BB.

“O Banco do Brasil, ciente dos desafios impostos pelo mercado e comprometido com suas responsabilidades estratégicas, atua de forma diligente na identificação e valorização das competências técnicas e gerenciais dos executivos que lideram as empresas do conglomerado. Nosso foco está em alinhar perfis de liderança às exigências de cada negócio, considerando critérios técnicos, experiência de carreira e aderência às diretrizes corporativas”, disse Tarciana Medeiros, presidenta do Banco do Brasil. “Esses profissionais desempenharão papel fundamental na geração de resultados para o Banco do Brasil, especialmente em um ambiente altamente competitivo e em constante transformação. Trabalhamos continuamente para garantir que os melhores talentos estejam posicionados nas funções estratégicas, promovendo eficiência, inovação e geração de valor para o BB e seus acionistas”, complementa Tarciana.

Confira os nomes e suas experiências profissionais no conglomerado BB:

DELANO VALENTIM ANDRADE
Indicado pelo BB para ocupar o cargo de diretor-presidente da BB Seguridade, Delano ocupava o cargo de presidente no BB Américas desde 2023. É funcionário do BB desde junho de 1985. Exerceu os cargos de Diretor Vice-presidente no Banco Patagonia entre os anos de 2019 e 2023, foi diretor de Marketing e Comunicação no Banco do Brasil, onde também atuou como executivo. Também foi executivo na área de gestão de relacionamento com clientes Pessoa Física e na área de Negócios de Governo, em seu primeiro cargo executivo em 2009. É graduado em Administração com Habilitação em Comércio Exterior, possui MBA em Liderança Estratégica e Especialização em Gestão de Projetos.

MARIO MATSUMOTO FUJII
Foi indicado para presidir o BB Americas. Ocupa o cargo de gerente geral do Banco do Brasil em Nova York e Miami desde 2022, responsável pela América do Norte. Ele ingressou na empresa em 1998, começando sua carreira no varejo bancário e progredindo para o varejo de alta renda, Banco de Investimentos, Governança Corporativa de empresas ligadas ao BB e na área de fusões e aquisições. Mario Fujii possui graduação em Economia pela PUC-SP, MBA em Finanças pela FGV-SP, MBA Executivo pela Ibmec-DF, e completou o Programa de Desenvolvimento Executivo na Wharton School da UPENN. Ele também possui uma Certificação como Membro de Conselho pelo IBGC. Atualmente, ele atua como Presidente do Conselho de Administração da Banco do Brasil Cayman Islands Holding e BB USA Holding, e é membro do Conselho diretor da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos em Nova York.

MARCELO AUGUSTO DUTRA LABUTO
Com 33 anos de experiência profissional, depois de um período no mercado, Labuto retorna ao conglomerado BB para presidir a Brasilseg, que faz parte da holding BB Seguridade. Ele, que chegou a presidir o Banco do Brasil no final de 2018 e traz consigo a experiência nos seguintes cargos: no BB, já foi diretor de Governança de Entidades Ligadas, de Empréstimos e Financiamentos, além de dirigir a área de Seguros, Previdência e Capitalização. Foi vice-presidente de Negócios de Varejo no BB e CEO no BB, além de já ter atuado como diretor-presidente da BB Seguridade . No mercado, já foi diretor executivo de Varejo no Santander, CEO do Grupo Pernambucanas e CEO na Pefisa. Além disso, teve diversas participações em conselhos de administração em empresas do segmento financeiro, seguridade, serviços e mineração. É formado em administração e finanças pela UFRJ.

GUSTAVO PACHECO LUSTOSA
Indicado para o cargo de presidente da BB Asset, ocupa o cargo de diretor-presidente na BBTS desde 2023. É funcionário do BB desde 1993. Exerceu os cargos de Diretor na BBTS, Gerente Executivo na BBTS, Gerente de Soluções no Projeto Banco Postal entre 2014 e 2015, além de ter passagem na Diretoria de Controladoria de 2008 a 2014. Graduado em Geologia, possui MBA em Administração Financeira, especialização em Negócios Internacionais e especialização em Consultoria Financeira e Mercado de Capitais.

PAULO ANDRE ROCHA ALVES
Indicado ao cargo de diretor-presidente da BBTS, Paulo André ocupa o cargo de gerente geral na Diretoria de Tecnologia do Banco do Brasil desde 2021. É funcionário do Banco do Brasil desde 2000. Exerceu os cargos de gerente executivo na Diretoria de Tecnologia desde 2017, além de outros cargos gerenciais na mesma área desde 2012. É graduado em Gestão em Tecnologia da Informação, possui MBA Executivo em Negócios e Competências Digitais.

Fonte: Banco do Brasil

Artigo: Começaram a falar mal do BB: então você já sabe o que virá, certo?

Publicado em:

Vitor Miziara

De maio de 2025 até quase final de julho a ação do Banco do Brasil (BBAS3) caiu mais de 30% – um movimento bem atípico para a ação que reportou um resultado de R$ 7.4 bilhões de lucro líquido no primeiro trimestre deste ano.

Como eu sempre falo, o mercado trabalha com expectativa x realidade – ou seja, não adianta o resultado vir bom, precisa estar acima do que o mercado estava esperando senão tudo já estará no preço. Quando olhamos o resultado do BB por essa ótica, entendemos a queda de mais de 30% acumulado em poucos dias após o balanço – o banco trouxe lucro, mas 20% abaixo da média do mercado. Ainda na linha de expectativa, a pergunta mais feita após o 1T25 do Banco do Brasil foi “quão ruim será o 2º trimestre”?

A parte que eu mais gosto disso é que depois de um resultado pior do que o esperado todo mundo corre pra rever suas projeções com medo de que o movimento continue. Por conta disso, a projeção afundou para o lucro que agora projeta um resultado 50% menor que o mesmo intervalo de 2024 – algo próximo a R$ 4,5bi.

O ponto é que eu falei que o mercado trabalha com expectativa x realidade: se já jogaram a expectativa para baixo, o preço da ação já corrigiu também. Boa parte dos 30% de queda após o resultado tem mais a ver com as projeções e preocupações com a área de crédito para o agro do que uma análise de engenheiro de obra feita do resultado que foi entregue.

Mesmo que o Banco do Brasil apresente esse resultado de R$ 4.5bi isso ainda representa um lucro de 4% versus o valor de mercado ou um resultado de R$ 0,79 por ação, equivalendo a 3,15% de lucro por ação ao preço de hoje perto dos R$ 20.

Exercendo um pouco mais a matemática, se ele mantiver esse resultado por 4 trimestres seria o equivalente a um lucro de 15% sobre o valor de mercado – que poderiam virar dividendos inclusive.

Quando falamos sobre o indicador de Preço/Lucro. que tende a mostrar em quanto tempo você pode receber seu capital investido de volta via lucro, estamos falando em 3 a 4 anos – muito abaixo do mesmo múltiplo do Ibovespa, que tem média de 11 anos.

Esqueça a matemática, meu ponto resumindo é que mesmo com um resultado horrível, 50% abaixo do mesmo período um ano antes e com projeções não tão otimistas, a ação já caiu tanto que mesmo com um resultado ruim ela parece ser interesse se olharmos pela ótica de dividendos ou de “payback” em anos – ou seja, em quanto tempo a empresa lucra por ação o mesmo montante que você pagou por ação.

Sendo assim, vamos comprar? Não… Não estou indicando nada disso. Quero abrir os olhos para mostrar como o mercado às vezes dá oportunidade em decorrência de revisão de projeções e um ou mais resultados que podem ser afetados por um prazo que chega a ser insignificante se você é um investidor de longo prazo.

Para os investidores “buy and hold” são em momentos assim que os aportes começam a ser feitos. Independente do preço da ação depois das compras, o lucro distribuído (dividendos) ajuda a comprar mais ações aumentando a quantidade e consequentemente mais dinheiro via dividendo.
Exercício: ‘o que o mercado está falando da empresa’

Voltando aos múltiplos, indicadores fundamentalistas para analisar uma ação, foram poucas as vezes em que os múltiplos do Banco do Brasil estiveram tão baixos (e baratos) como está agora.

Outro “exercício” que gosto de fazer é pesquisar no Google para ver o que “o mercado está falando da empresa” e basta dois segundos para achar como destaque:

Qual o estrago previsto por ‘bancões’ para o Banco do Brasil (BBAS3) no 2º tri?
BBAS3: quão ruim o 2T será? Mercado piora projeções e vê outro “vilão” além do agro
O que esperar dos dividendos do Banco do Brasil (BBSA3) com o pessimismo do mercado?
Entre outros…

Ai a questão é: se todos já estão pessimistas, será que o pior cenário já não está no preço? Será que mesmo com o cenário ruim para o banco os resultados atuais já não seriam interessantes para quem visa o longo prazo?

Para ajudar a desenhar melhor o cenário e mostrar os múltiplos eu vou fazer uma Live lá na Comunidade do Whatsapp – (clique aqui pra entrar )

Nunca vamos acertar o ponto mais baixo para comprar ou mais alto para vender, mas é sempre no caos e na incerteza que boas oportunidades aparecem e daqui eu te deixo com a pergunta…

Será que já está tudo precificado ou e o dividendo já vale a posição ou o “barato de hoje, caro de amanhã”.

Fonte: Estadão

Tempos de “vacas magras” para os investidores do Banco do Brasil; BofA comenta

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Quem investe no Banco do Brasil (BBAS3) de olho nos dividendos fartos deverá enfrentar tempos de vacas magras em 2025, prevê o Bank of America (BofA).

Ainda sob forte pressão nos resultados, o banco estatal agora corre o risco de depositar ainda menos proventos na conta dos investidores nos próximos trimestres, segundo os analistas.

Na avaliação do BofA, as despesas elevadas do Banco do Brasil com provisões contra calotes deverão pressionar o lucro líquido no segundo trimestre.

Dessa forma, o payout de dividendos pode ser reduzido no segundo trimestre, segundo o BofA.

Vale lembrar que a estatal aprovou em 2025 uma banda de tolerância de payout de proventos aos acionistas, que vai de 40% a 45%. Antes, a política era de 45%.

A projeção dos analistas é que o lucro líquido do BB encerre o trimestre em R$ 5,2 bilhões, uma queda de 29% em relação ao primeiro trimestre e um tombo de 45% frente ao mesmo período de 2025.

Para a rentabilidade, a previsão do BofA é de um retorno sobre o patrimônio líquido de apenas 11,6% — o nível mais baixo de ROE do Banco do Brasil desde 2016.

O Bank of America tem recomendação underperform, equivalente à venda, para as ações do Banco do Brasil (BBAS3), com preço-alvo de R$ 20, o que representa uma leve valorização de 0,7% em relação ao último fechamento.

O que mais esperar do balanço do Banco do Brasil (BBAS3)?

O BofA prevê uma desaceleração no crescimento da carteira de empréstimos do Banco do Brasil (BBAS3), de 12,5% no 1T25 para o limite superior da faixa do guidance, que vai de 5,5% até 9,5%, dado o crédito mais restritivo em todos os segmentos no 2T25.

Os analistas também preveem uma redução na receita com juros no comparativo anual, pressionada pela não capitalização dos empréstimos alocados no Estágio 3.

“O mais importante é que esperamos um aumento significativo nos encargos de provisão, já que o banco deverá provisionar perto de 100% da formação de NPL [inadimplência] no trimestre, contra 70% no 1T25”, projetou o BofA.

Fonte: Seu Dinheiro

Banco do Brasil fecha contrato de venda de créditos de carbono com Eletrobras

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O Banco do Brasil e a Eletrobras firmam o primeiro contrato de créditos de carbono, que envolve a utilização de créditos gerados pela usina do Rio Teles Pires, localizada na divisa entre os estados do Pará e do Mato Grosso. A hidrelétrica tem capacidade para abastecer uma população de 13,5 milhões de habitantes com energia limpa e sustentável, em uma operação que envolve alta tecnologia e inovação.

Nesta parceria, o BB intermediou a compra de 992 toneladas de créditos de carbono gerados pela usina, para compor a compensação de gases de efeito estufa emitidos pela Brasilseg Companhia de Seguros. A seguradora compensa 1985 toneladas de CO₂ equivalente (tCO2e), relativas aos escopos 1, 2 e 3 das operações no ano de 2024, conforme metodologia que classifica as emissões.

Com o negócio, o Banco do Brasil reforça a capacidade de oferecer soluções sustentáveis e inovadoras para os clientes. “Com esta iniciativa, estamos não apenas expandindo nossos canais de venda, ampliando nosso escopo de negócios com mais esta modalidade de intermediação financeira, mas também reiteramos nosso compromisso com a redução de emissões e a promoção de práticas empresariais responsáveis”, avalia o vice-presidente de Negócios de Atacado do BB, Francisco Lassalvia.

O relacionamento negocial com a Eletrobras, no que tange aos acordos ASG, contempla ainda a comercialização no Mercado Livre de Energia para os clientes do banco. Para a Eletrobras, a parceria representa a expansão dos canais de venda para todo o país, de forma capilarizada. “A parceria com o Banco do Brasil reforça nossa estratégia de atuação com centralidade no cliente final, ampliando o portfólio de produtos e soluções sustentáveis, muito além da simples oferta de contratos de energia”, afirma Ivan Monteiro, presidente da Eletrobras.

Construção de um futuro mais sustentável
O BB tem um papel ativo na construção de um país com um futuro mais sustentável, tendo seu compromisso com as melhores práticas de ASG reconhecido e valorizado pelo mercado. É considerado o banco mais sustentável do mundo pela sexta vez, segundo o ranking Global 100, da Corporate Knights; está há 13 anos no Índice Dow Jones de Sustentabilidade; e é apontado como a empresa brasileira que mais gera receitas sustentáveis, de acordo com o Índice Clean 200, de 2025.

Esses resultados se traduzem em uma carteira de crédito sustentável que alcançou R$ 393,5 bilhões em março de 2025, segundo informações da última divulgação de resultados, o que representa um crescimento de 9,6% com relação ao mesmo período do ano anterior.

A transição energética é um foco nas iniciativas de financiamento de projetos sustentáveis. O BB tem como objetivo atingir um volume de R$ 30 bilhões da carteira de financiamento de energias renováveis até 2030. Atualmente, essa carteira soma R$ 17,8 bilhões, uma expansão de 6,6% com relação a dezembro de 2024.

Fonte: Banco do Brasil

BB e BNDES avaliam criar certificadora de crédito de carbono

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O Banco do Brasil (BBAS3) e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) estão conversando sobre a possibilidade de criar uma certificadora de crédito de carbono e de uma bolsa de mercado de carbono, disse Tarciana Medeiros, presidente do BB.

“É importante ter uma certificadora”, afirmou a executiva a jornalistas durante evento do BNDES no Rio de Janeiro, destacando que os dois bancos têm plenas condições de conduzir, disse o MoneyTimes.

“Banco do Brasil e BNDES têm reputação mundial para trabalhar nisso”, reforçou. Medeiros também reafirmou o compromisso do Banco do Brasil no crescimento da carteira de crédito sustentável, afirmando que o banco aumentará o investimento em energias eólica e solar, bem como em biomassa, hidrogênio e crédito de carbono em 2025. “A carteira de renovável deve bater recorde neste ano”, disse.

Fonte: BP money

Solução do BB para PJ gera mais de 60 milhões de recomendações

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Lançada há um ano pelo Banco do Brasil, a ARI – Área de Recomendações Inteligentes, solução que utiliza Inteligência Artificial Generativa para apoiar a gestão de micro e pequenas empresas, já gerou mais de 60 milhões de recomendações personalizadas, beneficiando 2,6 milhões de negócios em todo o país. Os insights personalizados traduzem dados complexos em orientações práticas e acessíveis.

A ferramenta está disponível no Painel PJ (web), BB Digital PJ e app BB PJ, com curadoria humana para garantir segurança e relevância das mensagens. Apenas no segundo trimestre de 2025, a ARI registrou 23 mil acessos únicos pelo canal mobile. Já o NPS do Painel PJ atingiu 83,66, um dos maiores da categoria.

“A ARI representa um avanço importante na forma como usamos inteligência artificial para apoiar quem empreende no Brasil. Ao oferecer recomendações personalizadas com base no perfil financeiro, conseguimos entregar valor real para as micro e pequenas empresas. É uma solução que une tecnologia, proximidade e inteligência para fortalecer a gestão dos negócios”, avalia Luciana Carvalho, executiva de estratégia de clientes e inovação do BB.

Com a ARI, o BB foi pioneiro no uso de GenAI em canais voltados diretamente ao cliente. A solução oferece insights personalizados com base no perfil financeiro, fluxo de caixa e comportamento de mercado das empresas, abordando temas como finanças, crédito, marketing e estratégia.

“Este é um exemplo claro de como a IA pode ser aplicada de forma prática, segura e transformadora para resolver desafios reais enfrentados por milhões de pequenos negócios no Brasil”, afirma Diego Quadros, executivo de IA e Analytics do BB.

Além do uso externo, a ARI foi expandida para apoiar funcionários da rede de atendimento PJ por meio de uma IA generativa conversacional no Microsoft Teams. A nova aplicação foca em produtos de crédito, resultado de escuta ativa com a rede de agências.

Reconhecimento internacional

Em apenas um ano, a ARI rendeu três premiações internacionais para o Banco do Brasil. A inovação rendeu ao BB os prêmios Model Bank Award 2025 (Celent), Global Finance – The Innovators (América Latina) e AI in Finance Awards nas categorias Enhanced Customer Experience e Personalized Financial Advice.

Com a ARI, o Banco do Brasil reafirma seu compromisso com a inovação responsável, centrada no cliente e com impacto direto na produtividade e autonomia do empreendedor brasileiro.

Fonte: Banco do Brasil