A Comissão de Negociação das Entidades Representativas dos Funcionários do Banco do Brasil se reuniu na manhã do dia 11 de julho, na sede da ANABB, para alinhar estratégias e preparar a participação na rodada de negociação com a direção do banco, ocorrida no período da tarde, com foco na sustentabilidade da Cassi.
Durante a reunião com o Banco do Brasil, os representantes da instituição apresentaram uma proposta que altera significativamente a forma de custeio do plano de saúde. O BB indicou a necessidade de manter a proporção de contribuição entre banco e funcionários próxima dos atuais 52% e 48%, propondo um novo patamar de 53% para o banco e 47% para os associados. No entanto, para alcançar esse equilíbrio, sugeriu aumentar a contribuição mensal dos funcionários de 4% para 5,5%.
Além disso, o banco propôs elevar o percentual de contribuição sobre o primeiro dependente para 3%, tanto para funcionários da ativa quanto para aposentados. Atualmente, os da ativa contribuem com 1% e os aposentados com 2%. Outra mudança apresentada foi o fim dos limites por grupo familiar e por dependente.
A proposta foi rejeitada em mesa pela Comissão de Negociação dos Funcionários. Segundo Fernanda Lopes, coordenadora da Comissão, houve consenso entre todas as entidades representadas sobre o caráter excessivamente oneroso da proposta. “O reajuste proposto impactaria severamente o orçamento das famílias dos associados. Por isso, não há condições de aceitá-lo nos termos apresentados”, afirmou.
A Comissão também pontuou que é necessário encontrar alternativas que não se baseiem exclusivamente em percentuais sobre a remuneração dos trabalhadores, uma vez que os salários não acompanham a escalada da inflação médica.
Os representantes do banco se comprometeram a estudar outras possibilidades e uma nova rodada de negociação foi agendada para o dia 13 de agosto.
Na manhã do dia 10 de julho, foi realizada reunião da Mesa permanente de negociação CONTEC/BB, para o banco comunicar oficialmente a ampliação do modelo de Teletrabalho Institucional (TRI) nas unidades da rede Varejo. Durante o encontro, foi reforçado que a medida cumpre o compromisso assumido na última negociação coletiva e que a implementação nos novos escritórios ocorrerá ainda em julho. Também foram esclarecidos os critérios de elegibilidade, os procedimentos normativos e a previsão de divulgação da lista completa de unidades contempladas.
A Divar apresentou a ampliação do modelo de Trabalho Remoto Institucional (TRI) nos Escritórios de Negócios e nas Unidades Táticas da rede Varejo, com previsão de implementação ainda neste mês de julho de 2025.
A medida representa um avanço importante na política de flexibilização das condições de trabalho, em consonância com o compromisso assumido pelo Banco do Brasil na última negociação coletiva: dobrar o número de escritórios com teletrabalho implementado e expandir o modelo para todos os Estados da Federação.
Essa expansão reforça o compromisso do Banco com a valorização dos funcionários e a modernização das práticas de gestão, garantindo mais qualidade de vida e eficiência operacional.
Assim que o Banco nos disponibilizar a relação completa dos Escritórios contemplados nesta nova fase, publicaremos as informações atualizadas.
Evitar golpes segue sendo o maior desafio quando se fala de segurança bancária. Por isso, o Banco do Brasil estreou, no dia 13 de julho durante o intervalo do Fantástico, nova fase da campanha de segurança.
Em comunicação assinada pela Lew’Lara\TBWA, as peças possuem objetivo de conscientizar a população para que fiquem alertas e sempre desconfiem de possíveis golpes digitais, na tentativa de reduzir o número de vítimas.
Sob o conceito “Quem desconfia, evita golpes. Na dúvida, procure o BB”, a ideia da iniciativa é inverter o ciclo em que muitos agem antes de pensar e acabam sendo vítimas de golpes. Agora, a mensagem é direta e afirmativa: “DESCONFIAR”, pois cada segundo de atenção conta para evitar prejuízos.
A nova comunicação do Banco estreia em um momento em que a busca por prevenção cresceu, mas os golpes continuam atingindo muitos brasileiros. Por isso, o BB reforça suas orientações de segurança e consolida-se como um aliado que informa, educa e protege. O objetivo é fazer com que desconfiar se torne um hábito imediato, simples e eficaz. A dúvida virou o maior aliado na prevenção.
“Com esta nova fase da campanha, reforçamos nosso compromisso em proteger nossos clientes e a sociedade. Ao incentivar a desconfiança como reflexo imediato diante de situações suspeitas, queremos transformar a atenção em um hábito cotidiano. O Banco do Brasil segue como aliado na prevenção a golpes, promovendo informação, educação e segurança”, comenta Paula Sayão, diretora de marketing e comunicação do Banco do Brasil.
A principal peça da campanha, filme veiculado na mídia massiva, traz novamente o sinal semafórico como personagem, sendo um símbolo de alerta que todo mundo conhece e que tem a cor do BB. A ideia é reforçar que o Banco do Brasil é um aliado nesse processo de proteger os clientes, com papel ativo na conscientização da sociedade sobre fraudes, promovendo uma cultura de cuidadosa prevenção.
A comunicação dá continuidade à estratégia adotada anteriormente, também assinada pela Lew’Lara\TBWA, de informar sobre práticas de golpe e ensinam o público a identificar indícios.
Na nova fase, a campanha ganha reforço de novos conteúdos em TV, digital e por meio de ativações nas redes sociais, conta ainda com formato especial para TikTok, com creators produzindo conteúdo que informam sobre práticas de golpe e ensinam o público a identificar, se defender e denunciar.
O Banco do Brasil promove, neste mês de julho, leilões públicos de imóveis com oportunidades em todas as regiões do Brasil. São, ao todo, 214 imóveis disponíveis, entre urbanos e rurais, com locação garantida, e lances abertos a partir desta sexta-feira, 11, no site www.lancenoleilao.com.br. As sessões públicas acontecem nos dias 24, 25 e 31 de julho.
O maior desconto está nos imóveis rurais, com até 55% de desconto em relação ao valor de mercado. São 15 propriedades distribuídas por nove estados, com destaque para Minas Gerais e Rondônia, que concentram o maior número de ofertas. A sessão pública ocorre às 15h do dia 25 de julho.
Os imóveis urbanos oferecem até 40% de desconto, com nove unidades localizadas em São Paulo, Bahia, Espírito Santo, Paraíba, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A sessão acontece às 14h do dia 25 de julho.
Outro destaque são 37 imóveis com locação garantida, ou seja, imóveis próprios do BB que serão vendidos e simultaneamente alugados, garantindo geração de renda imediata ao comprador. Os estados com maior número de imóveis são: São Paulo (7), Rio de Janeiro (5), Minas Gerais (4) e Rio Grande do Sul (3). A sessão será realizada às 11h do dia 25 de julho.
O quarto leilão traz 153 imóveis, distribuídos por 19 estados, com destaque para Goiás (24 imóveis), Rio Grande do Norte (23), Paraíba (16) e Rio de Janeiro (15). As sessões públicas desse leilão ocorrem em duas etapas: a primeira em 24 de julho e a segunda em 31 de julho, ambas às 10h.
Como participar
Os interessados devem acessar o site www.seuimovelbb.com.br ou www.lancenoleilao.com.br, onde estão disponíveis os editais completos, fotos, descrições dos imóveis e condições de participação. Os lances são realizados de forma online, com segurança e transparência.
O Banco do Brasil anuncia novas funcionalidades na solução “BB, Sou Eu!”, que propiciam o autoatendimento para confirmação de compras no cartão de crédito recusadas por regras de segurança. A partir de agora, além das notificações/pushs encaminhadas, os clientes terão o Aviso de Compras e a Linha do Tempo de Compras Recusadas disponíveis no Menu Cartões a fim de ampliar a autonomia nas transações.
Com o Aviso de Compras, o cliente pode informar previamente, pelo App BB, o valor exato ou aproximado da compra que pretende realizar. Isso permite que o sistema reconheça a operação como legítima, reduzindo recusas indevidas.
Já a Linha do Tempo permite visualizar e interagir com compras recusadas nas últimas 24 horas. Caso a transação seja reconhecida, basta o cliente realizar uma nova transação. Se não for reconhecida, o sistema realiza o bloqueio preventivo do cartão e solicita automaticamente a segunda via.
“O desenvolvimento dessas soluções passa por importantes pilares que contribuem para uma jornada de compras cada vez mais segura e cômoda para nossos clientes. Ao integrar segurança e praticidade na confirmação de transações dentro de um ambiente protegido, como o App BB, contribuímos para a autonomia dos usuários e fortalecemos a experiência deles, com foco na inovação, eficiência e proteção”, comenta o diretor de Soluções em Meios de Pagamento e Serviços do Banco do Brasil, Pedro Bramont.
A solução “BB, Sou Eu!”, inédita no mercado, oferece diversos benefícios aos clientes do Banco do Brasil, como o monitoramento constante das transações e notificações imediatas em caso de suspeita de fraude; a confirmação de compras recusadas com apenas um toque no celular; e a resolução rápida das demais situações de recusa.
Para acessar o “BB, Sou Eu”, basta seguir o menu Cartões > Avisar ou Confirmar Compra dentro do App BB. O Banco do Brasil recomenda ativar a opção “Receber Notificações” no App em meu “Perfil” > “Configuração Gerais”, garantindo uma forma mais segura de interação entre o Banco e o cliente.
O Banco do Brasil anunciou no dia 3 de julho, que destinará R$ 230 bilhões para o financiamento da safra 2025/26. O valor representa um crescimento de 2% em relação ao desembolsado na safra anterior e consolida o BB como o maior parceiro do agronegócio e da agricultura familiar.
Serão destinados R$ 54 bilhões para pequenos e médios produtores. E para a agricultura empresarial, abrangendo grandes produtores, cooperativas e agroindústria, estão destacados R$ 106 bilhões de recursos.
Quanto às finalidades, sob a ótica do crédito rural, o volume será distribuído nas modalidades de custeio (R$ 97 bilhões), investimento (R$ 44 bilhões), comercialização e industrialização (R$ 19 bilhões).
Somam-se ainda outros R$ 70 bilhões a serem direcionados para títulos, como CPRs, e negócios da cadeia de valor do agro.
Na safra 2024/25, o Banco do Brasil desembolsou R$ 225 bilhões, valor em linha com o observado no ciclo anterior, abrangendo 600 mil operações e mais de 200 atividades agropecuárias financiadas, fazendo o crédito chegar a mais de 5,1 mil municípios, contribuindo para fomentar a economia e o desenvolvimento social e ambiental do país.
“O Banco manteve a liderança nos financiamentos para a agricultura familiar e empresarial, registrando crescimento em todos os programas do plano safra do Governo Federal e executando o melhor desempenho entre as instituições financeiras, tendo distribuído 100% dos R$ 63 bilhões recebidos de recursos equalizáveis, incluídos os volumes remanejados”, destaca Tarciana Medeiros, presidenta do BB.
“O Banco do Brasil tem orgulho de atuar lado a lado dos produtores rurais, das cooperativas e da agroindústria, oferecendo, para além do crédito, soluções financeiras completas, assessoria especializada e capacitação para apoiar a cadeia de valor do agro, levando mais modernização, inovação e sustentabilidade para o campo. O BB reforça sua atuação para tornar o agro cada vez mais resiliente, competitivo e relevante para o Brasil, e reafirma seu compromisso de parceria com os clientes e o campo”, complementa o vice-presidente de Agronegócios e Agricultura Familiar do BB, Luiz Gustavo Braz Lage.
O Banco do Brasil oficializou a adesão ao Pacto Brasil pela Integridade Empresarial, iniciativa promovida pela Controladoria-Geral da União (CGU) que visa fortalecer a cultura de integridade, ética e responsabilidade nas práticas empresariais brasileiras.
Para estimular a prática de integridade dentro das empresas, a ação é norteada por uma série de diretrizes, como o mapeamento periódico de riscos e a implementação de políticas aplicáveis na atividade empresarial; vedação de prática de atos de corrupção e fraudes; contribuição para a preservação do meio ambiente e desenvolvimento sustentável; respeito aos direitos humanos e a diversidade, além da promoção de políticas de inclusão e garantia de transparência, de forma clara, objetiva e acessível das informações sobre atividades, estrutura de governança e políticas de integridade.
O diretor de Controles Internos e Compliance do Banco do Brasil, Rafael Giovanella, destaca que a integridade sempre foi um valor essencial para o BB e que “a adesão ao Pacto Brasil pela Integridade Empresarial reforça esse compromisso e amplia a visibilidade de um trabalho que já realizamos com seriedade. Em uma sociedade que exige cada vez mais a ética, a responsabilidade e a transparência, fortalecer práticas de integridade é essencial, é o que sustenta a confiança da sociedade nas instituições”, comenta.
Marcelo Pontes Vianna, Secretário de Integridade Privada da CGU, ressaltou a essência do Pacto: “O Pacto Brasil pela Integridade Empresarial veio com o objetivo de permitir que empresas de todos os portes ou setores de atuação façam um autodiagnóstico de suas medidas de integridade e tenham os instrumentos e ferramentas necessários para aprimorar os pontos em que ainda não atingiram um alto grau de maturidade”.
No BB, as práticas de integridade fazem parte da cultura organizacional e são implementadas por meio de políticas e procedimentos voltados à ética, conformidade, transparência, direitos humanos, diversidade, inclusão e sustentabilidade. Entre as ações adotadas estão treinamentos periódicos para colaboradores, auditorias internas e externas, e a disponibilização de canal de denúncias seguro e confidencial. Essas iniciativas visam fortalecer a confiança da sociedade nas instituições financeiras, apoiadas pelo compromisso do BB com o Pacto Brasil pela Integridade Empresarial.
Em reunião realizada no dia 25 de junho, o Conselho Deliberativo do Economus decidiu manter os percentuais de cálculo das contribuições dos planos vinculados ao Fundo FEAS (Feas Básico, Feas Pamc e Novo Feas) para o próximo trimestre – julho, agosto e setembro/2025. Os atuais percentuais de contribuição estão em vigor desde abril/2023, ou seja, há mais de dois anos.
Com a decisão, os percentuais de contribuição e valores de piso e teto dos planos vinculados ao Fundo FEAS seguem conforme a tabela abaixo:
As revisões trimestrais de custeio dos planos Feas são feitas conforme previsto em regulamento e são importantes para acompanhar o comportamento dos indicadores e buscar o equilíbrio entre as despesas e a arrecadação. Além disso, os estudos técnicos apoiam as decisões para manutenção ou ajustes nos valores das mensalidades.
Judicialização – Feas Básico e Feas Pamc
Cerca de 92,6% dos beneficiários dos planos Feas Básico e Feas Pamc estão isentos de pagamento de contribuições mensais por conta de decisões judiciais. O Fundo FEAS custeia 50% das despesas desses beneficiários, enquanto o Banco do Brasil é responsável pelos outros 50%, devido à solidariedade nas condenações judiciais.
Judicialização – Novo Feas
O plano Novo Feas tem 81,2% de beneficiários abrangidos por liminares judiciais que mantém as condições de custeio (contribuição 22,5%, piso R$ 1.200 e teto R$ 4.500) inalteradas desde maio/2022.
O plano mantém a situação de atenção, com o custeio da maior parte das despesas sendo feito pelo Fundo FEAS. Vale destacar que a proposta de encerramento do Novo Feas, aprovada pelo Conselho Deliberativo em fevereiro/2022, permanece suspensa por outra decisão liminar da justiça.
A Legacy Capital disse em carta a investidores que mantém posição vendida (short) nas ações do Banco do Brasil (BBAS3) e que projeta uma forte redução no pagamento de dividendos, que podem cair pela metade ou mais.
Segundo a gestora, que administra R$ 15 bilhões, o aumento das provisões deve pressionar os lucros e comprometer a distribuição, o que enfraquece a tese de investimento baseada em dividendos elevados, crescimento e reprecificação das ações.
A avaliação foi feita com base nos riscos crescentes da carteira de crédito agrícola do banco, que, segundo a gestora, ainda são subestimados pelo mercado. Riscos no crédito agrícola
A Legacy aponta que o modelo de concessão de crédito do BB está desajustado à nova realidade do setor agropecuário.
O banco perdeu participação de mercado com a redução do crédito subsidiado e o avanço da concorrência. Além disso, houve aumento no endividamento dos produtores, piora no perfil de risco e crescimento nos pedidos de recuperação judicial.
Segundo a Legacy, a garantia predominante usada pelo BB – penhor de safra – é considerada menos eficaz que a alienação fiduciária da terra, o que coloca o banco em desvantagem frente aos concorrentes privados.
A inadimplência de curto prazo (NPL 15-90) dobrou em maio em relação a março. A expectativa da gestora é de que o BB seja o mais impactado, com deterioração relevante nos resultados do segundo trimestre.
O lucro de abril foi de R$ 1,7 bilhão, o que sugere um trimestre abaixo de R$ 5 bilhões, inferior às estimativas do mercado, disse.
De acordo com a Legacy, os vencimentos concentrados da safra de soja entre abril e maio já indicam aumento da inadimplência. O efeito deve ser mais evidente nos balanços de junho e julho, com migração de créditos para os estágios 2 e 3 de provisão, disse.
A carteira agro prorrogada passou de 4% para 14% do total, cerca de R$ 50 bilhões – o equivalente a 25% do patrimônio líquido do banco. Embora ainda classificados no estágio 1, esses créditos são considerados vulneráveis a uma reclassificação. Incômodos com o guidance e falta de previsibilidade
A Legacy também criticou a retirada do guidance de lucro para 2025, poucos meses após sua divulgação, e considera preocupante a manutenção da projeção de crescimento da carteira agro mesmo em um cenário mais incerto.
Para a gestora, parte relevante da deterioração está ligada a fatores internos.
Diante desse diagnóstico, a posição short nas ações do Banco do Brasil tem sido mantida “há algum tempo”.
O grupo de testes do projeto piloto do Drex que conta com Caixa e Banco do Brasil (BB) conseguiu realizar uma venda de imóvel tokenizado. Além de fazer a entrega e o pagamento na mesma rede, a operação ainda contou com a complexidade de lidar com créditos de instituições financeiras diferentes.
No caso, foi simulada uma situação em que um cliente hipotético da Caixa adquire um imóvel de um vendedor cujo financiamento estava no BB. A partir daí, foi feita a transferência da alienação do imóvel para a Caixa, quitado o financiamento, repassados os valores ao vendedor e o saldo remanescente foi financiado para o comprador em sua carteira na Caixa. Em todos os passos, a transmissão da escritura foi feita de forma digital na rede descentralizada sobre a qual o Drex está sendo construído.
Fora Caixa e BB, o consórcio de cooperativas SFCoop (composto por Ailos, Cresol, Sicoob, Sicredi e Unicred), a Elo e o Operador Nacional do Sistema de Registro Eletrônico de Imóveis (ONR) também participaram dos testes deste caso de uso.
Gabriel Queiroz, gerente de Inovação da Elo, explica que cada ente validador, tanto instituições financeiras quanto o ONR, tinham “nós” (computadores responsáveis pela validação, transmissão ou armazenamento de dados em uma blockchain) na rede e todos os documentos e processos foram tokenizados, inclusive a certidão do imóvel. “Simulamos para que cada cliente tivesse uma carteira nessas instituições e fizemos tudo do início ao fim para ver como ocorreria e o que teríamos de ganho”, avalia. “É um fluxo bastante promissor em ganhos de eficiência.”
Agora, os testes vão focar na introdução de uma ferramenta de privacidade para que transações deste tipo possam ocorrer sem que haja visibilidade de qualquer um fora os agentes que participam da operação e o Banco Central (BC). A solução de privacidade adotada para esse caso de uso é a Harpo, desenvolvida pelo SFCoop.
Os consórcios da iniciativa privada que participam do Drex devem entregar neste mês os resultados dos seus testes. Tudo será então condensado em um relatório que o BC divulgará posteriormente. O Drex está em sua segunda fase, na qual ocorrem testes de casos de uso em que o sistema financeiro brasileiro possa ganhar eficiência com o uso de blockchain e ativos tokenizados.
Durante evento em São Paulo, Rogério Lucca, secretário-executivo do BC, disse que o Drex terá uma terceira fase, focada em soluções de tokenização de garantias para que os bancos possam aumentar o acesso a crédito de seus clientes e reduzir os spreads.
Em nota enviada ao Valor, o SFCoop disse que apesar dos testes terem ocorrido em ambiente controlado, os resultados apontam para a viabilidade de transações concretas quando a rede Drex for aberta para operações com ativos reais. “Os primeiros experimentos indicam ganhos potenciais de eficiência e redução de custos, mesmo sem alterações regulatórias que poderiam permitir inovações mais disruptiva”, disse o consórcio de cooperativas.
Já o BB disse que entende que o futuro do mercado imobiliário será impactado pela tokenização. “Tivemos diversas propostas de desenhos durante a execução do caso de uso ‘transações imobiliárias’, no ecossistema do Drex. A integração entre as instituições participantes e o ONR, representante dos cartórios, contribuiu para o amadurecimento do protótipo produzido na segunda fase do piloto”, apontou o banco.
O BB afirmou ainda que o desenvolvimento se mostrou promissor quanto ao uso do Drex nesse mercado, uma vez que o fluxo desenhado se valeu tanto das características da blockchain – como transferência de informações, documentos e valores – bem como atendeu ao regramento e às normativas atuais.
No início de junho, o movimento sindical se reuniu com a Gepes-SP e a Superintendência Nacional do Banco do Brasil para apresentar as reivindicações dos bancários que atuam em “Agências Estilo Investidor”, segmento voltado para clientes de alta renda. Os principais pontos debatidos foram: atingimento de metas; Prêmio Conexão; home office; remuneração; e a quantidade de assistentes por carteira.
Atingimento de metas
Os bancários estão enfrentando dificuldades para atingir o orçamento (metas), em razão do fato de que muitos clientes não possuem perfil compatível com o segmento e não têm interesse em aumentar o volume de investimento. O pedido de revisão da carteira foi bem recebido pela Superintendência, que informou que a medida está em curso desde criação do segmento, buscando retirar clientes fora do perfil.
Além disso, foi informado que haverá a possibilidade de que gerentes de relacionamento possam incluir novos clientes em suas carteiras por interesse negocial. Contudo, ainda não há data definida para a medida ter início.
Conexão
A ausência de produtos e serviços variados para os trabalhadores do segmento alcançarem as metas do Prêmio Conexão foi relatada pelo movimento sindical. Apesar do pagamento do Conexão ser para todos que atingem as metas, e não apenas para os 30% melhores, como era antes da campanha salarial do ano passado, os bancários das agências Estilo Investidor enfrentam maiores dificuldades.
Isso porque, segundo a regra, haverá o pagamento de dois VRs (Valores de Referência), divididos em 1,2 VR pelo cumprimento de metas gerais, e 0,8 baseado em produtos e serviços específicos. Diante disso, os bancários do segmento reivindicaram que este 0,8 seja adequado aos produtos e serviços oferecidos no modelo Estilo Investidor.
Em resposta, a Superintendência afirmou que a demanda será encaminhada para a direção do banco, de forma que a adequação seja feita ainda neste ano.
Home office
A adoção do home office em parte da semana para os trabalhadores das Agências Estilo Investidor também foi solicitada. Embora o BB tenha firmado acordo em 2024, prevendo o compromisso com a ampliação do home office, o modelo não está sendo colocado em prática em algumas áreas.
Remuneração
Por possuírem uma grande responsabilidade com a administração dos investimentos e precisarem obter certificações específicas, os gerentes do segmento reivindicam, há anos, um salário diferenciado dos demais. Contudo, o banco segue resistente à demanda.
Assistente por carteira
Por fim, foi reivindicado que exista um assistente por carteira, considerando a complexidade do segmento. Atualmente, existe um assistente para duas carteiras, ou seja, um assistente para dois gerentes pessoa física.
A medida impactaria positivamente na sobrecarga de trabalho e possibilitaria mais oportunidades para ascensão de carreira no Banco do Brasil.
O Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de São Pedro da Aldeia (Previspa) acaba de anunciar uma grande novidade para seus segurados: a formalização de convênio com o Banco do Brasil, ampliando ainda mais as possibilidades de escolha na hora de contratar empréstimos consignados com taxas competitivas.
A nova parceria vem somar às que já existem com o Banco Santander e a Caixa Econômica Federal, oferecendo agora mais uma alternativa para comparar, escolher e aproveitar as melhores condições disponíveis no mercado.
Com mais instituições financeiras conveniadas, os segurados do Previspa ganham em liberdade de escolha, melhores taxas e mais vantagens para o bolso, fortalecendo a transparência e o compromisso da autarquia com o bem-estar financeiro dos servidores municipais aposentados e pensionistas.
Essa iniciativa reforça o papel do Previspa em buscar constantemente parcerias que agreguem valor aos seus beneficiários, promovendo mais concorrência e benefícios reais para todos.
Você já se pegou pagando uma assinatura que nem usa mais? Ou indo ao mercado sem saber ao certo o que tem na despensa? Essas pequenas situações do dia a dia são sinais de que o modo automático financeiro pode estar no comando sem que você tenha percebido.
Ao longo da rotina, é fácil cair em padrões que se repetem sem reflexão. Gastos, compras e pagamentos seguem acontecendo do mesmo jeito, sem uma pausa para avaliar se essas escolhas ainda fazem sentido para o momento atual.
Mas, ao contrário do que muita gente imagina, organizar as finanças não começa cortando gastos ou seguindo fórmulas prontas. O primeiro passo é justamente iluminar esses comportamentos automáticos e criar momentos de atenção ao próprio dinheiro.
Neste conteúdo, o Blog BB convida você a fazer uma pausa, olhar com mais atenção para suas finanças pessoais na prática e adotar estratégias simples e personalizadas para retomar o protagonismo sobre seu orçamento.
Esse comportamento é sorrateiro. Muitas vezes, ele aparece em atitudes que parecem inofensivas, mas que, somadas, podem comprometer seu planejamento financeiro. Veja alguns sinais comuns!
1 – Você paga faturas e boletos sem revisar o que, de fato, está sendo cobrado.
2 – Mantém assinaturas de serviços, clubes ou apps que não usa mais.
3 – Faz pequenas compras frequentes sem perceber o impacto no orçamento.
4 – Evita olhar detalhadamente para o extrato bancário.
5 – Chega ao fim do mês sem clareza de onde o dinheiro foi parar.
Se você se identificou com alguns desses pontos, não se preocupe. Isso é mais comum do que parece. O mais importante é começar a enxergar esses padrões para agir com mais atenção e leveza.
Quais estratégias ajudam a sair do modo automático?
Sair do modo automático não precisa ser algo difícil ou radical. Com pequenas atitudes, no seu ritmo, é possível criar uma nova relação com o dinheiro: mais atenta, leve e realista.
Faça um check-up financeiro semanal
Escolha um dia fixo da semana só para olhar suas finanças. Pode ser 15 minutos no domingo ou na segunda-feira, por exemplo. O importante é criar o hábito.
Esse momento ajuda a perceber padrões, corrigir cobranças indevidas e entender melhor como seus hábitos financeiros estão se desenhando. Ferramentas como o Minhas Finanças, do App BB podem facilitar essa rotina. Que tal começar essa prática hoje mesmo?
Revise seus débitos automáticos
Dê uma olhada nas assinaturas e débitos automáticos que saem da sua conta ou cartão. Você ainda usa todos esses serviços? Eles fazem sentido para sua vida hoje?
Esse exercício pode revelar gastos invisíveis que, ao serem cortados, liberam espaço no orçamento sem sacrifícios.
Anote tudo o que gasta por três dias
Parece simples, mas é poderoso. Anotar cada gasto, até aquele cafezinho, traz à tona comportamentos que passam despercebidos.
Ao final dos três dias, reflita: o que foi automático? O que foi planejado? Esse exercício ajuda a ajustar pequenas rotas sem culpa ou cobrança.
Crie sua própria lógica financeira
Não existe um modelo único. Cada pessoa tem sua rotina, seu jeito de se relacionar com o dinheiro. Por isso, teste ferramentas, anotações no papel, planilhas ou aplicativos.
Mais importante do que seguir fórmulas prontas é construir um caminho flexível e que respeite sua realidade.
Por que a consciência financeira é o primeiro passo para mudar hábitos?
Porque toda mudança começa pelo olhar atento. Sem perceber os próprios padrões, é difícil transformar hábitos que já viraram rotina.
E essa consciência financeira não é algo distante ou complicado. Ela nasce de atitudes simples, como reservar um tempo para olhar as finanças e anotar os gastos, por exemplo.
É essa clareza que abre espaço para perceber o que pode ser ajustado, o que merece mais atenção e, principalmente, o que já está funcionando bem.
Aliás, como reforça o conteúdo Precisamos falar sobre educação financeira, esse processo não precisa ser difícil ou cheio de regras. Pode ser leve, respeitando seu ritmo, e o mais importante: pode começar com passos simples, exatamente como os que você viu aqui. Que tal aprofundar sua relação com o dinheiro?
O Blog BB tem diversas dicas e conteúdos para apoiar quem quer construir uma vida financeira mais equilibrada e consciente.
Que tal explorar a seleção especial de obras imperdíveis sobre educação financeira e descobrir novas formas de olhar para seu dinheiro com mais leveza e autonomia?
Coloque as dicas em prática, experimente o poder de sair do automático e compartilhe suas descobertas nos comentários. Sua experiência pode inspirar outras pessoas a darem o primeiro passo e mostrar que cuidar das finanças pode, sim, ser leve e transformador.
A BB Previdência está elevando os investimentos em renda fixa com a finalidade de reduzir a exposição dos ativos sob gestão em segmentos mais voláteis do mercado. Em termos consolidados, a entidade prevê alocar cerca de 90% dos recursos administrados em renda fixa neste ano, enquanto as aplicações em renda variável no Brasil podem ficar na faixa de 4% a 6% do total; em ações no exterior, perto de 2%; e em estruturado, em torno de 1,5% – segmento com maior redução previsto em 2025.
A exposição na renda variável vem sendo reduzida desde meados do ano passado, diante das altas taxas de juros no Brasil, que favorecem mais os investimentos em renda fixa, explica Ricardo Serone, Diretor Financeiro e de Investimentos da BB Previdência, uma das principais entidades de Previdência Fechada Complementar do País e parte do conglomerado Banco do Brasil.
Ao final de 2024, as aplicações consolidadas da instituição em renda fixa atingiram 83% do total sob gestão, de R$ 8,9 bilhões. Já as alocações em renda variável no Brasil alcançaram 5,06% do total e no exterior, 3,28%. A participação do segmento de multimercado estruturado no volume investido foi de 7,22% no ano passado.
Na renda fixa, as aplicações estão sendo concentradas em títulos do governo, como NTN-B – Nota do Tesouro Nacional, preferencialmente marcados na curva. Os investimentos em títulos indexados ao CDI – Certificado de Depósito Interbancário também ganham relevância, com previsão de passar de um percentual histórico em torno de 3%, que garante liquidez para os compromissos de curto prazo da instituição, para até 10%, segundo Ginne Siqueira, Superintendente de Investimentos da entidade.
“A BB Previdência tem um fluxo grande de entrada de recursos, pois tem planos bastantes jovens, e são estes que estão sendo alocados em CDI, diante da boa remuneração desses títulos, que cobrem a meta de rentabilidade consolidada dos nossos planos, de INPC + 4,10% ao ano de ganho real. Ao mesmo tempo, mitigam os riscos da alta volatilidade nos mercados e, ainda, são remanejados mais facilmente para outras alocações, à medida que elas se mostrem mais vantajosas”, explica Ginne.
A estratégia adotada considera a persistência da Selic em patamar elevado e sem expectativa de queda relevante em prazos mais curtos, diante das projeções de alta da inflação no País, ressalta Serone. Os investimentos em CDI são vinculados à Selic, enquanto em NTN-B acompanham os índices inflacionários.
A BB Previdência estima a Selic na faixa de 14,25% a 14,75% no encerramento de 2025, praticamente em linha com as expectativas dos economistas do Boletim Focus, que projetam a taxa na casa de dois dígitos até, pelo menos, 2027, quando acreditam que atingirá 10,5%. Já a inflação, segundo o mercado, só deverá se aproximar do teto da meta estipulada pelo Banco Central, de 4,5%, no próximo ano. Até lá, permanecerá acima de 5%, preveem.
Kliver Godoy, Gerente de Investimentos da BB Previdência, ressalta o impacto da elevação dos juros na economia real e nas estratégias de alocações. “Por um lado, o aumento nas taxas inibe os investimentos das empresas, afetando a capacidade de crescimento delas, o que torna suas ações menos atrativas. Por outro, os investidores têm ganhos altos assegurados na renda fixa e com riscos menores, o que penaliza ainda mais a renda variável”, diz.
“Enquanto as taxas de juros permanecerem altas, a renda variável prosseguirá ainda mais volátil. Nos Estados Unidos, as incertezas geradas pela nova política tarifária do governo para o comércio internacional também afastam do mercado acionário os investidores institucionais”, complementa Godoy, acrescentando que os investimentos da BB Previdência no segmento exterior são basicamente em fundos de ações das bolsas americanas.
Política de longo prazo
A Política de Investimentos 2025-2029 da BB Previdência adere estritamente às normas de governança corporativa e aos limites estabelecidos pelos órgãos reguladores do setor previdenciário. Serone enfatiza que, na gestão dos recursos, são observados princípios fundamentais como segurança, rentabilidade, solvência, liquidez, adequação à natureza das obrigações e transparência.
Os investimentos em títulos são conduzidos com base em rigorosos critérios de grau de investimento, utilizando ratings das principais agências classificadoras de risco de crédito, como Moody’s, S&P e Fitch, em conformidade com as diretrizes de governança corporativa da BB Previdência.
Para decidir onde aplicar o dinheiro, a BB Previdência utiliza cenários detalhados, em que são avaliadas as principais tendências da economia e do mercado financeiro – tanto no Brasil quanto no mundo. “Essa análise aprofundada serve como um guia para nossos investimentos”, explica Serone. “Ela nos permite fazer ajustes rápidos, mesmo no curto prazo, para aproveitar as oportunidades e eventualmente reduzir os riscos.”
Serone complementa: “Se identificarmos novas chances de retorno, podemos mudar a forma como as carteiras são aplicadas. Isso significa que podemos diminuir ou aumentar a participação em certos tipos de investimentos, mas sempre respeitando as regras da nossa Política de Investimentos.”
Desde 2020, o número de transações bancárias feitas pelos brasileiros por meio dos aplicativos dos bancos aumentou três vezes, de acordo com dados de pesquisa de tecnologia bancária da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Deloitte. A fatia do mobile no total passou de 51% para 75% até o ano passado. Com a transição, mudaram a cara e os desafios dos bancos, que precisam se adaptar a uma realidade em que a competição passa a ser com todos os demais aplicativos que estão na tela do smartphone.
A pandemia de covid-19, em 2020, foi o catalisador de uma tendência que era visível nos anos anteriores. Entre 2015 e 2019, saiu de 20% para 44% o total de transações feitas através dos aplicativos de banco, tomando espaço tanto do internet banking quanto do atendimento nas agências. No ano passado, estes canais responderam por 7% e por 2% das operações, respectivamente.
O diretor de Tecnologia do Banco do Brasil e responsável pela pesquisa por parte da Febraban, Rodrigo Mulinari, afirma que o perfil de uso mudou: os clientes deixaram de usar o aplicativo apenas para a consulta de saldos e passaram a movimentar dinheiro por meio dele. E isso também mudou a oferta de produtos e serviços que os bancos fazem.
“Os aplicativos eram muito reativos, mas agora eles se ativam. Quando o cliente entra, recebe uma informação sobre algo que tem de fazer, como um pagamento, ou uma dica sobre a vida financeira”, diz o executivo. “Mudou muito a forma como fazemos o aplicativo e como fazemos as ofertas.”
Nos bancos, produtos antes considerados de agência têm crescido no digital. No Bradesco, o volume de créditos liberados para pessoas físicas via aplicativo cresceu 22% entre o primeiro trimestre do ano passado e o mesmo período deste ano, ajudando a elevar para R$ 35 bilhões a concessão via canais digitais como um todo.
“Temos 99% das transações no canal digital, é um número muito alto”, diz a diretora de tecnologia da instituição, Cíntia Scovine Barcelos. “O meio físico tem sido cada vez mais para negócio, e o cliente tem sido cada vez mais servido pelos meios digitais.”
O sócio da Bain & Company e especialista em serviços financeiros, Thiago Delfino, afirma que a relação dos brasileiros com as empresas através do celular nasceu da ampla utilização dos smartphones, o mesmo fenômeno que deu origem a bancos digitais como Nubank, PicPay, Inter e C6. No entanto, não é só com eles que os grandes bancos competem.
“O brasileiro escolhe de forma muito criteriosa quais aplicativos vai manter no celular, porque boa parte não tem celulares com muita memória”, diz. “Além disso, tem de ser muito fácil de usar, porque marcas como Google, iFood e as redes sociais ensinaram e acostumaram o brasileiro a um certo patamar de experiência.”
Transição
Para fazer frente a essa competição, não basta colocar tudo o que os bancos oferecem dentro do celular. Junto com fatores como segurança e quantidade de produtos, as instituições precisam tornar o uso das plataformas mais fácil, o que significa que todo mínimo movimento do cliente nos aplicativos é medido e avaliado para entender o que falta melhorar.
O Itaú, por exemplo, criou linguagens padronizadas de desenvolvimento. O objetivo é tornar os produtos e serviços claros o suficiente para que o autosserviço seja eficaz, e também aproveitar o maior volume de dados que a interação digital gera. O cliente do banco acessa o app mais de uma vez por dia, e esse número de acessos aumentou 26% entre maio do ano passado e o mesmo mês deste ano.
“Quanto mais o cliente acessa e usa, melhor o conhecemos. A nossa capacidade de individualizar a conversa é muito maior”, afirma o diretor de Negócios, Plataformas e Experiências Digitais do banco, João Araújo. Segundo ele, é possível fazer ofertas mais específicas, o que inclui passar à frente de um produto ou serviço avisos de que alguma conta ou boleto está para vencer.
Em média, o brasileiro acessa o aplicativo do banco 55 vezes por mês, segundo a pesquisa da Febraban. Essa frequência de uso, bem maior que a vista na época em que as agências eram o principal canal, demanda que os bancos estejam disponíveis todos os dias, 24 horas. Para dar suporte a essa estrutura, o setor espera investir R$ 47,8 bilhões em tecnologia este ano, 13% a mais que em 2024.
A próxima parada é a adoção mais ampla da inteligência artificial generativa. O Bradesco inseriu a tecnologia na BIA, assistente virtual do banco, e lançou a nova versão para 4 milhões de clientes. Além disso, deve lançar em breve um “Pix inteligente”, que faz transferências através de comandos como os de voz. Tecnologia similar já tem sido oferecida por outros bancos, entre eles o Itaú.
Na madrugada desta terça-feira (1º de julho), o sistema financeiro brasileiro foi abalado por aquele que já é considerado o ataque hacker mais sofisticado da história do país. O alvo foi a C&M Software, empresa de tecnologia responsável por interligar bancos e instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). A companhia operava como ponte entre essas instituições e o Banco Central, em operações como o Pix, ferramenta central da atual estrutura de pagamentos instantâneos.
A ação criminosa resultou em um prejuízo que pode ultrapassar R$ 1 bilhão, tornando esse o maior ataque cibernético já registrado no setor financeiro nacional. Ao identificar o crime, o BC promoveu a interrupção temporária do acesso de 22 instituições financeiras ao Pix, entre bancos, cooperativas, instituições de pagamento e sociedades de crédito. Isso ocorreu após o Banco Central determinar o desligamento emergencial da conexão da C&M, como medida de contenção.
O BC garantiu que sua infraestrutura não foi invadida e que o Pix permanece funcional para o restante do mercado. Ainda assim, os impactos do ataque foram graves e colocam em xeque a segurança do ecossistema digital de pagamentos no Brasil.
Uma estrutura frágil para um sistema veloz
O episódio revelou uma fragilidade estrutural em um dos pontos mais sensíveis da digitalização financeira: as mensagerias terceirizadas, como a C&M, que servem de canal entre o núcleo do Banco Central e instituições menores como fintechs, bancos digitais e cooperativas. Diferentemente dos grandes bancos, que operam com conexões diretas ao BC, essas instituições dependem de provedores de serviços de tecnologia da informação (PSTIs), elo que se mostrou vulnerável.
O incidente também reacende o debate sobre o modelo de expansão acelerada das fintechs e a dependência do sistema financeiro em relação a empresas terceirizadas para a execução de tarefas essenciais. O avanço tecnológico na oferta de serviços bancários não tem sido acompanhado por um nível proporcional de segurança cibernética, principalmente nos segmentos mais novos e com estruturas mais enxutas.
Fica então o questionamento: onde está esse dinheiro? Uma transação bilionária não pode ser feita sem nenhum rastro. Cadê o dinheiro? Dessa vez o BC garante que o dinheiro não era de pessoas físicas, mas e se houver uma próxima? Até quando podemos garantir que nós, clientes, estamos seguros?
Investigação e limites do rastreamento
As autoridades enfrentam dificuldades para rastrear os responsáveis e recuperar os valores desviados, em parte por conta do uso do próprio Pix como ferramenta de fuga rápida como transferências fracionadas, múltiplos destinatários e instantaneidade das operações dificultam as investigações.
Fontes próximas ao Banco Central admitem a necessidade de revisar com urgência os protocolos de segurança exigidos de empresas como a C&M. O episódio acendeu o alerta sobre o quanto o modelo atual pode estar subdimensionado para lidar com ataques cibernéticos em escala e sofisticação crescentes.
“Estamos preparados para o que vem por aí?”
Para a presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região e uma das coordenadoras do Comando Nacional, Neiva Ribeiro, o episódio levanta uma pergunta essencial: “Até que ponto as engrenagens digitais do sistema financeiro estão preparadas para golpes cada vez mais tecnológicos e velozes? Não se trata apenas de proteger dados e transações, mas de garantir a confiança de milhões de pessoas que dependem diariamente dessas plataformas para trabalhar, pagar contas e viver.”
A fala sintetiza a preocupação com a integridade do sistema como um todo, em um cenário onde a velocidade da inovação supera a velocidade da regulação e da proteção. “Temos hoje uma explosão de fintechs operando no sistema financeiro, mas o Banco Central não tem estrutura para fiscalizar todas elas. É urgente discutir uma regulamentação mais rígida.
O sistema dessas empresas é falho, expõe os usuários e fragiliza todo o ecossistema. Não dá para digitalizar tudo sem antes garantir segurança e responsabilidade”, Neiva Ribeiro, presidenta do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.
Com o crescimento das operações digitais, o papel das fintechs e de seus intermediários técnicos precisa ser urgentemente reavaliado. Sem isso, o risco é que o sistema financeiro brasileiro, considerado referência global com o Pix se torne também exemplo de como a inovação pode colapsar por falta de segurança adequada.
O sistema bancário brasileiro já renegociou mais de 32,9 milhões de contratos com consumidores inadimplentes desde 2020, ano em que a pandemia da covid-19 teve início. A marca histórica reflete o esforço conjunto de bancos e entidades públicas para enfrentar o alto índice de endividamento da população.
Somente na edição mais recente do Mutirão Nacional de Negociação e Orientação Financeira, realizada entre 1º e 31 de março de 2025, foram repactuados mais de 1,4 milhão de contratos. Cartões de crédito, empréstimos e cheque especial lideraram a lista dos produtos mais renegociados. Renegociação e educação financeira
O Mutirão Nacional é promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com o Banco Central do Brasil, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) e os Procons. A iniciativa oferece condições especiais para a regularização de dívidas, como descontos, parcelamentos e taxas de juros reduzidas, de acordo com as políticas de cada instituição financeira.
Desde 2019, as campanhas ocorrem duas vezes por ano: em março, mês do consumidor, e em novembro. Na primeira edição de 2023, foram renegociados mais de 2 milhões de contratos. Em 2024, foram 1,6 milhão.
A mobilização se soma a outras frentes de atuação dos bancos, como o programa federal Desenrola Brasil. Na segunda fase do programa, dedicada a dívidas bancárias, foram renegociados 3,6 milhões de contratos, somando R$ 6,5 bilhões e beneficiando cerca de 2,7 milhões de consumidores entre setembro de 2023 e maio de 2024.
De março de 2020 a novembro de 2022, as instituições financeiras já haviam repactuado 24,3 milhões de contratos, com saldo devedor superior a R$ 1,3 trilhão e R$ 200 bilhões em parcelas suspensas. Eu e os bancos
Para Amaury Oliva, diretor de Cidadania Financeira e Relações com o Consumidor da Febraban, a renegociação tem papel essencial no reequilíbrio das finanças pessoais e na redução do risco de superendividamento. “Além disso, a renegociação contribui para a estabilidade do mercado, ao reduzir a inadimplência e possibilitar o retorno do consumidor ao mercado de consumo”, afirma.
O mutirão também aposta na educação financeira como estratégia preventiva. Uma página exclusiva na internet reúne orientações sobre como se preparar para a negociação, dicas de gestão do orçamento e incentivo a hábitos financeiros saudáveis. A plataforma gratuita Meu Bolso em Dia, da Febraban, oferece conteúdos como vídeos, cursos e programas de recompensas para estimular o engajamento dos consumidores.
A edição de março de 2025 alcançou 27 milhões de pessoas nas redes sociais, gerou 402 mil cliques nos sites do Meu Bolso em Dia e teve 41 milhões de pessoas impactadas por meio do rádio.
O Banco do Brasil firmou em Londres acordo de até US$ 700 milhões com garantia da MIGA (Multilateral Investment Guarantee Agency), braço do Banco Mundial responsável por incentivar investimentos, com a finalidade de apoiar micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) exportadoras e projetos sustentáveis no Brasil. A operação foi estruturada por meio do programa Trade Finance Guarantee (TFG) da MIGA, que tem como objetivo promover o comércio internacional. O programa oferece garantias contra risco de inadimplência, permitindo que instituições financeiras globais concedam crédito ao Banco do Brasil com menor risco e custo reduzido.
A agência do Banco Mundial compromete-se com uma exposição de até US$ 700 milhões ao longo de três anos, com prazos de até um ano para cada desembolso. O primeiro desembolso no programa será imediato de US$ 350 milhões, com participação de instituições como o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) e HSBC Bank . Com garantia de até 95% fornecida pela MIGA, a transação recebe classificação de risco muito baixa (AAA), possibilitando ao BB ampliar a oferta de linhas de crédito em moeda estrangeira além de diversificar suas fontes de captação de recursos no mercado.
“A atuação internacional do Banco do Brasil está cada vez mais alinhada às grandes agendas globais. Essa captação reforça a presença estratégica do Banco junto a agências multilaterais, bancos globais e parceiros, com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável e ampliar a competitividade das empresas brasileiras no exterior. Estamos ampliando o acesso ao crédito para micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e viabilizando projetos voltados ao comércio exterior e à energia limpa — iniciativas fundamentais para o crescimento inclusivo e para a transição energética do país”, afirma Francisco Lassalvia, vice-presidente de Negócios de Atacado do Banco do Brasil.
“Temos o prazer de estabelecer uma parceria com o Banco do Brasil neste programa transformador de Trade Finance Guarantee,” disse Hiroshi Matano, vice-presidentes executivo da MIGA. “Ao expandir o acesso através do programa, estamos apoiando a transição de energia limpa do Brasil e ajudando a desbloquear o potencial das MPMEs para participação dessas empresas no comércio global. Esta colaboração reflete nosso compromisso com o crescimento econômico inclusivo e com a abordagem de desafios globais através de soluções financeiras inovadoras”, completou o executivo.
Os recursos obtidos serão destinados ao financiamento de operações de comércio exterior, à produção sustentável e a projetos de energia renovável, incluindo a aquisição de equipamentos e insumos como biocombustíveis, sistemas de energia solar, eólica e de biomassa, incluindo, mas não se limitando ao setor agrícola.
A iniciativa reforça o papel do Banco do Brasil como agente de desenvolvimento, ao apoiar um segmento responsável por 99% dos empreendimentos no país e fortalecer o comércio exterior brasileiro. Ao mesmo tempo, contribui para o enfrentamento das mudanças climáticas, ao fomentar práticas e modelos de negócios mais sustentáveis.
Após o susto com os números do Banco do Brasil no primeiro trimestre de 2025, até os investidores estrangeiros agora encontram-se com um pé atrás em relação às ações BBAS3.
Um relatório do BTG Pactual revela que, após um roadshow nos Estados Unidos, o sentimento dos gringos em relação ao banco piorou substancialmente.
A principal razão? A grande decepção com os lucros e a contínua deterioração da carteira de crédito agrícola.
Os analistas destacam que surgiram várias perguntas entre os estrangeiros após a divulgação dos resultados fracos do 1T25.
“Haverá mais queda a partir daqui?”, “As ações do BB podem se tornar um bom trade para as eleições de 2026?”, “Os resultados vão se recuperar no próximo ano?” e, claro, “Os dividendos serão cortados?”, foram as principais questões que refletiram o clima de incerteza sobre o futuro do BB.
Se não no Banco do Brasil (BBAS3), em quais ações de bancos brasileiros os investidores nos EUA estão de olho?
Segundo o BTG, a América Latina ainda é vista pelos investidores dos EUA como uma região vencedora no cenário global, e o Brasil continua sendo o principal foco dos clientes estrangeiros.
Mas, com os valuations já esticados após o recente rali das ações dos bancões na B3 — com exceção do Banco do Brasil —, o otimismo dos estrangeiros começa a vacilar.
No caso do Itaú (ITUB4), por exemplo, a grande dúvida gira em torno de onde e como o banco poderia desbloquear mais valor daqui para frente, especialmente considerando que suas ações já estão negociadas a 2 vezes o valor patrimonial (P/BV).
“Todos estão muito satisfeitos com o desempenho operacional e o preço das ações do ‘long Itaú’ consensual. No entanto, quase todos expressaram alguma preocupação sobre o valuation pós-rali. De onde virá mais alfa?”, destacaram os analistas.
Eles destacam que o Itaú tem como objetivo migrar 100% da sua infraestrutura para a nuvem até 2028, o que pode reduzir a relação custo/receita da área de varejo.
Apesar de acreditarem que os investidores ainda não estão colocando isso na conta, a confiança no Itaú permanece alta, com muitos, inclusive no Brasil, dando ao banco o benefício da dúvida e mantendo-o como uma posição central na exposição ao Brasil.
O Bradesco (BBDC4) é outro que tem conquistado a atenção dos investidores nos EUA. O banco viu uma demanda crescente por suas ações, com alguns clientes mais otimistas devido ao bom desempenho no primeiro trimestre e ao valuation mais atrativo.
No entanto, o BTG Pactual avalia que ainda há muito ceticismo entre os investidores sobre uma recuperação estrutural do Bradesco, com muitas dúvidas sobre o nível de rentabilidade sustentável (ROE) que o banco pode entregar, especialmente em comparação com o Itaú.
Por sua vez, o interesse pelas ações do Santander Brasil (SANB11) foi mais moderado, com o principal tópico de discussão sendo a possibilidade de fechamento de capital (OPA) da instituição na B3.
Outras ações no radar dos gringos
Quando o assunto é Nubank (ROXO34), os investidores têm sentimentos mistos.
Na avaliação do BTG, boa parte dos investidores ainda teme que o Nubank tenha atingido o pico de crescimento — e não se atentou às sinalizações do banco digital de reaceleração, como o aumento nos limites de crédito, como um sinal claro de retomada na concessão de crédito.
“Com o primeiro trimestre agora para trás, estamos muito mais convencidos de que uma reaceleração do Nu já está em andamento”, afirmou o BTG.
Além disso, mesmo aqueles que perceberam esse cenário mostram-se reticentes em relação ao Nubank. O BTG revela que as preocupações giram em torno da possível deterioração da qualidade dos ativos, um reflexo da desaceleração da economia e do tom mais cauteloso dos bancos incumbentes.
Mas o radar dos investidores americanos para fintechs não está restrito apenas ao Nubank.
Outras ações financeiras também acenderam os olhos dos gringos, que agora olham com mais interesse para teses de “financial deepening”.
Com os juros no Brasil aparentemente no pico, as apostas se voltam para ações de bancos de investimentos, corretoras e empresas de pagamento, como o BTG Pactual (BPAC11), XP (XPBR31), B3 (B3SA3).
“A XP é claramente o nome preferido para aproveitar o ciclo de afrouxamento e as próximas eleições no Brasil. Também vimos um interesse crescente nos EUA, onde a B3 tem sido historicamente o player usual para jogar o ciclo. No entanto, muitos destacaram o BTG Pactual como a opção ‘premium’ preferida”, explicam os analistas.
O entusiasmo não se limita a essas ações. Após os fortes resultados e o recente rali nos papéis, Stone e PagSeguro também voltaram a atrair interesse.
Otimismo com a América Latina
Segundo o BTG, o otimismo dos investidores estrangeiros com o Brasil e a América Latina parece fundamentado por uma tríade de fatores:
Enfraquecimento do dólar; Mudança eleitoral em direção a políticos mais favoráveis ao mercado; e Distância geográfica da América Latina em relação às guerras e conflitos geopolíticas.
De acordo com o BTG, no Brasil, o foco dos gringos agora está no desenvolvimento do cenário fiscal e nas movimentações políticas em torno das eleições de 2026.
“O que tentamos transmitir foi uma mensagem de otimismo cauteloso. Estamos encontrando mais dificuldades para identificar boas valorizações após o rali recente. Dito isso, acreditamos que é melhor manter posições em nomes de alta qualidade e boa liquidez, ao invés de seguir atrás de histórias de investimentos mais arriscadas e menos líquidas”, finalizou o banco.
O consignado privado já movimenta R$ 15 bilhões em empréstimos e ganha tração mesmo em sua fase inicial — e o Banco do Brasil (BBAS3) está na dianteira quando o assunto é essa nova modalidade de crédito.
Em relatório divulgado nesta quinta-feira (26 de junho), o Bank of America (BofA) analisou o desempenho de bancos e fintechs desde o lançamento do consignado privado e concluiu que, apesar dos resultados ainda iniciais, a modalidade é uma tendência em ascensão.
Desde a implementação desse novo modelo, em março deste ano, o volume mensal de concessões triplicou, saltando de uma média de R$ 1,6 bilhão para cerca de R$ 5 bilhões por mês, segundo dados do Ministério do Trabalho e do portal Jota.
O Banco do Brasil (BBAS3) desponta como favorito — apesar de não ser o preferido dos investidores —, assumindo a liderança no mercado, com uma participação de 26%. Logo atrás aparecem financeiras especializadas menos conhecidas, como Parati e Facta.
“O protagonismo também veio de financeiras menores, como Parati e Facta, que ocuparam a segunda e terceira posições no ranking de atuação, com 13% e 10% de participação, respectivamente”, destacou o BofA em relatório.
Fintechs tradicionais decepcionam
Segundo o BofA, o Banco do Brasil é o grande destaque até aqui, com R$ 3,9 bilhões em concessões (26%), valor bem acima de sua participação média no mercado geral de crédito ao consumo (17%).
Entretanto, o desempenho que surpreendeu o banco americano veio da Parati e da Facta, que superaram nomes consagrados como o Banco Inter (7º lugar) e o Nubank (10º lugar).
Entre as fintechs, o Banco Pan aparece com 8,6% de participação, e o Inter, com 4,1% — ambos muito acima dos cerca de 1% que detêm no crédito tradicional ao consumo.
Já o Nubank adotou uma postura mais cautelosa, segundo o BofA, originando apenas R$ 23 milhões em crédito consignado privado, o equivalente a apenas 0,15% do mercado. A decisão provavelmente foi tomada para evitar a canibalização de outros produtos do banco digital e limitar o risco de inadimplência.
Bancos privados ainda cautelosos e taxas de juros ainda altas
O BofA considera tímida a participação dos grandes bancos privados no novo consignado, apesar de representarem 32% do mercado de crédito ao consumo no Brasil. Eles são responsáveis por apenas 11% do total concedido.
O Itaú lidera entre os bancos privados, com 10% das concessões, enquanto Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) foram quase ausentes, com 1% e 0,4%, respectivamente.
“O movimento indica um apetite seletivo ao risco, com o Itaú (ITUB3) aproveitando sua capacidade de precificação para entrar de forma mais assertiva”, ressalta o banco americano no relatório.
Apesar da expansão do produto, o impacto nas taxas de juros foi limitado. A média registrada nas operações é de 3,47% ao mês, uma queda marginal em relação aos níveis anteriores.
Os bancos com as menores taxas são:
Bradesco: cerca de 2,0% ao mês Caixa Econômica: 2,5% Banco do Brasil: 2,8%
Já os bancos maiores operam com taxas significativamente mais altas, o que explica parte da atratividade do segmento na visão do BofA, mas também levanta alertas regulatórios sobre o custo do crédito.
A ação do Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) está com uma queda acumulada de 27% desde que o balanço do primeiro trimestre de 2025 foi divulgado, em 15 de maio após o fechamento do mercado. Os investidores olham com preocupação a evolução da inadimplência no crédito rural, que subiu da mínima de 0,5% no quarto trimestre de 2022 para 3% nos três primeiros meses deste ano.
A expectativa é de continuidade da deterioração do NPL (non-performing loan), com aumento significativo das provisões nos próximos trimestres após ficarem abaixo dos NPLs registrados até aqui. Esta é a avaliação do Goldman Sachs (NYSE:GS) em relatório divulgado a clientes no dia 22 de junho.
O banco americano revisou as estimativas do retorno sobre patrimônio (ROE), receita e lucro líquidos do Banco do Brasil para os três próximos anos, seguindo a revisão do mercado sobre a lucratividade do banco estatal. “Esperamos que o ROE atinja o fundo no 2T25 em 11,9% e, em seguida, melhore gradualmente, uma vez que a deterioração nos NPLs rurais deve ser principalmente cíclica”, escreveram os analistas Tito Labarta, Tiago Binsfeld e Lindsey Shema.
A estimativa do Goldman é de que o ROE do Banco do Brasil atinja 13,5% em 2025, 16,4% em 2026 e 17,3% em 2027. Todas as projeções de ROE do Banco do Brasil pelo Goldman estão abaixo do consenso da Bloomberg, com exceção de 2027. “Nossas estimativas estão agora 15% abaixo do consenso da Bloomberg em 2025, 3% em 2026, mas 1% acima em 2027”, dizem os analistas do banco americano.
Já as projeções de receitas líquidas do Banco do Brasil foram reduzidas em 22% para 2025, 12% em 2026 e 4% em 2027, sob a expectativa de deterioração da qualidade do crédito rural. “Aumentamos o custo do risco em 70 pontos-base para 4,4% em 2025, 50 pontos-base para 3,9% em 2026 e 30 pontos-base para 3,5% em 2027”, estima o banco americano para o Banco do Brasil.
Já o lucro líquido estimado para 2025 foi reduzido para R$ 25,6 bilhões, 31% abaixo do piso inferior da orientação anterior do Banco do Brasil de R$ 37-41 bilhões. A orientação do banco estatal está sob revisão neste momento. “Esperamos que o banco adote uma postura relativamente mais cautelosa, o que deve desacelerar o crescimento dos empréstimos”, apontam os analistas.
A queda da projeção do lucro líquido do Banco do Brasil pelo Goldman significa uma previsão de pagamento menor de provento, com um payout projetado de 30% para 2025. A estimativa do Goldman está abaixo do guidance de 40-45% do Banco do Brasil. “A menor lucratividade do banco e um índice CET1 adequado, mas modesto, de 11% poderiam forçar a gestão e o conselho a se concentrar na preservação de capital para o crescimento futuro”, diz o banco americano.
O novo cenário levou os analistas do Goldman a reduzirem o preço-alvo das ações do Banco do Brasil para R$ 23, ainda com um potencial de valorização de 8%. A recomendação é “Neutra”.
Na avaliação do banco americano, os papéis do Banco do Brasil são negociados a 4,8x o preço-lucro (P/L) estimado para 2025 e 0,6x P/VPA. “É um desconto historicamente maior em relação a seus pares privados”, completam os analistas do Goldman.
O Banco do Brasil marcou presença em mais uma edição da Feira Cultural da Diversidade LGBT+ e reafirmou o seu compromisso com a promoção da equidade, inclusão e desenvolvimento sustentável. O evento aconteceu no dia 19 de junho, no Memorial da América Latina, em São Paulo, e integrou o calendário de ações voltadas à valorização da diversidade e ao apoio à comunidade LGBTQIAPN+. Nesta edição, o BB promove ações direcionadas ao fortalecimento do empreendedorismo e ao desenvolvimento profissional desse público.
No estande do BB, pessoas empreendedoras ou que desejam iniciar um negócio foram convidadas a refletir sobre o futuro de sua trajetória profissional, compartilhando aspirações, desafios e ideais. Com base nessa escuta ativa, a Liga PJ — plataforma do BB voltada para micro e pequenos empreendedores — oferece um planejamento empresarial personalizado, com sugestões práticas e recomendações para o fortalecimento dos negócios. A experiência é enriquecida com o uso de inteligência artificial generativa, que cria uma imagem simbólica do futuro profissional de cada participante, reforçando a importância da representatividade e da valorização individual.
Além disso, o estande ofereceu consultoria especializada em conteúdos digitais, com foco em impulsionar a presença da comunidade LGBTQIAPN+ nas redes sociais, ampliando a visibilidade e oportunidades de negócio.
Roda de conversa
O BB também esteve presente no painel “Negritudes LGBT+: Representatividade e empoderamento nas empresas”. O gerente- geral do CCBB Bahia, Julio Paranaguá, discutiu os desafios e avanços enfrentados por pessoas negras LGBT+ no ambiente corporativo, abordando temas como o impacto da raça como marcador social, o racismo dentro da própria comunidade LGBT+ e a importância da representatividade em cargos de liderança.
Florescer Trans Cassi
A Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil (Cassi) lançou, no estande BB, o Programa Florescer Trans, iniciativa voltada ao cuidado integral da saúde de pessoas trans, travestis e com vivências de variabilidade de gênero. Com foco no acolhimento e na equidade no acesso aos serviços de saúde, o programa oferece acompanhamento especializado em harmonização e apoio psicossocial, e é destinado a beneficiários de todas as modalidades de plano e faixas etárias.
Colecione momentos de orgulho
Em celebração ao mês do orgulho LGBTQIAPN+, o Banco do Brasil leva às ruas de São Paulo a campanha “Colecione momentos de orgulho”, que destaca a diversidade por meio de histórias reais da comunidade, selecionadas a partir de relatos enviados por pessoas LGBTQIAPN+ nas redes sociais do BB. No estande do banco, durante a programação da feira, o público também pode emitir o Ourocard Orgulho, cartão que reforça o compromisso institucional do BB com a inclusão, a representatividade e o respeito à diversidade.
Programação CCBB
Para celebrar o Mês do Orgulho, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em São Paulo, exibiu uma programação especial que fomenta as expressões artísticas da comunidade LGBTQIAPN+ e reafirma o compromisso com a pluralidade de existências, pensamentos e expressões. Nos dias 19, 20, 21 e 28 de junho, o CCBB Educativo promoveu o evento “Encontros da Diversidade: Mundos Plurais”, com rodas de conversa, performances, oficinas e atrações musicais com artistas da comunidade. A programação completa está disponível nas redes sociais e no site do CCBB SP.
“Para nós, a promoção da diversidade é um compromisso contínuo, refletido nas ações que o BB vem adotando ao longo do tempo. Construímos uma trajetória pautada na inclusão e na representatividade. Mais do que marcar presença em uma data tão significativa, buscamos contribuir ativamente para uma sociedade mais justa, plural e acolhedora”, comenta Lidiane Orestes, executiva de Direitos Humanos, Diversidade, Equidade e Inclusão do Banco do Brasil.
A participação do BB na feira está alinhada à estratégia corporativa de sustentabilidade e inclusão, que reconhece a diversidade como um dos pilares da Agenda 30 BB e dos Compromissos 2023 para um Mundo + Sustentável. A atuação do banco contribui diretamente para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente os ODS 5 (Igualdade de Gênero), 8 (Trabalho Decente e Crescimento Econômico), 10 (Redução das Desigualdades) e 17 (Parcerias e Meios de Implementação).
Na tarde desta segunda-feira (23 de junho), a Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (CONTEC) participou de reunião com representantes do Banco do Brasil para tratar das condições de trabalho dos Gerentes de Serviços.
Pelo Banco, estiveram presentes o Gerente de Soluções Dr. Eduardo de Assis, acompanhado dos assessores Anderson Santos, Isabela Monteiro Penna, Verusca Bezerra Lira e Wdina Cristina Carolina dos Santos de Souza. A reunião foi coordenada por Gilberto Antônio Vieira, da Contec, e contou com a presença de diversos dirigentes sindicais de federações de todo o país.
Durante o encontro, os dirigentes relataram que os Gerentes de Serviços têm sido sobrecarregados, acumulando diversas funções além das suas atribuições originais. Entre os principais pontos apresentados estão a substituição recorrente de caixas durante o horário de almoço e a administração de carteiras de clientes além de suas funções habituais.
Em resposta, o Dr. Eduardo de Assis esclareceu que, conforme a normativa interna, o Gerente de Serviços pode, sim, abrir o caixa, mas que essa decisão cabe ao gestor do prefixo. Este tem autonomia para designar a substituição do caixa executivo por um assistente, especialista ou gerente de serviços, sem hierarquia fixa determinada.
O Banco informou que ajustes de funções foram realizados e que o tema está sendo analisado pelas áreas responsáveis. Além disso, solicitou que os sindicatos busquem o apoio das Gepes regionais para acompanhamento das demandas locais.
Casos específicos deverão ser encaminhados pelos dirigentes sindicais ao coordenador Gilberto Vieira, que fará o devido repasse ao Banco para análise individualizada.
A Contec segue firme na defesa dos direitos dos bancários e no acompanhamento atento das condições de trabalho da categoria.
A secretária do Meio Ambiente e Mudança do Clima (Sema), Vilma Freire, a superintendente estadual do Banco do Brasil S.A., Priscila Requejo, e a do Banco do Nordeste, Eliane Libanio Brasil de Matos, assinaram acordo de cooperação técnica. O termo firmado nesta terça-feira (24 de junho), no auditório da sede da Superintendência do Banco do Brasil, em Fortaleza, estabelece condições de cooperação entre as partes, com o objetivo de ampliar e fortalecer o Plano Estadual para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária (Plano ABC+CE) com vistas ao desenvolvimento sustentável.
Vilma Freire destacou que o Plano ABC+CE é um esforço local que alinha-se ao coletivo mundial na perspectiva de mitigar os efeitos danosos do fenômeno climático e adaptar a agricultura cearense às novas condições do clima e aos acordos internacionais. “A presente assinatura firma uma parceria que, entre outras coisas, visa facilitar o acesso ao crédito por parte dos produtores, para a implementação de tecnologias e sistemas sustentáveis e ou de baixa emissão de carbono, conforme previsto no Plano ABC”, disse.
O Professor Gabriel Nutto Nóbrega, pesquisador do Programa Cientista Chefe Meio Ambiente Sema/Funcap e coordenador técnico do ABC+, fez uma breve apresentação sobre o plano. Ele afirmou que o mesmo se destaca nacionalmente como o único vinculado a uma secretaria do Meio Ambiente. “Traz pautas importantíssimas para integração meio ambiente, agricultura e mudança do clima”, explicou. “É uma estratégia que promove a recuperação da capacidade produtiva das áreas degradadas, reduzindo a necessidade de expansão de pastagens sobre florestas e aumentando o carbono no solo e na biomassa”, completou.
De acordo com a superintendente do Banco do Nordeste, Eliane Brasil, o BNB já incorpora a questão da sustentabilidade e investe em projetos que geram benefícios ambientais e sociais. “Nossos analistas estão sensibilizados com o ABC+ , nossa linha de crédito verde vai possibilitar para o agricultor, mais acesso aos recursos financeiros. Portanto, já estamos prontos para apoiar e financiar o plano, uma oportunidade real de agregação de valor”, declarou.
Para Priscila Requejo, do Banco do Brasil, mais do que a formalização e assinatura de um contrato, o compromisso representa mais um passo decisivo para o desenvolvimento sustentável, não só do Ceará, mas do País como um todo. “Reafirmo o nosso compromisso de trazer a maior fatia de recursos para a agricultura sustentável”, disse. O BB já disponibiliza financiamento para produtores rurais , pessoas físicas ou jurídicas, e suas cooperativas que aderiram ao Plano ABC, para aquisição de sementes e mudas para a formação de pastagens e florestas.
O ABC+ Ceará (ABC+CE) é um Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, com metas estabelecidas até 2030, visa aumentar a eficiência e resiliência dos sistemas produtivos cearenses frente às mudanças do clima a partir de uma gestão integrada da paisagem e da proteção do bioma caatinga e dos ecossistemas associados. Autoridades, empresários do agronegócio, servidores públicos, técnicos da Sema, do BB e BNB, agricultoras e agricultores cooperados, compareceram ao ato solene.
Os clientes do Banco do Brasil com cartões Ourocard Visa podem adquirir gift cards da Área Gamer, bem como de Uber e Airbnb, com até 15% de cashback no Shopping BB. A promoção é válida até o próximo dia 30 de junho.
Para ter acesso ao cashback turbinado, o cliente precisa realizar uma primeira compra para receber 3% de cashback. A partir da segunda compra, o percentual sobe para 15%. O valor máximo de cashback por cliente é de R$ 150, creditados em até 90 dias após o fim da promoção, na conta corrente do cliente.
A aquisição dos gift cards se dá no Shopping BB, acessado pelo app Banco do Brasil, na seção “Gift Cards”.
O Shopping BB reúne mais de 200 lojas e marcas parceiras, com um ecossistema completo para compra de eletrônicos, moda, cosméticos, produtos pet, viagens, gift cards e muito mais — tudo com a segurança do app BB.
Em 2024, o Shopping BB registrou mais de 34 milhões de transações que movimentaram um volume de R$ 1,2 bilhão com venda de produtos e serviços não financeiros. Todas essas transações foram realizadas por quase 5,1 milhões de clientes que realizaram suas compras com maior conveniência, comodidade e segurança.
Agora ficou ainda mais fácil investir em seu futuro e buscar uma aposentadoria tranquila. O processo de adesão ao plano PrevMais foi simplificado e dura cerca de cinco minutos para ser concluído, de maneira 100% digital, sem necessidade de preenchimento e envio de formulários físicos.
Se você é funcionário ativo do Banco do Brasil, egresso do BNC, essa é a sua chance de investir no futuro com segurança e praticidade.
Vantagens do PrevMais:
Contribuições de 2% a 8% do salário, com contrapartida equivalente do patrocinador, dobrando o valor acumulado*; Carência de apenas 5 anos para começar a receber o benefício** Cobertura para eventos de risco, como aposentadoria por invalidez, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-funeral; Liberdade para escolher o perfil de investimento que melhor se adapta aos seus objetivos; Benefício fiscal: é possível deduzir até 12% da renda bruta anual tributável na declaração do Imposto de Renda.
*Até o participante completar 60 anos de idade. **A saída do BB é condição de elegibilidade
Não perca essa oportunidade de planejar o amanhã com mais tranquilidade.
Clique aqui e veja como é simples aderir ao PrevMais.
Essa é mais uma novidade dos lançamentos de soluções digitais do Economus, como as novas áreas de autoatendimento, aplicativos, Whatsapps e solicitação de empréstimo totalmente online.
Em caso de dúvidas, entre em contato conosco: Telefone: 3003-3592 ou WhatsApp: (11) 5026-6313.
Para um banco ser considerado bom é preciso muito mais do que um bom relacionamento. O Ranking de Experiência Digital 2025, avaliação do setor financeiro em jornada do cliente, inovação e confiança digital, feito pela empresa de tecnologia idwall, mostra isso. No quesito experiência digital, por exemplo, os bancos C6 Bank e Itaú lideram, mas outras instituições se destacam quando outros fatores são considerados.
O estudo que embasa o ranking foi conduzido com metodologia robusta, combinando testes objetivos de usabilidade em ambiente controlado com uma pesquisa quantitativa envolvendo 4.421 usuários de 21 instituições financeiras — sendo 10 bancos tradicionais e 11 digitais.
A análise, que tem índice de confiança de 95%, abrangeu cinco temas principais totalizando 147 pontos de avaliação em processos como onboarding, Pix, investimentos e mudança cadastral.
Experiência; Segurança; Portfólio; Encantamento do cliente; Acessibilidade.
O onboarding é o período de cadastro do usuário, ou seja, é aquela etapa em que o cliente está criando a conta. Os bancos digitais se distinguem neste quesito, principalmente na etapa de preenchimento de campos, que se mostrou mais ágil entre todas as categorias.
Veja os vencedores:
Categoria jornada geral – Avaliação em onboarding, mudança cadastral, Pix e investimentos:
Bancos Digitais: 1º C6 Bank; 2º Inter e 3º Neon; Bancos Tradicionais: 1º Itaú; 2º Sicredi e 3º Bradesco.
Categorias Específicas
Melhor onboarding digital: 1º PagBank; 2º Picpay; 3º Mercado Pago; Melhor relacionamento com o cliente: 1º PicPay; Encantamento do Cliente: 1º Bradesco; Instituição que mais evoluiu no ranking: BMG.
Os resultados revelam, segundo o estudo, como as instituições financeiras estão enfrentando o desafio constante de equilibrar segurança digital com uma experiência fluida e satisfatória. “Em um cenário em que quase metade dos encerramentos de conta ocorre por falta de uso, manter a relevância exige mais do que tecnologia — demanda a capacidade de oferecer operações seguras de ponta a ponta sem gerar fricções desnecessárias”, diz o levantamento.
O que cada instituição mostrou de bom?
Segundo o estudo, o C6 Bank, que lidera entre os bancos digitais, se destacou em um cenário em que agilidade na abertura de conta (valorizada por 51,43% dos entrevistados), praticidade no aplicativo e confiança são atributos cada vez mais decisivos para a escolha da instituição.
Já o Itaú, primeiro colocado entre os bancos tradicionais, figura entre os cinco bancos mais utilizados e mais confiáveis, mostrando que reputação e segurança — apontados por 67,69% como os principais motivadores na escolha de um banco — continuam pesando nas decisões dos clientes.
O PicPay, vencedor na categoria de melhor relacionamento com o cliente se destacou pela qualidade no atendimento. Hoje, este é o fator número um na escolha da conta principal, superando até mesmo a reputação da marca, segundo o levantamento.
O Bradesco, que levou a categoria de encantamento, é um dos bancos com maior taxa de uso mensal (62,19%) e forte presença no imaginário dos brasileiros, enquanto o BMG, instituição que mais evoluiu, representa o movimento de ascensão de novos bancos atentos às necessidades de usabilidade, personalização e confiança.
Um levantamento exclusivo feito pela plataforma de inteligência jurídica Jusbrasil, a pedido da revista eletrônica Consultor Jurídico, com dados de cinco Tribunais de Justiça do país, mostra que a imensa maioria das ações consumeristas brasileiras é movida contra os bancos. Eles foram réus em 1,2 milhão de processos distribuídos na primeira instância dos estados de São Paulo, Mato Grosso, Rio Grande do Sul, Paraná e Bahia entre janeiro de 2023 e maio de 2025.
Proporcionalmente, outros setores podem ser mais reclamados, considerando o tamanho da clientela. Mais de 200 milhões de brasileiros têm algum tipo de relacionamento com o Sistema Financeiro Nacional (SFN) e o número de contas bancárias ativas é superior a 1,2 bilhão.
Mas o número bruto dos bancos é muito superior ao de todos os demais setores mapeados. Sem contar a categoria “outros” (620,8 mil processos), que pode englobar empresas de escopos muito distintos, o segundo setor na lista de disputas sobre Direito do Consumidor é o de fundos de investimento e instituições de crédito, com 504,4 mil ações. Na sequência, vêm companhias aéreas (266 mil); distribuidoras de água, energia e saneamento (256,6 mil); e varejistas (220 mil).
O Jusbrasil identificou um total de 4,6 milhões de processos distribuídos nesse período nos cinco estados analisados. O levantamento ainda mostra os temas mais comuns dessas ações: dano moral (dois milhões); dano material (um milhão); cláusulas e práticas abusivas (657,8 mil); rescisão de contrato (288,3 mil); inclusão indevida em cadastro de inadimplentes (233,7 mil); e empréstimo consignado (227,9 mil).
A advogada Fabíola Meira, sócia do escritório Meira Breseghello Advogados, especializado em Direito das Relações de Consumo, destaca que o serviço bancário “historicamente lidera os rankings de litigiosidade”, pois é “um setor essencial, de grande penetração social, com contratos massificados e linguagem técnica frequentemente de difícil compreensão para o consumidor”.
De acordo com ela, é comum que o cliente de banco “não se atente aos riscos envolvidos, às taxas aplicáveis e às condições de pagamento”.
Por outro lado, Fabíola indica também a existência de um número significativo de “ações movidas após contratações voluntárias e regulares, com discussões centradas em cláusulas previamente informadas — evidenciando, muitas vezes, um padrão de litigância abusiva”.
Já Igor Marchetti, advogado do Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), ressalta o aumento de golpes e falhas de segurança — algo que atinge não só os bancos, mas também os fundos de investimento. Só no primeiro trimestre de 2025, foram quase 1,9 milhão de tentativas de fraude em bancos e cartões.
Embora a jurisprudência seja consolidada no sentido de que bancos são responsáveis por falhas na prestação do serviço, o advogado observa que a postura dessas instituições financeiras não muda: elas aguardam os casos chegarem ao Judiciário, pois sabem que os valores da condenação não serão impactantes.
“A resistência dos bancos e a dificuldade de resolver administrativamente são os principais motivos desse número bem expressivo.”
Há também o problema histórico do endividamento da população. Segundo Marchetti, os clientes têm dificuldade de renegociar termos dos contratos e acabam prorrogando os prazos pelo dobro ou até triplo do tempo original.
Na sua visão, os bancos têm índices altos de judicialização porque lidam com uma parte sensível da vida das pessoas: o orçamento, que pode afetar até mesmo a alimentação. Outros fatores citados por ele são as taxas de juros excessivas e as cláusulas abusivas.
Por fim, o advogado destaca que a imensa maioria das pessoas tem conta em bancos — muitas vezes, em mais de um. Isso “aumenta a possibilidade de problemas” como fraudes, má prestação de serviços e contratos abusivos.
Demais setores
Sobre os fundos de investimento, Marchetti cita a falta de transparência para o consumidor: “Muitas vezes a pessoa faz um investimento, mas não sabe da rentabilidade, das regras, das condições”.
Algo comum entre as primeiras posições do ranking de judicialização consumerista, segundo ele, é “uma fragilidade regulatória”. Isso ocorre, por exemplo, com os bancos, regulados pelo Banco Central, e com as companhias aéreas, reguladas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
“O consumidor muitas vezes fica à mercê de ter de entrar com um processo para conseguir a resolução do problema. Administrativamente não é viável porque, muitas vezes, as agências ou o próprio Banco Central não agem da forma como seria esperado para o consumidor.”
Os processos contra companhias aéreas geralmente tratam de problemas “clássicos” como cancelamentos de voos, atrasos, mudanças de horários, extravios de bagagem e overbooking (venda de mais passagens do que a real capacidade da aeronave). Marchetti afirma que o número está relacionado a “condutas bastante problemáticas” das empresas.
“Trata-se de um serviço que, por sua natureza, afeta situações envolvendo compromissos e altas expectativas, o que intensifica o grau de insatisfação diante de qualquer falha”, diz Fabíola Meira. “Ainda que muitas regras estejam dispostas nos contratos de transporte e regulamentos da Anac, a baixa compreensão pelo consumidor das condições tarifárias e operacionais gera frustração e questionamentos.”
Ela ainda observa que “listas de passageiros são obtidas por plataformas litigantes, o que acaba gerando o excesso de demandas, ainda que tenha sido prestado suporte ao cliente”.
No caso das concessionárias de serviços públicos essenciais, como água, energia elétrica e saneamento, a advogada explica que as ações geralmente têm origem em “interrupções, cobranças que o consumidor não compreende, erros de leitura e dificuldades de contestação administrativa”.
Marchetti também cita problemas específicos como má qualidade da água, mas ele entende que a maioria dos processos é sobre cobranças indevidas e excessivas, fora da média de consumo: “A pessoa durante 11 meses paga um valor. De repente, no 12º mês, vem um valor quatro vezes maior do que a média. Isso é uma reclamação recorrente”.
Fabíola defende que as empresas tenham canais de atendimento de qualidade, invistam em medidas de contenção para eventos climáticos adversos e escutem a população vulnerável, de forma a melhorar os serviços e diminuir a judicialização.
Por fim, no varejo, os especialistas identificam um aumento causado pela popularização do comércio eletrônico. A advogada lista desafios decorrentes disso: “Maior número de consumidores, fornecedores distintos reunidos em marketplaces, dificuldades logísticas que impactam nos prazos, na devolução, arrependimento ou troca”. A falta de compreensão ou até de acesso a informações por parte dos consumidores também pesa na conta.
De acordo com Marchetti, o crescimento das compras online gera mais “descumprimentos de ofertas, entregas não realizadas, problemas de logística das empresas e vícios dos produtos”. Mas ele ressalta que o número de processos contra esse setor sempre foi “bem expressivo”.
Motivos gerais
Para Fabíola, o elevado volume de demandas judiciais contra os setores que ocupam as primeiras posições do ranking “decorre, em grande parte, de características estruturais de cada segmento, combinadas à vulnerabilidade informacional do consumidor e à própria complexidade da dinâmica de consumo de tais serviços e produtos”.
Já Marchetti destaca a “dificuldade para a resolução extrajudicial por parte dos consumidores”. Segundo ele, muitas vezes os problemas poderiam ser resolvidos fora da Justiça, mas as empresas “consideram que é mais vantajoso aguardar um processo judicial”.
Na opinião do advogado, isso acontece porque nem sempre o consumidor de fato vai judicializar a questão. E, mesmo se judicializar, os valores das condenações costumam ser baixos e indenizações por dano moral muitas vezes são negadas.
“Há um incentivo ao desrespeito”, avalia. “As empresas consideram que as ações judiciais são interessantes porque, no cálculo, fica mais vantajoso resolver o problema daqueles que ingressam com ação do que mudar todo o seu sistema.”
Ele defende uma postura mais incisiva do Judiciário quanto a essas ações consumeristas, “para que esses réus não se tornem estimulados a continuarem sendo réus”. Segundo Marchetti, se as empresas conciliassem com o consumidor e buscassem resolver os problemas administrativamente, o número de ações diminuiria.
No entanto, a atitude delas geralmente é “reativa”. Quando os Procons enviam notificações, as empresas (especialmente as grandes), na prática, adotam uma resposta padrão e não resolvem o problema relatado. Mais tarde, isso é usado como argumento na Justiça pelos consumidores, que podem também alegar desvio produtivo pelo tempo gasto no procedimento administrativo.
Maira Scavuzzi, advogada de Direito Empresarial e do Consumidor, ressalta que os setores mais demandados operam em larga escala e engajam milhões de consumidores, pois “ofertam serviços essenciais ou de alto impacto para a vida cotidiana”.
De acordo com ela, a judicialização é fruto “da massificação e da padronização das relações contratuais, da ineficiência persistente dos canais extrajudiciais de resolução de conflitos e da assimetria informacional que geralmente permeia as interações entre fornecedores e consumidores, marcadas por contratos de adesão, linguagem técnica ou baixa transparência”.
Com isso, o Judiciário se torna a “única via eficaz de reequilíbrio das relações entre a empresa (ou o Estado) e o consumidor”. Os Juizados Especiais, nos quais é possível mover ações sem a assistência de um advogado, facilitaram o acesso à Justiça e permitiram “a absorção desse tipo de demanda”.
“A judicialização massiva nos setores em exame evidencia os dilemas de uma sociedade hipercomplexa, em que as relações de consumo são regidas por lógica algorítmica, o atendimento se desumaniza e o cidadão, ao mesmo tempo em que é empoderado pelo discurso dos direitos, vê-se desamparado pelos meios extrajudiciais de solução de conflitos”, diz Maira. “A demanda judicial surge, então, como reação a um desequilíbrio sistêmico.”
Segundo Fabíola, a judicialização é um reflexo natural, mas não inevitável, da falta de estratégias preventivas eficazes nos setores com alto número de consumidores e contratos de adesão.
Ela sugere algumas medidas para “mitigar esse quadro”. Eis algumas delas: melhoria do atendimento ao consumidor (inclusive após a venda) e dos canais usados para isso; desenvolvimento de programas de integridade e revisão periódica de contratos; adoção de formas de resolução de conflitos, especialmente a plataforma consumidor.gov.br; e uso de mecanismos para identificar “litigiosidade abusiva” e apontá-la ao Judiciário.
A BB Previdência está elevando os investimentos em renda fixa com a finalidade de reduzir a exposição dos ativos sob gestão em segmentos mais voláteis do mercado. Em termos consolidados, a entidade prevê alocar cerca de 90% dos recursos administrados em renda fixa neste ano, enquanto as aplicações em renda variável no Brasil podem ficar na faixa de 4% a 6% do total; em ações no exterior, perto de 2%; e em estruturado, em torno de 1,5% – segmento com maior redução previsto em 2025.
A exposição na renda variável vem sendo reduzida desde meados do ano passado, diante das altas taxas de juros no Brasil, que favorecem mais os investimentos em renda fixa, explica Ricardo Serone, Diretor Financeiro e de Investimentos da BB Previdência, uma das principais entidades de Previdência Fechada Complementar do País e parte do conglomerado Banco do Brasil.
Ao final de 2024, as aplicações consolidadas da instituição em renda fixa atingiram 83% do total sob gestão, de R$ 8,9 bilhões. Já as alocações em renda variável no Brasil alcançaram 5,06% do total e no exterior, 3,28%. A participação do segmento de multimercado estruturado no volume investido foi de 7,22% no ano passado.
Na renda fixa, as aplicações estão sendo concentradas em títulos do governo, como NTN-B – Nota do Tesouro Nacional, preferencialmente marcados na curva. Os investimentos em títulos indexados ao CDI – Certificado de Depósito Interbancário também ganham relevância, com previsão de passar de um percentual histórico em torno de 3%, que garante liquidez para os compromissos de curto prazo da instituição, para até 10%, segundo Ginne Siqueira, Superintendente de Investimentos da entidade.
“A BB Previdência tem um fluxo grande de entrada de recursos, pois tem planos bastantes jovens, e são estes que estão sendo alocados em CDI, diante da boa remuneração desses títulos, que cobrem a meta de rentabilidade consolidada dos nossos planos, de INPC + 4,10% ao ano de ganho real. Ao mesmo tempo, mitigam os riscos da alta volatilidade nos mercados e, ainda, são remanejados mais facilmente para outras alocações, à medida que elas se mostrem mais vantajosas”, explica Ginne.
A estratégia adotada considera a persistência da Selic em patamar elevado e sem expectativa de queda relevante em prazos mais curtos, diante das projeções de alta da inflação no País, ressalta Serone. Os investimentos em CDI são vinculados à Selic, enquanto em NTN-B acompanham os índices inflacionários.
A BB Previdência estima a Selic na faixa de 14,25% a 14,75% no encerramento de 2025, praticamente em linha com as expectativas dos economistas do Boletim Focus, que projetam a taxa na casa de dois dígitos até, pelo menos, 2027, quando acreditam que atingirá 10,5%. Já a inflação, segundo o mercado, só deverá se aproximar do teto da meta estipulada pelo Banco Central, de 4,5%, no próximo ano. Até lá, permanecerá acima de 5%, preveem.
Kliver Godoy, Gerente de Investimentos da BB Previdência, ressalta o impacto da elevação dos juros na economia real e nas estratégias de alocações. “Por um lado, o aumento nas taxas inibe os investimentos das empresas, afetando a capacidade de crescimento delas, o que torna suas ações menos atrativas. Por outro, os investidores têm ganhos altos assegurados na renda fixa e com riscos menores, o que penaliza ainda mais a renda variável”, diz.
“Enquanto as taxas de juros permanecerem altas, a renda variável prosseguirá ainda mais volátil. Nos Estados Unidos, as incertezas geradas pela nova política tarifária do governo para o comércio internacional também afastam do mercado acionário os investidores institucionais”, complementa Godoy, acrescentando que os investimentos da BB Previdência no segmento exterior são basicamente em fundos de ações das bolsas americanas.
Política de longo prazo
A Política de Investimentos 2025-2029 da BB Previdência adere estritamente às normas de governança corporativa e aos limites estabelecidos pelos órgãos reguladores do setor previdenciário. Serone enfatiza que, na gestão dos recursos, são observados princípios fundamentais como segurança, rentabilidade, solvência, liquidez, adequação à natureza das obrigações e transparência.
Os investimentos em títulos são conduzidos com base em rigorosos critérios de grau de investimento, utilizando ratings das principais agências classificadoras de risco de crédito, como Moody’s, S&P e Fitch, em conformidade com as diretrizes de governança corporativa da BB Previdência.
Para decidir onde aplicar o dinheiro, a BB Previdência utiliza cenários detalhados, em que são avaliadas as principais tendências da economia e do mercado financeiro – tanto no Brasil quanto no mundo. “Essa análise aprofundada serve como um guia para nossos investimentos”, explica Serone. “Ela nos permite fazer ajustes rápidos, mesmo no curto prazo, para aproveitar as oportunidades e eventualmente reduzir os riscos.”
Serone complementa: “Se identificarmos novas chances de retorno, podemos mudar a forma como as carteiras são aplicadas. Isso significa que podemos diminuir ou aumentar a participação em certos tipos de investimentos, mas sempre respeitando as regras da nossa Política de Investimentos.”
Com mais de dois séculos de história, o Banco do Brasil tem demonstrado que inovação e tradição podem caminhar lado a lado. À medida que a Inteligência Artificial (IA) ganha protagonismo nos processos e decisões estratégicas da instituição, o desafio vai além da tecnologia: envolve uma profunda transformação cultural. Automatizar sem desumanizar, escalar a eficiência sem perder o propósito, e preparar líderes e equipes para um futuro cada vez mais orientado por dados. Essas são algumas das diretrizes da jornada.
Nesse cenário, há mais de dez anos, o Banco do Brasil tem colhido resultados concretos com o uso de dados e IA. As aplicações incluem: assessorias inteligentes para empresas; reconhecimento óptico de caracteres (OCR) para validação de documentos digitais, e agentes conversacionais que apoiam colaboradores no atendimento ao cliente e na consulta a normas e produtos.
“A IA, além da transformação dos processos, soluções e negócios do BB, tem impulsionado mudanças significativas na cultura organizacional”, explica Rafael Rovani, head de Inteligência Artificial e Analítica do Banco do Brasil. “Assim, como exemplo de características potencializadas por essas mudanças, podemos citar o aumento do investimento em capacitação com foco em upskilling e reskilling, a promoção do uso prático de ferramentas analíticas e de IA, a integração entre áreas de negócio e tecnologia, a adoção de metodologias ágeis e equipes multidisciplinares.”
IA e maturidade analítica
A mentalidade estratégica e as decisões orientadas a dados também são fortalecidas à medida que tarefas operacionais e repetitivas são automatizadas. Dessa forma, atividades criativas e que demandam inteligência emocional – competências que continuarão sendo exclusivamente humanas – são priorizadas.
Outro destaque de impacto na cultura organizacional da instituição é a admissão de agentes de tecnologia por meio de concurso específico. Em 2024, mais de 1.000 profissionais foram admitidos, e em 2025 já foram convocados 450 novos agentes. Com mais 591 aprovados no concurso 2022/001 chamados, o BB totalizou 100% de aproveitamento do cadastro de reserva.
“Todo esse movimento também é refletido em nossa maturidade analítica. No último diagnóstico realizado por um instituto de referência, que avalia os pilares políticas, pessoas, processos e tecnologia, o BB teve um aumento de 29% na pontuação em relação à avaliação anterior. Ou seja, é classificado como uma organização que utiliza dados de forma segura e estável para embasar suas decisões. Isso consolida nossa posição como uma empresa data-driven”, comenta.
Repaginar uma cultura de décadas
No Banco do Brasil, a tecnologia atua como aliada para valorizar o que a instituição considera seu maior ativo, as pessoas. A automação é aplicada com um objetivo estratégico: liberar os colaboradores de tarefas repetitivas. Assim, podem se concentrar em análises mais complexas e no fortalecimento dos relacionamentos com clientes.
O equilíbrio entre inovação tecnológica e protagonismo humano é a base da estratégia da organização. O banco aposta em uma gestão onde a tecnologia amplia capacidades. Mas, são as pessoas que seguem no centro das decisões que impactam e transformam a experiência do cliente, destaca Rafael.
“O Guia de Diretrizes e Boas Práticas para uma IA Ética e Responsável, o fortalecimento e evolução das práticas de proteção e privacidade em todo o seu ciclo de vida, e a implementação mecanismos contínuos de auditoria e revisão de algoritmos utilizados são exemplos de como o Banco atua na garantia de segurança e sustentabilidade nos resultados obtidos com IA”, explica.
Desafios no processo de implantação de IA
No entanto, a instituição reconhece que esse movimento também traz desafios culturais que exigem alinhamento estratégico e ações intencionais por parte das lideranças.
Um dos principais pontos de atenção, segundo o BB, é o desenvolvimento de uma mentalidade analítica entre os gestores. Mentalidade essa capaz de conectar dados ao contexto e explorar ao máximo o potencial das ferramentas digitais na rotina de trabalho. Para apoiar essa transformação, a Universidade Corporativa do Banco do Brasil (UniBB) criou a Academia de Liderança.
O espaço oferece treinamentos voltados ao desenvolvimento de competências de gestão. Já o programa Líder Digital foca especificamente em habilidades e competências digitais. Assim, ao aliar teoria e prática, oferece uma jornada que prepara os líderes para usar ferramentas, induzir comportamentos e impulsionar os negócios.
Outro aspecto considerado estratégico pela instituição é a tomada de decisão orientada por dados, sempre com atenção à governança, ética e conformidade regulatória. “Para isso a alta liderança do Banco conta com o Command Center. São painéis com informações estratégicas atualizadas disponíveis de forma rápida e acessível, inclusive pelo celular”, explica.
Além das ferramentas de IA, o Banco do Brasil também aposta em um ambiente organizacional que favorece a inovação. “É fundamental que os líderes promovam ambientes psicologicamente seguros, que estimulem a inovação e a tolerância ao erro como parte do aprendizado”, frisa. Transformação cultural exige propósito e paciência
A transformação cultural é um processo contínuo, e não uma virada pontual, afirma o Banco do Brasil ao refletir sobre os aprendizados acumulados nessa jornada. “Nosso principal aprendizado foi compreender que a mudança cultural exige tanto convicção quanto paciência. Resistências são naturais e fazem parte do processo”, reforça Rafael.
Nesse cenário, a resiliência é essencial para manter a direção certa, mesmo quando os resultados não são imediatos. Além disso, foi possível aprender que a transformação cultural mais profunda acontece quando as pessoas experimentam os benefícios concretos da mudança em seu dia a dia. E não apenas quando ouvem sobre ela. “Por isso, priorizamos demonstrações práticas que conectam inovação com propósito e tecnologia com resultados humanos”, pontua.
Referência em cultura de aprendizagem e dados
Quando o assunto é transformação cultural bem-sucedida, o Banco do Brasil aponta como destaque sua aposta histórica no desenvolvimento de pessoas, assim como no uso estratégico de dados e tecnologias. Nesse sentido, desde 2002, a Universidade Corporativa do BB tem sido uma peça-chave na estratégia de capacitação interna. Em 2013, com o lançamento do Portal UniBB, o banco democratizou o acesso à educação corporativa, proporcionando uma jornada de aprendizagem fluida e acessível para todos os colaboradores.
Um dos programas mais emblemáticos desse compromisso é o AcademIA BB, voltado à formação em Inteligência Artificial e dados. O programa impactou mais de 65 mil colaboradores, gerando 240 mil cursos concluídos e 4,7 mil certificados emitidos. Os participantes com melhor desempenho seguiram uma trilha prática no Centro de Excelência em IA e Dados, que aplica tecnologias como IA generativa, LLMs e automação inteligente em soluções estratégicas.
Outra iniciativa inovadora em fase piloto é a Plataforma Talentos Digitais. Nela, uma jornada gamificada mapeia as habilidades digitais dos funcionários e os conecta a projetos estratégicos em toda a organização. “É uma ferramenta poderosa de gestão de talentos, que estimula o protagonismo, o desenvolvimento profissional e a colaboração. Além de acelerar a adoção da IA no banco”, destaca a instituição.
Já o programa CuradorIA conecta capacitação e prática. Ele seleciona e disponibiliza cursos e certificações específicas para cada unidade do banco, respeitando os diferentes níveis de maturidade digital.
Por fim, eventos como o BB Data Driven reforçam a cultura de dados ao promover a troca de experiências entre áreas e manter temas como IA, analytics, inovação e pesquisa em evidência. “Audiência acumulada desses eventos já superou em mais de 70% os números registrados no primeiro semestre de 2024. Evidenciando o avanço na democratização da IA e analytics no Banco do Brasil”, relata.
IA como catalisadora
Rafael pontua que, para o futuro, a Inteligência Artificial seguirá como um catalisador de transformações nos processos e negócios da instituição financeira. Sempre com ênfase na experiência do cliente e na geração de resultados sustentáveis.
“Nesse sentido, para o Banco do Brasil, o cuidado com as pessoas, o respeito às diferenças e o direcionamento de esforços no apoio e engajamento dos nossos clientes e parceiros, na construção de um futuro mais inclusivo, verde e sustentável são atitudes indispensáveis. Afinal, a tecnologia tem impacto quando gera valor real para as pessoas”, finaliza Rafael.