Despesas do BB com provisão deve fechar 2016 perto do máximo

Publicado em: 02/12/2016

O Banco do Brasil (BB) acredita que vai encerrar o ano com despesas de provisão para devedores duvidosos perto do topo da projeção apresentada pelo banco. O BB espera que as despesas de provisão representem entre 4% e 4,4% do portfólio classificado de crédito. Em nove meses até setembro, o indicador ficou em 4,4%.

“A tendência é ficar perto do topo do ‘guidance’ de provisão no fim deste ano”, disse nesta sexta-feira Bernardo Rothe, gerente-geral de relações com investidores, em teleconferência com analistas. Na opinião dele, parte disso é “efeito de denominador”, uma vez que há queda na carteira de crédito do banco.

“Para o ano que vem, há expectativa que a melhora gradual do risco de crédito se reflita em provisão, à medida que economia começar a melhorar”, disse.

Segundo Rothe, o banco público ainda vê espaço para continuar reprecificando sua carteira de crédito nos próximos trimestres, uma vez que cerca de metade do portfólio atual foi originada após 2015. Esse espaço de reprecificação continuará tendo efeitos positivos sobre a margem do banco, mas vai depender do nível de competição bancário, afirmou.

No que se refere às rendas com tarifas, Rothe acredita que a receita tende a ser mais robusta no quarto trimestre do que no terceiro. Segundo o executivo, o período de julho a setembro teve uma série de fatores atípicos sobre esse indicador, incluindo férias, Olimpíada e a greve dos bancários.

Renegociações

O banco público afirma que não seria surpreendente um aumento do volume de renegociações no próximo trimestre, depois da expressiva queda registrada entre julho e setembro. “O volume de renegociações deve seguir o fluxo da economia”, disse Rothe.

O executivo afirmou que, ao longo do tempo, com a recuperação da economia, a participação da carteira de renegociação no portfólio total de crédito do banco deve cair para próximo do patamar histórico.

Rothe também reforçou a expectativa de aumento gradual no índice de capital de melhor qualidade do banco. Segundo ele, os indicadores de capitalização vão continuar a melhorar com a queda da carteira de crédito do BB e a esperada melhora gradual dos resultados da instituição financeira.

Rentabilidade versus “market share”

Após ser questionado por analista sobre a estratégia da instituição, Rothe afirmou que o BB está focado em rentabilidade, não em aumentar a participação de mercado.

Na opinião dele, o comportamento da participação de mercado da instituição pública, que passou os últimos anos em alta, vai depender do comportamento da demanda. “Mesmo assim, o foco não é ‘share’ é rentabilidade”, disse.

Rothe voltou a afirmar que o banco espera melhora gradual da rentabilidade, com aumento de margens e de receitas com tarifas, ao mesmo tempo em que mantém custos sob controle. “Não vou dar uma visão de longo prazo, mas a nossa rentabilidade vai ter melhora gradual ao longo do tempo”, disse.

Sem novas agências

Caso perca o direito de usar o canal do Banco Postal, que reúne os postos dos Correios, o BB não pretende abrir novas agências. “Não há necessidade de abrir agências se não mantivermos esse canal”, disse Rothe.

Os bancos interessados têm até esta sexta-feira para entregar propostas aos Correios pelo canal. Rothe não quis comentar se o banco público entregaria uma proposta.

Os Correios irão abrir as propostas na segunda-feira.

Ontem, o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou não ter interesse pelo canal. “Nós sempre analisamos o edital pra ter uma curva de aprendizado, mas isso não denota uma decisão de participar [do leilão]”, disse, a jornalistas. “Hoje nós temos uma franquia de distribuição q está em 100% dos municipios e o HSBC complementou a nossa rede.”

Fonte: http://www.valor.com.br/financas/4774139/bb-despesas-com-provisao-devem-fechar-2016-perto-do-maximo-previsto

Por segurança, BB quer reduzir horário de terminal eletrônico

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Por medida de segurança, o Banco do Brasil irá reduzir o horário de atendimento dos caixas eletrônicos em algumas agências de Americana, Capivari, Limeira, Piracicaba e Santa Bárbara d’Oeste a partir do dia 28. Os equipamentos só irão funcionar das 9h às 18h e em dias úteis. A instituição não descarta estender a restrição para outras praças.
Consumidores reclamam da medida, já que a finalidade desses dispositivos é justamente atender fora do horário comercial. Para especialistas em segurança, a providência é paliativa e não resolve o problema, que, para ser sanado, depende de investimentos dos bancos em segurança patrimonial e de patrulhamento ostensivo por parte da polícia. Além disso, para os profissionais do setor, é um atestado de que não está havendo um controle desse tipo de crime, o que é preocupante.
Segundo a Federação dos Bancos (Febraban), as salas de autoatendimento são uma facilidade oferecida voluntariamente aos clientes, não havendo normativa que estabeleça um horário obrigatório de funcionamento para os terminais. A federação cita a Resolução 2.932, de 28/02/2002, do Conselho Monetário Nacional (CMN), que define como obrigação dos bancos apenas o atendimento nas agências de cinco horas diárias ininterruptas.
No entanto, para o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) Campinas, essa leitura é restrita e equivocada e, se a limitação nos horários dos caixas eletrônicos for adotada na cidade, o órgão tomará as medidas cabíveis. “O consumidor não pode ser prejudicado por um risco já embutido na atividade bancária. O banco não pode negar o serviço depois do costume já imposto. Não pode mudar um atendimento já consolidado e que já foi contratado com o pagamento das taxas de serviço. Não pode mudar as regras no meio do jogo. Não se abstrai uma oferta já contratada”, informa Francisco Togni, responsável pelo órgão.
Além desses aspectos, Togni ressalta que as alternativas de atendimento propostas pelo Banco do Brasil (internet e telefone) não suprem a necessidade do dispositivo físico. “O valor em espécie não pode ser pego on-line.” Quanto às casas lotéricas, elas não funcionam até as 22h.
A orientação de Togni para os clientes é de que façam as queixas ao Procon, cujo aplicativo eletrônico conta inclusive com um dispositivo para o envio de fotografias.
Para a atendente Aline Gomes da Silva, de 27 anos, caso a medida seja adotada em Campinas será “de fato muito ruim”. “Eu sou contra porque trabalho e aproveito esse horário para poder vir ao banco.” De mesma opinião é o autônomo Luiz Augusto Brito, de 33 anos, que usa frequentemente os caixas eletrônicos. “Vai piorar para quem? Para o cliente. As taxas já são caras, e o banco só abre às 10h. Agora imagine se só funcionar até às 18h. Como vai ser?”.
Para o aposentado Tadeu Godoy, de 71 anos, “o que previne assaltos é positivo, mas, por outro lado, é questionável uma regra que vai prejudicar justamente o consumidor”.
O especialista em segurança pública José Henrique Spécie, professor da Faculdade de Direito da PUC-Campinas, aponta que a restrição atrapalha o usuário mesmo sob a justificativa de que diminuirá os assaltos. “É um atestado de que não está havendo um controle desse tipo de crime, o que é preocupante.”
De acordo com o especialista, são necessárias medidas amplas e efetivas, resultantes de uma ação entre os bancos — que precisam investir maciçamente em segurança patrimonial — com os órgãos de segurança pública, que precisam dispor de um patrulhamento ostensivo. Para ele, a existência de portas de vidro rentes às calçadas são um dos vários exemplos de vulnerabilidade que podem ser facilmente apontados e que precisam mudar.
O Correio entrou em contato nesta quinta-feira com o Banco do Brasil e com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP), por e-mail e telefone, mas ambos não se pronunciaram sobre os questionamentos da reportagem até o fechamento desta edição.
MUDANÇAS
Em Americana, a restrição do horário dos caixas eletrônicos será tomada nos terminais da Avenida Cillos e da Praça XV; em Santa Bárbara, na agência da Rua 15 de Novembro; e, em Piracicaba, nos terminais da Rua Prudente de Moraes, no Centro; da Avenida Madre Maria Teodora, no Jardim Paulista; e no da Avenida Rui Barbosa, na Vila Rezende. Em Limeira, ainda não há data prevista nem informações sobre os dispositivos que serão afetados.
Fonte: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2016/11/campinas_e_rmc/457000-bb-quer-reduzir-horario-de-terminal-eletronico.html

BB já atende 1,3 milhão de clientes pelo modelo digital

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O Banco do Brasil começou a implantação dos modelos BB Estilo Digital e BB Exclusivo Digital no primeiro semestre de 2015. O objetivo é oferecer, com esse novo formato, facilidade de acesso dos clientes ao gerente de relacionamento, por meio de ferramentas baseadas em tecnologias móveis (“Fale com Seu Gerente”, disponível no app BB). As agências digitais também contam com horário de atendimento ampliado, assessoria financeira de especialistas (investimentos, crédito, previdência e outros temas) que podem ser acionados por videoconferência a partir de qualquer local, e muitas outras conveniências e soluções que não dependem do ponto físico.

Para os clientes com renda mensal entre R$ 4 e 8 mil, o BB lançou o modelo de atendimento “BB Exclusivo Digital”, que já parte da concepção de escritórios de negócios, sem vínculos com agências bancárias tradicionais. Ao todo, já foram inaugurados 12 escritórios desse tipo no País. A estimativa é que, até o final de 2017, sejam pelo menos 202 escritórios, inclusive em localidades do interior.

Com a expansão de transações bancárias realizadas em canais automatizados  – hoje já são mais de 95% do total – o BB investe no acesso dos mais diversos segmentos de clientes aos seus aplicativos nos smartphones. Já são oito milhões de usuários, sendo que o APP principal do BB já é o sexto aplicativo mais baixado no Brasil, superando todas as demais instituições financeiras. Aplicações lançadas recentemente abrangem as mais diversas áreas. Uma das novidades é o APP Ourocard – aplicativo especializado em gestão de múltiplos cartões de um único cliente e na emissão instantâneas de cartões totalmente digitais.

“Tão importante como entregar um cartão tradicional físico ao cliente, agora é prioridade estratégica oferecer o  aplicativo do Banco. Vamos nos tornar cada vez mais um banco que combina conveniência do atendimento físico com o que existe de melhor em termos de experiência digital completa”, afirma o vice-presidente de Negócios de Varejo, Raul Moreira.

“A estratégia de transformação digital nos permite entregar mais valor e aprimorar a experiência dos clientes. Dificilmente voltaremos a abrir agências no modelo tradicional. Vamos ampliar soluções de atendimento, mas agora em conceito que alia modernidade e eficiência”, complementa Moreira.

“O aumento nos níveis de satisfação dos clientes com os modelos de relacionamento digital geram crescimento de rentabilidade que pode variar de 20% a 40%, dependendo do estágio de relacionamento que o cliente já tinha com o Banco”, diz o Diretor de Clientes Pessoas Físicas do BB, Simão Kovalski.

Fonte: Banco do Brasil